outubro 11, 2024

Fazenda na Alemanha registra novo caso de peste suína africana

Situação ocorreu em porcos de pequena propriedade no leste do país Outro caso de peste suína africana (PSA) foi confirmado em porcos de fazenda no leste da Alemanha. Foi relatado em uma pequena fazenda com 11 animais no estado oriental de Brandemburgo, afirmou o Ministério da Saúde do país europeu. Todos os animais foram abatidos por precaução. + Forno incinerador é alternativa para tratamento de resíduos orgânicos na suinocultura Diversos compradores de carne suína proibiram as importações da proteína alemã em 2020, depois que o primeiro caso foi confirmado em animais selvagens. A doença não é perigosa para os humanos, mas é fatal para os porcos. Muitos países impõem proibições à carne suína de regiões afetadas pela doença — o que afeta diretamente o comércio mundial de alimentos. Cerca de 3,007 mil casos de peste suína africana em javalis em Brandemburgo já foram confirmados, informou a divisão local do Ministério da Saúde na terça-feira (28), acrescentando que a fonte do último surto está sob investigação das autoridades sanitárias. Peste suína africana na Alemanha Foto: Freepik O governo alemão tem procurado conter e erradicar a doença no leste, em parte reduzindo a população de javalis. Contudo, o grande número de javalis no país, que se deslocam por grandes distâncias, dificultou a contenção da peste suína africana, conforme registra a agência de notícias Reuters.

Especialista elogia sistema sanitário brasileiro em relação à vaca louca

Em entrevista à CNN neste sábado (25), Leonardo Alencar, head de Agro, Alimentos e Bebidas da XP, avaliou que o sistema de vigilância sanitária brasileira “funciona muito bem” no que diz respeito ao controle de doenças em animais ruminantes, como o caso de vaca louca identificado no Pará na última semana. Segundo ele, a doença é provocada quando o gado é alimentado com proteína animal, presente, por exemplo, em farinhas de carne e de ossos. “Isso era mais comum no passado, mas foi proibido no Brasil há muito tempo. Por isso, nunca tivemos a doença de vaca louca clássica”, disse ele. “O rigor brasileiro tem se mostrado muito efetivo no controle de doenças. Faz tempo que não temos febre aftosa, por exemplo, e gripe aviária e febre africana nunca entraram aqui. Às vezes falta um pouco de confiança no nosso sistema sanitário, mas ele funciona muito bem.” Alencar também avaliou que a suspensão de exportações de carne bovina para a China, em medida anunciada na última quinta-feira (23), pode não causar tantos prejuízos à indústria, a depender de quanto tempo durar. O embaixador do país asiático, Zhu Qingqiao, já sinalizou ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que, tão logo seja confirmada que a variedade da doença vaca louca detectada em uma fazenda no Pará é “atípica”, o retorno das exportações de carne brasileira ao país será rápido, segundo fontes do ministério. Confira a entrevista na íntegra no vídeo acima. Fonte :CNN BRASIL

Vaca louca: entenda mais sobre a doença que se tornou conhecida nas décadas de 80 e 90

Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina em um animal em uma pequena propriedade no município de Marabá, no Pará O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou, na quarta-feira (22), um caso de mal da “vaca louca”, chamado tecnicamente de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), em um animal macho de 9 anos em uma pequena propriedade no município de Marabá, no estado do Pará. De acordo com o ministério, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, em inglês) foi comunicada e as amostras foram enviadas para o laboratório referência da instituição em Alberta, no Canadá, que poderá confirmar se o caso é atípico. Neste momento, estão em andamento providências governamentais para o mercado de carnes brasileiras. À CNN, o ministro Carlos Fávaro afirmou que não há motivos para preocupação com relação ao consumo de carne bovina no Brasil. Os últimos casos de vaca louca registrados no Brasil tinham sido confirmados em 2021, nos estados de Minas Gerais e do Mato Grosso. Atualmente, o Brasil é classificado pela OIE com o menor grau de risco para a doença: “insignificante”. Existe ainda o “risco controlado” no qual se enquadram alguns países da Europa, sendo a pior situação a do “risco desconhecido”. Detalhes do caso recente O animal identificado com a doença, criado em pasto, sem ração, foi abatido e teve sua carcaça incinerada no local, de acordo com o ministério. O serviço veterinário oficial brasileiro realiza a investigação epidemiológica que poderá ser continuada ou encerrada de acordo com o resultado. “Todas as providências estão sendo adotadas imediatamente em cada etapa da investigação e o assunto está sendo tratado com total transparência para garantir aos consumidores brasileiros e mundiais a qualidade reconhecida da nossa carne”, disse o ministro Carlos Fávaro. Seguindo o protocolo sanitário oficial, as exportações para a China serão temporariamente suspensas a partir desta quinta-feira (23). No entanto, o diálogo com as autoridades está sendo intensificado para demonstrar todas as informações e o pronto restabelecimento do comércio da carne brasileira. O que é a doença da vaca louca A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) é uma doença do sistema nervoso dos bovinos, que tem um longo período de incubação entre dois e oito anos, e ocasionalmente mais longo. Atualmente não há tratamento ou vacina contra o agravo. Faz parte de um grupo de doenças conhecidas como encefalopatias espongiformes transmissíveis, ou doenças causadas por príons, caracterizadas pelo acúmulo no tecido nervoso de uma proteína infecciosa anormal chamada príon. Este grupo inclui a variante da doença de Creutzfeldt-Jakob, que afeta humanos. A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) clássica foi diagnosticada pela primeira vez em bovinos no Reino Unido em 1986, mas provavelmente estava presente na população bovina do país desde a década de 1970 ou antes, de acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Em seguida, foi relatada em 25 países além do Reino Unido, principalmente na Europa, Ásia, Oriente Médio e América do Norte. Atualmente, como resultado da implementação bem-sucedida de medidas eficazes de controle, a prevalência da EEB clássica é extremamente baixa, assim como seu impacto sanitário global e risco à saúde pública. A doença pode ser dividida em duas formas, segundo a OIE. A versão clássica ocorre através do consumo de alimentos contaminados. Embora a forma clássica tenha sido identificada como uma ameaça significativa na década de 1990, sua ocorrência diminuiu acentuadamente nos últimos anos, como resultado da implementação bem-sucedida de medidas de controle eficazes, e agora é estimada como extremamente baixa. Já a versão atípica refere-se a formas de ocorrência natural e esporádica, que se acredita ocorrerem em todas as populações de bovinos a uma taxa muito baixa e que só foram identificadas em bovinos mais velhos durante a vigilância intensiva. No início dos anos 2000, príons atípicos causadores de vaca louca atípica foram identificados como resultado de vigilância aprimorada para encefalopatias espongiformes transmissíveis. O número de casos atípicos é insignificante, segundo a OIE. De fato, embora até o momento não haja evidências de que a versão atípica seja transmissível, a ‘reciclagem’ do agente da vaca louca atípica não foi descartada e, portanto, medidas para gerenciar o risco de exposição na cadeia alimentar continuam a ser recomendadas como medida de precaução. Transmissão da vaca louca A compreensão clara da origem e desenvolvimento da doença em animais ainda depende de avanços em estudos científicos. No entanto, ficou provado que certos tecidos de animais infectados, os chamados materiais de risco especificados, têm maior probabilidade de conter e, portanto, transmitir o príon da doença. De acordo com o Código de Saúde Animal Terrestre, esses tecidos incluem cérebro, olhos, medula espinhal, crânio, coluna vertebral, amígdalas e íleo distal. Os cientistas acreditam que o gado geralmente é infectado através da ingestão de alimentos contaminados com príons durante o primeiro ano de vida. O risco de contaminação ocorre se a ração contiver produtos derivados de ruminantes, como farinha de carne e ossos, que é o produto proteico obtido pela transformação de certas partes de carcaças de animais, inclusive de pequenos ruminantes e bovinos de criação, que não são utilizados para consumo humano. O príon infeccioso é resistente a procedimentos comerciais de inativação, como calor, o que significa que não pode ser destruído no processo de graxaria – aproveitamento de restos de animais. A incidência de vaca louca foi muito maior em bovinos leiteiros do que bovinos de corte, já que geralmente os rebanhos leiteiros são alimentados com rações concentradas que, antes da introdução de controles mais rigorosos, continham farinha de carne e ossos. Enquanto isso, não há evidências de transmissão direta entre animais (transmissão horizontal) e poucos dados suportam que a doença seja transmitida de mãe para filho (transmissão vertical). Risco à saúde pública A provável transmissão da doença para humanos, supostamente causada na doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), juntamente com a incapacidade de prever o tamanho da epidemia da variante em humanos desencadeou uma crise de saúde pública durante os anos 1990. Até o momento, o número de casos clínicos da doença em humanos identificados é extremamente baixo. Existem indicações convincentes de que a doença de Creutzfeldt-Jakob pode ser adquirida através do consumo de carne bovina

Confirmado por laboratório de referência no Canadá: mal da vaca louca no Brasil é atípico

O exame sobre o caso de mal da vaca louca no Pará realizado em um laboratório de referência no Canadá confirmou, nesta quinta-feira (2), que se trata de uma infecção atípica. Isso reafirma a avaliação de técnicos do governo do Pará e também do Ministério da Agricultura de que foi um caso isolado sem prejuízos para qualidade da carne bovina produzida no Brasil. A CNN teve acesso em primeira mão ao resultado do exame, nesta noite. O mal atípico da vaca louca ocorre quando o bovino adoece de forma orgânica, muitas vezes devido à idade, e não por contaminação da ração. O Brasil nunca registrou um caso típico da doença, que é o mais grave. Agora, a expectativa do governo federal é de retorno praticamente imediato da venda de carne bovina para China, nosso principal comprador. A comercialização está suspensa desde o dia 23 de fevereiro, quando veio à tona a confirmação da doença em um boi de 9 anos, no Pará. O animal foi sacrificado e a carcaça incinerada. Na segunda-feira (27), houve uma videoconferência entre o Ministério da Agricultura e a cúpula da Administração Geral de Aduanas da China (GACC). A reunião foi conduzida pelo secretário de relações internacionais da pasta, Roberto Perosa, homem de confiança do ministro Carlos Fávaro. De acordo com relatos feitos à CNN, foi uma conversa “bem aprofundada” e “muito positiva”, na qual os chineses cumprimentaram o governo brasileiro pela transparência na condução do caso. A sinalização é de retomada das exportações em curto prazo. O mesmo deve ocorrer com Tailândia, Irã e Jordânia que também deixaram de comprar a proteína brasileira, temporariamente.