julho 26, 2024

Chuvas extremas no Sul geram prejuízo bilionário para produção agrícola

O Sul do Brasil está sendo atingido por muita chuva nos últimos meses devido ao fenômeno El Niño. Recentemente, fortes precipitações causaram enchentes no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Além das perdas humanas e materiais, a produção agrícola sulista também tem sido prejudicada pelas condições climáticas extremas.

Dobradinha milho/sorgo pode reduzir riscos na segunda safra

A escassez de chuvas e/ou precipitações irregulares no Brasil Central entre setembro e outubro foram suficientes para ligar o sinal de alerta entre os produtores brasileiros. Sem condições ideais de cultivo em sequeiro, muita gente teve de atrasar a entrada da soja (safra de verão), o que, em princípio, poderia comprometer a segunda safra caso se levasse em conta apenas o cultivo do milho. No entanto, a possibilidade de uso do sorgo granífero após a colheita da soja plantada mais tardiamente, pode reduzir sensivelmente este risco, funcionando como uma espécie de “esteio” ou “seguro” para o agricultor, abrindo a possibilidade de maior rentabilidade para todo o sistema.

Inteligência artificial torna mais preciso o mapeamento da intensificação agrícola do Cerrado

Metodologia pioneira, desenvolvida com suporte da Inteligência Artificial (IA), permitiu o alcance de um nível de acurácia de até 97%, quando aplicada em análises de imagens de satélite do Cerrado do município de Sorriso (MT), um dos principais produtores agrícolas do País. A acurácia é um aspecto relevante nos levantamentos realizados por meio de sensoriamento remoto.

Metodologia pioneira foi desenvolvida com algoritmos de classificação digital de imagens de satélites baseados em Inteligência Artificial (IA). Aplicada em análises de imagens do Cerrado do município de Sorriso (MT), permitiu acurácia de até 97%.Tal precisão favorece estudos e monitoramento relacionados ao uso da terra e à prática da intensificação agrícola. A abordagem diferenciada da metodologia, marcada pela harmonização de dados Landsat e Sentinel-2, além da utilização dos algoritmos, viabilizou a identificação de áreas com até três safras no mesmo ano agrícola, o que não é comum na maioria dos mapeamentos existentes. A metodologia foi desenvolvida por pesquisadores da Embrapa, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Universidade Federal de Uberlândia (UFU). O trabalho está publicado na revista International Journal of Geo-Information (IJGI). Detalhes da metodologia, resultados e mapas gerados podem ser consultados no Repositório de Dados de Pesquisa da Embrapa (Rodapé).

#Websérie Reformar ou Recuperar as pastagens: eis a Questão A importância da Escolha da Melhor Semente Forrageira na Reforma de Pastagens Degradadas

A reforma de pastagens degradadas é um processo essencial para a recuperação da produtividade, qualidade e sustentabilidade da pecuária. Durante essa jornada de restauração, diversas etapas são adotadas, desde o diagnóstico até a implementação das técnicas de manejo adequadas. No entanto, um aspecto muitas vezes negligenciado, mas de extrema importância, é a escolha da melhor semente forrageira. Essa etapa final é crucial para garantir o sucesso da reforma, considerando as condições edafoclimáticas de cada região.A reforma de pastagens degradadas é um processo essencial para a recuperação da produtividade, qualidade e sustentabilidade da pecuária. Durante essa jornada de restauração, diversas etapas são adotadas, desde o diagnóstico até a implementação das técnicas de manejo adequadas. No entanto, um aspecto muitas vezes negligenciado, mas de extrema importância, é a escolha da melhor semente forrageira. Essa etapa final é crucial para garantir o sucesso da reforma, considerando as condições edafoclimáticas de cada região.

Quem é contra o agronegócio? E por quê?

Por Sérgio Turra, deputado estadual Os ataques recorrentes ao agronegócio brasileiro — por desinformação ou má fé de quem os comete — não podem ficar sem resposta. Calar-se perante ao fato seria consentir com os absurdos que temos acompanhado na mídia, e até no Parlamento Gaúcho, que cumpre o importante papel de ser porta-voz de um Estado que tem quase 40% do seu PIB impulsionado pelo setor primário. As acusações são sempre as mesmas: entre tantas outras bobagens, se diz que o Brasil é o país que mais utiliza “agrotóxicos” ou que o extraordinário crescimento da produção agrícola nos últimos 20 anos se deu à custa da derrubada de florestas – embora estudos da Embrapa demonstrem que as supersafras resultem do crescimento exponencial da produtividade, ou seja, de volumes maiores colhidos nas mesmas áreas, graças ao avanço da tecnologia. De fato, a agricultura ocupa menos de 10% do território nacional. As áreas de matas preservadas representam mais do que o dobro da média mundial. O Brasil é um dos países com maior cobertura vegetal nativa do planeta. Produtores rurais conservam em suas propriedades uma área equivalente a 20% do território brasileiro. Quem mais, no mundo contemporâneo, pode exibir números como esses? A pecuária e a avicultura também são acusadas de acelerar o aquecimento global, ou de transmitir hormônios à população. Nada disso também é cientificamente verdadeiro. A verdade é que foi o agronegócio que salvou o Brasil da insolvência na última grande recessão vivida pelo país antes da pandemia — e isso se repetiu durante a crise sanitária mundial. O setor cresceu, gerou empregos e garantiu o abastecimento do mercado interno e até dos de outros países. Em meio ao naufrágio da economia mundial, o campo ainda sustentou saldos positivos na balança comercial. E isso não se deu por acaso. O agronegócio brasileiro é o maior exportador de soja, açúcar, suco de laranja e café do mundo. É, também, o maior fornecedor de carne de frango, além de grande exportador de carne bovina, frutas, algodão e milho. O agronegócio responde por 48% das exportações brasileiras. Fatura mais de US$ 90 bilhões. Emprega mais de 19 milhões de trabalhadores. E gera mais de R$ 600 bilhões para a economia, contribuindo com quase 30% do PIB brasileiro. Não por acaso, as principais fontes de criação de empregos nos últimos anos foram a agricultura e a pecuária. Por trás do vinho icônico ou do prato do chef famoso existe uma legião de produtores rurais garantindo, com seu trabalho anônimo, a matéria-prima para os restaurantes e supermercados. Quem frequenta os salões dos melhores restaurantes nem sempre sabe de onde vêm os alimentos e como são produzidos. Ou de que modo uma quebra de safra impacta diretamente no custo de suas refeições ou do combustível renovável que utiliza em seu veículo. Mas o fato é que agricultores e consumidores não vivem uns sem os outros — por mais que raramente se encontrem face a face. Mesmo assim, ainda há quem demonize o agronegócio — um cantilena tão antiga quanto politicamente desonesta e oportunista. Sim, o Brasil é o terceiro maior fabricante de jatos comerciais do mundo, atrás apenas da Europa e dos Estados Unidos. Mas a verdadeira vocação do país é o agro, setor em que somos respeitados como superpotência. O desenvolvimento tecnológico neste segmento, e as produtividades obtidas graças a ele, assombram o mundo. A clonagem de animais, a transgenia, a digitalização, a agricultura de precisão, a automação das máquinas agrícolas, os drones e tantas outras já estão perfeitamente incorporadas ao dia a dia de nossos produtores. Há pouco mais de duas décadas, o Brasil colhia 70 milhões de toneladas de grãos. Nesta safra, estamos no limiar das 300 milhões de toneladas. Quem, em sã consciência, pode ser contra um setor que alimenta o mundo com responsabilidade social e ambiental, a não ser que seja motivado por um mesquinho projeto político de assalto ao poder? * Sérgio Turra é advogado e está no segundo mandato como deputado estadual no RS pelo Progressistas.Integra a Comissão de Agricultura, a Frente Parlamentar de Apoio à Agropecuária ea Frente Parlamentar de Combate aos Crimes Agropecuários.

Arroz: preços sustentados mesmo com andamento da colheita

O mercado doméstico de arroz encerrou a penúltima semana de março com preços firmes, apesar do avanço da colheita no Brasil. A ponta vendedora segue distante das negociações, aguardando melhores condições para retomar a comercialização.Evandro Oliveira, analista e consultor de Safras & Mercado A média da saca de 50 quilos de arroz em casca no Rio Grande do Sul fechou a quinta-feira, dia 23 cotada a R$ 84,81. Um avanço de 0,16% em relação à semana anterior. Em comparação ao mesmo período do mês passado, houve uma alta de 0,53%. E um aumento de 10,77% quando comparado ao mesmo período de 2022. Segundo ele, o cereal deve manter preços firmes na temporada 2023/24, iniciada em março. O dólar em patamares elevados favoreceu muito as exportações de arroz no segundo semestre de 2022, com volumes recordes sendo alcançados, como foi o caso do mês de outubro.Evandro Oliveira, analista e consultor de Safras & Mercado O pico foi alcançado em meados de janeiro, embora agora em março o ritmo esteja mais brando. Com os embarques escoando a oferta e limitando a disponibilidade interna, as cotações foram alavancadas. México se destaca Em arroz em casca, o país exportou na temporada 2022/23, março a fevereiro, 918,8 mil toneladas, contra 335,2 mil toneladas em 2021/22. Destaque para os embarques para o México, com mais de 456 mil toneladas embarcadas em 2022/23. Por outro lado, o consultor indicou que as importações também cresceram na temporada, o que limitou avanços nas cotações. Mas, o viés é altista para 2023/24, com o estoque ao final da temporada 2023/24 devendo cair para 491 mil toneladas, com queda de 47% em relação à temporada anterior (929 mil toneladas). “Teremos estoques pequenos ao final da temporada 2023/24, um indicativo de suporte nos preços na temporada”, afirma Oliveira. A produção brasileira 2023/24 é estimada por Safras & Mercado em 10,366 milhões de toneladas, contra 10,977 milhões de toneladas (-6%) da safra anterior. E essa oferta menor tende a reduzir os estoques e sustentar as cotações. Fonte: Safras & Mercado Curadoria: Marisa Rodrigues/Portal Boi a Pasto

Recuos do milho em Campinas e de soja em Chicago e Paranaguá

A ausência de compradores dos negócios no aguardo de melhores oportunidades somada com o avanço da colheita faz com que o milho recue para a casa dos R$ 84/saca no mercado físico de Campinas/SP. Ontem os vencimentos mais distantes do cereal apresentaram recuos mais expressivos na B3. Enquanto o contrato maio/23 terminou a sessão regular no campo positivo a R$ 84,06/saca. Uma alta de 0,19%, apesar do avanço da colheita da safra de verão. E após o USDA reportar um forte número de exportação do milho norte-americano até a semana encerrada dia 16, para 3,096 milhões de toneladas, o vencimento maio/23 chegou a renovar a máxima das últimas sessões na Bolsa de Chicago. Porém, retornou e acabou fechando o pregão regular no vermelho a US$ 6,32/bushel, recuo diário de 0,28%. Soja pressionada Os problemas logísticos depreciando os prêmios de exportação e a queda intensa e contínua dos futuros em Chicago continuam a pressionar os preços da soja no mercado físico. Em Paranaguá/PR, a oleaginosa atinge o patamar de R$ 154,09/saca, queda diária de R$ 6/sc. E quedas próximas a 2% marcaram os futuros do grão de soja em Chicago ontem, reagindo às expressivas desvalorizações do complexo soja e também à perda de demanda para a oleaginosa norte-americana para a brasileira. E apresentaram o menor fechamento diário desde 31 de outubro. O vencimento maio/23 retrocedeu 2%, e finalizou o pregão regular de 23/03 a US$ 14,20/bushel. Fonte: Agrifatto Curadoria: Marisa Rodrigues/Portal Boi a Pasto