Por Marisa Sevilha Rodrigues para o Portal Boi a Pasto
Nem todo super-herói voa. Alguns acordam antes do sol, calçam botas em vez de armaduras, e enfrentam sol escaldante, tempestades e semanas sem chuva para garantir que você tenha o que comer. Esse é o pecuarista brasileiro, protagonista silencioso das mesas do país — e também das churrasqueiras, lanchonetes e cafeterias mundo afora.
Neste 15 de julho, celebramos o Dia do Pecuarista, uma data que, mais do que simbólica, é um chamado ao reconhecimento. Afinal, por trás do seu hambúrguer suculento, da picanha do domingo e do leite com café de todas as manhãs, existe um homem ou uma mulher do campo que não mede esforços para alimentar o Brasil — e milhões de consumidores em outros continentes.
Sem capa, mas com coragem
O pecuarista não usa capa nem espada. Mas enfrenta desafios diários com uma força quase mítica: seca, enchente, boi doente, preço que sobe e desce, estrada ruim, custo alto e retorno incerto. E ainda assim, segue firme.
Ele e ela — sim, há muitas pecuaristas no campo — estão por trás de mais de R$ 900 bilhões movimentados por ano na pecuária brasileira, que inclui a criação de gado de corte e de leite, além do processamento e da distribuição.
E tudo isso começa ali, no campo. No barro. No curral. Na pastagem que precisa ser renovada, no sal que não pode faltar, no cuidado com cada bezerro que nasce.
Alimentando famílias e nações
A carne brasileira está nos pratos de mais de 150 países. O leite abastece mercados e fábricas de queijos, iogurtes, manteigas e outros derivados essenciais no nosso dia a dia.
Mas o foco não está apenas na exportação: o pecuarista alimenta primeiro o seu povo. Com respeito, responsabilidade e, cada vez mais, com tecnologia e sustentabilidade. Satélites, drones, sensores, genética e manejo racional fazem parte da rotina desses profissionais do campo.
Não é só boi: é gente
Engana-se quem imagina que o campo é feito só de grandes fazendas. Mais de 80% das propriedades pecuárias no Brasil são pequenas ou médias, segundo o IBGE. São famílias inteiras dedicadas a cuidar do rebanho com amor e esperança, acreditando que, mesmo diante das dificuldades, não podem falhar.
Porque sabem que falhar significa deixar alguém sem comida na mesa.
Um brinde a quem sustenta o prato
Por isso, da próxima vez que pedir aquele hambúrguer artesanal no delivery, saborear um filé grelhado no almoço ou esquentar seu café com leite, lembre-se de quem está por trás de tudo isso.
O pecuarista pode até passar despercebido nos centros urbanos. Mas sem ele, o prato fica vazio. E o Brasil para.
Hoje, dia 15 de julho, honre esse herói de chapéu e bota, que não foge da luta e nunca desanima — porque sabe que a fome não espera, e alimentar é um ato de amor e bravura.
Fonte: Redação Portal Boi a Pasto
