setembro 18, 2024

RESPIRE FUNDO: o impacto das mudanças climáticas na pecuária bovina

Por Fernanda Rettore As mudanças climáticas emergem como um dos desafios mais prementes do século XXI, afetando ecossistemas, comunidades e setores econômicos em todo o mundo. Entre os impactos mais notáveis, a estiagem ganha destaque, provocando efeitos significativos na produção agrícola e, em particular, na pecuária bovina. A estiagem, um dos resultados mais visíveis das mudanças climáticas, tem implicações severas para a produção do gado. O aumento da frequência e intensidade dos períodos secos compromete a disponibilidade de pastagens e de água, essenciais para a alimentação e hidratação dos animais. Além disso, a estiagem contribui para a desertificação de áreas anteriormente propícias à pecuária, forçando os agricultores a buscar dietas alternativas para os animais ou, até mesmo, a reduzir seus rebanhos. O impacto socioeconômico reflete em todo o país, uma vez que a pecuária é uma fonte crucial de renda para o PIB. As mudanças climáticas não apenas exacerbam os desafios já enfrentados pela produção bovina, mas também levantam preocupações sobre o papel desse setor na emissão de gases de efeito estufa (GEE). A atividade pecuária, especialmente a produção de carne, é frequentemente relacionada à emissão de carbono. O metano produzido durante a digestão dos bovinos e as atividades relacionadas ao desmatamento para expansão de pastagens são fatores contribuintes para esse impacto ambiental negativo. Nesse cenário, o melhoramento genético surge como uma ferramenta poderosa para aumentar a resistência dos bovinos às condições climáticas adversas. Selecionar animais com maior tolerância à escassez de água e capazes de aproveitar pastagens de qualidade diferente pode ser fundamental. Essa abordagem visa desenvolver raças mais adaptadas às condições climáticas em mudança, contribuindo para a sustentabilidade a longo prazo da pecuária, o que a CONAFER vem realizando com maestria através do programa +Pecuária Brasil.  Outra solução inovadora é adotar práticas agropecuárias de baixo carbono: o manejo eficiente dos dejetos animais, a implementação de sistemas integrados de produção e a incorporação de tecnologias de alimentação mais sustentáveis. Investir em fontes renováveis de energia e práticas de gestão eficazes pode contribuir para a mitigação dos impactos ambientais associados à pecuária. A integração lavoura-pecuária-floresta também surge como uma abordagem eficiente para otimizar a produção agropecuária. Essa união promove a recuperação de ecossistemas e reduz a vulnerabilidade às mudanças climáticas pois integra culturas agrícolas, pastagens e áreas florestais em um mesmo sistema e cria sinergias entre esses componentes. A presença de árvores contribui para a conservação da água, melhora a fertilidade do solo e reduz a erosão, fornecendo benefícios tanto para a produção quanto para o ambiente. O impacto das mudanças climáticas na pecuária bovina é inegável, mas as soluções inovadoras oferecem uma visão otimista para o futuro sustentável desse setor. O melhoramento genético, a agropecuária de baixo carbono e a integração lavoura-pecuária-floresta representam estratégias-chave para mitigar os impactos ambientais e econômicos, sem comprometer a produção de carne. À medida que a demanda global por produtos de origem animal continua a crescer, é imperativo que a indústria pecuária adote práticas mais sustentáveis. O equilíbrio entre a produção eficiente e a preservação ambiental pode ser alcançado por meio da inovação e da colaboração entre pesquisadores, produtores e formuladores de políticas. A implementação dessas soluções não apenas fortalecerá a resiliência da pecuária bovina diante das mudanças climáticas, mas também contribuirá para a construção de sistemas alimentares mais sustentáveis e equitativos. O desafio é grande, mas a resposta está na conscientização, na adaptação e na tecnologia, elementos cruciais para assegurar um futuro próspero para a produção bovina em um planeta em constante transformação. Fonte: Conafer Curadoria: Redação do Portal Boi a Pasto

Safra 2024/2025: calor extremo e atraso das chuvas desafiam agricultores brasileiros

A recente onda de calor extremo e as mudanças climáticas em curso têm gerado preocupações significativas para os produtores agrícolas em todo o Brasil, especialmente à medida que nos aproximamos da safra 2024/25. O mês de julho de 2024 foi registrado como o segundo mais quente da história, com os oceanos permanecendo anormalmente aquecidos. Essa situação tem exacerbado as secas na Região Norte, colocando em risco a produção agrícola em diversas áreas do país.

Pó de rocha: fazenda economiza R$ 400 mil por ano com opção de fertilizante

No município de Machado, em Minas Gerais, a Fazenda Santa Mônica cultiva café com cada vez menos compostos químicos e aposta em elementos naturais, como o pó de rocha. Esses remineralizadores compostos de rochas moídas, são opções ao fertilizantes e fornecem nutrientes às plantas, além de ter preços mais acessíveis e não contaminar o solo.

Ciclone e formação de frente fria alertam Sul do Brasil nas próximas horas

A semana começou chuvosa no Rio Grande do Sul, devido a instabilidades associadas a um sistema frontal que manteve nuvens carregadas sobre o sul do estado nesta segunda-feira (19).
As chuvas, no entanto, já estão se intensificando e vão se espalhar pela região Sul ao longo da semana. Isso acontece devido à formação de um ciclone extratropical, que gerará uma nova frente fria a partir da quarta-feira (21) e volumes muito maiores de chuva.