Período de transição seca-águas: veja as principais estratégias para lidar com ele
Vários são os fatores responsáveis pela saúde econômica e pela rentabilidade de uma propriedade de gado de corte. Dentre esses fatores a produtividade e o desempenho dos animais têm uma importância significativa. Não basta, para uma fazenda, altas produtividades no período chuvoso do ano ou evitar que os animais percam peso ao longo das secas. É necessário que ao longo de todo o ano, o animal apresente um ganho médio diário (GMD) satisfatório. Quando avaliamos uma propriedade de produção a pasto na grande maioria das fazendas do país, observamos uma variação do desempenho completamente dependente e correlacionada com a qualidade e a produção das forragens ao longo do ano. Em épocas de maior pluviometria obtêm-se desempenhos mais expressivos e no período de estiagem, onde o desenvolvimento das pastagens tropicais na grande parte do país é diminuto, o ganho de peso dos animais é limitado ou até mesmo apresentam perda de peso. Por esses motivos, estudos e alternativas de suplementação foram desenvolvidas ao longo dos anos com intuito de potencializar o desempenho dos animais no período das águas, e maximizar o desempenho no período das secas. Estratégias para o período de transição seca-águas Existe uma série de estratégias bem estabelecidas utilizadas para a suplementação no período em que as forragens estão em plena produção e já são encontramos de forma bem difundida, estratégias de suplementação para o período em que a produção forrageira é limitada. Entretanto, existe um período ao longo do ano, conhecido como período de transição, onde as pastagens apresentam uma característica distinta justamente em transição entre o período das águas e das secas, que a suplementação também deve ser avaliada com critério para potencializar o desempenho dos animais ao longo do ano. A estação do ano observada entre os meses mais quentes e chuvosos e os meses mais frios e secos é o outono. Traçar uma estratégia de suplementação para essa estação é fundamental quando pensamos em atingir a máxima produtividade ao longo de todo o ano. Esse período conhecido com outono ou período de transição, reflete diretamente na qualidade das pastagens e é nítido e fácil observar com a diminuição das chuvas e a aproximação do inverno a mudança gradativa nas pastagens. A produtividade dos pastos diminui, as folhas começam a amarelar e a secar e em determinados casos observa-se a presença de sementes nas pastagens. De maneira geral, há uma mudança no perfil das forrageiras, o que invariavelmente reflete no desempenho dos animais. Com esse cenário de alteração e perda na qualidade das plantas e consequente diminuição no rendimento produtivo dos animais, se faz necessário uma estratégia de suplementação adequada e ajustada para esse período do ano. O aumento da produtividade média dos animais ao longo do ano, deve ser alcançada considerando e avaliando todas as etapas e meses do período, inclusive o período de transição. Suplementação no período de transição seca-águas A medida em que os meses com menores índices pluviométricos avançam, o desempenho dos animais, em sentido contrário, diminui. Com o passar dos meses e com a aproximação do período de estiagem, a tendência observada é de diminuição de desempenho independente da suplementação utilizada, entretanto, quando os animais continuam com suplementação apenas de mineral, por exemplo, a queda no desempenho é muito mais acentuada do que em animais suplementados com proteico (consumo de 3g por kg de peso vivo) ou proteico energético (consumo de 5g por kg de peso vivo). Normalmente contemplado entre os meses de março, abril e maio, animais criados a pasto no período de transição suplementados “apenas” com mineral, apresentam desempenho até 50% menor do que animais suplementados com suplemento proteico. Já animais suplementados com suplemento proteico energético apresentam desempenho 80% maiores do que animais também suplementados com suplemento mineral, apenas. Essa diferença apresentada entre o desempenho em diferentes estratégias, demonstra e reforça a importância de uma estratégia específica para o período de transição. Independente das características climáticas da região onde a propriedade está localizada em determinado período do ano, essa tendência de piora nas pastagens e diminuição do desempenho vai ocorrer. Em algumas regiões de forma menos evidente e por menor período, em outras regiões de forma mais marcante por longos períodos, esse “fenômeno” se repete por todo Brasil central, norte, nordeste. Outro fator de grande importância para a tomada de decisão a respeito da estratégia suplementar a ser utilizada nesse período, além do desempenho, é o progresso que esses animais terão após o período de transição, qual caminho será seguido pelos animais após esses meses. Animais que serão terminados seja no confinamento convencional, seja na terminação a pasto, serão beneficiados com a estratégia de suplementações mais arrojadas no período de transição. A utilização do proteico energético ou do proteico de 3g por kg, por exemplo, fazem mais sentido quando pensamos que esses animais serão terminados na seca seguinte ao período de transição, preparando esses animais para engorda e melhorando os resultados produtivos finais após a engorda. Em contrapartida, caso não esteja no planejamento das secas o fornecimento de uma suplementação visando a engorda dos animais ou o direcionamento desses animais para o cocho, a utilização do proteico no período de transição pode não se apresentar como uma boa estratégia. Quando utilizamos o 0,3%, por exemplo, no período de transição elevamos a exigência de mantença dos animais. Se no período da seca seguinte ao período de transição esses animais não forem direcionados para engorda, todo o investimento realizado no período de transição será perdido com a queda de desempenho e até mesmo com a perda de peso dos animais no período das secas. É de grande importância que a avaliação econômica seja realizada para a definição e a determinação das estratégias a serem utilizadas em cada um dos períodos do ano, inclusive no período de transição, entretanto, a avaliação do ganho médio diário, média do ano, deve ser avaliada de forma criteriosa, observando não somente o resultado do período, mas também cada uma das especificidades presentes em diferentes fases do ano. A gestão e o planejamento nutricional da fazenda devem contemplar de forma específica as estratégias de suplementação para o período de transição, garantindo então,
Suplementação estratégica pode incrementar resultados na reprodução bovina
Em um país de clima tropical, com variações significativas na qualidade e quantidade de forragem produzida durante o ano, a suplementação bovina é, muitas vezes, essencial para assegurar a eficiência da reprodução do rebanho. Por isso, durante o primeiro Simpósio Repronutri de Reprodução, Nutrição e Produção Animal, o médico veterinário Ed Hoffmann – professor do curso de medicina veterinária na Universidade de São Paulo (USP) – discutiu uma questão de grande importância para quem decide atender às exigências nutricionais dos bovinos por meio da suplementação alimentar: quando fazê-lo?
Estratégias de Estação de Monta para o Sucesso na Reprodução
Você sabia que a época em que os bezerros nascem pode fazer toda a diferença para a saúde do rebanho e a eficiência da fazenda? A estação de monta é o período do ano em que os fazendeiros planejam cuidadosamente a reprodução de suas vacas e touros para garantir que a maioria dos bezerros nasça na estação chuvosa do ano seguinte. Neste artigo, vamos explorar o que é a estação de monta e como os fazendeiros podem usar estratégias inteligentes para alcançar o sucesso na reprodução do gado.
MOSCA DOS CHIFRES: metódos eficientes de controle
As moscas dos chifres são uma preocupação crescente para os pecuaristas brasileiros, podendo causar perdas de até R$ 1,6 bilhão por ano, segundo dados da Embrapa. Este artigo explora os impactos dessa praga nos rebanhos e apresenta métodos eficientes de controle que podem ser adotados para preservar a saúde e a produtividade dos animais.
Pecuária captura mais carbono do que emite, diz pesquisa realizada no Brasil e Uruguai
Idade de envio de bovinos para processamento, perfil da dieta do gado, qualidade no manejo das pastagens e controle do desmatamento nas propriedades estão entre principais fatores que fazem com que a pecuária capture mais carbono do que emite.
Dietas com DL-Metionina protegida melhoram produção de leite, proteínas e sólidos totais em dias de calor extremo
Estudo conduzido em parceria com UFLA mostrou aumento significativo da produção de leite, da proteína, da lactose e dos sólidos totais durante o período de estresse térmico. (olho)
O que aconteceria se todas as vacas desaparecessem de repente?
Novo documentário filmado em 40 locais ao redor do mundo por três anos explora o impacto dos bovinos nas economias, ecossistemas, culturas e nutrição humana
Aproximação das chuvas exige atenção no controle dos parasitas internos e externos
A aproximação das chuvas leva a pecuária de corte a acender o sinal de alerta, uma vez que a estação marca o aumento da população de parasitas internos e externos, como vermes e carrapatos. “Com o aumento das precipitações, que quase não temos no inverno, a primavera tem características perfeitas para a multiplicação desses inimigos”, alerta Antônio Coutinho, gerente de marketing e serviços técnicos da Vetoquinol Saúde Animal.
Dinheiro dá em árvores, garante lucro verde e futuro sustentável
Diversos setores da economia se empenham em reduzir suas emissões de gases do efeito estufa, e as florestas oferecem uma solução milenar e poderosa: o sequestro de carbono. Enquanto fábricas e veículos liberam gases poluentes na atmosfera, as árvores os absorvem, transformando-os em biomassa e armazenando-os em troncos, raízes e folhas. A solução vai além do reflorestamento convencional e abarca as áreas plantadas, também conhecidas como florestas comerciais ou industriais. “Elas desempenham papel crucial na mitigação das mudanças climáticas, atuando como sumidouros de carbono, absorvendo CO2 durante o processo de fotossíntese e armazenando-o na biomassa das árvores e no solo”, explica o engenheiro Magno Welsing.
Pecuária de alto desempenho revela ganhos de 25 kg a mais na desmama
Genética Santa Gertrudis da Fazendas União do Brasil obtém resultados importantes no programa GPbife da Embrapa Geneplus Com o início da estação de monta, a utilização de sêmen de alta qualidade e touros eficientes é crucial para a produtividade na pecuária. A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA) registrou 6.308.027 doses de sêmen comercializadas no primeiro semestre, com previsão de aumento no segundo semestre, quando se concentra a estação. Essa demanda reflete a necessidade de touros que não apenas otimizam a produção, mas também atendem ao cruzamento industrial. A Fazenda União do Brasil, reconhecida pela genética Santa Gertrudis, exemplifica como a escolha estratégica de sêmen pode impactar os resultados da produção. No programa GP Bife realizado pela Embrapa Geneplus, a Fazenda União do Brasil apresentou dados impressionantes, destacando a eficiência da utilização da raça Santa Gertrudis. Maury Dorta, coordenador do Embrapa Geneplus, explica que, para o produtor de genética, é muito importante ter segurança sobre o produto que está colocando no mercado, sobre a capacidade desses touros trabalharem a campo e sobre os resultados no cruzamento. “A Fazenda União do Brasil participa do GP Bife para avaliar o que o Santa Gertrudis é capaz de fazer na produção da fazenda. Nós temos resultados que mostram muito bem o quanto o criador de gado de corte pode lucrar com o Santa. Nas avaliações realizadas, foram 25 kg a mais de peso à desmama para os filhos de Santa comparados com filhos de Nelore, então temos a certeza de que estamos falando de uma genética realmente produtiva e que pode fazer o pecuarista ganhar mais dinheiro”, pontua Dorta. Anderson Fernandes, veterinário responsável pela Fazenda União do Brasil, complementa que o trabalho realizado pela FUB tem como objetivo justamente entender o quanto esse reprodutor Santa Gertrudis pode contribuir para ganhos na propriedade. “Além de carregar a genética e de trabalhar bem a campo, o animal precisa dar resultados efetivos, e isso pode ser traduzido em quilos na desmama, ou seja, numa produção de ciclo muito menor. Este é o grande objetivo em disseminar essa genética trabalhada aqui”, ressalta o veterinário. Fonte: Assessoria de Imprensa Santa Gertrudis Curadoria: Marisa Rodrigues para o portal Boi a PASTO