A arte da carne bovina
Alimentar o mercado da carne bovina requer muito trabalho e muitos investimentos em genética, nutrição, sanidade e manejo dos animais, para que assim possa atingir seu objetivo: produção de animais sadios, precoces – em um menor espaço -, numa escala uniforme e de um modo extremamente sustentável, em que é respeitado o bem-estar dos animais e o ambiente. *Leandro Cazelli Alencar Na maioria das vezes, quando nos deparamos nas gôndolas dos supermercados ou dos açougues com os diversos cortes de carne bovina, não sabemos do trabalho que foi realizado para que possamos comprar um corte específico, principalmente o trabalho que é feito no campo, conhecido como pecuária. Consequentemente, essa mesma atividade se desdobra para outras que, posteriormente, irão suprir as necessidades de manutenção da vida de milhões de pessoas, formando o complexo do mercado da carne bovina. Alimentar o mercado da carne bovina requer muito trabalho e muitos investimentos em genética, nutrição, sanidade e manejo dos animais, para que assim possa atingir seu objetivo: produção de animais sadios, precoces – em um menor espaço -, numa escala uniforme e de um modo extremamente sustentável, em que é respeitado o bem-estar dos animais e o ambiente. Deste modo é possível obter desses animais carne de qualidade em todos os fatores. Quando me refiro à qualidade de carne, relaciono todos os aspectos intrínsecos à carne bovina e suas características organolépticas, como cor, odor, sabor, maciez, suculência, aparência, segurança alimentar, entre outros. Sem dúvida, todos esses aspectos podem ser alterados e, consequentemente, interferir na qualidade da carne bovina. No momento de saborearmos uma bela carne, nós avaliamos principalmente sua maciez, sabor, suculência e aspecto. Eu ressalto duas características que são prioritárias em relação a essas já mencionadas: sanidade e a segurança alimentar. Temos a obrigação de comprar carnes que são inspecionadas por órgãos federais/estaduais/municipais, já que esta ação é o que garante a qualidade do produto. Quando nos referimos à maciez, já é sabido que quanto mais novo é o animal, mais macia será sua carne. Raça, genética, nutrição e manejo podem contribuir ainda mais para essa qualidade. Já o sabor é uma característica cuja contribuição vem da cobertura de gordura e está relacionada também a nutrição, raça e condição sexual do animal. Temperatura e processo de cozimento pode influenciar também, pois quanto maior o tempo de cozimento e maior a temperatura, maior será a degradação das proteínas e a perda das substancias voláteis. É importante ressaltar que o tipo de dieta ou da alimentação que o animal foi submetido podem interferir no sabor da carne. Sendo assim, os animais criados exclusivamente a pasto possuem melhor aceitação do mercado, tanto em relação a sustentabilidade quanto na questão do sabor. A suculência, por sua vez, está envolvida com genética, ressaltada principalmente por animais de raças que possuem um alto índice de marmoreio (gordura intramuscular). Já o aspecto da carne envolve a cobertura de gordura, pois, durante o resfriamento, se a carne não tem capa de gordura, ela pode sofrer desidratação e choque térmico, alterando essa característica. Uma etapa muito importante do processo produto, que pode alterar todas as características organolépticas citadas anteriormente, é o rigor mortis, que nada mais é do que a conversão do músculo em carne. Mesmo com o abate do animal, os músculos permanecem “vivos” e, após um conjunto de reações bioquímicas e biofísicas, eles se transformam em carne propriamente dita. Este processo pode ser influenciado de acordo com o manejo pré-abate, que contribui para alteração da carne e da qualidade final da mesma. Importância Os componentes da carne bovina são proteínas, minerais, vitaminas, lipídios e água e seu consumo é essencial para a manutenção de nossas vidas, suprindo nossas necessidades diariamente. Assim, podemos refletir que a atividade da bovinocultura de corte junto com produção de carne é, de fato, uma arte e o principal protagonista desse trabalho, que tem poder para demandar alimentos cada vez com mais qualidade, somos nós, os consumidores. *Leandro Cazelli Alencar é médico veterinário e atua com pecuária de corte e leite na República do Congo, África. Fonte: Rural Centro
Tecnologias poupa-terra preservaram mais de 70 milhões de hectares em áreas plantadas com soja no Brasil
Estudo recente da Embrapa comprovou que o uso de tecnologias sustentáveis na agricultura é capaz de gerar economia de terras de cultivo da ordem de milhões de hectares. Somente no caso da soja, o uso dessas tecnologias, que incluem sistemas integrados lavoura-pecuária-floresta (ILPF), plantio direto, fixação biológica de nitrogênio, uso de bioinsumos incluindo controle biológico de pragas, entre várias outras, foi capaz de gerar uma economia de 71 milhões de hectares de áreas plantadas, o que corresponde à soma dos territórios de Irlanda e França. Outros exemplos aliam-se a esse, como os da avicultura de corte e da produção de suínos, nas quais o progresso tecnológico obtido entre as décadas de 1970 e 2000 levou à economia de 1,55 e 1 milhão de hectares, respectivamente. O estudo, capitaneado pela Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, contou com a participação de mais de 50 pesquisadores e analistas representando nove unidades de pesquisa da Empresa (veja quadro abaixo). Os dados, oriundos de pesquisas e estudos desenvolvidos ao longo das últimas décadas, geraram a publicação Tecnologias Poupa-Terra 2021, recém-lançada em comemoração ao 48º aniversário da Embrapa. As tecnologias poupa-terra são aquelas adotadas pelo setor produtivo, de baixo ou alto custo, que permitem incrementos sustentáveis na produção total em uma mesma área e, graças ao seu uso, evita-se a abertura de novas áreas para produção agropecuária. Práticas conservacionistas, como o plantio direto, o manejo e a conservação do solo e dos recursos hídricos, podem ser caracterizadas como práticas poupa-terra, uma vez que aumentam a produtividade de modo sustentável. “O Brasil já conta com uma série de sistemas e tecnologias sustentáveis que podem ser consideradas estratégias poupa-terra em franca adoção para os principais sistemas produtivos agropecuários do País”, declara o engenheiro-agrônomo da Embrapa Samuel Telhado, coeditor técnico da publicação. Na visão do diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Guy de Capdeville, uma das principais vantagens das tecnologias poupa-terra é que atendem a produtores de todos os portes: pequeno, médio e grande. “Trata-se de modelos extremamente democráticos e que têm alcançado resultados impressionantes em todos os biomas brasileiros”, complementa Capdeville, que também é editor técnico da publicação. O diretor ressalta o impacto das tecnologias poupa-terra na produção de soja. Na safra de 2019/2020, foram produzidos 251 milhões de toneladas de grãos em uma área de 65,8 milhões de hectares. A contribuição da soja para esse montante foi de 120,9 milhões de toneladas em 36,9 milhões de hectares, o que representa uma produtividade de aproximadamente três quilos por hectare. A leguminosa responde por 3,6% dos empregos gerados pelo agro no Brasil. “Se nos reportarmos à década de 1970, sem a tecnologia existente hoje para produção de soja no Brasil, para manter esses índices de produtividade, seria necessário expandir a área em 195%, ou seja, praticamente o triplo do que temos hoje. Com a ciência e as tecnologias poupa-terra conseguimos preservar uma área de 71 milhões de hectares”, acrescenta Capdeville. Impactos das tecnologias poupa-terra na produção de frutas e algodão As tecnologias poupa-terra têm impacto significativo na exportação de frutas. Dados de 2018 apontam que a produção mundial de frutas é de cerca de 930 milhões de toneladas em pouco mais de 80 milhões de hectares. A contribuição brasileira é de 42,4 milhões de toneladas, ou seja, 4,6% do total em uma área 2,5 milhões de hectares. Para cada hectare cultivado com frutas, em média dois empregos são criados, totalizando cinco milhões de empregos. As principais tecnologias sustentáveis utilizadas na produção de frutas são: melhoramento genético, produção integrada, gestão da cobertura do solo, manejo de água e nutrientes, controle de pragas e doenças e gestão pós-colheita. Segundo o diretor de P&D da Embrapa, a estimativa do efeito poupa-terra na produção de frutas para exportação, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta para um aumento de produtividade de 64% entre a década de 1990 e o ano de 2018. “O que mais salta aos olhos é a área poupada em 2018, que foi superior a 900 mil hectares”, enfatiza. O cultivo de 11 fruteiras – laranja, banana, melancia, manga, limão, uva, maçã, melão, tangerina, abacaxi e mamão – corresponde a aproximadamente 38% da área cultivada no Brasil. Com o algodão, em cerca de quatro décadas, a produção mais do que triplicou enquanto a área plantada encolheu a menos da metade. Entre os anos de 1976 e 2019, a produção cresceu de 1,2 milhão para 4,3 milhões de toneladas, enquanto a área foi reduzida de quatro milhões de hectares para 1,7 milhão. “Esse resultado é fruto de várias tecnologias, entre as quais se destacam: cultivares melhoradas geneticamente, plantio direto, que abrange técnicas sustentáveis de manejo do solo, e o cultivo do algodão em sistemas ILPF, entre outras”, acrescenta Telhado. Tecnologias em forma de livro A publicação Tecnologias Poupa-Terra 2021 é resultado de um esforço conjunto entre a Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa e 56 pesquisadores e analistas de nove unidades de pesquisa da Empresa (Agroindústria Tropical, Algodão, Café, Gado de Corte, Mandioca e Fruticultura, Milho e Sorgo, Semiárido, Soja e Suínos e Aves). Editada pelo engenheiro-agrônomo Samuel Telhado e pelo diretor de Pesquisa e Desenvolvimento, Guy de Capdeville, a obra é dividida em nove capítulos e tem como objetivo apresentar aos mais diversos públicos no Brasil e no exterior (será traduzida para o inglês) as estratégias e tecnologias poupa-terra adotadas no País e seus impactos para a agricultura brasileira. Segundo o diretor, “a adoção de um considerável número de tecnologias em várias frentes do processo produtivo tem permitido produzir altos volumes, com alta qualidade, de forma sustentável sob todos os aspectos, além de permitir que as florestas do País sejam protegidas tanto nas propriedades agropecuárias quanto em áreas nativas”. As tecnologias desenvolvidas pela Embrapa e parceiros garantem à agricultura um efeito poupa-terra nas mais diversas cadeias do agro brasileiro. Capdeville relata que os dados apresentados na publicação foram obtidos ao longo de décadas, o que traz robustez aos resultados divulgados no documento. A expectativa, segundo o diretor, é evidenciar
5G vai permitir que máquinas agrícolas – conversem entre si –
A tecnologia foi uma das responsáveis por revolucionar as máquinas agrícolas nos últimos 40 anos e transformar o Brasil num dos principais fornecedores de alimentos do mundo, e vai alçar o país a patamares ainda mais altos com a internet móvel de quinta geração. O impacto do 5G nas máquinas agrícolas será considerável, além de agregar aos processos novos equipamentos. A tecnologia vai possibilitar, por exemplo, a transmissão em tempo real de imagens em alta definição de plantações para acompanhamento a distância de uma equipe técnica, automação de processos, acompanhamento em tempo real das condições climáticas e análises do solo e saúde do que está plantado. Em um exemplo prático, sensores conectados ao 5G podem medir a temperatura e avaliar as condições hídricas imediatamente na plantação, permitindo que os agricultores possam acionar a irrigação em uma determinada área, mesmo estando a quilômetros de distância. Ações como essa reduzem custos e ajudam a diminuir perdas na produção. Pedro Estevão, vice-presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), explica que a digitalização na agricultura eleva a produção de dados e, com isso, eleva também a capacidade de fazer gestão de frota e gestão agronômica, o que aumenta a produtividade como um todo. “Hoje tem a Internet das Coisas e a experiência da digitalização só está começando. Depois de se aprofundar, abre a possibilidade de máquinas autônomas, máquinas inteligentes que captam dados da operação e do meio ambiente. Ela utiliza o próprio banco de dados dela ou vai na rede e verifica o banco de dados fora da máquina e toma decisão autônoma. Então, é um mundo de possibilidades”, destaca o vice-presidente da Abag. “Todas elas visam melhorar a produtividade, seja no sentido de economizar combustível, economizar insumos, defensivos, fertilizantes, ou fazer uma operação melhor e ajudar o meio ambiente. Você tem uma maior produtividade do maquinário em geral.” A fim de otimizar a operação no campo, muitas máquinas agrícolas já estão sendo fabricadas preparadas para a Internet das Coisas (IoT), com sistemas informatizados que conversam entre si. Essas máquinas captam as informações de vários processos e outros maquinários e as correlacionam para gerar dados e análises a fim de melhorar as aplicações e eficiência. Mesmo que o 5G esteja apenas começando no Brasil, a indústria do setor já produz sistemas que utilizam computadores de bordo, GPS agrícola, sistemas de controle automáticos e telemetria avançada. Cláudio Bier, presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas Agrícolas (Simers), conta que já foram feitos avanços com o 4G e a entrada da quinta geração de internet móvel vai revolucionar a maneira com que se faz agricultura. “Quanto mais tecnologia nós tivermos no campo, mais tecnologia nós vamos imprimir nas nossas máquinas. Nós estamos caminhando para que colheitadeiras trabalhem sem operadores, isso não está muito longe. Isso vai ser um ganho muito grande para a agricultura. Imagine, o cara está na fazenda dele, no escritório, e poderá manejar as máquinas para que elas trabalhem sem operador”, vislumbra Bier. Luciano Stutz, presidente da Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações (Abrintel) explica que o 5G tem o potencial de mudar o setor produtivo como um todo, tanto na cidade como no campo. “Você vai ter uma indústria que vai trabalhar com 5G, esse já vai poder operar um equipamento à distância, seja um drone, um semeador, seja uma máquina agrícola, se ele já tiver acesso ao 5G. Aquelas indústrias que se prevalecem de meios mecânicos, automatizados para fazerem seu processo produtivo se aproveitam do 5G na medida em que estão presentes”, destaca o presidente da Abrintel. Tecnologia no campoA evolução da indústria de máquinas agrícolas desempenhou papel fundamental no avanço do agronegócio brasileiro, transformando o Brasil de importador a um dos maiores fornecedores de alimentos em apenas 50 anos. Os primeiros tratores e colheitadeiras foram introduzidos em nossos campos entre 1959 e 1966 e a mecanização fez com que o setor se tornasse um dos mais importantes para a economia brasileira. A tecnologia continua ditando o mercado. Segundo Cláudio Bier, a renovação do parque de máquinas agrícolas, na década de 1980, ocorria a cada 16 anos. Hoje, ele ocorre mais cedo, já que os agricultores precisam acompanhar a evolução dos modelos e otimizar os processos. “Hoje a vida média de uma máquina é de dez anos, ou seja, o agricultor está trocando para buscar novas tecnologias”, explica. A organização e o intenso processo de modernização das cadeias produtivas do agronegócio, incluindo as novas tecnologias e máquinas agrícolas, fizeram com que o setor ganhasse ainda mais relevância em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). Segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o PIB do agronegócio brasileiro cresceu 8,36% em 2021. Diante do bom desempenho, o setor alcançou, no ano passado, participação de 27,6% no PIB, a maior desde 2004, quando foi de 27,53%. Em valores monetários, o PIB brasileiro totalizou R$ 8,6 trilhões em 2021, sendo que o agronegócio representou mais de R$ 2,3 trilhões. A tendência é de um aumento ainda mais significativo nos próximos anos, principalmente nas exportações. De acordo com dados da Embrapa, a participação do Brasil no mercado mundial de alimentos saltou, na última década, de US$ 20,6 bilhões para US$ 100 bilhões. A produção de grãos, por exemplo, em 20 anos (2000 a 2020), cresceu 210%, enquanto a mundial aumentou 60%. Fonte: Site Barra Curadoria: Boi a Pasto
Tecnologia nas sementes melhoram eficiência do plantio das pastagens
Produtor de Jaciara, em Mato Grosso, aposta na qualidade dos pastos para aumentar lotação da fazenda. Os números sempre fizeram parte da rotina do produtor Ricardo Loto. Formado em economia, ele que é um dos donos da Fazenda Nossa Senhora da Aparecida, que fica localizada em Jaciara no sul mato-grossense, trocou a agitação do mercado financeiro pela vida mais tranquila no campo para ajudar o pai a tocar um novo projeto na propriedade da família. A ideia era tornar a fazenda de cerca de 4.200 hectares mais eficiente e rentável e a experiência de Loto com os números foi fundamental nesse processo. Ele que atualmente é o gestor e responsável pela administração geral, assumiu a missão de ver onde poderiam ser mais produtivos. A propriedade que cria ovinos e equinos, tem como carro chefe a recria e a engorda de bois (machos). “Já fizemos cria também, mas por uma questão de mercado resolvemos focar na recria e engorda”, destaca o produtor. Atualmente a estratégia da Nossa Senhora da Aparecida é bem definida. No ano, o giro é de cerca de 5.400 animais, que são recriados a pasto e terminados em semiconfinamento e confinamento. Para esse projeto dar certo, o administrador percebeu que o cuidado com as pastagens seria fundamental na engorda da boiada, pois era preciso alimentação de qualidade. Cientes dessa necessidade e após muitas pesquisas no mercado, há pouco mais de um ano fizeram os primeiros testes com os produtos da Soesp – Sementes Oeste Paulista, e deu certo. Com bons resultados, de lá para cá não pararam mais de usar. Entre as variedades adotadas estão desde Panicum Mombaça, e BRS Zuri até Brachiarias como Marandu e BRS Ipyporã. “A qualidade da semente e a tecnologia nela embarcada nos surpreendeu muito positivamente”, ressalta Loto. As sementes Soesp são dotadas da tecnologia exclusiva Advanced, que tem como objetivo produzir pasto de altíssima qualidade, acompanhando as necessidades dos sistemas agropecuários. As sementes que recebem o tratamento Advanced são blindadas e ganham diversos benefícios para melhorar a produtividade no campo, entre elas: alta pureza, maior plantabilidade e uniformidade, não rompem o tratamento no plantio, resistência ao estresse hídrico e já vêm tratadas com um inseticida e dois fungicidas. Este tratamento segue protegendo a semente de cupins, formigas, fungos, até sua germinação, dispensando a manipulação de agroquímicos na propriedade. “O que me fez escolher a Soesp foi a tecnologia da semente, a questão da blindagem e revestimento. A proteção da semente mesmo que fique um tempo sem chuva e volte a chover ela brota com a mesma qualidade, esse foi o ponto que mais me atraiu e despertou atenção, toda a tecnologia que vem nela”, afirma o produtor. Facilidade no plantio Atualmente na Nossa Senhora da Aparecida o plantio é realizado da forma convencional com adubadora a lanço (tipo Vicon). Antes de utilizarem os produtos da Soesp, quando a fazenda trabalhava com sementes não tão puras, era necessário realizar mais de uma operação, ou seja, um trator com a Vicon semeando e um outro trator para “cobrir a semente” com a grade niveladora. Quando a fazenda passou a utilizar a tecnologia da Soesp, os proprietários perceberam que poderiam utilizar apenas um implemento simples, que hoje várias empresas têm no mercado. Um equipamento que vai na frente do trator (uma plantadeira elétrica) proporcionou fazer as duas operações com apenas um trator. “Pela mecânica da máquina com uma semente suja e nem tão pura não é possível fazer isso. Operacionalmente nos facilitou muito, plantamos hoje com mais eficiência e com uma economia bem maior”, cita o economista. De olho no futuro Agora a fazenda se prepara para através de suas tecnologias ser ainda mais eficiente. Segundo Loto, no projeto de futuro traçado, a ideia é aumentar o número de animais recriados e terminados na fazenda. “Hoje abatemos um volume baixo de animais terminados em confinamento, algo em torno de 25%. Queremos melhorar a estrutura física do confinamento para chegar até 50%, aumentar o número de animais confinados e abatidos na propriedade”, destaca. O primeiro passo dessa estratégia foi dado, com as reformas de pastagem já realizadas na propriedade esse ano, os produtores pretendem chegar a um rebanho de 6 mil animais e em até dois anos atingir 7 mil cabeças. “Estamos avaliando cada ano, sempre com os pés firmes no chão principalmente por conta da reposição que está muito complicada. Estamos bem otimistas, temos boas tecnologias, o mercado está bem aquecido, e queremos crescer de forma saudável”, diz o produtor. Além da fazenda de Jaciara, recentemente em outra propriedade da família, Loto e seu pai estão implantando um projeto de Integração Lavoura Pecuária (ILP). A ideia é no mesmo espaço ter uma produção mais sustentável, eficiente e rentável. “Este projeto ainda está em fase de implantação, mas temos grandes expectativas de retorno a médio e longo prazo”, finaliza o gestor. Soesp – A Sementes Oeste Paulista atua há 34 anos no mercado de sementes de pastagem. Voltada à produção, beneficiamento, comercialização e desenvolvimento de novas tecnologias tanto para pecuária como para agricultura de baixo carbono. A empresa desenvolveu a tecnologia Soesp Advanced, uma semente diferenciada que traz diversos benefícios no plantio e estabelecimento do pasto, além de se adequar perfeitamente ao sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Acesse www.sementesoesp.com.br.