setembro 7, 2024

Criadores obrigados a declarar ovinos e caprinos em janeiro!

Durante o mês de janeiro de 2023, todos os criadores de ovinos e caprinos ficam obrigados a declarar os animais detidos por marca de exploração a 31 de dezembro de 2022. A declaração de existências poderá ser efetuada diretamente pelo produtor na Área Reservada do portal do IFAP, ou em qualquer departamento dos Serviços de Alimentação e Veterinária Regionais ou ainda nas entidades protocoladas com o IFAP, através da aplicação SNIRA/iDigital (mod. 657/DGV). Os criadores que ainda não possuam registo no SNIRA terão que o fazer previamente, nos locais indicados no ponto anterior.  A ausência da Declaração de Existências determinará a perda do direito de emissão de Guias de Circulação para a exploração e para o detentor em causa.  A ausência de Declaração de Existências de ovinos e/ou caprinos detidos constitui uma contraordenação punível com uma coima cujo montante mínimo é de 100€, nos termos da alínea a) do n.º 6 do artigo 24° do Decreto-Lei n.º 142/2006, de 27 de julho, e as suas alterações. Fonte: Diário Campanário Curadoria: Boi a Pasto

Everton Krabbe defende mais ciência e inovação na avicultura

Chefe-geral da Embrapa Suínos e Aves questiona até quando a comunidade científica vai ficar inerte aos avanços que estão acontecendo ao redor mundo, salientando que é preciso agir, empregar mais tecnologias nos processos, criar patentes, aprimorar ferramentas para que o setor se sobressaia e ganhe espaço em um mercado que está cada vez mais competitivo. O que os consumidores modernos desejam do setor avícola? Com esse questionamento, o chefe-geral da Embrapa Suínos e Aves, Everton Luís Krabbe, deu início a palestra sobre “A ciência enfrentando velhos e novos desafios” na Latin American Scientific Conference (PSA Latam) – Conferência Científica Latino-Americana de Ciência Avícola, realizada em outubro na cidade de Foz do Iguaçu, PR. Com a tecnologia como aliada, o consumidor contemporâneo busca por uma maior autonomia para escolher produtos e serviços, além de valorizarem a experiência na compra. “O consumidor atual pesquisa, compara e então compra. Diante deste perfil, se o meu produto tiver uma proposta inovadora provavelmente eu tenho maior chance de conquistar o desejo de compra desse consumidor. É preciso se reinventar, buscar novas alternativas e inovar para se diferenciar no mercado. Temos muitas oportunidades, mas para alcançá-las é necessário aprimoramento”, inicia Krabbe, que é mestre e doutor em Zootecnia. Conforme a Organização Mundial de Propriedade Intelectual, os 10 países mais inovadores do Hemisfério Norte solicitaram cerca de 2.444,57 milhões de patentes em 2021, com a China liderando esse ranking com 695,400 mil pedidos. “Entendemos a China como um país que copia e faz mais barato, porém quando eu falo que a China lidera o número de patentes no mundo todo é preciso perceber que o país vive um novo momento”, expõe o chefe-geral da Embrapa Suínos e Aves, complementando: “Então precisamos pensar o que isso representa para nós do ponto de vista de negócio e de perspectiva para o futuro. A China está fazendo um investimento absurdo para que até 2025 cerca de 13% do Produto Interno Bruto seja oriundo de negócios que envolvem inovação”. Enquanto no Hemisfério Sul foram registrados em 2020 exatas 7.123 mil patentes, uma média de 1.018 pedidos com base nos sete países mais inovadores. O Brasil ocupa o 1º lugar com 5.280 mil pedidos de patentes, o que representa 0,75% em relação ao país chinês. “Uma patente fornece proteção de invenção ao titular por um período de até 20 anos. O índice brasileiro é muito baixo quando se trata de inovação, até quando vamos continuar com essa realidade? Hoje com essa gama de startups que possuem uma proposta de negócio inovadora, aliada a iniciativas de empresas privadas e setores públicos, é preciso que estes setores se comuniquem para estarem cada mais conectados, trabalhando junto para interagir e reunir esforços”, congrega Krabbe. Até quando? O pesquisador questiona até quando a comunidade científica vai ficar inerte aos avanços que estão acontecendo ao redor mundo, salientando que é preciso agir, empregar mais tecnologias nos processos, criar patentes, aprimorar ferramentas para que o setor se sobressaia e ganhe espaço em um mercado que está cada vez mais competitivo. “Falando de fábrica de rações, de equipamentos, de aditivos etc., o que que a ciência pode fazer pensando nas indústrias de alimentos, porque nós não temos muitas certezas de como vai ser a disponibilidade de matérias-primas no futuro, muito em função obviamente de problemas geopolíticos e das mudanças climáticas”, pontua Krabbe. O doutor em Zootecnia sublinha que atualmente cerca de 70 a 75% do custo de produção está concentrado na alimentação, expondo que diante desta variação é muito importante que seja mensurado com precisão essa variabilidade de matérias-primas. “Há vários sistemas de medição, o que nós precisamos é saber como aproveitar melhor essas informações e para isso contamos com a  ciência para encontrar uma maneira de fazer com que a tecnologia nos ajude no monitoramento das variações dentro das indústrias para que consigamos fazer uma manutenção mais precisa, porque não é possível que sigamos produzindo alimentos com essa variabilidade toda em matérias-primas sem que isso seja medido de forma mais precisa”, expôs Krabbe. Nutrição A respeito da nutrição dos animais, o chefe-geral da Embrapa Suínos e Aves diz que ainda há muito o que fazer nesta área para acelerar a conexão entre o campo e a fábrica. “Acredito ainda que a nutrição será feita fora da fábrica de ração, que deve ser mais uma etapa da produção e o ajuste dos níveis ideais para atingir determinado desempenho dos animais vai ter que ser feito direto na granja. Vamos precisar de sistemas inteligentes de alimentação que consigam lá no campo fazer os ajustes através de combinações e dietas para que a gente consiga sair dessa lógica de alimentação diária por fase”, sustenta Krabbe. Em relação a produtividade do plantel, o profissional afirma que já estão sendo desenvolvidos sistemas que usam da inteligência artificial para captar o som das aves afim de interpretar a condição do bem-estar desse animal, o que vai contribuir para identificar, com maior rapidez, dentro dos lotes aquelas aves que não são produtivas. Destinação de animais machos Outra questão levantada por Krabbe foi em relação a destinação dos machos que nascem nos incubatórios para produzir pintainhos para a indústria de ovos, visto que, segundo ele, existem movimentos ambientalistas questionando seriamente para onde são enviados esses animais machos. “Nós precisamos achar meios de trabalhar com isso. Existem propostas, por exemplo, de trabalhos que sugerem que esses animais machos sejam criados e que a gente produza carne a partir deles, o que honestamente, considerando a indústria atual de proteína animal, não sei se é possível fazer isso em todas as partes do mundo”, pontua, ampliando: “Agora ficarmos eliminando animais recém-nascidos em massa é algo problemático e que tem uma repercussão social muito grande”. Sistemas de aquecimento Conforme Krabbe, os sistemas de aquecimento usados nas camas dos aviários instalados na América Latina, em sua maioria, são a base de queima de madeira, no entanto, ele enfatiza que as áreas de reflorestamento não estão sendo reflorestadas à medida que as árvores são cortadas. “Se os preços do milho e

Em 2022, PR liberou R$ 8,8 milhões em seguro rural e 1,5 mil veículos do Trator Solidário

Governo oferece benefício complementar no seguro rural, o que amplia o acesso ao seguro agrícola e garante cobertura de perdas decorrentes de fenômenos climáticos. O Estado também gerencia a aquisição de máquinas e implementos para o produtor Atividade bastante dependente de condições climáticas e de fatores não controláveis, a agropecuária tem no seguro rural um auxiliar para a proteção da renda. Para baratear os custos, o Governo do Paraná é um dos poucos que conta com um programa estadual de subvenção econômica ao prêmio do seguro, complementar ao oferecido pela União. Já o programa Trator Solidário possibilita aos agricultoras familiares a compra de máquinas, implementos e equipamentos a preços mais acessíveis. O objetivo é ampliar o acesso ao seguro agrícola, garantir ao segurado a cobertura de perdas decorrentes de fenômenos climáticos e adversos que afetam as lavouras, incorporar o seguro rural como instrumento para a estabilidade da renda agropecuária e promover o uso de tecnologias adequadas e modernas da gestão do empreendimento. A Subvenção Estadual ao Prêmio de Seguro Rural é limitada ao percentual máximo de 20% do prêmio total, não podendo exceder R$ 4,4 mil por CPF, por cultura ou espécie animal, e até R$ 8,8 mil por CPF por ano civil. Em 2022, dos R$ 11 milhões disponíveis, foram pagos R$ 8,8 milhões em subvenções. Estiveram sob a garantia do seguro os proprietários de 3.199 apólices, cobrindo pouco mais de 169,8 mil hectares. O atendimento contemplou ameixa, arroz, batata inglesa, cebola, cevada, feijão, kiwi, milho, pera, pêssego, tomate, trigo sequeiro e uva. Os triticultores foram os que mais procuraram essa garantia para suas culturas, com 77% do volume segurado, o que corresponde a R$ 6,64 milhões. Outros 13%, ou R$ 1,12 milhão, foram segurados pelos produtores de milho segunda safra. Entre as outras principais culturas que se beneficiaram do valor restante estão cevada, uva, cebola e tomate. TRATOR SOLIDÁRIO – O programa Trator Solidário tem o foco no agricultor familiar. Por meio dele, os interessados podem adquirir máquinas, implementos e equipamentos a preços mais acessíveis. Os financiamentos seguem regras estabelecidas para a linha Pronaf Mais Alimentos e chegam a custar em torno de 15% menos que o valor pago no mercado comum. Em 2022, a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento registrou o faturamento de 1.506 máquinas, num total superior a R$ 324,8 milhões. Foram entregues 1.411 tratores, 91 colhedoras e quatro pulverizadores. Somente nos tratores, o investimento foi de R$ 268,4 milhões. Eles foram fornecidos por seis empresas. Fonte: Notícias Agrícolas Curadoria: Boi a Pasto