Rastreabilidade na Pecuária: Desafios e Oportunidades para o Brasil na COP30
Maior exportador mundial de carne bovina, com 2,25 milhões de toneladas no acumulado de janeiro a novembro, o Brasil tem um enorme desafio pela frente. E envolve as 2,5 milhões de propriedades rurais brasileiras dedicadas à pecuária, sendo 70% de pequeno porte. Um dos grandes temas discutidos em painéis durante a COP28 e que continuará em discussão na COP30, em Belém: o da rastreabilidade bovina. Ou seja, colocar chips no rebanho para identificar insumos e matérias-primas em toda a cadeia, além de garantir a segurança do alimento e que a produção esteja sendo feita em terras não desmatadas, entre outros benefícios.
Brasil: celeiro do mundo x modelo de agricultura sustentável
Estudo mostra a importância de uma agenda integrada entre produção e conservação no Brasil, traz alertas sobre o passivo ambiental gerado pela agropecuária convencional e apresenta soluções para tornar o setor mais competitivo e resiliente aos impactos das mudanças climáticas
Práticas de manejo de pastagem permitem aumento na produção de carne
aumento da produtividade na pecuária de corte está relacionado com as condições das pastagens. A adoção de práticas de manejo pelos pecuaristas, tanto do pasto quanto do pastejo, reflete na produção de carne bovina a baixo custo e com preservação ambiental. No entanto, um estudo mostrou que o uso dessas técnicas em uma amostra de produtores ainda é baixo.
Em época de alta dos insumos, subprodutos são boa alternativa para nutrição bovina
O uso de subprodutos na alimentação bovina é um assunto que deve voltar a ser avaliado pelos pecuaristas, visando reduzir os custos nos sistemas de engorda que, atualmente, utilizam matérias-primas mais nobres, como milho e soja.
Infestação de lagartas destrói pastos e propriedades rurais viram cemitérios de bois que morrem de fome em Roraima
Prejuízos com mortes de 7 mil bois e de pasto devastado por lagartas somam R$ 63 milhões, conforme estimativa do governo até esta terça-feira (25). Desequilíbrio ambiental é causado, principalmente, pelo El Niño extremo registrado nos últimos meses.
Fogo no Pantanal destrói o equivalente a 680 mil campos de futebol
A única água que cai do céu é dos aviões. Por terra, brigadistas tentam apagar o fogo que avança sem controle. E o que já está crítico, pode piorar. O Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da UFRJ divulgou uma análise estimando que os incêndios podem destruir, no mínimo, 2 milhões de hectares do Pantanal – uma área 13 vezes maior do que a cidade de São Paulo.
“A situação é extremamente grave, extremamente preocupante diante do contexto climático que nós estamos vivenciando na região desde 2019 pelo menos, em que há uma seca persistente. Embora em 2023 tenha dado um certo alívio, a seca voltou em 2024, o que provoca um estresse na vegetação muito grande aliado a altas temperaturas. É a combinação perfeita para que os incêndios ocorram”, explica Renata Libonati, coordenadora LASA/UFRJ.
Marina lança pacto contra a seca, anunciando que há risco de nova estiagem na Amazônia e no Pantanal
A ministra Marina Silva, ao lado do presidente Lula, assinou uma série decretos voltados à preservação ambiental, na manhã desta quarta-feira, em Brasília, em celebração ao Dia Mundial do Meio Ambiente. O pacote de medidas inclui ainda um pacto contra secas firmado com governadores diante da previsão de uma nova temporada de estiagem no Pantanal e na Amazônia. A meta é reduzir o risco de incêndios que ameaçam ambos os biomas. No ano passado os rios da Amazônia tiveram a maior seca da história.
PRONUNCIAMENTO
Em pronunciamento nesta terça-feira (4/6), véspera do Dia Mundial do Meio Ambiente, a ministra Marina Silva alertou que eventos climáticos extremos, como as fortes chuvas no Rio Grande do Sul, serão cada vez mais frequentes devido à emergência climática. Combater a mudança do clima exige ação imediata, destacou Marina, que reforçou o compromisso do governo federal com a proteção do meio ambiente, a transformação ecológica e o desenvolvimento sustentável.
Pecuária Sustentável: Um Caminho para a Recuperação Ambiental e Expansão Agrícola
Seca queima plantação de soja no Rio Grande do Sul
A tecnologia contra o desperdício de alimento
Em 27 de março, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) divulgou um dado alarmante: mais de 1 bilhão de refeições foram desperdiçadas por dia, em 2022, em todo o mundo. Isso ocorre enquanto 783 milhões de pessoas passam fome e um terço da população mundial enfrenta algum tipo de insegurança alimentar, de acordo com o Relatório do Índice de Desperdício de Alimentos 2024. O impacto ambiental também impressiona, pois o desperdício de alimentos é responsável por emissões de gases de efeito estufa cinco vezes maiores do que as do setor de aviação.