Estratégias de Estação de Monta para o Sucesso na Reprodução
Você sabia que a época em que os bezerros nascem pode fazer toda a diferença para a saúde do rebanho e a eficiência da fazenda? A estação de monta é o período do ano em que os fazendeiros planejam cuidadosamente a reprodução de suas vacas e touros para garantir que a maioria dos bezerros nasça na estação chuvosa do ano seguinte. Neste artigo, vamos explorar o que é a estação de monta e como os fazendeiros podem usar estratégias inteligentes para alcançar o sucesso na reprodução do gado.
Pecuária de alto desempenho revela ganhos de 25 kg a mais na desmama
Genética Santa Gertrudis da Fazendas União do Brasil obtém resultados importantes no programa GPbife da Embrapa Geneplus Com o início da estação de monta, a utilização de sêmen de alta qualidade e touros eficientes é crucial para a produtividade na pecuária. A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA) registrou 6.308.027 doses de sêmen comercializadas no primeiro semestre, com previsão de aumento no segundo semestre, quando se concentra a estação. Essa demanda reflete a necessidade de touros que não apenas otimizam a produção, mas também atendem ao cruzamento industrial. A Fazenda União do Brasil, reconhecida pela genética Santa Gertrudis, exemplifica como a escolha estratégica de sêmen pode impactar os resultados da produção. No programa GP Bife realizado pela Embrapa Geneplus, a Fazenda União do Brasil apresentou dados impressionantes, destacando a eficiência da utilização da raça Santa Gertrudis. Maury Dorta, coordenador do Embrapa Geneplus, explica que, para o produtor de genética, é muito importante ter segurança sobre o produto que está colocando no mercado, sobre a capacidade desses touros trabalharem a campo e sobre os resultados no cruzamento. “A Fazenda União do Brasil participa do GP Bife para avaliar o que o Santa Gertrudis é capaz de fazer na produção da fazenda. Nós temos resultados que mostram muito bem o quanto o criador de gado de corte pode lucrar com o Santa. Nas avaliações realizadas, foram 25 kg a mais de peso à desmama para os filhos de Santa comparados com filhos de Nelore, então temos a certeza de que estamos falando de uma genética realmente produtiva e que pode fazer o pecuarista ganhar mais dinheiro”, pontua Dorta. Anderson Fernandes, veterinário responsável pela Fazenda União do Brasil, complementa que o trabalho realizado pela FUB tem como objetivo justamente entender o quanto esse reprodutor Santa Gertrudis pode contribuir para ganhos na propriedade. “Além de carregar a genética e de trabalhar bem a campo, o animal precisa dar resultados efetivos, e isso pode ser traduzido em quilos na desmama, ou seja, numa produção de ciclo muito menor. Este é o grande objetivo em disseminar essa genética trabalhada aqui”, ressalta o veterinário. Fonte: Assessoria de Imprensa Santa Gertrudis Curadoria: Marisa Rodrigues para o portal Boi a PASTO
Na recria é que se ganha dinheiro com pecuária
Basta fazer bem-feito o manejo das pastagens, fornecendo suplementação adequada e acompanhando os indicadores de desempenho dos animais e da fazenda Por Ivaris Junior Para os técnicos especializados, é na operação de recria que o pecuarista faz diferença entre produzir uma arroba de R$ 125 ou uma de R$ 250. Contudo, a pergunta é o que determina tamanha distância ou diferencial de lucro? Para Marco Gambale, zootecnista e consultor de pecuária, a resposta é simples: Ganho Médio Diário (GMD). Ocorre que nesse período, entre desmama e entrada para engorda, etapa de desenvolvimento máximo dos bovinos, quanto mais peso se coloca nas carcaças, já que a dieta é bem menos dispendiosa, menos tempo de terminação (engorda) será necessário. Logo, o ponto de partida é oferecer pasto de qualidade e, para tanto, é preciso de possuir boa gestão baseada em indicadores. E para Gambale é preciso desmistificar a expressão “intensificação de uso do pasto”, pois, segundo ele, muito produtor entende que sua fazenda precisa estar totalmente estruturada, toda dividida e equacionada na oferta de água. “Não precisa ser assim. No começo é entender a carga animal e manejar a propriedade do jeito que está”, explica. Reforça que primeiramente é necessário conhecer a própria oferta de forragem, para somente depois, ao longo do tempo, redividir pastos e melhorar as aguadas. Tudo feito de forma modular, por etapas. O técnico brinca que aprendeu a dirigir em um Fusca para somente depois pegar veículos mais sofisticados. “Temos de dar um passo de cada vez”, salienta. Outro ponto importante para maximizar ganhos na recria é a suplementação. Trata-se de uma ferramenta “poderosíssima” para o alcance de objetivos e eficiência (arroba barata). Importante entender que suplementação sem planejamento é só mais um desastre nas contas, já que aumentar custo não implica, consequentemente, em ganho de peso. Suplementar sem manejar pasto também é um desastre. Muitas vezes, uma pastagem com potencial de ganho de 600g aliada a um suplemento para aumentar mais 200g (800g de GMD, no total), não dá em nada simplesmente porque o manejo é deficitário e produz nada além de 300g/dia. Isso representa uma perda de mais de 500g no GMD. Falta planejar. Gambale esclarece que há sempre uma diferença entre o que se quer fazer na propriedade e aquilo que realmente é possível. E essa diferença está, basicamente, em duas coisas: a estrutura da fazenda e a qualidade da mão de obra. “Não adianta colocar um nível de suplementação maior do que se pode aproveitar, efetivamente”, destaca. O técnico sugere começar a suplementação com dois ou três lotes, de forma segura e controlada, para depois expandir a oferta. Em outras palavras, ele preconiza “fazer o feijão com arroz bem-feito”. Segundo ele, os produtores ficam mais preocupados com números absolutos e trabalhar com cargas altas, quando “na verdade, teriam de fazer primeiro o simples e caprichado”. Eficiência é um processo – Na Fazenda Boa Vista, em Nova Andradina (MS), o foco está na qualidade zootécnica do rebanho e na produção de carne dos machos. O trabalho obtém diferencial de remuneração na arroba entregue por bonificação e um rendimento de carcaça incrementado entre 1,5 e 2%, na média. Logo, a qualidade das pastagens e da suplementação é uma preponderante. Quem informa é o gestor Douglas Augusto Rodrigues. O modelo de pecuária é verticalizado e os animais são terminados em regimes de semi (TIP) e confinamento; logo, a eficiência do trabalho na recria deve ser máxima. Eles conseguiram produzir uma arroba de peso, no último, por R$ 170 e alcançar um GMD de 550g/dia. “O processo de aquisição de eficiência é cada vez mais estimulante”, conclui. Fonte: Portal DBO/Ivaris Junior Curadoria: Redação Portal Boi a Pasto
Estratégias de Estação de Monta para o Sucesso na Reprodução
Você sabia que a época em que os bezerros nascem pode fazer toda a diferença para a saúde do rebanho e a eficiência da fazenda? A estação de monta é o período do ano em que os fazendeiros planejam cuidadosamente a reprodução de suas vacas e touros para garantir que a maioria dos bezerros nasça na estação chuvosa do ano seguinte. Neste artigo, vamos explorar o que é a estação de monta e como os fazendeiros podem usar estratégias inteligentes para alcançar o sucesso na reprodução do gado.
Época adequada para fazer a estação de monta
A adoção da estação de monta depende de diversos fatores, entre os quais quatro merecem maior destaque devido à influência que exercem na decisão sobre a determinação da época e duração da estação de monta.
Tecnologia é capaz de prever rebanhos bovinos com carne de alta qualidade
O IRC mede o mérito econômico de reprodutores em relação à capacidade de produzir descendentes com carcaças de maior valor agregado.Para isso, é usado um modelo bioeconômico que relaciona informações sobre o crescimento dos animais e as medidas de qualidade da carcaça.O novo índice foi inserido no programa de melhoramento genético das raças Hereford e Braford, o PampaPlus.A expectativa é que impacte toda a cadeia com ganhos consideráveis, com a venda de animais, agregação de valor às matérias-primas e produtos de alto padrão para o consumidor.A tecnologia será lançada na 46ª edição da Expointer, que ocorre em Esteio, de 26 de agosto a 3 de setembro.
Pampa em Evolução mostrará o potencial da cadeia agropecuária do bioma Pampa
Dom Pedrito, a capital da tecnologia aplicada no campo, sediará, de 13 a 17 de junho, a primeira edição do “Pampa em Evolução – Conhecimento, Negócios e Sustentabilidade”. O evento, que é promovido pela Associação e Sindicato Rural, Associação dos Agricultores e prefeitura municipal de Dom Pedrito, será uma grande feira de negócios que mostrará o potencial da cadeia agropecuária gaúcha. O Pampa em Evolução tem ainda como apoiadores o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Serviço Brasileiro de Apo io às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul),
Programa de melhoramento genético vai elevar produção de carne e leite
Executado pela Emater-DF, Seagri e Conafer, Mais Pecuária Brasil começa a atender pecuaristas da capital Pecuaristas do Distrito Federal poderão ter acesso a um programa de melhoramento genético dos rebanhos, que pode aumentar a produção de carne e leite. Trata-se do Mais Pecuária Brasil, projeto que começou a ser executado em quatro propriedades, fruto de um trabalho conjunto da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), da Secretaria de Agricultura (Seagri-DF) e da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer). O programa começou em Mato Grosso e atualmente está sendo executado em mais de dois mil municípios brasileiros. A Emater-DF incluiu a iniciativa no planejamento para beneficiar produtores em todo o Distrito Federal. O contrato com a Conafer, firmado por meio da Seagri, tem duração de quatro anos, podendo ser prorrogado por mais quatro. De acordo com o zootecnista Maximiliano Cardoso, coordenador do programa de Ruminantes e Equídeos da Emater-DF, os extensionistas da empresa estão escolhendo as propriedades onde o programa é viável. Produtores dos núcleos rurais Jardim e Tabatinga, localizados nas regiões administrativas do Paranoá e de Planaltina, respectivamente, receberam a visita dos técnicos no início desta semana. “Além da melhoria da produção, o melhoramento genético pode elevar o valor dos animais”, enumera Cardoso. O extensionista da Emater ressalta que o trabalho é multidisciplinar: “Temos técnicos de várias áreas atuando, pois é necessário avaliar a nutrição dos animais, sanidade do rebanho, adequação das instalações, viabilidade econômica, enfim, todos os aspectos importantes para o sucesso do projeto”. Recentemente, a Emater adquiriu dois aparelhos de ultrassom veterinário, o que vai facilitar ainda mais o trabalho. “Quem executa o serviço são os técnicos da Conafer, mas nós damos todo o suporte necessário”, explica Cardoso. *Com informações da Emater-DF Fonte: Agência Brasilia Curadoria: Boi a Pasto
Genômica pode alavancar a produtividade da pecuária nacional
Superintendente da ABCZ afirma que melhoramento genético permite que animais antecipem reprodução, produzam mais e consumam menos alimentos O agronegócio brasileiro é um setor consideravelmente relevante para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Entre 2019 e 2020, de acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o setor acumulou uma participação de 26,6% no PIB total do país, com crescimento de 24,31% em comparação ao ano anterior. Segundo a mesma fonte, o setor pecuário, especificamente, cresceu 24,56% no mesmo período, o que demonstra a importância da produção de alimentos de origem animal no território brasileiro. Uma pecuária produtiva depende de uma série de fatores, entre os quais estão a nutrição, o manejo e a genética dos animais. A genética, particularmente, chama à atenção por ser o único insumo que pode ser “acumulado” ao longo dos anos. Na bovinocultura, selecionar e utilizar os touros e matrizes geneticamente superiores nas características economicamente importantes, tais como precocidade reprodutiva e rendimento de carcaça, geração após geração, resulta em um acúmulo positivo de genes favoráveis ao aumento de produtividade. Com a utilização correta da genética, é possível tornar os rebanhos cada vez mais eficientes, pois os animais vão, progressivamente, entrar em reprodução mais cedo, produzir mais e consumir uma quantidade cada vez menor de alimento para cada quilo de carne ou litro de leite gerados. Do ponto de vista do fluxo gênico, a criação de bovinos pode ser dividida em três estratos: rebanhos núcleos, rebanhos multiplicadores e rebanhos comerciais. Os rebanhos núcleos empreendem esforços e utilizam ferramentas adequadas para obter progresso genético nas características economicamente importantes na produção. Avaliam e selecionam rigorosamente aqueles indivíduos que merecem passar seus genes às próximas gerações e entregam como produto final uma genética superior por meio de touros e matrizes ou de material biológico para reprodução artificial (sêmen ou óvulos). Já os rebanhos multiplicadores, como o próprio nome já diz, multiplicam a genética superior oriunda dos rebanhos núcleos, aumentando a quantidade de reprodutores disponíveis que serão destinados aos rebanhos comerciais, os quais utilizam a genética como insumo e produzem carne e/ou leite. As tecnologias disponíveis para obtenção de progresso genético evoluíram significativamente nas últimas décadas. Hoje é possível avaliar muito cedo, com uma aceitável chance de acerto, os animais com a utilização de marcadores moleculares do tipo SNP (Single Nucleotide Polymorphism). Os referidos marcadores são mutações naturais encontradas ao longo de todo genoma do animal e estão relacionadas com a genética que determina características importantes para a produção de carne e/ou leite. A genômica, que é o termo aplicado à técnica que lança mão dos referidos marcadores moleculares, permite avaliar geneticamente bezerros recém nascidos e até mesmo embriões com a mesma, ou até mesmo maior, confiança de uma avalição tradicional de um touro adulto com alguns filhos testados. Deste modo, o melhoramento genético acontece mais rápido, pois os machos e fêmeas que merecem passar seus genes para à próxima geração são precocemente selecionados e colocados em reprodução. Os rebanhos núcleos têm investido sistematicamente em genômica e os resultados obtidos são excelentes. Touros e vacas (ou material biológico para reprodução) geneticamente superiores são disponibilizados para o mercado cada vez mais cedo e com uma qualidade cada vez maior. Deste modo, os rebanhos comerciais podem ter acesso ao “insumo genética” com um valor agregado que aumenta, expressivamente, a cada nova geração de reprodutores. Ao utilizar a genética dos rebanhos núcleos, melhorada com o auxílio da genômica, os produtores de carne têm observado ganhos expressivos em peso, precocidade sexual, fertilidade, rendimento e qualidade da carcaça e em muitas outras características economicamente importantes. Assim, a genômica tem impulsionado a bovinocultura, permitindo uma produção de carne e/ou leite com maior lucratividade, com menor impacto ambiental e com maior possibilidade de gerar empregos diretos e indiretos. *Henrique Torres Ventura é superintendente adjunto de melhoramento genético da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), criada em 1919 no Triângulo Mineiro e que congrega cerca de 23 mil associados. Fonte: Revista Globo Rural com curadoria Boi a Pasto.
Por que devemos avançar no sentido da seleção de fêmeas?
Historicamente, o melhoramento genético para gado de corte se baseou na identificação de touros superiores em características de importância econômica e na proliferação de seus genes nos rebanhos, para que se obtenha progresso genético. Essa abordagem é comprovadamente eficiente, pois foi possível observar, de maneira inconteste, ao longo dos anos, a mudança positiva conquistada pela introdução de reprodutores melhoradores nos plantéis. O melhoramento genético de bovinos para carne via seleção de machos fundamenta-se no fato de que é possível aplicar uma intensidade de seleção extremamente rigorosa à essa categoria animal. Na prática, um touro pode ser o suficiente para servir de 25 a 50 vacas em uma estação de monta e, se considerarmos a inseminação artificial, a multiplicação da genética do reprodutor tende ao infinito. Deste modo, por não ser necessário uma quantidade muito grande de machos na população é possível selecionar apenas aqueles que estão muito acima da média e, disseminar essa superioridade ao longo dos rebanhos. Contudo, faz-se necessário relembrar que a genética de um novo indivíduo é constituída de amostras retiradas, ao acaso, de seu pai e de sua mãe. Metade de seus genes origina-se do touro e a outra metade da vaca. Assim, espera-se que utilizar touros selecionados em rebanhos cujas matrizes inferiores são sistematicamente descartadas, produz-se um impacto positivo consideravelmente maior do que a utilização dos mesmos machos nos rebanhos em que as vacas não são descartadas enquanto estiverem parindo. Um exemplo simples pode ser usado para ilustrar tal situação: Considerando a característica peso ao sobreano, se acasalarmos um touro com DEP de + 16,00 em um rebanho de vacas com DEP média de +6,59, O resultado será uma progênie com DEP média predita de 11,29. Mas se utilizarmos o mesmo touro em um rebanho de vacas com DEP média de -2,5 o resultado será uma progênie com DEP média predita de +6,75. Trata-se de +4,54 Kg de superioridade genética predita ao comparar os dois cenários, o que representa uma diferença genética expressiva e, que muito provavelmente, refletirá na produtividade dos animais. Na prática, faz-se necessário observar um conjunto de características para proceder a seleção de fêmeas, e o que foi exposto acima trata-se apenas de um pequeno exemplo. Há de se considerar que as DEPs das fêmeas não são tão acuradas quanto as dos machos, mas é possível obter uma resposta média positiva utilizando essas informações. Novas abordagens analíticas, como a inclusão dos dados de desempenho de animais FIV/TE e seleção genômica, possibilitam que se calcule DEPs com alta acurácia para fêmeas, o que pode potencializar ainda mais o ganho genético nos rebanhos ao se aplicar o descarte das matrizes geneticamente inferiores. Até aqui tudo o que foi explanado a respeito das matrizes está dentro do universo da avaliação quantitativa, que é importante, mas não é única. Uma avaliação fundamentada na apreciação visual é extremamente relevante, pois nem tudo pode ser ?mensurado e avaliado com a utilização de cálculos avançados e metodologias para predição genética. Aprumos, pigmentação, harmonia, caracteres sexuais secundários, funcionalidade e raça são exemplos de características que têm uma importância considerável para a criação de bovinos, e somente o olho humano pode avaliar com um aceitável nível de acerto. Vacas com alto valor genético predito para características de crescimento, mas que não conseguem se locomover ou que não sejam funcionais como mães não devem ser candidatas a passar os seus genes adiante. Dentro do mesmo contexto, a avaliação da expressão racial se destaca com uma importância muito grande, pois pode funcionar como um marcador fenotípico de características de produção e também como identidade comercial para o conjunto de animais inseridos em tal grupo. No Sistema Integrado de Avaliação Genética do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos da ABCZ – PMGZ está disponível uma ferramenta que permite consultar informações genéticas/zootécnicas de vacas e novilhas e que também possibilita executar simulações de diferentes cenários de seleção e descarte. No módulo avançado, nomenclatura atribuída a esta ferramenta para a seleção de fêmeas, é possível observar os resultados do impacto da genética materna no desempenho dos bezerros, a evolução genética e fenotípica das vacas e acessar dados que auxiliam na tomada de decisão sobre quais fêmeas devem ter seus genes proliferados no rebanho. Além disso, é possível gerar relatórios de vacas e novilhas para que os animais possam ser avaliados no curral, pois, como mencionado anteriormente, a avaliação quantitativa não é suficiente. Somente permitir a reprodução das fêmeas que passarem, concomitantemente, no crivo das avaliações quantitativa e visual (qualitativa), proporciona a construção de um rebanho produtivo, consistente e capaz de fornecer genética melhoradora para os rebanhos de produção de alimentos. Os melhores touros são, quase sempre, filhos das melhores vacas e, quanto a isso, não existem questionamentos. Adicionalmente, a maior parte do custo de produção está concentrado nas fêmeas que, consequentemente, devem ser produtivas e eficientes. Deste modo, o avanço no sentido da seleção de fêmeas é uma proposta razoável, baseada em resultados sólidos, que pode trazer aos rebanhos a maximização do progresso genético e a consolidação dos mesmos como produtores de animais melhoradores. Por: Dr. Henrique Torres Ventura, Superintendente Técnico-Adjunto de Melhoramento Genético da ABCZ