setembro 7, 2024

Na recria é que se ganha dinheiro com pecuária

Basta fazer bem-feito o manejo das pastagens, fornecendo suplementação adequada e acompanhando os indicadores de desempenho dos animais e da fazenda Por Ivaris Junior Para os técnicos especializados, é na operação de recria que o pecuarista faz diferença entre produzir uma arroba de R$ 125 ou uma de R$ 250. Contudo, a pergunta é o que determina tamanha distância ou diferencial de lucro? Para Marco Gambale, zootecnista e consultor de pecuária, a resposta é simples: Ganho Médio Diário (GMD). Ocorre que nesse período, entre desmama e entrada para engorda, etapa de desenvolvimento máximo dos bovinos, quanto mais peso se coloca nas carcaças, já que a dieta é bem menos dispendiosa, menos tempo de terminação (engorda) será necessário. Logo, o ponto de partida é oferecer pasto de qualidade e, para tanto, é preciso de possuir boa gestão baseada em indicadores. E para Gambale é preciso desmistificar a expressão “intensificação de uso do pasto”, pois, segundo ele, muito produtor entende que sua fazenda precisa estar totalmente estruturada, toda dividida e equacionada na oferta de água. “Não precisa ser assim. No começo é entender a carga animal e manejar a propriedade do jeito que está”, explica. Reforça que primeiramente é necessário conhecer a própria oferta de forragem, para somente depois, ao longo do tempo, redividir pastos e melhorar as aguadas. Tudo feito de forma modular, por etapas. O técnico brinca que aprendeu a dirigir em um Fusca para somente depois pegar veículos mais sofisticados. “Temos de dar um passo de cada vez”, salienta. Outro ponto importante para maximizar ganhos na recria é a suplementação. Trata-se de uma ferramenta “poderosíssima” para o alcance de objetivos e eficiência (arroba barata). Importante entender que suplementação sem planejamento é só mais um desastre nas contas, já que aumentar custo não implica, consequentemente, em ganho de peso. Suplementar sem manejar pasto também é um desastre. Muitas vezes, uma pastagem com potencial de ganho de 600g aliada a um suplemento para aumentar mais 200g (800g de GMD, no total), não dá em nada simplesmente porque o manejo é deficitário e produz nada além de 300g/dia. Isso representa uma perda de mais de 500g no GMD. Falta planejar. Gambale esclarece que há sempre uma diferença entre o que se quer fazer na propriedade e aquilo que realmente é possível. E essa diferença está, basicamente, em duas coisas: a estrutura da fazenda e a qualidade da mão de obra. “Não adianta colocar um nível de suplementação maior do que se pode aproveitar, efetivamente”, destaca. O técnico sugere começar a suplementação com dois ou três lotes, de forma segura e controlada, para depois expandir a oferta. Em outras palavras, ele preconiza “fazer o feijão com arroz bem-feito”. Segundo ele, os produtores ficam mais preocupados com números absolutos e trabalhar com cargas altas, quando “na verdade, teriam de fazer primeiro o simples e caprichado”. Eficiência é um processo – Na Fazenda Boa Vista, em Nova Andradina (MS), o foco está na qualidade zootécnica do rebanho e na produção de carne dos machos. O trabalho obtém diferencial de remuneração na arroba entregue por bonificação e um rendimento de carcaça incrementado entre 1,5 e 2%, na média. Logo, a qualidade das pastagens e da suplementação é uma preponderante. Quem informa é o gestor Douglas Augusto Rodrigues. O modelo de pecuária é verticalizado e os animais são terminados em regimes de semi (TIP) e confinamento; logo, a eficiência do trabalho na recria deve ser máxima. Eles conseguiram produzir uma arroba de peso, no último, por R$ 170 e alcançar um GMD de 550g/dia. “O processo de aquisição de eficiência é cada vez mais estimulante”, conclui. Fonte: Portal DBO/Ivaris Junior Curadoria: Redação Portal Boi a Pasto

Transferência de embrião em tempo fixo é a chave para reduzir o intervalo entre as gerações

A tecnologia de Transferência de Embrião em Tempo Fixo, também conhecida por sua sigla, TEFT, tem se mostrado crucial para melhorar a genética dos rebanhos de corte e leite, auxiliando pecuaristas em todo o país a potencializar seus resultados. Assista ao vídeo abaixo e confira os detalhes desta técnica. Com foco na melhoria genética e na redução do intervalo entre gerações, essa inovação tem revolucionado a pecuária brasileira.

Novo protocolo antecipla ciclo reprodutivo de fêmeas bovinas de corte

A Embrapa apresenta ao setor produtivo o protocolo Embrapa +Precoce P14, para melhorar a eficiência reprodutiva de novilhas Nelore de 14 meses, precoces, sem prejudicar o desempenho produtivo. A precocidade é um dos mais importantes parâmetros de escolha para melhoria da qualidade da carne e de eficiência de sistemas de produção de bovinos de corte. Por potencializar os índices produtivos, aumenta a arroba produzida por hectare. A tecnologia foi apresentada durante a sexta edição do Simpósio Repronutri, nos dias 12 e 13 de setembro, em Campo Grande, MS. Além do aumento na taxa de prenhez, a adoção do P14 indica, como meta, alcance de peso corporal de no mínimo 260 kg no início da estação reprodutiva, e de cerca de 400 kg no parto. 

Tecnologia é capaz de prever rebanhos bovinos com carne de alta qualidade

O IRC mede o mérito econômico de reprodutores em relação à capacidade de produzir descendentes com carcaças de maior valor agregado.Para isso, é usado um modelo bioeconômico que relaciona informações sobre o crescimento dos animais e as medidas de qualidade da carcaça.O novo índice foi inserido no programa de melhoramento genético das raças Hereford e Braford, o PampaPlus.A expectativa é que impacte toda a cadeia com ganhos consideráveis, com a venda de animais, agregação de valor às matérias-primas e produtos de alto padrão para o consumidor.A tecnologia será lançada na 46ª edição da Expointer, que ocorre em Esteio, de 26 de agosto a 3 de setembro.

Nova avaliação genômica seleciona bovinos de corte para eficiência alimentar

Nova avaliação genômica prediz capacidade de progenitores da raça Angus transmitirem características relacionadas à eficiência alimentar a seus descendentes.Com ela, pecuaristas poderão introduzir nos rebanhos animais mais eficientes na conversão, em carne, dos alimentos que consomem.A novidade proporciona maior lucratividade aos criadores. Gastos com alimentação representam de 70% a 90% dos custos totais de produção no período de terminação dos animais.Para a geração do novo referencial de avaliação genômica, foram realizadas 22 provas de eficiência alimentar (PEA) e análise de dados de 589 animais da raça.A tecnologia foi lançada na 46ª edição da Expointer, em Esteio (RS), no último mês de setembro.

Pampa em Evolução mostrará o potencial da cadeia agropecuária do bioma Pampa

Dom Pedrito, a capital da tecnologia aplicada no campo, sediará, de 13 a 17 de junho, a primeira edição do “Pampa em Evolução – Conhecimento, Negócios e Sustentabilidade”. O evento, que é promovido pela Associação e Sindicato Rural, Associação dos Agricultores e prefeitura municipal de Dom Pedrito, será uma grande feira de negócios que mostrará o potencial da cadeia agropecuária gaúcha. O Pampa em Evolução tem ainda como apoiadores o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Serviço Brasileiro de Apo io às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul),