outubro 24, 2024

Governo vai destinar US$ 1,3 bilhão do Fundo Clima para recuperação de pastagens

O governo federal vai destinar cerca de US$ 1,3 bilhão dos recursos do Fundo Clima para o programa nacional de recuperação de pastagens degradadas e conversão em áreas agricultáveis. A captação dos recursos internacionais será feita por meio do Eco Invest Brasil, programa de hedge cambial da Secretaria do Tesouro Nacional para atrair investimentos externos voltados à transformação ecológica, conta o assessor especial do Ministério da Agricultura, Carlos Ernesto Augustin. “Os recursos serão disponibilizados aos produtores com juros de até 6,5% ao ano, dez anos de pagamento e carência. Esse valor já está reservado, com o Tesouro destinando US$ 1 bilhão, o que pode chegar a US$ 1,3 bilhão com participação dos bancos”, detalhou Augustin, ao Broadcast Agro, nos bastidores dos encontros do grupo de trabalho da Agricultura do G20 Brasil.

Rastreabilidade na Pecuária: Desafios e Oportunidades para o Brasil na COP30

Maior exportador mundial de carne bovina, com 2,25 milhões de toneladas no acumulado de janeiro a novembro, o Brasil tem um enorme desafio pela frente. E envolve as 2,5 milhões de propriedades rurais brasileiras dedicadas à pecuária, sendo 70% de pequeno porte. Um dos grandes temas discutidos em painéis durante a COP28 e que continuará em discussão na COP30, em Belém: o da rastreabilidade bovina. Ou seja, colocar chips no rebanho para identificar insumos e matérias-primas em toda a cadeia, além de garantir a segurança do alimento e que a produção esteja sendo feita em terras não desmatadas, entre outros benefícios.

PRONUNCIAMENTO

Em pronunciamento nesta terça-feira (4/6), véspera do Dia Mundial do Meio Ambiente, a ministra Marina Silva alertou que eventos climáticos extremos, como as fortes chuvas no Rio Grande do Sul, serão cada vez mais frequentes devido à emergência climática. Combater a mudança do clima exige ação imediata, destacou Marina, que reforçou o compromisso do governo federal com a proteção do meio ambiente, a transformação ecológica e o desenvolvimento sustentável. 

ebook – reforma e recuperação de pastagens

Identificação da Área Degradada

A identificação da área degradada é o primeiro passo, considerado vital,  no processo de reforma e recuperação de pastagens. Neste capítulo, vamos explorar os principais sinais e indicadores que podem ajudar você, produtor pecuarista, a identificar áreas de pastagem degradadas em sua propriedade.

Sombreamento nos Pastos: O Pilar da Pecuária Sustentável em Tempos de Ondas de Calor

À medida que o Brasil se prepara para enfrentar ondas de calor intensas, com previsões alarmantes de temperaturas chegando a 45 graus Celsius nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, é fundamental destacar a importância do sombreamento nos pastos para a pecuária. O sombreamento, que pode ser alcançado por meio de árvores ou estruturas artificiais, é uma prática essencial para garantir o bem-estar dos animais e a produtividade da pecuária, além de desempenhar um papel significativo na mitigação das mudanças climáticas e na promoção da pecuária sustentável

Pecuária leiteira mais rentável e sustentável

Uma iniciativa pioneira mensurou a pegada de carbono e a rentabilidade de 150 propriedades leiteiras ao longo de um ano. As fazendas que adotaram práticas de agricultura regenerativa durante a safra de 2022/2023 tiveram um custo de produção 8% menor na comparação com as propriedades convencionais, que não adotaram práticas regenerativas. O resultado foi uma rentabilidade de 4% a mais na atividade leiteira.

REPORTAGEM ESPECIAL: FAZENDA MONALISA, UM MODELO DE RECONVERSÃO PECUÁRIA PARA O MUNDO

Desde 2015, a Fazenda Monalisa, de propriedade da família do médico veterinário Mauroni Cangussu, adquirida na década de 80, por seu pai, o pecuarista Levy Cangussu, tornou-se um exemplo inspirador de sucesso na implementação de práticas sustentáveis. Ao se mudarem para o Maranhão, após o trágico incêndio que deixou sua fazenda em Carlos Chagas, Minas Gerais, infértil por longos anos, Levy Cangussu decidiu que nunca mais colocaria fogo em um pé-de-cana, de tão traumatizado que ficou com os resultados obtidos pela queimada de sua propriedade, que se alastrou por suas pastagens, devastando-as. Aliás, tal ação era comum, à época, pois, era uma tradição cultural que advinha dos indios Aimóres, quando se acreditava que após as queimadas, seguidas das chuvas, as terras brotariam bonitas e fortes, eliminando-se o trabalho anterior de capinação ou gradeação das mesmas.

A trajetória de sucesso da Fazenda Monalisa, localizada no estado do Maranhão é um exemplo de reconversão pecuária ou pecuária regenerativa. O fazendeiro Mauroni Cangussu, filho do fazendeiro Levy Cangussu, viveu uma experiência trágica na década de 60, quando o pai colocou fogo em suas pastagens, levando à morte e desnutrição de muitos animais de seu rebanho. Com o passar dos anos e a abolição completa das queimadas, o pecuarista percebeu que a ausência do fogo permitiu o aumento da produção de forragem das terras da fazenda e a recomposição do solo, incluindo a fertilidade. O manejo das pastagens sem o uso do fogo foi confirmado por estudos científicos e técnicos agropecuários.

Pecuária Regenerativa x Recuperação de Pastagens Degradadas: Uma Comparação Necessária

A pecuária desempenha um papel crucial na economia e no abastecimento de alimentos em muitos países ao redor do mundo. No entanto, práticas de manejo inadequadas têm levado à degradação das pastagens, resultando em perda de produtividade, erosão do solo e impactos ambientais negativos. Com a crescente preocupação com a sustentabilidade e a necessidade de preservar os recursos naturais, surgiram duas abordagens para reverter esse cenário: a pecuária regenerativa e a recuperação de pastagens degradadas. Neste artigo, faremos uma análise comparativa dessas duas abordagens, destacando seus princípios, benefícios e desafios.