ATIVISTAS DE SUV E IPHONE NÃO SÃO CONFIÁVEIS
Como entender que um jovem engenheiro ambiental – com mestrado e doutorado, por excelentes faculdades --, poste em suas redes sociais fotos de porcos sacrificados em granjas imundas, sob todos os indícios de máxima crueldade, como se fossem retratos do que acontece em nossas indústrias frigoríficas, as maiores exportadoras de carne suína do Brasil? Vamos tentar decifrar isso, então: como é que em sã consciência, do alto de seus belíssimos certificados, uma pessoa faz isso, só porquê é vegana? Até aí, nada contra. A pessoa não só como deve, e tem todo o direito de escolher seus hábitos e estilos de vida. Se acha que comer carne de origem animal não vai fazer bem para sua saúde, embora todos os estudos científicos digam o contrário, ok, calamos o nosso bico, não temos nada com isso. Problema seu e de sua geração que crescerá raquítica. Agora, querer impôr isso à comunidade que a cerca, usando imagens de maus tratos animais que não condizem, nem de longe com o chão de fábrica da indústria de carnes brasileira, é de um nonse inominável. Se um analfabeto funcional faz isso, a gente sente compaixão pela burrice alheia, mas, entende. Existem os artistas ignaros, que vivem dando essas bolas foras, como Bela Gil, Anita, Xuxa, entre tantos outros, mas eles têm o objetivo de inflarem suas listas de seguidores nas redes sociais. Eles sobrevivem do sucesso que fazem com o público e, por isso, a gente não concorda mas os compreende. Mas, gente que se se formou com dinheiro público, nas melhores universidades brasileiras, usar desse subterfúgio para denegrir a imagem de um dos setores que mais se modernizaram nos últimos trinta anos, dentro do agronegócio, conseguindo alçar-se à posição de maior exportador de carne bovina, suína e aviária do mundo, por causa de seus rígidos controles de sanidade, muito disso, graças às exigências do consumidor atual, antenado com a procedência de tudo que compra, ingere, veste ou usa? É incompreensível. Aliás, inadmissível, e vou além: deveria ser passível de crime, porquê se for investigado mais a fundo, uma postagem irresponsável dessas deve cair, rapidinho, na fossa das Fake´s News. Como diria minha saudosa mãezinha, quando éramos estudantes universitários e dizíamos alguma ignorância do gênero e ela retrucava: esses aí “estudaram para serem burros”, e eu não entendia o que ela queria dizer. Taí. A pessoa leu, pesquisou, estudou, se formou, mas continuou, ou pior, aprofundou-se em um comportamento mesquinho de se deixar cegar, e ainda querer levar junto todos os seus semelhantes, pois é do alto de seus títulos, deve saber, sim, que a sabe a indústria frigorífica nacional é responsável pelo abate e comercialização de 750 mil toneladas por ano (dados da ABPA, 2019). Sõ em dezembro, foram embarcadas 76 mil toneladas, o maior embarque mensal já registrado na história do setor. Em receita, o saldo das vendas alcançou US$ 1,597 bilhão, número 31,9% maior que o resultado de 2018, com US$ 1,2 bilhão. Ainda em dezembro, as vendas chegaram a US$ 183,6 milhões – maior saldo mensal já alcançado pelo setor, com 61% destinado a China, Rússia e Emirados Árabes, sendo que os mercados orientais são dos mais exigentes do mundo, em termos de sanidade, contendo regras específicas de abate, especialmente humanitário, como para os lotes exigidos pelo Kosher (judeu) e Hallal (islamita). Esses números mostram que as pessoas estão preocupadas com a questão da saúde dos animais queirão consumir em suas casas, junto com suas famílias, amigos e vizinhos. Elas querem, exigem e fazem questão de controle sanitário não só dos métodos de abate, mas da própria produção animal, antes de chegarem aos frigoríficos. E este é outro assunto – bem-estar animal -- que os ambientalistazinhos que usam carro SUV e compram tudo o que é eletrodoméstico para suas cozinhas, num consumo desenfreado e absolutamente – este sim – prejudicial para o planeta, parecem não saber, ou fazem questão de ignorar.
Fonte: Embrapa: https://www.gazetadopovo.com.br/agronegocio/expedicoes/expedicao-suinocultura/2017/suinos-desestressados-viram-regra-de-bem-estar-animal-inclusive-no-abate-7s6j8mq04e0412bk2m7r5gxc8/
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Fabrícia Zimermann Vilela Torres, engenheira-agrônoma e pesquisadora em entomologia de forrageiras tropicais.