Programa beneficiará 300 produtores familiares do DF e entorno
Secretaria de Agricultura comunica aquisição de cento e vinte mil cestas verdes para famílias em situação de vulnerabilidade. Investimento deve ser de mais R$ 4,5 mi A Secretaria da Agricultura do Distrito Federal (Seagri), em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), comunicou a realização de chamamento público para aquisição de 120 mil cestas verdes. A expectativa é de que sejam beneficiados 300 produtores do DF e Entorno, com investimentos de R$ 4,5 milhões na agricultura familiar. O programa Cesta Verde atende pequenos produtores e famílias em situação de vulnerabilidade social. De 2019 até agosto de 2022, a iniciativa foi responsável por distribuir mais de 265 mil cestas no Distrito Federal. “De uma vez, nós servimos a dois atores: ao produtor rural e às famílias carentes. E esse modelo tem sido exportado para outros lugares. Há alguns meses, recebemos o ministro de Negócios do Paraguai, que veio para conhecer o sistema”, afirma o secretário de Agricultura, Candido Teles. A secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, explica que “nesse contrato, aumentamos o número de cooperativas que fornecem os produtos da Cesta Verde, porque entendemos a importância desse programa para incentivar os pequenos agricultores, a economia local, além de garantir que as famílias terão em casa alimentos saudáveis e naturais”. Um dos beneficiados do dia, o presidente da Cooperativa Agrícola da Região de Planaltina (Cootaquara), Maurício Rezende, reitera a importância do Cesta Verde e revela almejar um crescimento ainda maior. “Esse programa tem sido essencial, é como uma injeção na veia. É um dinheiro que atende bem o produtor rural, que pode levar o que produz aos mais necessitados. Nós temos que parabenizar essa iniciativa e vamos trabalhar para que no próximo ano esse recurso aumente ainda mais”, frisa. Composta por frutas, legumes e verduras, o Cesta Verde é oferecido como complemento às 85.990 famílias beneficiárias do Cartão Prato Cheio com o objetivo de combater à insegurança alimentar e nutricional. Ela também é entregue às pessoas que recebem a cesta básica emergencial. “Ninguém vive sem comer. Se não houver agricultura e não houver campo, não há cidade. E a agricultura familiar é responsável por alimentar muita gente. Sabemos a gravidade do problema da fome, mas o trabalho tem sido grande e a resposta tem sido dada”, destaca Candido Teles. Papa-DF O Programa de Aquisição de Frutas, Verduras e Legumes produzidos por Agricultores Familiares (Papa-DF), nos moldes da Lei Distrital nº 4.752/2012 e Decreto Distrital nº 33.642/2012, foi criado no intuito de atender os programas sociais da Secretaria de Desenvolvimento Social. Pela parceria entre Sedes e Seagri, beneficiários do programa Prato Cheio podem receber uma ou mais cestas verdes durante o ciclo de nove meses de concessão do benefício. “O Cesta Verde complementa o programa Prato Cheio. Na época em que o cartão foi criado, descartamos converter a Cesta Verde em dinheiro, porque, ao mesmo tempo que viabilizamos uma alimentação saudável e de qualidade para as famílias, garantimos que os produtos serão adquiridos dos agricultores familiares do DF”, pontua a subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional da Sedes, Vanderlea Cremonini. Fonte: Canal Rural Curadoria: Boi a Pasto
Após queda em 2022, CNA projeta alta de até 2,5% do PIB agro em 2023
O agronegócio brasileiro deverá fechar 2022 com um ‘tombo’ de 4,1%, após ter registrado recordes em 2020 e 2021 A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) prevê de estabilidade a crescimento de 2,5% para o PIB do agronegócio em 2023 na comparação com o previsto para este ano. Segundo a CNA, isso se deve aos elevados custos de produção, que devem permanecer no próximo ano, e da tendência de queda nos preços internacionais das commodities agrícolas. “Entretanto, mesmo com a projeção de alta menor do PIB, o resultado sinaliza uma recuperação se comparado com o PIB do agronegócio deste ano, que deverá fechar em queda de 4,1%, depois de registrar recordes em 2020 e 2021, reflexo da forte alta dos custos com insumos no setor, especialmente pela elevação dos preços dos defensivos e fertilizantes, que superaram os 100% de alta neste ano”, explicou a CNA. Para o Valor Bruto da Produção (VBP), que mede o faturamento da atividade agropecuária “dentro da porteira”, a tendência para o próximo ano é de um crescimento de 1,1% em relação a 2022, “mostrando um ritmo menor de expansão, puxado pelo comportamento da pecuária, que deve ter uma receita 2,3% menor em 2023 em relação a este ano”. Já no ramo agrícola, a receita deve ter alta de 2,8%. A estimativa para a safra de grãos 2022/2023 é de um aumento de 15,5% (ou 42 milhões de toneladas) em relação à safra 2021/2022, atingindo 313 milhões de toneladas. Esse crescimento é reflexo da elevação na área plantada, estimado em 76,8 milhões de hectares na safra atual. Apenas na cultura da soja, a área pode chegar a 43,2 milhões de hectares, superando em 4% o ciclo anterior. “A oleaginosa também deve recuperar a produtividade, favorecida pelas condições climáticas, em 17% na comparação com a safra passada e a produção deve totalizar 153,5 milhões de toneladas”, informou a CNA. Balanço do agronegócio em 2022 Segundo a CNA, este ano foi marcado, entre outros fatores, por uma forte alta dos custos com insumos no setor agropecuário, principalmente pela elevação dos preços de defensivos e fertilizantes. Esta será a principal razão para a queda prevista de 4,1% do PIB do agronegócio em 2022. “Também contribuíram para pressionar o PIB para baixo as reduções de produção em atividades importantes, como soja e cana-de-açúcar”, explicou a entidade. Já o Valor Bruto da Produção deve alcançar R$ 1,3 trilhão em 2022, crescimento de 2,2% em relação a 2021. No ramo agrícola, a receita deve subir 3,3% em relação a 2021, alcançando R$ 909,3 bilhões. Na pecuária, a previsão para este ano é de estabilidade, com aumento 0,1%, alcançando R$ 448,5 bilhões. As principais cadeias que mais influenciam no VBP são a soja, a carne bovina e o milho, que, somados, representam 58,4% do total. No comércio exterior, de janeiro a novembro deste ano, as exportações brasileiras de produtos agropecuários totalizam US$ 148,3 bilhões, superando em 23,1% o total vendido em todo o ano de 2021, de US$ 120,5 bilhões. Nos onze primeiros meses de 2022, o agro respondeu por 48% das vendas externas totais do Brasil. Ano de desafios Para a entidade, o próximo ano será de desafios, tanto no ambiente interno quanto no cenário externo. De acordo com a entidade, do lado doméstico, há incertezas sobre o controle das despesas públicas e a condução da política fiscal que devem impactar os custos do setor agropecuário, sobretudo em questões tributárias. “A taxa Selic [juros básicos da economia] deve se manter elevada no próximo ano, acarretando mais custo para o crédito para consumo, custeio e investimento. E o crédito privado deve se consolidar como alternativa para o produtor financiar sua produção nas próximas safras”, avaliou. O diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, explicou que a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Transição pode elevar o risco de endividamento do governo, o que levaria à alta da inflação e consequente aumento dos juros. Ele defendeu essa flexibilização do teto de gastos por um prazo menor e não por quatro anos, como defendia a equipe de transição. Ontem (6), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou a medida para dois anos. Pela proposta, serão destinados R$ 175 bilhões para pagamento do Bolsa Família, no valor de R$ 600 mensais, mais R$ 150 por criança de até 6 anos em 2023, além de recursos para ampliar investimentos. Lucchi concorda que é preciso revisar e criar uma nova regra para o teto de gastos. “Acho viável ter uma nova regra. Por exemplo, dinheiro de convênios, trabalhamos a questão dos fertilizantes, buscamos recursos para o Serviço Geológico do Brasil, mas não poderia ampliar recursos externos porque esbarrava na lei do teto. Então, cabe uma análise, o que tem que tomar cuidado são os valores colocados para o próximo ano e o período [prazo para flexibilização]”, disse. Instituída em 2016, a Emenda Constitucional do Teto de Gastos limita o aumento do orçamento público ao crescimento da inflação do ano anterior. Já no cenário internacional, as previsões de desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) mundial podem influenciar o comportamento das exportações brasileiras do setor no próximo ano. Também há estimativas de queda de crescimento econômico de alguns dos principais parceiros comerciais do Brasil, como China, Estados Unidos e União Europeia, além da incerteza na disponibilidade global de grãos e de insumos causados pela guerra da Rússia na Ucrânia. Comércio exterior Apesar dos desafios, o ano de 2023 tem boas perspectivas para que o Brasil continue aumentando a sua participação no comércio agrícola internacional. Na avaliação da CNA, a expectativa é de que o comércio internacional de bens deve desacelerar, com previsão de aumento de apenas 1% no volume transacionado, bem abaixo dos 3,4% esperados para esse ano, segundo dados da Organização Mundial de Comércio. “Neste contexto, o comércio agrícola deve seguir a mesma linha, crescendo a níveis menores do que em anos anteriores em razão do crescimento mais lento das importações da China, a retomada econômica mundial em função da pandemia de covid-19 e o conflito entre Rússia e Ucrânia e seus
Planos de manejo e tipos de pastagens são debatidos em encontro com produtores do Pantanal
Fazendas pantaneiras apresentam distintas aptidões de produtividade e demandam diferentes estratégias de manejo O 3º Encontro de Produtores da Fazenda Pantaneira Sustentável (FPS) que aconteceu em Cuiabá (01/12) trouxe temas relevantes para o bioma, como: “Por que, onde e como introduzir pastagens exóticas no Pantanal” e “Manejo de pastagens nativas e exóticas”. Os assuntos foram abordados pela pesquisadora, Sandra Aparecida Santos, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Pantanal), para os produtores rurais assistidos pela equipe de assistência técnica e pesquisa do projeto. Existe uma grande proporção de paisagens no bioma Pantanal e forrageiras de qualidade que compõem os campos. As fazendas pantaneiras apresentam distintas aptidões de produtividade e demandam diferentes estratégias de manejo. Diante disso, o projeto FPS leva ao produtor pantaneiro informações e ferramentas que possam subsidiar a definição de estratégias de manejo que proporcionem a conservação das pastagens nativas, associadas com a introdução de gramíneas exóticas, e que permitam a manutenção da sustentabilidade dos sistemas de produção no Pantanal. Sandra mostrou ainda aos fazendeiros do Pantanal que manter a pastagem nativa em boas condições pode trazer mais benefícios do que introduzir pastagens exóticas – aquelas que não são nativas do bioma. “Primeiro passo é identificar como valorar as pastagens nativas. Em seguida, avaliar diferentes estados de conservação de pastagens nessas áreas e comparar com as pastagens introduzidas nessas mesmas áreas. Assim, conseguimos fazer a valoração dessas pastagens e é possível observar que elas têm um alto valor, um baixo impacto ambiental, maior renovabilidade e maior valor nutricional”, explicou Sandra. Segundo Sandra, o ecossistema pantaneiro é muito complexo. Em função da ocorrência de cheias durante o período das águas, nem todas as gramíneas da região (mais de 200) produzem quantidade satisfatória de forragem anualmente. Esse regime de cheias também dificulta a introdução de gramíneas cultivadas ou exóticas. “O grande benefício de fazer parte desse projeto foi nos apropriarmos da vegetação nativa. Temos uma quantidade de vegetação nativa de grande importância, com alto valor de proteína e isso é muito importante para nós, ter a consciência de que esse patrimônio está disponível para nós é um grande valor. E a Embrapa, a Famato, o Senar, o Imea vem contribuindo para que nós realmente consigamos adequar o sistema de manejo, com pasto nativo da nossa pecuária, da nossa mão de obra, gestão, isso é muito benéfico para nós produtores pantaneiros”, contou a produtora rural e presidente do Sindicato Rural de Cáceres, Ida Beatriz. O tema “Lei do Pantanal e regulamentação” foi apresentado pela superintendente de Mudanças Climáticas e Biodiversidade da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Gabriela Priante. Gabriela fez um prospecto dos últimos 14 anos, até a alteração da lei do Pantanal, a morosidade de regulamentação das legislações, e concluiu que hoje com a parceria que o estado de Mato Grosso tem com a Embrapa Pantanal, por meio de cooperação técnica, as notas técnicas estão subsidiando a melhoria, a readequação e a regulamentação das políticas existentes. “As políticas estão prontas? Elas estão ideais? Não. Tanto que acabamos de ver a necessidade de algumas adaptações, entretanto somente podemos atender o que está dentro das legislações. Enquanto ela não mudar precisamos fortalecer essa parceria com os institutos de pesquisa”, disse Gabriela. Certificação – O analista de pecuária da Famato, Marcos de Carvalho, falou sobre o interesse do setor produtivo rural de Mato Grosso em alcançar o mérito de Indicação Geográfica (IG) de uma carne ambientalmente sustentável, socialmente justa e economicamente viável para o Pantanal Mato-grossense. Representantes do Sistema Famato estiveram em Bagé, no Rio Grande do Sul, em novembro deste ano para conhecer a iniciativa de Indicação Geográfica da Carne do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional. “Nosso objetivo é contribuir para que o bioma Pantanal também alcance o mérito de Indicação Geográfica de uma carne ambientalmente sustentável, socialmente justa e economicamente viável. Em uma ação conjunta com Mato Grosso do Sul e o Mapa, pretendemos conquistar esse reconhecimento para o pecuarista do Pantanal”, destacou Lucélia Avi, gestora técnica da Famato. FPS – É um projeto piloto criado para auxiliar produtores rurais do bioma Pantanal de Mato Grosso a se desenvolverem economicamente na região e de forma sustentável. O projeto é coordenado pela Famato, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e Embrapa Pantanal. Tem a parceria do Imea e Sindicatos Rurais. Participaram do evento a chefe da Embrapa Pantanal, Suzana Sales, representando a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), a diretora Eloisa El Hage, o secretário de estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Cesar Alberto Miranda, produtores rurais, presidentes de sindicatos rurais, Ida Beatriz (Cáceres), Raul Santos (Poconé) e Antônio Carlos de Carvalho (Santo Antônio de Leverger) e técnicos do Sistema Famato. A gravação do evento está disponível no canal da Famato no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=1P5zpEQSjcQ Fonte: CNA Curadoria: Boi a Pasto
Descoberta de infecção muda a forma de cultivo do maracujá
Chegada do vírus CABMV ao Paraná exigiu mudanças na forma de cultivo dos maracujazeiros Os Servidores do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-PR) realizaram uma formação sobre maracujá em 2015, e, na visita a uma propriedade, foram interpelados por um produtor acerca da suspeita de uma doença na plantação. Depois de uma análise de laboratório, constatou-se a presença do vírus do mosaico caupí, conhecida pela sigla CbMV (do inglês Calibrachoa Mottle Virus). Os funcionários buscaram ajuda de especialistas do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) e de produtores da cidade de Presidente Prudente (SP) que já enfrentavam a doença. As informações obtidas resultaram na proposta de novas práticas no cultivo dos maracujazeiros para erradicar o vírus. Como a doença afeta o cultivo de maracujá? O vírus CABMV é uma das principais pragas que acometem produções de maracujá em todo o Brasil. A primeira ocorrência relatada no País é de 1978, na Bahia; desde então, diversos estados sofrem com a doença e muitas regiões produtivas já relataram a quebra de safra em decorrência do vírus. Estudos demonstram que pelo menos 16 espécies de maracujazeiros são suscetíveis à doença. Quando infectados pelo vírus CABMV, os pomares sofrem o endurecimento dos frutos do maracujazeiro (EFM). Quando a doença se instala, as plantas contaminadas precisam ser erradicadas, ou então podem comprometer toda a produção. Em situações normais, os maracujazeiros são plantas semiperenes, os cultivos chegam a dar frutos por até 4 anos, mas quando há presença da doença, as plantas precisam ser eliminadas anualmente. A resistência dos produtores em alterar as práticas de manejo podem ter ajudado a espalhar a doença por todo o Estado do Paraná. Segundo informado pelo Senar-PR, a doença pode ter chegado ao Estado em 2004 e virou um problema para produtores em 2014. A principal área de cooperativa de maracujá chegou a ter uma redução drástica na produtividade, que só voltou ao normal em 2021, e outras áreas tiveram perdas de 100%. Qual é o manejo correto quando há CABMV no maracujá? O vírus CABMV é transmitido pelos pulgões, que passam a doença ao “morderem” uma planta contaminada e depois outra saudável. Existe uma estratégia simples para combater as infestações: ao invés de levar mudas de 30cm do viveiro para o pomar, leve-as com pelo menos 1,5 metro de altura, isso porque as plantas que já estão florescendo oferecem menos risco. Além disso, é preciso fazer o acompanhamento nutricional dos maracujazeiros para garantir a ausência da doença. A erradicação anual das lavouras freia a disseminação do vírus. Normalmente, as lavouras são derrubadas no final da safra, entre julho e agosto, e um período de 20 dias a 30 dias funciona como um vazio sanitário; as mudas estão seguras nos viveiros e os pulgões não tem onde se instalar. Com os novos conhecimentos sobre a doença, o sistema FAEP/Senar-PR atualizou o curso “Maracujazeiro”, que estará disponível para os produtores paranaenses. O curso ensina a contornar e conviver com a presença da doença no estado e ainda manter a produtividade. São ensinadas técnicas de irrigação, nutrição, manejo de mudas e técnicas para identificar a virose. Fonte: CNA SENAR, EMBRAPA, Revista Cultivar, FAEP Curadoria: Boi a Pasto
Produtores de Flores de Goiás se capacitam para integrar Polo de Fruticultura
Equipes acompanharam Curso de Cooperativismo em Vão do Paranã, realizado por OCB-GO/Sescoop-GO. Projeto pretende incrementar produção agrícola e melhorar a renda das famílias em uma das regiões mais carentes do Estado Produtores de Flores de Goiás se capacitam para integrar Polo de Fruticultura Vinte e quatro pequenos produtores rurais de Flores de Goiás participaram, de um Curso de Cooperativismo. A iniciativa cumpriu mais uma etapa do processo de implantação do Polo de Fruticultura do Vão do Paranã, projeto do Governo de Goiás, criado e operacionalizado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), em parceria com a Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), a Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) e outras entidades. O objetivo principal do projeto é incrementar a produção agrícola na região do Nordeste Goiano, gerando emprego e renda para a população. A atividade escolhida, a fruticultura, está alinhada com o perfil topográfico, climático e hidrológico local. “Esta região tem alto potencial produtivo, principalmente com irrigação. Queremos dotar estes produtores de conhecimento e tecnologia para que possam produzir em quantidade e qualidade. Há muito espaço para ser ocupado tanto no mercado interno quanto externo”, destaca o titular da Seapa, Tiago Mendonça. O processo de implantação do polo contempla a capacitação de produtores rurais e a facilitação do acesso a crédito e tecnologia. “Nosso foco inicial está em Flores de Goiás. Ali há 20 assentamentos rurais da reforma agrária, com 2.092 famílias, muitas delas em situação de vulnerabilidade social. Vamos expandir gradativamente este trabalho para outros municípios do Nordeste Goiano”, explica o superintendente de Engenharia Agrícola e Desenvolvimento Social, José Ricardo Caixeta Ramos. A previsão inicial é capacitar 130 produtores rurais oriundos de assentamentos de Flores de Goiás, onde será implantada a primeira infraestrutura hidroagrícola em uma área de dois hectares. Na quarta-feira (23/11), o município recebeu o Curso de Cooperativismo, realizado pela Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Goiás e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de Goiás (OCB-GO/Sescoop-GO). Equipes da Seapa e da Emater acompanharam a capacitação. Vinte e quatro produtores foram certificados. “Essa certificação é um pré-requisito para participar do projeto. Visitamos iniciativas semelhantes, como o Polo Frutícola do Vale do São Francisco, e reunimos parceiros para oferecer algo bem estruturado, que contempla capacitação, assistência técnica, crédito, outorga de água, garantia de venda e outros fatores decisivos para o sucesso”, diz a gerente de Infraestrutura Rural da Seapa, Claudia Nogueira. Além da OCB-GO/Sescoop-GO, Codevasf e Sudeco, o projeto já tem as parceiras de Sistema Faeg/Senar, Sebrae Goiás, Perboni e Prefeitura Municipal de Flores de Goiás. O gerente de Agricultura Irrigada da Seapa, Vitor Hugo Antunes, e o assessor Alisson Ferreira também estiveram em Flores de Goiás. Responsáveis pela elaboração dos projetos agronômicos e hidráulicos, eles levaram aos produtores esclarecimentos sobre exigências, obrigações e condições de participação no polo. A partir de agora, acompanharão os processos de implantação da infraestrutura hídrica, plantio e condução das culturas. “Vamos começar com manga e maracujá, por seu alto potencial de mercado e valor agregado”, antecipa Antunes. As próximas etapas do Projeto de Irrigação – Polo de Fruticultura do Vão do Paranã contemplam seleção de participantes por capacidade de pagamento, definição de modelo e fonte de financiamento, assinatura de protocolo de intenções e criação de grupo de trabalho com parceiros, assinatura de propostas de financiamento, supervisão da construção da infraestrutura hídrica, plantio, acompanhamento de indicadores de produtividade e comercialização e expansão para outros municípios. Fonte: Agencia Coral de Notícias Curadoria: Boi a Pasto
Romanelli destaca qualidade do café produzido por mulheres do Norte Pioneiro
O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) destacou a qualidade do café produzido por mulheres do Norte Pioneiro. Produtoras da bebida em Tomazina, Joaquim Távora e Pinhalão foram vencedoras da 6ª edição do Cup das Mulheres. O evento foi realizado no Centro de Qualidade do Café, no IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater) e premiou os melhores grãos produzidos artesanalmente no Norte Pioneiro, por mulheres da agricultura familiar. “Mais uma vez o Norte Pioneiro mostra a força da mulher paranaense. A fragilidade de antes deu lugar à garra, à força e ao empoderamento feminino, que mostra cada dia mais que o lugar da mulher é onde ela quiser estar, e que tudo o que elas fazem, apresentam resultados positivos”, disse o deputado. As Mulheres do Café participaram do concurso com 22 lotes, que foram avaliados por uma comissão de provadores do IDR-Paraná. Os critérios têm base no protocolo da SCA (sigla, em inglês, para Associação de Cafés Especiais). Além de representar a força da mulher do Norte Pioneiro e apresentar a qualidade da produção regional, as cafeicultoras participaram de uma oficina de degustação. Vencedoras — O 6º Cup das Mulheres não apenas revelou a qualidade e dedicação com as quais as cafeicultoras se preocupam com a produção da bebida, como possibilitou ainda ampliar as discussões das etapas de processamento dos grãos depois que eles saem do campo. O café do Norte Pioneiro do Paraná é um dos 12 produtos paranaenses que contam com a certificação de IGP (Indicação Geográfica de Procedência) desde 2012, o que faz com que o Paraná seja o terceiro estado com mais reconhecimentos de origem no Brasil. As vencedoras da 6ª edição do concurso são de Tomazina, Joaquim Távora e Pinhalão. O café produzido por Claudionira Inocencia de Souza, de Tomazina, venceu na categoria cereja descascado. Márcia Cristina da Silva, da mesma cidade, foi a vencedora na fermentação induzida. Na categoria café natural, a campeã foi Fátima Aparecida da Cruz, de Joaquim Távora. Já o júri popular escolheu o café de Sirlene Soares Santos Souza, como o melhor entre todos os participantes. Iniciado em 2013, o Cup das Mulheres reúne cerca de 250 cafeicultoras, organizadas em 12 grupos de 11 municípios do Norte Pioneiro: Curiúva, Figueira, Ibaiti, Japira, Jaboti, Pinhalão, Tomazina, Siqueira Campos, Salto do Itararé, Joaquim Távora e Carlópolis. Fonte: Tribuna do Vale Curadoria: Boi a Pasto