julho 26, 2024

Na região sul da Bahia, membros do MST invadem áreas de empresa de celulose e papel.

Invasões aconteceram nesta segunda-feira (27), em Caravelas, Mucuri e Teixeira de Freitas. Ocupação começou na madrugada desta segunda-feira (27) — Foto: Reprodução TV Santa Cruz Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiram áreas de uma empresa de celulose e papel em Caravelas, Teixeira de Freitas e Mucuri, cidades do extremo sul da Bahia, na madrugada desta segunda-feira (27). As áreas fazem parte da empresa Suzano Papel e Celulose, que informou, por meio de nota, que não vê legalidade na invasão e tomará as medidas cabíveis. A Suzano assegurou que gera na região aproximadamente sete mil empregos diretos, mais de 20 mil postos de trabalho indiretos e beneficia cerca de 37 mil pessoas pelo efeito renda.   De acordo com representantes do MST, a ação tem 1.550 pessoas e o objetivo é fazer uma denúncia contra o crescimento das monoculturas na região, como a do eucalipto. Segundo eles, a plantação tem provocado êxodo rural e causado problemas hídricos. Integrantes do MST ocupam áreas de empresa de papel e celulose no extremo sul da BA Além disso, os integrantes são contra os agrotóxicos que, segundo eles, são usados pela empresa. O uso do pesticida seria responsável por prejudicar as áreas cultivadas pelas famílias camponesas. Em nota, a Suzano informou que cumpre integralmente as legislações ambientais e trabalhistas nas áreas em que mantêm operações. A empresa reconhece a relevância da sua presença nas áreas onde atua e reforça seu compromisso por manter um diálogo aberto e transparente, de maneira amigável e equilibrada.  Somente em seus projetos sociais, programas e iniciativas na região, a empresa alcançou mais de 52 mil participantes diretos e indiretos, em 82 comunidades e mais cinco sedes municipais, com um investimento de mais de R$ 10,3 milhões em 2022.  Até o final da manhã de quinta (2), os integrantes do MST continuavam nas áreas e, de acordo com a assessoria do MST, mantinham a derrubada dos eucaliptos. Após a retirada, são plantadas árvores nativas e frutíferas, como mangueiras e goiabeiras. Milhares de mudas destruídas em 2015 No domingo (5), completa oito anos que o MST invadiu uma fábrica de papel e celulose e destruiu milhares de mudas transgênicas criadas por meio de pesquisas. O caso aconteceu em Itapetininga (SP). Estavam à frente da ação mulheres ligadas ao MST. À época, o movimento informou que o plantio em escala do eucalipto transgênico pode causar sérios impactos ambientais e sociais. A polícia informou que, ao chegarem no local, as manifestantes foram em direção às estufas onde a empresa guardava as mudas com as novas espécies de eucalipto. Não foi divulgado o número de mudas destruídas. Os resultados das pesquisas com as mudas seriam apresentados para uma Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTN-BIO), em Brasília (DF), mas, com a destruição causada pelo MST, os técnicos cancelaram a apresentação.

‘Tentar resolver pelo diálogo’, diz ministro após invasão do MST a áreas de empresa de celulose

Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), no entanto, não criticou invasão no sul da Bahia. Ele disse que vai encaminhar ao MST pedido de desocupação feito por empresa. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, em janeiro deste ano — Foto: TV Brasil/Reprodução O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou nesta quinta-feira (2) que o governo tentará “resolver pelo diálogo” a situação de áreas de uma empresa de celulose na Bahia que foram invadidas por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Em entrevista no Palácio do Planalto, Teixeira não criticou a invasão e disse que entrará em contato com o MST “sugerindo a eles [integrantes do movimento] que possam negociar” com a empresa Suzano. Ele também disse que a pasta que chefia vai endereçar ao MST um “pedido da Suzano de desocupação da área”. O caso As áreas invadidas na madrugada da última segunda-feira (27) fazem parte da empresa Suzano Papel e Celulose, que informou, por meio de nota, que não vê legalidade na invasão e tomará as medidas cabíveis. A Suzano assegurou que gera na região aproximadamente sete mil empregos diretos, mais de 20 mil postos de trabalho indiretos e beneficia cerca de 37 mil pessoas pelo efeito da renda. Representantes do MST afirmaram que a ação contou 1.550 pessoas e o objetivo foi fazer uma denúncia contra o crescimento das monoculturas na região, como a do eucalipto. Segundo eles, a plantação tem provocado êxodo rural e causado problemas hídricos.