outubro 18, 2024

Queimadas foram causadas por condições climáticas raras e despreparo

Presidente da Associação Brasileira do Agronegócio, Caio Carvalho, aponta combinação de fatores climáticos extremos e falta de preparo como causas das recentes queimadas As recentes queimadas que assolaram o Brasil foram resultado de uma combinação incomum de condições climáticas extremas e falta de preparo dos agricultores, segundo Caio Carvalho, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio. Em entrevista ao WW, o especialista detalhou os fatores que contribuíram para a propagação dos incêndios em larga escala. De acordo com Carvalho, o cenário propício para as queimadas foi criado por uma seca prolongada, aliada a temperaturas excepcionalmente elevadas. Leia Mais “Havia, digamos, condições para, obviamente, aquilo poder ser um barril de pólvora”, explicou o presidente da associação. Setor canavieiro: o mais afetado O setor canavieiro, que foi o mais atingido pelas queimadas, normalmente está mais preparado para o controle de incêndios, uma vez que situações similares já ocorreram em anos anteriores. No entanto, a magnitude dos eventos recentes superou a capacidade de resposta. Carvalho destacou um momento crítico: “Às 13h30, na sexta-feira, começam a estourar focos, mais de 20 focos de cara e que vão se alastrando”. A rápida propagação, impulsionada por ventos fortíssimos, dificultou significativamente os esforços de controle. Despreparo frente a condições extremas O presidente da Associação Brasileira do Agronegócio enfatizou que a conjugação de fatores climáticos extremos com uma estrutura despreparada para lidar com problemas dessa magnitude resultou na situação calamitosa observada. “É uma conjugação, digamos assim, de uma situação climática extrema, vamos dizer assim, juntamente com uma estrutura que não estava preparada para esse tamanho de problema”, concluiu Carvalho. A análise do especialista sugere a necessidade de uma revisão nas estratégias de prevenção e combate a incêndios no setor agrícola, especialmente diante das mudanças climáticas que podem tornar eventos extremos mais frequentes no futuro. Fonte: CNN Curadoria: Marisa Rodrigues para o portal Boi a Pasto

Forrageiras para intensificar a pecuária e segurar a seca

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na hora de escolher uma variedade de forragem é preciso ter em mente as características da planta, o ambiente onde ela será explorada e os objetivos da produção. Quem orienta é a engenheira agrônoma e pesquisadora do Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Corte (CNPGC, Embrapa de Campo Grande, MS), Liana Jank.

Na recria é que se ganha dinheiro com pecuária

Basta fazer bem-feito o manejo das pastagens, fornecendo suplementação adequada e acompanhando os indicadores de desempenho dos animais e da fazenda Por Ivaris Junior Para os técnicos especializados, é na operação de recria que o pecuarista faz diferença entre produzir uma arroba de R$ 125 ou uma de R$ 250. Contudo, a pergunta é o que determina tamanha distância ou diferencial de lucro? Para Marco Gambale, zootecnista e consultor de pecuária, a resposta é simples: Ganho Médio Diário (GMD). Ocorre que nesse período, entre desmama e entrada para engorda, etapa de desenvolvimento máximo dos bovinos, quanto mais peso se coloca nas carcaças, já que a dieta é bem menos dispendiosa, menos tempo de terminação (engorda) será necessário. Logo, o ponto de partida é oferecer pasto de qualidade e, para tanto, é preciso de possuir boa gestão baseada em indicadores. E para Gambale é preciso desmistificar a expressão “intensificação de uso do pasto”, pois, segundo ele, muito produtor entende que sua fazenda precisa estar totalmente estruturada, toda dividida e equacionada na oferta de água. “Não precisa ser assim. No começo é entender a carga animal e manejar a propriedade do jeito que está”, explica. Reforça que primeiramente é necessário conhecer a própria oferta de forragem, para somente depois, ao longo do tempo, redividir pastos e melhorar as aguadas. Tudo feito de forma modular, por etapas. O técnico brinca que aprendeu a dirigir em um Fusca para somente depois pegar veículos mais sofisticados. “Temos de dar um passo de cada vez”, salienta. Outro ponto importante para maximizar ganhos na recria é a suplementação. Trata-se de uma ferramenta “poderosíssima” para o alcance de objetivos e eficiência (arroba barata). Importante entender que suplementação sem planejamento é só mais um desastre nas contas, já que aumentar custo não implica, consequentemente, em ganho de peso. Suplementar sem manejar pasto também é um desastre. Muitas vezes, uma pastagem com potencial de ganho de 600g aliada a um suplemento para aumentar mais 200g (800g de GMD, no total), não dá em nada simplesmente porque o manejo é deficitário e produz nada além de 300g/dia. Isso representa uma perda de mais de 500g no GMD. Falta planejar. Gambale esclarece que há sempre uma diferença entre o que se quer fazer na propriedade e aquilo que realmente é possível. E essa diferença está, basicamente, em duas coisas: a estrutura da fazenda e a qualidade da mão de obra. “Não adianta colocar um nível de suplementação maior do que se pode aproveitar, efetivamente”, destaca. O técnico sugere começar a suplementação com dois ou três lotes, de forma segura e controlada, para depois expandir a oferta. Em outras palavras, ele preconiza “fazer o feijão com arroz bem-feito”. Segundo ele, os produtores ficam mais preocupados com números absolutos e trabalhar com cargas altas, quando “na verdade, teriam de fazer primeiro o simples e caprichado”. Eficiência é um processo – Na Fazenda Boa Vista, em Nova Andradina (MS), o foco está na qualidade zootécnica do rebanho e na produção de carne dos machos. O trabalho obtém diferencial de remuneração na arroba entregue por bonificação e um rendimento de carcaça incrementado entre 1,5 e 2%, na média. Logo, a qualidade das pastagens e da suplementação é uma preponderante. Quem informa é o gestor Douglas Augusto Rodrigues. O modelo de pecuária é verticalizado e os animais são terminados em regimes de semi (TIP) e confinamento; logo, a eficiência do trabalho na recria deve ser máxima. Eles conseguiram produzir uma arroba de peso, no último, por R$ 170 e alcançar um GMD de 550g/dia. “O processo de aquisição de eficiência é cada vez mais estimulante”, conclui. Fonte: Portal DBO/Ivaris Junior Curadoria: Redação Portal Boi a Pasto

“Boom” das carnes: Brasil produz 7,34 milhões de toneladas de proteína animal no 2º tri/24

Somando a produção de carne bovina, suína e de frango, o Brasil atingiu um total de 7,34 milhões de toneladas de proteína animal no segundo trimestre de 2024, o maior volume da história, segundo dados divulgados nesta terça-feira (13) pelo IBGE.

A revelação dos números oficiais do governo brasileiro surpreendeu até mesmo os analistas que acompanham de perto o dia a dia da pecuária nacional.

Carne bovina: no embalo de julho, exportação brasileira abre agosto em ritmo forte

Na primeira semana de agosto/24, as exportações brasileiras de carne bovina in natura atingiram 71,37 mil toneladas, gerando uma média diária de 10,19 mil toneladas, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

O resultado parcial de agosto representa um avanço de 73% sobre o resultado registrado na primeira semana de agosto de 2023, de 41,27 mil toneladas.

Como seria um mundo sem vacas?

Empresa de nutrição Alltech lança um novo documentário batizado de “Um mundo sem vacas”, que explora o significado cultural e econômico da matriz bovina, seu papel na alimentação do mundo e seu impacto no clima

INTENSIFICAÇÃO COM SUSTENTABILIDADE

A Embrapa desenvolveu um protocolo que contribui para avaliar as oportunidades de intensificação dos sistemas de pecuária de corte a pasto, um dos principais desafios do setor para reduzir os impactos ambientais negativos. A análise de “yield gap” (lacuna de produtividade) permite estimar a diferença entre a produtividade atual e a potencial das pastagens e identificar oportunidades para atender ao aumento projetado na demanda por produtos agrícolas

Rastreabilidade na Pecuária: Desafios e Oportunidades para o Brasil na COP30

Maior exportador mundial de carne bovina, com 2,25 milhões de toneladas no acumulado de janeiro a novembro, o Brasil tem um enorme desafio pela frente. E envolve as 2,5 milhões de propriedades rurais brasileiras dedicadas à pecuária, sendo 70% de pequeno porte. Um dos grandes temas discutidos em painéis durante a COP28 e que continuará em discussão na COP30, em Belém: o da rastreabilidade bovina. Ou seja, colocar chips no rebanho para identificar insumos e matérias-primas em toda a cadeia, além de garantir a segurança do alimento e que a produção esteja sendo feita em terras não desmatadas, entre outros benefícios.

BNDES libera crédito para tecnologia de rastreio de bovinos

Um financiamento de R$ 31 milhões liberado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) via Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) vai ajudar uma empresa brasileira a expandir a produção de dispositivos de IoT (internet das coisas) para monitorar rebanhos bovinos.