julho 26, 2024

Boi: Poder de compra frente ao bezerro é o menor em 2 anos

Os preços do boi gordo vêm apresentando forte reação neste mês, impulsionados pela baixa oferta de animais para abate – o Indicador CEPEA/B3 (mercado paulista) já opera acima dos R$ 220. No entanto, pesquisadores do Cepea ressaltam que a valorização da arroba não foi suficiente para melhorar o poder de compra de pecuaristas terminadores. Esse cenário se deve às baixas mais intensas da arroba bovina frente às registradas para o animal de reposição ao longo de 2023.

Queda de Preços da Carne no Brasil: Entenda as Causas e Seus Impactos

Nas últimas semanas, temos observado uma tendência curiosa no mercado interno brasileiro: a queda dos preços da carne ao consumidor final. Esse fenômeno tem gerado debates e levantado questionamentos sobre suas causas e consequências. Um dos fatores que tem contribuído para a queda de preços da carne é a diminuição da demanda interna. Durante a pandemia de COVID-19, o poder de compra da população foi afetado, fazendo com que muitos consumidores optassem por cortes mais baratos ou reduzissem o consumo de carne. Além disso, as exportações brasileiras enfrentaram desafios logísticos e sanitários, o que gerou uma maior oferta no mercado interno e pressionou os preços para baixo.

Preço do boi continua em queda, devido ao aumento da oferta

O mercado físico do boi gordo enfrenta uma situação de preços enfraquecidos devido ao alto volume de animais ofertados, de acordo com a consultoria Safras & Mercado. A indústria frigorífica não está encontrando dificuldades em compor suas escalas de abate devido a essa oferta expressiva.

Arroz: preços sustentados mesmo com andamento da colheita

O mercado doméstico de arroz encerrou a penúltima semana de março com preços firmes, apesar do avanço da colheita no Brasil. A ponta vendedora segue distante das negociações, aguardando melhores condições para retomar a comercialização.Evandro Oliveira, analista e consultor de Safras & Mercado A média da saca de 50 quilos de arroz em casca no Rio Grande do Sul fechou a quinta-feira, dia 23 cotada a R$ 84,81. Um avanço de 0,16% em relação à semana anterior. Em comparação ao mesmo período do mês passado, houve uma alta de 0,53%. E um aumento de 10,77% quando comparado ao mesmo período de 2022. Segundo ele, o cereal deve manter preços firmes na temporada 2023/24, iniciada em março. O dólar em patamares elevados favoreceu muito as exportações de arroz no segundo semestre de 2022, com volumes recordes sendo alcançados, como foi o caso do mês de outubro.Evandro Oliveira, analista e consultor de Safras & Mercado O pico foi alcançado em meados de janeiro, embora agora em março o ritmo esteja mais brando. Com os embarques escoando a oferta e limitando a disponibilidade interna, as cotações foram alavancadas. México se destaca Em arroz em casca, o país exportou na temporada 2022/23, março a fevereiro, 918,8 mil toneladas, contra 335,2 mil toneladas em 2021/22. Destaque para os embarques para o México, com mais de 456 mil toneladas embarcadas em 2022/23. Por outro lado, o consultor indicou que as importações também cresceram na temporada, o que limitou avanços nas cotações. Mas, o viés é altista para 2023/24, com o estoque ao final da temporada 2023/24 devendo cair para 491 mil toneladas, com queda de 47% em relação à temporada anterior (929 mil toneladas). “Teremos estoques pequenos ao final da temporada 2023/24, um indicativo de suporte nos preços na temporada”, afirma Oliveira. A produção brasileira 2023/24 é estimada por Safras & Mercado em 10,366 milhões de toneladas, contra 10,977 milhões de toneladas (-6%) da safra anterior. E essa oferta menor tende a reduzir os estoques e sustentar as cotações. Fonte: Safras & Mercado Curadoria: Marisa Rodrigues/Portal Boi a Pasto