julho 26, 2024

Exportação de carne bovina em Mato Grosso dispara no primeiro semestre de 2024

O setor de carne bovina brasileiro vive um momento de grande expansão, com resultados expressivos no primeiro semestre de 2024. No contexto nacional, Mato Grosso se destaca como líder na produção de carne bovina sustentável e de qualidade, com participação de cerca de 14%. De acordo com relatório apresentado pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), o número de animais abatidos no estado aumentou 25,86% no primeiro semestre de 2024, no comparativo com o mesmo período de 2023.

A revolução da 3a.safra: como a agricultura brasileira atingiu níveis recordes de produção

Por José Maria Tomazela – Estadão O agricultor Emílio Kenji Okamura, que cultiva cerca de 1,8 mil hectares em Capão Bonito, no sudoeste paulista, demonstra que colher três safras agrícolas em um curto período de tempo não é mais uma novidade. Ele adota um sistema eficiente em que planta feijão entre agosto e setembro, colhe em dezembro, inicia o plantio da soja na mesma área, para colher em abril, e, posteriormente, abre espaço para o trigo, que estará pronto em setembro. Okamura ressalta que as condições favoráveis do solo e clima na região, com um regime de chuvas regular, permitem essa sucessão de safras. Ele não está sozinho nessa prática, pois muitos agricultores brasileiros têm adotado métodos semelhantes. Os avanços tecnológicos, como o plantio direto, a irrigação e o melhoramento genético das plantas, possibilitam aos agricultores brasileiros colher até três safras agrícolas por ano na mesma área. Em algumas regiões, é viável obter três safras completas de grãos, como soja, milho e trigo, sem a necessidade de revolver, gradear ou adubar previamente o solo. O adubo é aplicado juntamente com as sementes, que são plantadas quase imediatamente após a colheita da cultura anterior. É cada vez mais comum ver tratores com plantadeiras trabalhando simultaneamente à máquina colhedora nos campos brasileiros. Segundo Alexandre Nepomuceno, chefe-geral da Embrapa Soja, um conjunto de técnicas e práticas agrícolas, aliado à pesquisa, tem permitido o avanço da terceira safra em todo o país. Ele destaca que 70% dos aproximadamente 77 milhões de hectares cultivados no Brasil já adotam o plantio direto, o que possibilita a colheita sucessiva sobre a mesma área. Nepomuceno ressalta que a expansão da soja no país tem contribuído para esse progresso, pois além de ser altamente produtiva, essa cultura possui características que preservam e enriquecem o solo, evitando sua exaustão. A capacidade de produzir safras consecutivas na mesma área é um fator crucial para aumentar a produção agrícola do Brasil sem a necessidade de expandir para novas áreas de cultivo. Essa abordagem se baseia no plantio direto, uma prática conservacionista iniciada pelos agricultores brasileiros na década de 1970. Essa técnica consiste em manter o solo sempre coberto por plantas ou resíduos vegetais, geralmente a palhada da cultura anterior, permitindo a semeadura e adubação sem a necessidade de revolver o solo. A expansão da soja, que tem variedades precoces, com ciclo de 100 a 120 dias, ajudou a estreitar o calendário dos cultivos, possibilitando mais safras em menor tempo. Principal grão cultivado no País, a soja entra em praticamente todos os esquemas de uso intensivo do solo, fazendo a rotação com milho safrinha, feijão, sorgo e cobertura verde. “Outros países produtores de grãos, como Argentina, Estados Unidos e toda a Europa, não conseguem isso porque têm invernos rigorosos”, disse o pesquisador da Embrapa. Rodízio de grãos Nas áreas cultivadas pela Cooperativa Agrícola de Capão Bonito, no sudoeste paulista, os 102 agricultores associados seguem um esquema de cinco safras em dois anos – um ano de três safras, outro de duas – e obtêm alta produtividade. A soja, plantada em 24 mil hectares, entra em todos os ciclos, em rotação com milho, milho safrinha, sorgo, trigo, feijão e cobertura verde. O solo fica o ano inteiro com alguma lavoura ou com plantas que aumentam a umidade, fazem a reciclagem de nutrientes e combatem doenças da terra. Um dos cooperados, o produtor Walter Kashima, cultiva cerca de 2,5 mil hectares. Ele colhia em meados de fevereiro uma média 80 sacas (4.800 quilos) de soja por hectare. Na mesma área, ele estava semeando o milho que será colhido entre junho e julho deste ano. As três plantadeiras seguiam o rastro de palha triturada deixado pelas colheitadeiras e abriam sulcos para depositar a semente com adubo. Para fazer o plantio direto, os produtores deixam a palha e resíduos da cultura colhida sobre o solo, que, dessa forma, fica protegido do sol e da erosão. Essa cobertura mantém a umidade do solo, favorece o desenvolvimento de microrganismos e protege a reserva dos adubos usados na lavoura. Também evita a compactação do solo. Plantadeiras próprias para esse cultivo abrem sulcos no solo e depositam as sementes, junto com o adubo. O próprio equipamento cobre os sulcos com terra, favorecendo a germinação. Segundo Nepomuceno, da Embrapa, o País consegue alta produtividade mesmo com baixo uso de irrigação. “A maioria da área de grãos brasileira depende de chuva. Na soja, por exemplo, só 4% da área é irrigada. Irrigar 46 milhões de hectares é quase impossível. Além do custo, vamos ter o problema da água, bem escasso. Então, investimos no bom manejo, na rotação de culturas, e aí entra de novo a pesquisa, que nos permitiu desenvolver variedades de soja, por exemplo, com um sistema radicular mais profundo e que resiste mais à seca.” No Oeste do Paraná, agricultores também já fazem três safras seguidas em um ano, sempre incluindo a soja. O Estado é o segundo maior produtor do País, e colhe 20,7 milhões de toneladas nesta safra. O produtor Amauri Grisotti, de 52 anos, que cultiva 640 hectares no município de Toledo, escolheu um cultivar de soja precoce com ciclo de 120 dias para fazer a rotação com híbrido de milho superprecoce, de 140 dias. “Estou fazendo soja na safra, milho na safrinha e trigo no inverno. Nesse sistema, a produtividade total melhorou 20% porque a reserva de fertilizantes no solo é transferida de uma lavoura para outra”. Produção dobrada Como o País tem biomas com muita diversidade, as regiões agrícolas adaptam o manejo das lavouras usando as tecnologias disponíveis em cada área. A terceira safra no Mato Grosso costuma envolver soja, milho safrinha e cobertura verde; já no Paraná e interior de São Paulo, entram soja, milho e trigo ou sorgo; no Mato Grosso do Sul, soja, milho e pasto (braquiária); e no Rio Grande do Sul, Estado com temperaturas mais baixas, trigo, soja e olerícolas. “Temos agora o sistema de plantar soja no meio do milho, que ainda está no início, mas tem tudo para se expandir”, disse Nepomuceno. O

COOPERNORTE amplia operação e passa a oferecer serviços para pecuária

Referência como cooperativa agroindustrial, a COOPERNORTE segue pensando em melhor atender seus cooperados e clientes e lança uma grande novidade. A cooperativa inicia seus trabalhos também na pecuária, que está entre as atividades econômicas mais importantes do Brasil. A cooperativa passa a contar com variadas sementes de pastagem, nutrição para todas as fases do rebanho, e com a novidade no mercado que é a Mistura de Umidade Baixa (MUB) que tem revolucionado a suplementação bovina no Brasil. “Esse é um grande passo de ampliação dos serviços da COOPERNORTE. Estamos atentos ao que há de mais moderno no mercado para oferecer aos nossos clientes e cooperados produtos e serviços de alta qualidade para o manejo do rebanho”, destaca Sr. Bazílio Carloto, diretor-presidente da COOPERNORTE Dentre os serviços oferecidos estão: pastagem (forrageiras variadas para diferentes manejos); químicos (controle eficiente de pragas e daninhas); nutrição animal (atuando na cria, recria, engorda e gado de leite); e com MUB (energético proteico que dispensa o uso do cocho, com aditivio melhorador de desempenho).  Os produtores já podem falar com a equipe de consultoria da COOPERNORTE por meio do WhatsApp (91) 3729-5827. Fonte: Rede Para Curadoria: Boi a Pasto

Bordadeira de Timbaúba (RN) explica produção da roupa de Janja na posse de Lula: ‘A gente nunca imaginou bordar palha’

Artesãs de Timbaúba dos Batistas, do Seridó potiguar, produziram vestido usado na posse. Elas já tinham feito o vestido de noiva usado por Janja em casamento com Lula. A roupa usada por Janja na posse de Lula neste domingo (1º) teve detalhes feitos por bordadeiras de Timbaúba dos Batistas, cidade potiguar a quase 300 quilômetros de Natal. O grupo já tinha produzido o vestido de noiva da socióloga em seu casamento e repetiu a dose com a produção para o evento que marcou o início do terceiro mandado de Lula como presidente do Brasil. A peça foi idealizada pela estilista Helô Rocha, que procurou as bordadeiras com uma proposta inovadora: utilizar palha como material que traria os detalhes dourados do vestido. A parceria entre as artesãs potiguares e a estilista já dura cinco anos. “Essa confecção foi totalmente inovadora, a gente nunca imaginou bordar palha. Mas aceitamos a ideia e fizemos vários testes antes do resultado final. “, afirmou Valdineide Dantas, presidente da Cooperativa das Mãos Artesanais de Timbaúba dos Batistas. Entre estudo e produção, foram seis semanas em um trabalho que contou com a atividade de cinco bordadeiras. A palha usada na peça foi trazida de Pirangi, no litoral potiguar. O bordado foi feito com o auxílio de uma máquina que é controlada manualmente pelas artesãs. “Queríamos esse efeito dourado, para ter um acabamento bonito de bordado. A gente fica muito realizada em ter sua arte sendo reconhecida. É muito gratificante”, afirma a bordadeira. Casamento Além da peça utilizada neste domingo (1º), as artesãs já tinham produzido outra veste marcante para a nova primeira-dama do Brasil. Em maio de 2022, a socióloga casou com o agora presidente com um vestido bordado pelas potiguares. A peça teve o tema ‘Luar do sertão’ e também foi fruto de parceria com a estilista Helô Rocha. Após um mês e meio de trabalho, a peça ficou pronta e o resultado foi elogiado nas redes sociais. Sete meses depois, Valdineide ainda comemora os frutos da produção. Ela conta que a procura pelos serviços da cooperativa aumentou consideravelmente. “Aumentou muito a procura. Principalmente de uma lembrancinha que fizemos pro casamento dela que estamos autorizado a comercializar. A peça tem o bordado da constelação de escorpião e virgem, representando Lula e Janja. O pessoal está comprando muito”, explicou a bordadeira. Bordadeiras A arte do bordado em Timbaúba dos Batistas é centenária e, para muitas das artesãs, foi uma habilidade passada de mãe para filhas. Atualmente fazem parte da cooperativa 26 mulheres. A entidade foi fundada há cerca de 15 anos e beneficia artesãs locais. Os bordados da cooperativa também já tinham vestido outras famosas. Elas fizeram o vestido de casamento da atriz Isis Valderde e tiveram peças usadas por Sacha, Bruna Marquezine e Cláudia Leitte. Fonte: G1 Curadoria: Boi a Pasto