novembro 21, 2024

Seca no RS impõe desafios na manutenção da alimentação animal

Pelo terceiro ano seguido, a estiagem prejudica as pastagens e desafia o produtor gaúcho a buscar soluções Mais uma vez o Rio Grande do Sul passa dificuldades devido à falta de chuvas. Na pecuária, a preocupação vem com a nutrição dos animais, que perdem com o baixo crescimento dos pastos. O gerente técnico do Serviço de Inteligência em Agronegócios (SIA), Armindo Barth Neto, reforça que nestes períodos os produtores possam ter cartas na manga para minimizar os impactos do tempo seco. “Os produtores têm que ter consciência que estes períodos vão acontecer e é preciso ter alternativas para não estar exposto nestes momentos de dificuldades”, observa. No caso das pastagens, o especialista ressalta que neste ano se passa por um La Niña que no início de novembro registrou temperaturas frias, o que prejudicou o crescimento das pastagens logo no início da estação de crescimento. “Já no final de novembro e em dezembro tivemos registros de regiões com chuvas, mas na grande parte a média é de temperaturas muito altas com poucas chuvas, o que evapora muito rápido e cria o déficit prejudicando o crescimento das pastagens”, destaca. Barth Neto frisa que a primeira dica é sempre procurar manter as pastagens dentro da altura ótima de manejo. “Na SIA trabalhamos com o pastoreio Rotatínuo e cada pastagem tem sua altura ótima de manejo. Por exemplo, o capim sudão trabalhamos entre 25 e 40 centímetros, a mesma coisa para o milheto e a braquiária. No campo nativo trabalhamos entre 8 e 12 centímetros. Nestes períodos de estiagem é importante nunca deixar para baixo esta altura”, explica. Além disso, o gerente técnico da SIA também recomenda equilibrar a carga animal em cada potreiro, ajustando de acordo com o crescimento de cada área. “Se tivermos áreas não utilizadas ou subutilizadas, colocar mais animais nessas áreas e reequilibrar a carga animal nestes potreiros”, informa. Outra dica, de acordo com Barth Neto, é sobre a alimentação. Além de manter estoques, em muitos casos é preciso entrar com alguma suplementação para os animais para que se tenha uma parte da dieta que venha da pastagem e outra parte do cocho, com a finalidade que os animais comerem menos os pastos e consigam manter eles dentro da altura ótima. Outra alternativa, segundo o especialista, é fazer o pastejo horário, onde os produtores que têm áreas de pastagens anuais como Capim Sudão ou Milheto, “façam um acesso por um tempo determinado nessa pastagem, que pode ser por um turno (pela manhã ou pela tarde) ou em períodos mais críticos, soltar os animais por duas horas para que eles façam uma boa alimentação nestas pastagens e preservem a altura”, complementa. O gerente técnico da SIA lembra que é importante manter as pastagens bem manejadas porque quando começa a chover, logo que caem as primeiras chuvas, tendo a umidade no solo, estas pastagens voltarão a crescer muito rápido. “Se tenho uma pastagem rapada e quando começa a chover, não temos folha para essa pastagem fazer fotossíntese e este pasto, mesmo com chuva, demora para crescer e provavelmente em uma nova falta de chuvas não dá tempo para este pasto se recuperar”, salienta. Finalizando, o especialista enfatiza que o produtor deve neste momento fazer um ajuste de categorias, entendendo quais são as mais exigentes e oferecer as melhores pastagens. “Por exemplo, estamos em meio a uma estação reprodutiva e então é importante priorizar categorias com cria ao pé, entre elas as primíparas, que são vacas de primeira cria, essas sim tem que acessar as melhores pastagens e de maneira alguma não podem sofrer restrição alimentar, porque senão estas vacas têm uma taxa de prenhez muito baixa por falta de comida. Em segundo lugar, priorizar as vacas adultas que tem cria ao pé, e por último, em ordem de prioridade na reprodução, são as novilhas e vacas solteiras, animais adultos que não tem cria ao pé”, complementa Barth Neto. Fonte: Ascom SIA Curadoria: Boi a Pasto

Ministério da Agricultura e Pecuária tem mais dois secretários nomeados

O secretário de Defesa Agropecuária é Carlos Goulart, e de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação, Renata Bueno Miranda As nomeações de mais dois secretários do Ministério da Agricultura e Pecuária foram publicadas nesta quinta-feira (19/1), em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). O secretário de Defesa Agropecuária é Carlos Goulart, e de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação, Renata Bueno Miranda, conforme comunicado do Ministério da Agricultura e Pecuária. Carlos Goulart é agrônomo formado pela Universidade Federal São Carlos (SP). Também é mestre em Agricultura Tropical e Subtropical, com ênfase em Fitossanidade, pelo Instituto Agronômico de Campinas (SP). Atua desde 2007 no Ministério da Agricultura e Pecuária e anteriormente exerceu o cargo de diretor do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da pasta. Renata Bueno Miranda é engenheira de alimentos, formada pela Universidade Federal de Viçosa (MG). Tem mestrado em Ciências dos Alimentos pela Universidade Federal de Lavras (MG). É funcionária de carreira da Embrapa desde 2008 e integra o quadro do Ministério da Agricultura desde 2019, onde exerceu os cargos de chefe de gabinete e secretária adjunta da SDI. As nomeações do secretário-executivo, Irajá Rezende de Lacerda, e do secretário de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Serroni Perosa, já haviam sido publicadas. Fonte: Globo Rural Curadoria: Boi a Pasto

‘O Ministério da Agricultura acabou’, afirma vice-presidente da Faesp

De acordo com Tirso Meirelles, a pasta foi desestruturada com a migração da gestão do abastecimento e do Cadastro Ambiental Rural para outros ministérios O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Tirso Meirelles, divulgou um vídeo lamentando o que classifica como desestruturação do Ministério da Agricultura (Mapa), com a divisão das funções com outras pastas. “Sem dúvida nenhuma, o Ministério da Agricultura acabou”, diz ele no vídeo, mencionando que o Mapa até então garantia a geração de de políticas agrícolas do país, o abastecimento e a segurança alimentar. De acordo com Meirelles, a entidade havia procurado o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, com uma documentação em que demonstrava preocupação com o fortalecimento do Mapa. “Nós não temos mais o abastecimento [no ministério], não temos mais o aspecto de desenvolvimento da política agrícola, de um seguro, dos investimentos que precisam ser feitos [no setor]”, afirma. Migração de funções da pasta da Agricultura Meirelles lembra ainda que atribuições importantes do Mapa passaram para outros âmbitos do governo federal. “O Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Programa de Regularização Ambiental (PRA) foram para o Meio Ambiente, a agricultura familiar foi para o Desenvolvimento Agrário, assim como o aspecto de abastecimento e da política agrícola”. Ele elogia a experiência agrícola e parlamentar de Carlos Fávaro, escolhido pelo presidente Lula para estar à frente da Agricultura. “Mas ele vai estar amarrado, com o comprometimento que o CAR e o PRA foram pro meio ambiente, vai comprometer a implementação do Código Florestal. Hoje teremos uma grande dificuldade com o ministério, do jeito que foi montado”, complementa. Fonte: Canal Rural Curadoria: Boi a Pasto

Seca no Rio Grande do Sul impõe desafios na manutenção da alimentação animal

Especialista da SIA recomenda, entre outras alternativas para o momento, manutenção de altura de pastagens, ajuste de carga e priorizar categorias mais exigentes nos melhores pastos. Mais uma vez o Rio Grande do Sul passa dificuldades devido à falta de chuvas. A estiagem que pelo terceiro ano seguido prejudica lavouras e pastagens desafia o produtor a buscar soluções para amenizar este impacto. Na pecuária a preocupação vem com a nutrição dos animais, que perdem com o baixo crescimento dos pastos. O gerente técnico da SIA, Serviço de Inteligência em Agronegócios, Armindo Barth Neto, reforça que nestes períodos os produtores possam ter cartas na manga para minimizar os impactos do tempo seco. “Os produtores têm que ter consciência que estes períodos vão acontecer e é preciso ter alternativas para não estar exposto nestes momentos de dificuldades”, observa. No caso das pastagens, o especialista ressalta que neste ano se passa por um La Niña que no início de novembro registrou temperaturas frias, o que prejudicou o crescimento das pastagens logo no início da estação de crescimento. “Já no final de novembro e em dezembro tivemos registros de regiões com chuvas, mas na grande parte a média é de temperaturas muito altas com poucas chuvas, o que evapora muito rápido e cria o déficit prejudicando o crescimento das pastagens”, destaca. Barth Neto frisa que a primeira dica é sempre procurar manter as pastagens dentro da altura ótima de manejo. “Na SIA trabalhamos com o pastoreio Rotatínuo e cada pastagem tem sua altura ótima de manejo. Por exemplo, o capim sudão trabalhamos entre 25 e 40 centímetros, a mesma coisa para o milheto e a braquiária. No campo nativo trabalhamos entre 8 e 12 centímetros. Nestes períodos de estiagem é importante nunca deixar para baixo esta altura”, explica. Além disso, o gerente técnico da SIA também recomenda equilibrar a carga animal em cada potreiro, ajustando de acordo com o crescimento de cada área. “Se tivermos áreas não utilizadas ou subutilizadas, colocar mais animais nessas áreas e reequilibrar a carga animal nestes potreiros”, informa. Outra dica, de acordo com Barth Neto, é sobre a alimentação. Além de manter estoques, em muitos casos é preciso entrar com alguma suplementação para os animais para que se tenha uma parte da dieta que venha da pastagem e outra parte do cocho, com a finalidade que os animais comerem menos os pastos e consigam manter eles dentro da altura ótima. Outra alternativa, segundo o especialista, é fazer o pastejo horário, onde os produtores que têm áreas de pastagens anuais como Capim Sudão ou Milheto, “façam um acesso por um tempo determinado nessa pastagem, que pode ser por um turno (pela manhã ou pela tarde) ou em períodos mais críticos, soltar os animais por duas horas para que eles façam uma boa alimentação nestas pastagens e preservem a altura”, complementa. O gerente técnico da SIA lembra que é importante manter as pastagens bem manejadas porque quando começa a chover, logo que caem as primeiras chuvas, tendo a umidade no solo, estas pastagens voltaram a crescer muito rápido. “Se tenho uma pastagem rapada e quando começa a chover, não temos folha para essa pastagem fazer fotossíntese e este pasto, mesmo com chuva, demora para crescer e provavelmente em uma nova falta de chuvas não dá tempo para este pasto se recuperar”, salienta. Finalizando, o especialista enfatiza que o produtor deve neste momento fazer um ajuste de categorias, entendendo quais são as mais exigentes e oferecer as melhores pastagens. “Por exemplo, estamos em meio a uma estação reprodutiva e então é importante priorizar categorias com cria ao pé, entre elas as primíparas, que são vacas de primeira cria, essas sim tem que acessar as melhores pastagens e de maneira alguma não podem sofrer restrição alimentar, porque senão estas vacas têm uma taxa de prenhez muito baixa por falta de comida. Em segundo lugar, priorizar as vacas adultas que tem cria ao pé, e por último, em ordem de prioridade na reprodução, são as novilhas e vacas solteiras, animais adultos que não tem cria ao pé”, complementa Barth Neto. Fonte: O Presente Rural Curadoria: Boi a Pasto