Suplementar nas águas é chover no molhado? – Parte 1
Estamos no período das águas, momento de colher a tão aguardada “safra” de capim, na qual, se fizemos bem a lição de casa, teremos na fazenda o cenário ideal para os animais – principalmente aqueles em recria – expressarem todo o seu potencial genético. Nesse cenário, olhar para os pastos verdes e com boa oferta de capim nos leva à conclusão de que qualquer suplementação, além do sal mineral, seria completamente desnecessária.
Suplementação no período das águas – porquê fazer
Dando continuidade ao tema “suplementação nas águas”, chegou a hora de falarmos sobre os ajustes operacionais e estruturais necessários na fazenda, para evoluir da suplementação mineral para a suplementação proteica.
Já discutimos sobre as justificativas técnicas, expectativa zootécnica e viabilidade econômica da suplementação proteica no período das águas, sendo o foco agora as mudanças no manejo operacional e estrutural necessárias para que os objetivos planejados sejam alcançados.
ebook Reforma e Recuperação de Pastagens: soluções simples e práticas para resolver a degradação das pastagens brasileiras
Como zerar a emissão de CO2 até 2030, aumentar nossa produção de alimentos para o Brasil e o mundo, sem derrubar mais nenhuma única árvore? O ebook Reforma e Recuperação de Pastagens, que acaba de ser lançado nesta terça-feira (05/11) em São Paulo, capital, tem as respostas, com um passo-a-passo simples e prático que vai ajudar os pecuaristas brasileiros nessa tarefa árdua, mas necessária.
Período de transição seca-águas: veja as principais estratégias para lidar com ele
Vários são os fatores responsáveis pela saúde econômica e pela rentabilidade de uma propriedade de gado de corte. Dentre esses fatores a produtividade e o desempenho dos animais têm uma importância significativa. Não basta, para uma fazenda, altas produtividades no período chuvoso do ano ou evitar que os animais percam peso ao longo das secas. É necessário que ao longo de todo o ano, o animal apresente um ganho médio diário (GMD) satisfatório. Quando avaliamos uma propriedade de produção a pasto na grande maioria das fazendas do país, observamos uma variação do desempenho completamente dependente e correlacionada com a qualidade e a produção das forragens ao longo do ano. Em épocas de maior pluviometria obtêm-se desempenhos mais expressivos e no período de estiagem, onde o desenvolvimento das pastagens tropicais na grande parte do país é diminuto, o ganho de peso dos animais é limitado ou até mesmo apresentam perda de peso. Por esses motivos, estudos e alternativas de suplementação foram desenvolvidas ao longo dos anos com intuito de potencializar o desempenho dos animais no período das águas, e maximizar o desempenho no período das secas. Estratégias para o período de transição seca-águas Existe uma série de estratégias bem estabelecidas utilizadas para a suplementação no período em que as forragens estão em plena produção e já são encontramos de forma bem difundida, estratégias de suplementação para o período em que a produção forrageira é limitada. Entretanto, existe um período ao longo do ano, conhecido como período de transição, onde as pastagens apresentam uma característica distinta justamente em transição entre o período das águas e das secas, que a suplementação também deve ser avaliada com critério para potencializar o desempenho dos animais ao longo do ano. A estação do ano observada entre os meses mais quentes e chuvosos e os meses mais frios e secos é o outono. Traçar uma estratégia de suplementação para essa estação é fundamental quando pensamos em atingir a máxima produtividade ao longo de todo o ano. Esse período conhecido com outono ou período de transição, reflete diretamente na qualidade das pastagens e é nítido e fácil observar com a diminuição das chuvas e a aproximação do inverno a mudança gradativa nas pastagens. A produtividade dos pastos diminui, as folhas começam a amarelar e a secar e em determinados casos observa-se a presença de sementes nas pastagens. De maneira geral, há uma mudança no perfil das forrageiras, o que invariavelmente reflete no desempenho dos animais. Com esse cenário de alteração e perda na qualidade das plantas e consequente diminuição no rendimento produtivo dos animais, se faz necessário uma estratégia de suplementação adequada e ajustada para esse período do ano. O aumento da produtividade média dos animais ao longo do ano, deve ser alcançada considerando e avaliando todas as etapas e meses do período, inclusive o período de transição. Suplementação no período de transição seca-águas A medida em que os meses com menores índices pluviométricos avançam, o desempenho dos animais, em sentido contrário, diminui. Com o passar dos meses e com a aproximação do período de estiagem, a tendência observada é de diminuição de desempenho independente da suplementação utilizada, entretanto, quando os animais continuam com suplementação apenas de mineral, por exemplo, a queda no desempenho é muito mais acentuada do que em animais suplementados com proteico (consumo de 3g por kg de peso vivo) ou proteico energético (consumo de 5g por kg de peso vivo). Normalmente contemplado entre os meses de março, abril e maio, animais criados a pasto no período de transição suplementados “apenas” com mineral, apresentam desempenho até 50% menor do que animais suplementados com suplemento proteico. Já animais suplementados com suplemento proteico energético apresentam desempenho 80% maiores do que animais também suplementados com suplemento mineral, apenas. Essa diferença apresentada entre o desempenho em diferentes estratégias, demonstra e reforça a importância de uma estratégia específica para o período de transição. Independente das características climáticas da região onde a propriedade está localizada em determinado período do ano, essa tendência de piora nas pastagens e diminuição do desempenho vai ocorrer. Em algumas regiões de forma menos evidente e por menor período, em outras regiões de forma mais marcante por longos períodos, esse “fenômeno” se repete por todo Brasil central, norte, nordeste. Outro fator de grande importância para a tomada de decisão a respeito da estratégia suplementar a ser utilizada nesse período, além do desempenho, é o progresso que esses animais terão após o período de transição, qual caminho será seguido pelos animais após esses meses. Animais que serão terminados seja no confinamento convencional, seja na terminação a pasto, serão beneficiados com a estratégia de suplementações mais arrojadas no período de transição. A utilização do proteico energético ou do proteico de 3g por kg, por exemplo, fazem mais sentido quando pensamos que esses animais serão terminados na seca seguinte ao período de transição, preparando esses animais para engorda e melhorando os resultados produtivos finais após a engorda. Em contrapartida, caso não esteja no planejamento das secas o fornecimento de uma suplementação visando a engorda dos animais ou o direcionamento desses animais para o cocho, a utilização do proteico no período de transição pode não se apresentar como uma boa estratégia. Quando utilizamos o 0,3%, por exemplo, no período de transição elevamos a exigência de mantença dos animais. Se no período da seca seguinte ao período de transição esses animais não forem direcionados para engorda, todo o investimento realizado no período de transição será perdido com a queda de desempenho e até mesmo com a perda de peso dos animais no período das secas. É de grande importância que a avaliação econômica seja realizada para a definição e a determinação das estratégias a serem utilizadas em cada um dos períodos do ano, inclusive no período de transição, entretanto, a avaliação do ganho médio diário, média do ano, deve ser avaliada de forma criteriosa, observando não somente o resultado do período, mas também cada uma das especificidades presentes em diferentes fases do ano. A gestão e o planejamento nutricional da fazenda devem contemplar de forma específica as estratégias de suplementação para o período de transição, garantindo então,
Estratégias de Estação de Monta para o Sucesso na Reprodução
Você sabia que a época em que os bezerros nascem pode fazer toda a diferença para a saúde do rebanho e a eficiência da fazenda? A estação de monta é o período do ano em que os fazendeiros planejam cuidadosamente a reprodução de suas vacas e touros para garantir que a maioria dos bezerros nasça na estação chuvosa do ano seguinte. Neste artigo, vamos explorar o que é a estação de monta e como os fazendeiros podem usar estratégias inteligentes para alcançar o sucesso na reprodução do gado.
MOSCA DOS CHIFRES: metódos eficientes de controle
As moscas dos chifres são uma preocupação crescente para os pecuaristas brasileiros, podendo causar perdas de até R$ 1,6 bilhão por ano, segundo dados da Embrapa. Este artigo explora os impactos dessa praga nos rebanhos e apresenta métodos eficientes de controle que podem ser adotados para preservar a saúde e a produtividade dos animais.
Pecuária captura mais carbono do que emite, diz pesquisa realizada no Brasil e Uruguai
Idade de envio de bovinos para processamento, perfil da dieta do gado, qualidade no manejo das pastagens e controle do desmatamento nas propriedades estão entre principais fatores que fazem com que a pecuária capture mais carbono do que emite.
Dietas com DL-Metionina protegida melhoram produção de leite, proteínas e sólidos totais em dias de calor extremo
Estudo conduzido em parceria com UFLA mostrou aumento significativo da produção de leite, da proteína, da lactose e dos sólidos totais durante o período de estresse térmico. (olho)
“Restrição alimentar durante a gestação de vacas de corte modula o potencial produtivo da sua progênie”, afirma especialista
A quantidade de nutrientes ingerido pela vaca durante o período de gestação pode impactar diretamente no desenvolvimento do feto, e consequentemente, no desempenho dos descendentes durante toda vida produtiva. Em outras, palavras, “o programa nutricional oferecido à vaca durante a gestação afeta o desempenho subsequente de sua progênie em aspectos relacionados ao peso vivo no nascimento, peso vivo na desmama, peso vivo final no confinamento, ganho de peso diário, como também nos índices reprodutivos e qualidade de carne”, afirma o zootecnista Victor Fonseca, citando o conceito de programação fetal, o qual é a resposta à desafios específicos ao organismos gestante durante janelas de desenvolvimento críticos que alteram a trajetória do desenvolvimento quantitativo e qualitativo, sendo traduzidos em efeitos persistentes. Com o objetivo de melhor explicar os impactos da nutrição durante a gestação, Fonseca, que é coordenador técnico de bovinos de corte da MCassab Nutrição Animal, analisa os três períodos da gestação. “No terço inicial, de 1 a 3 meses, acontece a formação da placenta, de órgãos vitais como também ocorre a miogênese primária (início da formação do tecido muscular). No terço médio, de 4 a 6 meses, há ocorrência da miogênese secundária, a qual é essencial para determinar a quantidade de fibras musculares no feto, como também tem-se o início da adipogênese, período caracterizado pelo desenvolvimento dos adipócitos, os quais são células especializadas em armazenar gorduras. E o terço final, dos 7 aos 9 meses, há intenso crescimento fetal, período no qual também ocorre hipertrofia das células musculares e aumento significativo da formação das células de gordura, as quais são associadas ao marmoreio e por sua vez a qualidade da carne”. O especialista da MCassab Nutrição e Saúde Animal enfatiza que dietas balanceadas e fornecidas em quantidades adequadas de acordo com cada período de gestação é fundamental para garantir uma gestação saudável, tanto para a vaca quanto para o feto. “Isso tanto é verdade que em determinados níveis de restrição alimentar o feto prioriza o desenvolvimento de alguns órgãos vitais (cérebro, coração) em detrimento do tecido muscular. Como também, a restrição nutricional durante o terço inicial da gestação pode comprometer o desenvolvimento da placenta, como também órgãos reprodutivos, podendo afetar a fertilidade futura da cria “, detalha. Além disso, a deficiência nutricional no terço médio e final da gestação afeta negativamente a determinação da quantidade de células musculares e de gordura respectivamente, afetando a capacidade de ganho de peso diário e a qualidade da carne dos indivíduos. “Em períodos de baixa disponibilidade e qualidade de pasto, a suplementação adequada se torna fundamental para suprir as necessidades nutricionais da vaca gestante e desta forma garantir o adequado desenvolvimento do feto.” Com a finalidade de cuidar da saúde e do bem-estar dos bovinos, a MCassab Nutrição e Saúde Animal oferece diversos produtos e serviços que auxiliam os produtores nas rotinas da propriedade rural. “Considerando as particularidades de cada fazenda e o conhecimento aprofundado sobre o impacto da nutrição nas diferentes fases da gestação, os nutricionistas da MCassab estão aptos a elaborar planos nutricionais estratégicos, com o objetivo de otimizar o desempenho do rebanho e contribuir com o aumento da lucratividade do negócio. O ponto principal desse tipo de serviço é que temos um time de especialistas, com amplo conhecimento técnico sobre nossas soluções e também sobre a fisiologia de bovinos. Sendo assim, em sintonia com os pecuaristas, definimos a melhor estratégia nutricional para cada período do ano. O resultado desse trabalho estratégico é alcançar o desempenho das metas pré-estabelecidas de acordo com cada fase produtiva, ou seja, da cria à terminação”. Sobre a MCassab – O Grupo MCassab é uma organização familiar nacional, de 95 anos, com administração profissional, que distribui ao mercado brasileiro e latino-americano. Com matriz em São Paulo (SP), a empresa está presente nas grandes capitais do Brasil, além de escritórios na Argentina, Paraguai, Uruguai, Colômbia, China e Índia. O negócio de Nutrição e Saúde Animal é um dos maiores do Brasil, atuando com especialidades e ingredientes para avicultura, suinocultura, pecuária de corte e leite, aquacultura e petfood. A Fider Pescados, que se dedica à criação e ao desenvolvimento de produtos a partir da tilápia. O negócio de Distribuição atende à área industrial com o fornecimento de matérias-primas para cosméticos, limpeza doméstica e institucional, farmacêutica, veterinária, química e agrícola. A NUTROR oferece pré-misturas customizadas ao mercado de alimentos, bebidas, suplementos e nutrição clínica. Ciente do seu compromisso com as pessoas, o meio ambiente e a governança corporativa, a MCassab publicou o seu Relatório de Sustentabilidade 2023, cuja íntegra é acessível pelo link https://www.mcassab.com.br/sustentabilidade_grupo_mcassab/ Mais informações: www.mcassab.com.br
Pecuária de alto desempenho revela ganhos de 25 kg a mais na desmama
Genética Santa Gertrudis da Fazendas União do Brasil obtém resultados importantes no programa GPbife da Embrapa Geneplus Com o início da estação de monta, a utilização de sêmen de alta qualidade e touros eficientes é crucial para a produtividade na pecuária. A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA) registrou 6.308.027 doses de sêmen comercializadas no primeiro semestre, com previsão de aumento no segundo semestre, quando se concentra a estação. Essa demanda reflete a necessidade de touros que não apenas otimizam a produção, mas também atendem ao cruzamento industrial. A Fazenda União do Brasil, reconhecida pela genética Santa Gertrudis, exemplifica como a escolha estratégica de sêmen pode impactar os resultados da produção. No programa GP Bife realizado pela Embrapa Geneplus, a Fazenda União do Brasil apresentou dados impressionantes, destacando a eficiência da utilização da raça Santa Gertrudis. Maury Dorta, coordenador do Embrapa Geneplus, explica que, para o produtor de genética, é muito importante ter segurança sobre o produto que está colocando no mercado, sobre a capacidade desses touros trabalharem a campo e sobre os resultados no cruzamento. “A Fazenda União do Brasil participa do GP Bife para avaliar o que o Santa Gertrudis é capaz de fazer na produção da fazenda. Nós temos resultados que mostram muito bem o quanto o criador de gado de corte pode lucrar com o Santa. Nas avaliações realizadas, foram 25 kg a mais de peso à desmama para os filhos de Santa comparados com filhos de Nelore, então temos a certeza de que estamos falando de uma genética realmente produtiva e que pode fazer o pecuarista ganhar mais dinheiro”, pontua Dorta. Anderson Fernandes, veterinário responsável pela Fazenda União do Brasil, complementa que o trabalho realizado pela FUB tem como objetivo justamente entender o quanto esse reprodutor Santa Gertrudis pode contribuir para ganhos na propriedade. “Além de carregar a genética e de trabalhar bem a campo, o animal precisa dar resultados efetivos, e isso pode ser traduzido em quilos na desmama, ou seja, numa produção de ciclo muito menor. Este é o grande objetivo em disseminar essa genética trabalhada aqui”, ressalta o veterinário. Fonte: Assessoria de Imprensa Santa Gertrudis Curadoria: Marisa Rodrigues para o portal Boi a PASTO