julho 27, 2024

Exportação de arroz cresce 82,6% em Goiás

As exportações nacionais do cereal também registraram aumento de 95,1% no faturamento alcançado no acumulado de 2022 (janeiro a outubro), frente ao mesmo período de 2021. O montante foi de US$ 516,1 milhões De janeiro a outubro deste ano, as exportações de arroz em Goiás cresceram 82,6% em comparação com o mesmo período de 2021. O volume embarcado para fora do País foi de 4 mil toneladas, aumento de 84,9% em relação ao ano passado, tendo como principais destinos Venezuela, Senegal e Bolívia. O montante registrado foi de US$ 2,0 milhões. Com esse resultado, o Estado ocupa a quarta posição entre os principais exportadores nacionais do cereal, atrás de Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina. As informações integram a edição de dezembro do Agro em Dados, publicação mensal da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). ARROZ EM ALTA De acordo com o boletim, as exportações nacionais do cereal também registraram aumento de 95,1% no faturamento alcançado no acumulado de 2022 (janeiro a outubro), frente ao mesmo período de 2021. O montante foi de US$ 516,1 milhões, proveniente de embarques de mais de um milhão de toneladas de arroz, destinados principalmente ao México, Senegal e Venezuela. Em relação ao cultivo de arroz, Goiás havia plantado, até o dia 26 de novembro, quase 73% do total destinado à cultura na atual safra. Segundo o Agro em Dados deste mês, a projeção é de crescimento de 15,7% em produtividade, alcançando 5,2 toneladas por hectare. Entretanto, a perspectiva é de redução de área cultivada, registrando 16,3 mil hectares, e de produção do arroz goiano, que deve ser de 85,3 mil toneladas. PRODUTORES Entre os principais municípios goianos produtores, os destaques são Flores de Goiás, São Miguel do Araguaia e São João D´Aliança. Localizado a 440 quilômetros de Goiânia, na região Nordeste do Estado, Flores de Goiás lidera a produção. É reconhecido pelo cultivo de arroz irrigado, que movimenta a economia e gera renda para vários agricultores familiares que vivem em assentamentos rurais na região. O titular da Seapa, Tiago Mendonça, ressalta que a cultura tem conquistado mais espaço entre as atividades agrícolas desenvolvidas no Estado. O reflexo disso é no campo e na balança comercial. “É o principal cereal consumido no mundo e isso chama a atenção do produtor. Com investimentos em manejo e tecnologia, o agricultor goiano tem aumentado a produtividade em suas lavouras, trazendo resultados para a economia, especialmente em municípios que se destacam no cultivo. Atualmente, além de abastecer o mercado interno, o arroz produzido em solo goiano alcança outros países e registra, ano após ano, crescimento em exportações. Isso mostra a importância do cereal cultivado em Goiás”, enfatiza. AINDA O Agro em Dados de dezembro traz análises e números (reais e estimativos) de sete segmentos agropecuários: soja, milho, arroz, bovinos, suínos, frangos e lácteos. Os itens abordados incluem valor bruto de produção (VBP), produção total, área plantada, produtividade média, ranking nacional, abates, exportações e principais compradores. O boletim dedica ainda um capítulo especial ao Programa de Melhoria da Qualidade Genética do Rebanho Bovino Brasileiro (Pró-Genética). Concebido pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e implementado conjuntamente com os governos estaduais e municipais representados pelos órgãos de extensão rural. O objetivo do programa é tornar acessível a comercialização de touros puros de origem (PO). Em Goiás, o Pró-Genética é realizado por meio de parceria entre ABCZ e Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater). SAIBA MAIS A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) promove o Agro em Dados. O levantamento e a edição das informações estão sob a responsabilidade da Gerência de Inteligência de Mercado da Superintendência de Produção Rural Sustentável, com formatação e diagramação da Comunicação Setorial da Seapa. As fontes são: Emater, Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Conab, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Ministério da Economia. A periodicidade é mensal. Curadoria: Boi a Pasto

Embrapa Arroz e Feijão inaugura laboratório de bioinsumos

A estrutura permite o escalonamento do processo de produção e desenvolvimento de insumos biológicos Foi inaugurado nesta terça-feira (22) o Laboratório Multiusuário para Pesquisa e Desenvolvimento de Bioinsumos (BioFabLab). O evento contou com a presença de diversas autoridades, como Tiago Freitas de Mendonça, secretário de Agricultura do Estado de Goiás, que representou o governador Ronaldo Caiado; Guy de Capdeville, diretor-executivo de Pesquisa e Inovação da Embrapa; Alessandro Cruvinel, coordenador de Novas Tecnologias e Recursos Genéticos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); Robson Domingos Vieira, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa de Goiás (FAPEG); Rose Monnerat, diretora de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da SoluBio; Dirceu Borges, Superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar); Pedro Leonardo, presidente da Emater-GO; além de Elcio Guimarães, chefe-Geral da Embrapa Arroz e Feijão (veja lista completa abaixo). O BioFabLab é um benefício construído na Fazenda Capivara, sede da Embrapa Arroz e Feijão em Santo Antônio de Goiás, por meio de um Termo de Execução Decentralizada (TED) no valor de R$ 390 mil, concedido pelo Mapa. A SoluBio entrou como parceira oferecendo, em regime de comodato, o Biorreator, equipamento onde se processam as reações biológicas. A estrutura física do laboratório permite o escalonamento do processo de produção e desenvolvimento de insumos biológicos, podendo produzir desde pequenos volumes (100 ml) em frascos agitados, até volumes maiores (5 L) em biorreator de bancada ou em grande escala (220 L). Os resultados alcançados serão dedicados a projetos de pesquisa da Embrapa e seus parceiros. Entretanto, esse trabalho deverá aumentar a velocidade da chegada desses novos produtos até o agricultor. A biofábrica destina-se a apoiar o desenvolvimento de soluções biotecnológicas, tornando-se num ambiente para co-desenvolvimento de bioinsumos para a agricultura sustentável. Em seu discurso, o diretor-executivo Guy de Capdeville destacou que a área de bioinsumos possui futuro promissor para a agricultura nacional, permitindo aliar maior produtividade com sustentabilidade ambiental. Além disso, é um setor da atividade agropecuária com previsão de crescimento nos próximos anos. Nesse sentido, ele pontuou que o BioFabLab integra essa perspectiva dentro da Embrapa. “Contar com um laboratório dessa natureza, com a capacidade de escalonar e trazer as soluções no patamar tecnológico elevado, que possa ser transferido para o setor produtivo colocar no mercado vai ser fundamental. Nós estamos, na Embrapa como um todo, avançando em todas as nossas Unidades para termos estruturas e para que formemos redes de pesquisadores com competências técnicas, para que possamos crescer cada vez mais nesse setor. E não é a Embrapa como produtor final do bioinsumo, mas, sim, a Embrapa como parceiro do setor produtivo que vai levar essas tecnologias para o nosso agro, para os nossos produtores rurais”, afirmou Guy de Capdeville. A próxima a falar foi Rose Monnerat, ex-pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos, que esteve na solenidade representando Alber Guedes, fundador e CEO da SoluBio. Atuando em controle biológico há mais de 30 anos, ela lembrou que, no início, trabalhar nessa área era algo subvalorizado e até desconsiderado. “Concretizar esse laboratório é perceber que nos tornamos profissionais e, depois de mais de três décadas na Embrapa, perceber as pesquisas de controle biológico e os bioinsumos sendo vistos como uma solução verdadeira para a agricultura é de dar muito prazer”, disse ela. Rose finalizou ressaltando a importância do apoio do Ministério da Agricultura: “É fundamental para que possamos ter regras e legislações que cubram e legitimem todas as etapas que precisam ser cumpridas”, e parabenizou a iniciativa do estado de Goiás de criar o programa estadual de Bioinsumos. “Esse projeto completa a ideia de levar informação para o agricultor, para que possamos realmente ter uma agricultura sustentável no país, sendo um exemplo para todo o mundo, como já estamos sendo”, concluiu.  O coordenador de Novas Tecnologias e Recursos Genéticos do Mapa) Alessandro Cruvinel, considerou que o BioFabLab vai fazer parte de uma rede de iniciativas integradas entre instituições de pesquisa e de desenvolvimento em Goiás (o estado possui também um programa de bioinsumos com unidades de referência e de transferência de tecnologia distribuídas pelo território goiano). “O BioFabLab é apenas um primeiro passo para uma série de outras ações que já vêm acontecendo no estado. O laboratório, apesar de não possuir uma estrutura grande, tem potencial enorme e que pode ajudar a reduzir nossa dependência de insumos importados, a reduzir nossa dependência de agroquímicos, de fertilizantes. Isso vai representar redução de custo, maior benefício para a nossa agricultura e para a segurança alimentar, que também é importante”, disse Alessandro Cruvinel. O secretário de Agricultura Tiago Mendonça relatou que, além de sancionar uma lei de fomento aos bioinsumos, o estado de Goiás buscou reunir vários atores, envolvendo institutos federais, universidades, centros de treinamento, setor privado e fundações de fomento à pesquisa, dentre outros. Essa atenção foi buscada para conceber a melhor estratégia para gerar e levar a tecnologia ao produtor rural. De acordo com Tiago Mendonça, os bioinsumos quebram paradigmas. Ele ponderou que, há 20 anos, a tecnologia era apenas uma história e o produtor não a usava porque “não funcionava”. Entretanto, não havia ainda a união de vários agentes que pudessem convergir para apontar resultados mais promissores sobre como desenvolver e aplicar os bioinsumos. Hoje, contudo, um maior entendimento da tecnologia vem sendo alcançado, por meio de iniciativas em parceria, apoiadas pelo estado. Após o descerramento da placa, que contou com os pesquisadores Marta Cristina Filippi e Adriano Nascente, líderes das pesquisas com microrganismos na Unidade, concluindo a cerimônia, o coordenador do BioFabLab, Márcio Vinícius, analista da Embrapa, apresentou a estrutura aos visitantes, descrevendo seu funcionamento e explicando os caminhos pelos quais essa linha de pesquisa passou até a constituição desse laboratório. Fonte: Embrapa Curadoria: Boi a Pasto

Arroz negro: superalimento que ajuda a combater o colesterol

Considerado um superalimento, já que tem 30% de fibras a mais quando comparado ao arroz branco, nutricionista destaca as propriedades nutritivas do arroz negro O arroz preto ou arroz negro, como é popularmente conhecido, é um grão milenar, originário da China e há tempos consumido por lá. Entretanto, a partir de estudos mais recentes que evidenciaram suas vastas propriedades, tanto em termos de sabor quanto nutricionais, o arroz negro passou a ser inserido no cardápio de pratos sofisticados de grandes restaurantes, assim como indicado por nutricionistas, para reforçar o consumo de vitaminas e minerais na rotina alimentar do dia a dia. Quanto a sua composição nutricional, o arroz preto é considerado um superalimento, pois apresenta 30% de fibras a mais quando comparado ao arroz branco. Além disso, é rico em vitaminas A, B1, B2, B6, B12, cálcio, magnésio, zinco, ferro e possui 20% a mais de proteínas que o arroz comum.De acordo com a nutricionista Aline Maldonado Franzini Alcântara, é muito importante o consumo do arroz negro em uma dieta balanceada, capaz de regular diversas funções do organismo. “O arroz negro ajuda no bom funcionamento do intestino, reduz o colesterol, controla a glicemia, previne doenças degenerativas, cardiovasculares e até mesmo o câncer. Como ele é rico em antocianina, a substância que dá a coloração ao grão, tem grande potencial para proteger o corpo dos radicais livres”, comenta a nutricionista. Contribui com o emagrecimento ao aumentar a saciedade E a lista de benefícios não para por aí. Ainda de acordo com a nutricionista, o consumo do arroz preto ajuda no emagrecimento. “Isso se deve ao fato da saciedade, por conta da grande quantidade de fibras, o que faz com que a pessoa se satisfaça com uma menor quantidade do grão, além de ser um pouco menos calórico que o arroz branco. Para quem segue uma dieta vegana ou vegetariana ele pode ser um ótimo aliado, pois apresenta teores de ferro e magnésio elevados, o que previne a anemia e aumenta a absorção de cálcio pelos ossos”, explica Aline Maldonado Franzini Alcântara. Segundo o chef de cozinha Danilo Kapor, a textura firme e o sabor amendoado do arroz preto permite criar pratos ricos e marcantes. “Ele é perfeito para acompanhar, principalmente, peixes e frutos do mar, como tilápia, salmão, lulas e camarões, mas harmoniza perfeitamente também com um frango ao curry ou um mix de cogumelos como shitake e shimeji. É possível preparar um risoto inesquecível com o arroz negro, mas como todo grão integral, seu cozimento leva um pouco mais de tempo, em média, de 50 minutos a uma hora. Precisa levar isso em conta para o preparo, pois ele estará pronto quando atingir o ponto al dente”, destaca o chef. Sugestão de receita: arroz preto com camarão Ingredientes: Modo de fazer: Tempere os camarões limpos com sal e pimenta-do-reino. Reserve. Leve o arroz ao fogo e cubra com água. Deixe ferver por 40 minutos ou até que esteja macio. Escorra se necessário. Em outra panela, refogue as azeitonas em um fio de azeite e acrescente o arroz cozido. Deixe fritar um pouquinho e acrescente o creme de leite. Acerte o sal. Em uma frigideira, derreta a manteiga com um fio de azeite. Assim que esquentar, acrescente o alho, a salsinha e os camarões até dourar. Sirva o arroz com os camarões por cima. Fonte: Estado de Minas Curadoria: Boi a Pasto