Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), no entanto, não criticou invasão no sul da Bahia. Ele disse que vai encaminhar ao MST pedido de desocupação feito por empresa.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, em janeiro deste ano — Foto: TV Brasil/Reprodução
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou nesta quinta-feira (2) que o governo tentará “resolver pelo diálogo” a situação de áreas de uma empresa de celulose na Bahia que foram invadidas por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Em entrevista no Palácio do Planalto, Teixeira não criticou a invasão e disse que entrará em contato com o MST “sugerindo a eles [integrantes do movimento] que possam negociar” com a empresa Suzano.
Ele também disse que a pasta que chefia vai endereçar ao MST um “pedido da Suzano de desocupação da área”.
“E temos o propósito de uma reunião com a Suzano e o MST na semana que vem. Este é o encaminhamento que fizemos já no dia de hoje [quinta-feira] em relação a este conflito no sul da Bahia. Conflito que vamos tentar resolver pelo diálogo, pela conversa e reestabelecer uma negociação que, segundo eles, foi interrompida 10 anos atrás”, afirmou.
O caso
As áreas invadidas na madrugada da última segunda-feira (27) fazem parte da empresa Suzano Papel e Celulose, que informou, por meio de nota, que não vê legalidade na invasão e tomará as medidas cabíveis.
A Suzano assegurou que gera na região aproximadamente sete mil empregos diretos, mais de 20 mil postos de trabalho indiretos e beneficia cerca de 37 mil pessoas pelo efeito da renda.
Representantes do MST afirmaram que a ação contou 1.550 pessoas e o objetivo foi fazer uma denúncia contra o crescimento das monoculturas na região, como a do eucalipto. Segundo eles, a plantação tem provocado êxodo rural e causado problemas hídricos.
Presidente Lula também exaltou os esforços brasileiros no combate ao aquecimento global, como a meta de zerar o desmatamento na Amazônia até 2030 e os incentivos à industrialização verde, agricultura de baixo carbono e bioeconomia.
“O produtor rural não consegue produzir se não tiver equilíbrio ecológico. A gente depende economicamente de uma natureza preservada.” A fala do produtor de soja Joel Carlos Hendges, de Balsas (MA), resume o conceito de agricultura regenerativa, ou Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), aplicada com a adoção de técnicas de cultivo ambientalmente inteligentes, com práticas voltadas para o enfrentamento das mudanças climáticas, proteção do solo e da água. Esse modo de plantar e colher, com técnicas simples, respeitando a natureza, recupera o ecossistema biológico e aumenta a produtividade, dando mais rentabilidade ao produtor.
Um casamento entre desenvolvimento social, redução de desigualdades, geração de empregos e transição energética. Uma proposta de parcerias privadas e de Estado para oferecer ao mundo uma matriz mais limpa, renovável e conectada aos desafios atuais. Uma provocação para que empresários árabes e brasileiros sejam mais ousados para construir um novo capítulo da relação bilateral. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou nesta quarta-feira (29/11), na Arábia Saudita, uma mesa redonda voltada a empresários e representantes de governo dos dois países com essas mensagens.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta segunda-feira (27) que o Brasil vai à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-28) para cobrar, e não para ser cobrado. A ministra participou nesta manhã de uma reunião da CPI das ONGs, instalada no Senado Federal. A COP será realizada em Dubai, nos Emirados Árabes, entre 30 de novembro e 12 de dezembro.”Estamos indo para COP não é para ser cobrados, nem sermos subservientes, é mas para altivamente cobrarmos que medidas sejam tomadas, porque é isso o que o Brasil tem feito”, afirmou a ministra.
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