setembro 18, 2024

Na recria é que se ganha dinheiro com pecuária

Basta fazer bem-feito o manejo das pastagens, fornecendo suplementação adequada e acompanhando os indicadores de desempenho dos animais e da fazenda Por Ivaris Junior Para os técnicos especializados, é na operação de recria que o pecuarista faz diferença entre produzir uma arroba de R$ 125 ou uma de R$ 250. Contudo, a pergunta é o que determina tamanha distância ou diferencial de lucro? Para Marco Gambale, zootecnista e consultor de pecuária, a resposta é simples: Ganho Médio Diário (GMD). Ocorre que nesse período, entre desmama e entrada para engorda, etapa de desenvolvimento máximo dos bovinos, quanto mais peso se coloca nas carcaças, já que a dieta é bem menos dispendiosa, menos tempo de terminação (engorda) será necessário. Logo, o ponto de partida é oferecer pasto de qualidade e, para tanto, é preciso de possuir boa gestão baseada em indicadores. E para Gambale é preciso desmistificar a expressão “intensificação de uso do pasto”, pois, segundo ele, muito produtor entende que sua fazenda precisa estar totalmente estruturada, toda dividida e equacionada na oferta de água. “Não precisa ser assim. No começo é entender a carga animal e manejar a propriedade do jeito que está”, explica. Reforça que primeiramente é necessário conhecer a própria oferta de forragem, para somente depois, ao longo do tempo, redividir pastos e melhorar as aguadas. Tudo feito de forma modular, por etapas. O técnico brinca que aprendeu a dirigir em um Fusca para somente depois pegar veículos mais sofisticados. “Temos de dar um passo de cada vez”, salienta. Outro ponto importante para maximizar ganhos na recria é a suplementação. Trata-se de uma ferramenta “poderosíssima” para o alcance de objetivos e eficiência (arroba barata). Importante entender que suplementação sem planejamento é só mais um desastre nas contas, já que aumentar custo não implica, consequentemente, em ganho de peso. Suplementar sem manejar pasto também é um desastre. Muitas vezes, uma pastagem com potencial de ganho de 600g aliada a um suplemento para aumentar mais 200g (800g de GMD, no total), não dá em nada simplesmente porque o manejo é deficitário e produz nada além de 300g/dia. Isso representa uma perda de mais de 500g no GMD. Falta planejar. Gambale esclarece que há sempre uma diferença entre o que se quer fazer na propriedade e aquilo que realmente é possível. E essa diferença está, basicamente, em duas coisas: a estrutura da fazenda e a qualidade da mão de obra. “Não adianta colocar um nível de suplementação maior do que se pode aproveitar, efetivamente”, destaca. O técnico sugere começar a suplementação com dois ou três lotes, de forma segura e controlada, para depois expandir a oferta. Em outras palavras, ele preconiza “fazer o feijão com arroz bem-feito”. Segundo ele, os produtores ficam mais preocupados com números absolutos e trabalhar com cargas altas, quando “na verdade, teriam de fazer primeiro o simples e caprichado”. Eficiência é um processo – Na Fazenda Boa Vista, em Nova Andradina (MS), o foco está na qualidade zootécnica do rebanho e na produção de carne dos machos. O trabalho obtém diferencial de remuneração na arroba entregue por bonificação e um rendimento de carcaça incrementado entre 1,5 e 2%, na média. Logo, a qualidade das pastagens e da suplementação é uma preponderante. Quem informa é o gestor Douglas Augusto Rodrigues. O modelo de pecuária é verticalizado e os animais são terminados em regimes de semi (TIP) e confinamento; logo, a eficiência do trabalho na recria deve ser máxima. Eles conseguiram produzir uma arroba de peso, no último, por R$ 170 e alcançar um GMD de 550g/dia. “O processo de aquisição de eficiência é cada vez mais estimulante”, conclui. Fonte: Portal DBO/Ivaris Junior Curadoria: Redação Portal Boi a Pasto

“Boom” das carnes: Brasil produz 7,34 milhões de toneladas de proteína animal no 2º tri/24

Somando a produção de carne bovina, suína e de frango, o Brasil atingiu um total de 7,34 milhões de toneladas de proteína animal no segundo trimestre de 2024, o maior volume da história, segundo dados divulgados nesta terça-feira (13) pelo IBGE.

A revelação dos números oficiais do governo brasileiro surpreendeu até mesmo os analistas que acompanham de perto o dia a dia da pecuária nacional.

Carne bovina: no embalo de julho, exportação brasileira abre agosto em ritmo forte

Na primeira semana de agosto/24, as exportações brasileiras de carne bovina in natura atingiram 71,37 mil toneladas, gerando uma média diária de 10,19 mil toneladas, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

O resultado parcial de agosto representa um avanço de 73% sobre o resultado registrado na primeira semana de agosto de 2023, de 41,27 mil toneladas.

Como seria um mundo sem vacas?

Empresa de nutrição Alltech lança um novo documentário batizado de “Um mundo sem vacas”, que explora o significado cultural e econômico da matriz bovina, seu papel na alimentação do mundo e seu impacto no clima