setembro 18, 2024

O fósforo na alimentação de bovinos

O fósforo (P) é o segundo elemento mineral mais abundante no organismo.  Rafael Achilles Marcelino* A eficiência dos sistemas de produção animal depende, em grande parte, do uso de medidas racionais de manejo, sobretudo no que diz a respeito da nutrição dos animais, uma vez que a alimentação representa uma fração significativa dos custos de produção. Neste sentido, o correto balanceamento das dietas possui grande importância, sendo necessário para isso o conhecimento das exigências nutricionais dos animais, assim como da composição bromatológica e da disponibilidade de nutrientes dos alimentos. Os minerais, embora presentes em menores proporções do que outros nutrientes, tais como proteína e a gordura, desempenham funções vitais e suas deficiências acarretam alterações de ordem produtiva, reprodutiva e de saúde. Os minerais possuem basicamente três funções no organismo animal: composição estrutural de órgãos e tecidos, constituintes de tecidos e fluidos corporais e catalisadores de sistemas enzimáticos e hormonais. O fósforo (P) é o segundo elemento mineral mais abundante no organismo. Cerca de 80% está presente nos ossos e dentes, além de localizar-se também em todas as células e em quase toda transação envolvendo formação e quebra de ligações de alta energia. Fósforo também está intimamente envolvido no equilíbrio ácido-básico do sangue e de outros fluidos corporais, sendo componente fosfolipídico, fosfoprotéico e do ácido nucléico. A absorção de P ocorre principalmente no intestino delgado. Somente pequenas quantidades são absorvidas no rúmen, omaso e abomaso. A homeostase do P é predominantemente mantida por reciclagem salivar e excreção fecal, sendo proporcional a quantidade de P consumida e absorvida (NRC, 2001). Fósforo também é requerido pelos microrganismos ruminais para digestão da celulose e síntese de proteína microbiana. A falta de energia e de proteína é, frequentemente, responsável pelos baixos níveis de produção. Todavia, desequilíbrios minerais nos solos e forrageiras vêm sendo responsabilizados pelo baixo desempenho produtivo e reprodutivo de ruminantes sob pastejo em áreas tropicais. Fontes de suplementos minerais de P (fosfatos monocálcico e bicálcico) são adicionadas acima da recomendação, no intuito de se garantir “margem de segurança resultando em 25 a 35% de excesso do mineral na dieta e o aumento de 30% de sua excreção. No rúmen, a disponibilidade dos minerais e sua utilização dependem da taxa de passagem e da interação com a população microbiana. As disponibilidades do Ca e P podem ser significativamente alteradas em virtude de suas combinações químicas ou associações físicas com outros componentes da dieta. O ácido fitico afeta a absorção intestinal do Ca e P, porém no rúmen, em virtude da produção da fitase microbiana, o fitato é amplamente utilizado. A absorção de P também pode ser prejudicada pelo magnésio (Mg), AI e Fe, que formam precipitados, bem como pelo molibdênio (Mo) e cobre (Cu), que interferem diretamente na absorção de P. A vitamina D aumenta a absorção e a atividade de transporte de Ca e P. Seu requerimento em bovinos de corte é de 275UI/kg de matéria seca (MS) para cada dia (d), segundo o NRC. Porém, animais que recebem luz solar ou que se alimentam de forrageiras secas ao sol raramente necessitam desta suplementação, a não ser que sejam animais confinados e que recebam dieta conservada. A concentração plasmática da forma ativa da vitamina D (l ,25 OH2 D) é menor para o gado europeu, atribuída a uma adaptação genética e ambiental, devido à menor luminosidade. Fatores como espécie, maturidade da planta, clima, o tipo de solo e sua concentração de minerais, não devem ser utilizadas separadamente para predizer a concentração mineral da forrageira.Geralmente, as concentrações da maioria dos minerais são maiores em leguminosas com relação às gramíneas. Na tabela 1 pode-se observar as variações encontradas entre gramíneas e leguminosas, coletadas de suas partes novas e condições experimentais. Tabela 1 – Concentração de minerais em algumas gramíneas e leguminosas forrageiras Com relação à idade da planta, o efeito da idade da planta sobre a concentração de minerais em capim Panicum maximum pode ser observado na tabela 2. A concentração da maioria dos minerais nas forrageiras tende a decrescer com a idade da planta, e para alguns minerais, a influência da maturidade sob suas concentrações é maior, como no caso do nitrogénio e fósforo, os dois de grande importância no planejamento da suplementação dos animais em pastejo. Tabela 2 – Concentrações médias de minerais na forrageira Panicum maximum em diferentes idades O entendimento dos processos que envolvem a utilização dos minerais pelo ruminante, particularmente o fósforo, é importante, de modo a possibilitar o desenvolvimento de estratégias que possam adequar o suprimento de misturas minerais para o animal, garantindo uma maior vantagem produtiva e econômica, conciliada a uma menor excreção de fósforo, favorecendo uma maior eficiência de utilização desse mineral. Geralmente a suplementação com P é superestimada, ocasionando um gasto desnecessário para um melhor desempenho dos animais e menor excreção fosfatada no ambiente. Pesquisas feitas não sugerem que o excesso de P na dieta melhore o desempenho produtivo e reprodutivo. Deve-se avaliar o balanceamento da dieta como um todo e eliminar exageros, pois os custos desses excessos certamente pesam no orçamento, além de apresentar restrições ambientais. * Rafael Achilles Marcelino é da Universidade Federal de Lavras – 3rlab Fonte: 3rlab

Bom planejamento nutricional de bezerros proporciona seu máximo desenvolvimento

O preparo das vacas para cobertura e reprodução é uma etapa importante no manejo nutricional do animal, que deve começar já no nascimento. Um manejo nutricional correto e bem planejado irá assegurar seu crescimento saudável e irá contribuir para a produtividade e rentabilidade da fazenda O preparo das vacas para cobertura e reprodução é uma etapa importante no manejo nutricional do animal, que deve começar já no nascimento. Um manejo nutricional correto e bem planejado irá assegurar seu crescimento saudável e irá contribuir para a produtividade e rentabilidade da fazenda. O manejo do bezerro, desde seu nascimento, visa melhorar seu peso e a idade ao desmame, reduzir a idade ao primeiro parto, reduzir o intervalo entre partos e, aumentar o peso corporal de bezerros desmamados por hectare/ano, ao longo da vida produtiva. Para isso, é indicado um sistema de fornecimento de suplementos que vão do nascimento, passando pela desmama, cobertura e o parto, diferenciando as linhas para estação seca e chuvosa. E tudo começa ao nascimento, com aproximadamente 28 kg (7% do peso de suas mães), enquanto este animal é lactente, seguindo durante o crescimento até a desmama. Nesse período, o produtor deve fornecer ao animal um suplemento mineral proteico energético, específico para bezerros em amamentação em sistema de creep-feeding, tanto no período chuvoso quanto de seca, sendo fornecido do nascimento até aproximadamente 15 dias que antecedem à desmama. Nos 15 dias que antecedem a desmama, deve-se iniciar o fornecimento de um suplemento mineral proteico energético especifico para a desmama, ainda em sistema de creep-feeding, sendo que este deve continuar a ser fornecido aos animais até 30 dias pós desmama, com o objetivo de minimizar o estresse desencadeado pela desmama, favorecendo com que os animais continuem a ganhar peso em uma fase de vida que comumente acabam por perder peso e adoecer com facilidade. O objetivo é que a desmama seja realizada com peso médio entre machos e fêmeas próximo a 50% do peso adulto de suas mães. Comumente após a desmama, estes animais entrarão em um período do ano crítico, a seca, onde há uma diminuição dos valores nutricionais das forragens, o que contribui para uma diminuição da ingestão de matéria seca e consequentemente no desempenho dos animais. Desta forma, o produtor deve fornecer um suplemento especifico para este período do ano, que além de fornecer todos os minerais essenciais, forneçam fontes de proteína, para que haja uma melhor atividade da microbiota ruminal, favorecendo melhor consumo de alimento e evitando a perda de peso que comumente ocorre e que favorece o surgimento do conhecido “boi sanfona”. Com a chegada da estação chuvosa, espera-se que o animal, se fêmea, esteja com aproximadamente 70% do seu peso adulto, e desta forma encontre-se apto para a cobertura. É o momento de fornecer um suplemento específico para animais de cria, onde deve-se ter toda a atenção voltada não somente a quanto há de fósforo no suplemento, mas sim a todos os elementos minerais que constituem o produto, com atenção especial voltada aos microminerais, que são minerais extremamente importantes para que se consigam obter bons índices reprodutivos. Após o período gestacional, ocorre o parto. Durante a gestação é extremamente importante que se tenha todo o cuidado frente a nutrição dos animais, haja vista que está se refletirá no desenvolvimento fetal. Os microminerais serão importantes durante a gestação para a matriz, para que após o parto, seu colostro contenha bons níveis de anticorpos que aumentarão a sobrevida do bezerro enquanto este ainda não tem memória imunológica, ou seja, enquanto o seu organismo não consegue combater sozinho os microrganismos patogênicos. Programa Desempenho Máximo Todas essas orientações integram o Programa Desempenho Máximo, desenvolvido pelo Grupo Matsuda, como forma de utilizar corretamente os diversos produtos em diferentes épocas do ano, considerando o estágio de desenvolvimento do animal, se cria, recria ou engorda — e ainda, se gado de corte ou leite, se à pasto ou confinado — e para não perder a linha de progressão do crescimento e desenvolvimento do animal.  São as orientações técnicas desse programa que vão otimizar a utilização correta dos suplementos, com informações consolidadas em um mapa de comunicação visual, onde o produtor lê e identifica facilmente os produtos corretos a serem utilizados. A metodologia do Programa Desempenho Máximo é simples, criada exatamente para facilitar o manejo nutricional na fazenda, por meio de todo um processo de informações visuais. São banners, disponibilizados para os produtores, com a indicação dos produtos a serem utilizados de acordo com a curva de crescimento e época do ano. Para a produção de carne a pasto, por exemplo, são considerados 29 meses de criação, desde o nascimento até o abate. Para vacas produtoras de leite, também a pasto, é demonstrado todo o processo de criação, desde o nascimento, passando pela desmama, cobertura, parto, nova cobertura e novo parto. Há banners também para o manejo nutricional de bezerros, de gado de corte confinado e de criação intensiva de gado leite. O Programa Desempenho Máximo, se usado corretamente, também permitirá ao produtor antecipar a compra dos produtos indicados, com a devida antecedência, eliminando a preocupação com a faltas de produto em estoque. Ainda, os responsáveis pelo fornecimento dos produtos, poderão identificar em cada momento da produção, conforme a idade e a época do ano, quais são os produtos que serão utilizados. Fonte: Redação Boi a Pasto

Erros mais frequentes no manejo nutricional de rebanhos leiteiros com vacas confinadas

Assumir que o que foi colocado na frente das vacas é o que foi balanceado pode ser um grande erro Você se preocupa com o que suas vacas comem? A dieta delas é balanceada por um nutricionista ou você compra o concentrado e ainda está na velha relação 1: 3 (1 kg ração : 3 kg de leite)? Mas, independente disso você acredita que elas estão comendo o que você acha que elas estão? Ou são suas vacas que estão definindo o que elas comem? Assumir que o que foi colocado na frente das vacas é o que foi balanceado pode ser um grande erro. E assim, não certificamos as 3 dietas bases dentro de uma fazenda, sendo elas: 1) Dieta do nutricionista (mesmo que você esteja usando a relação 1:3); 2) Dieta do tratador e 3) Dieta que realmente a vaca ingeriu. É muito importante que essas 3 dietas estejam bem próximas uma da outra. Uma maneira prática de avaliar se o que está na frente das vacas em termos de nutrientes é o que você visualiza na tela do computador é fazer análises bromatológicas da dieta. Você pode pensar “esse cara está doido, pois não tenho análises das forragens e insumos (2 grandes erros!!!) de minhas vacas quanto mais ter ou fazer análises de dietas”. Aí vai um conselho de quem acompanha dietas de vacas a mais ou menos 10 anos: O custo de uma análise é muito barato pelo seu benefício. E dieta é o item mais pesado da planilha de custo de produção de leite, ou seja, não podemos ser amadores nesse item. Precisamos alimentar as vacas de forma balanceada para que elas expressem todo seu potencial produtivo, independente da raça. Isso significa dizer, por exemplo, em nunca tirar 10 kg de leite numa vaca com potencial para 15 kg. E na maioria das vezes esses 5 kg de leite a mais não vêm por você ter dado mais concentrado para a vaca e sim de fatores como: qualidade da forragem, concentrado bem balanceado que supre as deficiências dessa forragem, mistura bem feita desse e de outros insumos (subprodutos) com a forragem quando o gado está confinado (ano todo ou na seca nos sistemas de pasto), linha de cocho adequada, conforto animal, entre outros. Abaixo temos uma tabela com a composição nutricional da dieta de um lote de alta produção balanceada para 32 kg, porém a dieta foi feita manualmente. Essa tabela nos mostra que a dieta na frente da vaca (tratador) não é a dieta balanceada (nutricionista) vista na tela do computador. Como podemos observar a principal diferença está nos carboidratos (FDN e CNF), onde o carboidrato fibroso (FDN) da dieta do tratador está muito alto. No ponto onde foi coletada a amostra, provavelmente o tratador deixou cair mais silagem (que tem mais fibra e menos concentrado) que é de fibra baixa (Foto 1). Qual a implicação disso para as vacas que comem desse lado do cocho? E para as vacas que comem do outro lado do cocho, onde caiu mais concentrado e menos forragem? (Foto 2). Na primeira situação (foto 1) teremos o risco da doença metabólica cetose subclínica, uma doença metabólica. As vacas desse lote são de alta demanda de energia e a dieta nesse ponto está com baixa densidade energética, pois a fibra (FDN) está muito alta e o carboidrato não fibroso (CNF), que gera mais energia por kg de consumo para a vaca, está muito baixo (Tabela1). Essas vacas, principalmente as de baixo DEL (dias em lactação), irão mobilizar muito da sua condição corporal, isto é, irão emagrecer criando o risco de cetose. Entretanto, no outro lado do cocho (foto 2) teremos o contrário, ou seja, falta de fibra (FDN) e excesso de CNF levando as vacas a um risco de acidose. Além disso, o tratador não misturou bem a dieta, o que permite que a vaca selecione ainda mais o concentrado, agravando a situação. Pode-se dizer então que na mesma linha de cocho criaram-se dois riscos metabólicos: cetose e acidose. A consequência será menor eficiência produtiva e reprodutiva das vacas desse lote. É importante salientar que para cada 1 kg de leite que as vacas perdem no pico de produção (que normalmente ocorre entre a 4ª e 8ª semana pós-parto) elas irão perder algo entre 200 a 220 kg de leite na lactação total. A melhor maneira de termos uma dieta bem misturada principalmente em rebanhos grandes é o uso de uma Totalmix (vagão misturador de dieta). No entanto, o uso incorreto dessa máquina também pode proporcionar dietas de riscos. A tabela dois mostra a análise de uma dieta de vacas também de alta produção onde houve erros de mistura. Conforme podemos observar a principal diferença está novamente nos carboidratos (FDN e CNF). Nesse lote o risco metabólico é acidose, pois a quantidade de fibra (FDN= 25,6%) é baixa para vacas pós-parto. Essa dieta caía inicialmente para o lote pós-parto, onde as vacas ficavam por volta de 10 a 20 dias, e as avaliações de consumo mostravam que as vacas estavam comendo 40 a 50% do recomendado, indicando haver algum problema. Várias estratégias foram feitas no sentido de melhorar o consumo sem êxito e não desconfiávamos da dieta, pois visualmente se mostrava bem misturada e com tamanho de partícula adequado. Após a análise e com os resultados da tabela 2 mais o dado do baixo consumo identificamos que as vacas realmente estavam com acidose. Nesse caso, foi diagnosticado que o vagão não estava misturando bem por excesso de carga. Após consertar esse manejo e, por precaução, entrar na dieta com uma fibra mais longa (na época tifton picado verde) o consumo desse lote voltou para o recomendado. E foi perceptível que os animais estavam com mais saúde, o que não vínhamos antes. Assim, nem sempre o que está na frente da vaca é aquilo que estamos vendo na tela do computador na hora do balanceamento. Outro erro muito frequente acontece nas fazendas que trabalham com fórmulas de concentrados comerciais,

Estratégias de suplementação auxiliam na desmama precoce e no aumento da rentabilidade do rebanho

Ação de forma direcionada em animais com índices reprodutivos mais baixos possibilita incrementar a receita do produtor Com o objetivo de levar ao pecuarista novas tecnologias em nutrição para rebanho de corte, a Trouw Nutrition, apresentará duas palestras durante a BeefExpo, em Foz do Iguaçu (PR), no Hotel Recanto Cataratas – Thermas Resort & Convention. No dia 21, às 11 horas, Supervisor de Treinamento Técnico, João Marcos Beltrame Benatti, abordará sobre “Estratégias de suplementação em fazendas de cria”. Já no dia 22, às 15h30, a Supervisora de Pesquisa e Desenvolvimento, Josiane Lage, falará sobre “Desmama Precoce: vacas mais férteis, bezerros melhores”. As duas palestras são gratuitas e serão na sala dois, no Painel Beef 360°. Os custos crescentes da pecuária de corte e a importância econômica do incremento nos índices reprodutivos incentivam os produtores a utilizar práticas de manejo que melhorem a eficiência dos sistemas de produção. De acordo com Benatti, uma das problemáticas nas fazendas de cria está na generalização dos produtos utilizados. “Vacas apresentam exigências diferentes, tanto pela sua categoria, por serem novilhas, primíparas e multíparas, quanto pelo período do ano em que pariu. Assim, cada interação categoria/época de parição, necessita de um tipo de suplementação”, explica. Para isso, o zootecnista salienta que explanará na apresentação sobre a importância da separação em lotes, direcionamento da suplementação e impactos na rentabilidade. “Irei explicar qual é o benefício econômico de se fazer isso. Também abordarei sobre reprodução, que está diretamente ligado à nutrição e não somente em apostar em tecnologias isoladas como a IATF”, ressalta. A cria é o segmento com rentabilidade mais baixa em bovinos de corte. Isso se dá principalmente em razão dos baixos índices reprodutivos das propriedades. Uma forma de melhorar a rentabilidade é com investimento em nutrição. O zootecnista alerta, porém, que a cria nem sempre comporta a suplementação com maior inclusão de concentrado em todo o rebanho. “Assim, agir de forma direcionada em animais com índices reprodutivos mais baixos possibilita incrementar a receita do produtor”, esclarece João Marcos. Há também outros fatores de importância no sistema de cria. “Vacas que emprenham mais cedo desmamam bezerros mais pesados. Por isso, lançar mão do uso de tecnologia incrementa o peso dos bezerros”, orienta Benatti. Com o tema “Desmama Precoce: vacas mais férteis, bezerros melhores”, a Supervisora de Pesquisa e Desenvolvimento da Trouw Nutrition, Josiane Lage, abordará a técnica que auxilia no aumento na porcentagem de prenhez do rebanho e diminuição do intervalo entre o parto e a concepção. A desmama precoce se baseia na separação do bezerro e da vaca com até 90 dias, possibilitando que a energia que seria destinada a produção de leite seja redirecionada para reprodução. “Com isso, a fêmea supera o balanço energético negativo de forma mais rápida e reduz o impacto em sua perda de massa corporal pós-parto. Assim, as vacas com taxas de prenhez baixas elevam suas taxas, melhorando os índices do rebanho”, explica. O grande foco da desmama precoce são as vacas com baixas taxas de fertilidade, principalmente as primíparas. “Podemos considerar também as vacas com escore corporal muito baixo e vacas em pastos com condição de forragem ruim. Outro ponto que iremos abordar é que a desmama precoce possibilita o abate das vacas de descarte que estariam com bezerro ao pé antes da entrada da seca, pois, a aplicação da técnica ajuda na recuperação mais rápida da condição corporal do animal”, esclarece Josiane Lage. Mais informações: www.trouwnutrition.com.br Fonte: Attuale

A importância dos aditivos no desempenho de bovinos

Para que o bovino tenha um melhor desempenho, é fundamental a inclusão de aditivos em rações, concentrados, suplementos minerais, núcleos e premixes. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), é classificado como aditivo toda substância, microrganismo ou produto formulado, adicionado intencionalmente, que tenha ou não valor nutritivo; que melhore o desempenho dos animais e as características dos produtos destinados à nutrição dos mesmos, além de atender às necessidades nutricionais ou que tenha efeito anticoccidiano. Para que o bovino tenha um melhor desempenho, é fundamental a inclusão de aditivos em rações, concentrados, suplementos minerais, núcleos e premixes. Dentre vários, destacam-se: monensina sódica, lasalocida sódica, virginiamicina, bicarbonato de sódio e leveduras Saccharomyces cerevisiae. Todos favorecem o bom funcionamento do rúmen. Alguns, quando usados simultaneamente tem efeito simbiótico, como é o caso da levedura e lasalocisa e monensina e virginiamicina. Para os aditivos propiciarem benefícios, é imprescindível que se respeite a quantidade ideal requerida pelo animal. É necessário conhecer a categoria do animal, seus estágios fisiológico e produtivo, sua alimentação e a quantidade de ração ou suplemento ingerido diariamente. A partir destas informações é possível definir a quantidade de cada aditivo por quilograma de Matéria Seca (MS) ingerida. Os aditivos ionóforos atuam selecionando bactérias ruminais. Parte das bactérias Gram Positivas, sensíveis à ação da monensina e lasalocida, são eliminadas e, por consequência, permitem que mais substratos sejam utilizados pelas bactérias Gram Negativas. Como resultado, haverá maior síntese de ácido propiônico, o qual gera mais energia para o animal. Em adição, a produção de metano e gás carbônico são reduzidos consideravelmente, o que gera mais energia para ganho de peso. Os ionóforos ainda contribuem para redução de incidência de acidose por proporcionarem maior estabilidade do pH ruminal. Em se tratando de bezerros, os inóforos também auxiliam na prevenção de coccidiose. Para os bezerros de corte e leite, em fase de aleitamento,  é recomendada a ingestão de pelo menos 60 mg de lasalocida/animal/dia.  Bovinos de corte, quando manejados em regime de pasto, para incremento do ganho de peso é sugerido de 100 a 15o mg/dia de monensina. Para animais manejados em regime de confinamento, quando o objetivo também é a maior eficiência alimentar, deve-se fornecer de 200 a 300 mg/animal/dia do ionóforo.  A virginiamicina é um melhorador de desempenho de alta eficiência. Assim como os ionóforos, atua na seleção de bactérias ruminais, tornando o metabolismo mais eficiente. O processo de digestão é beneficiado, com menores perdas no processo de fermentação, pois haverá maior síntese de ácido propiônico e menor produção de ácido acético e lático e, principalmente, metano. Como resultado haverá mais energia disponível para o animal, melhora na conversão alimentar e maior ganho de peso diário. A virginiamicina atua inibindo a síntese protéica de Bactérias Gram Positivas. O efeito continua mesmo após a remoção do aditivo (bacteriopausa), contribuindo para os resultados de ganho de peso observados em animais manejados em regime de pasto. Em regime de pasto, o consumo de suplemento mineral linha branca, de pronto uso, normalmente não é uniforme. Sendo assim, nos suplementos que contêm virginiamicina, o aditivo continua atuando no dia que o animal não ingere o suplemento. Por ter menor influência sobre o consumo, é recomendada em dietas quando o objetivo é preservar maior ingestão de MS. Para bovinos de corte confinados, a recomendação é de 25 mg/kg MS ingerida, enquanto para aqueles manejados em regime de pasto, de 35 a 45 mg de virginiamicina/100 kg de Peso Vivo (PV). Quando a ingestão de fibra é limitada, a manutenção de um pH ruminal adequado é um desafio. Cepas de leveduras específicas, Saccharomyces cereviseae, são ativas no rúmen e, por isso, incrementam a anaerobiose. Como resultado haverá aumento da digestão de fibra, maior regulação do pH ruminal, o que previne a acidose e a laminite. É recomendada para bezerros por propiciar colonização precoce da flora, rúmen e papilas. É fundamental adquirir estes aditivos de empresas idôneas e consultar um técnico, de sua confiança, que conheça o modo de ação e dose correta (relação custo/benefício). O uso racional destes e outros aditivos irão garantir incremento do desempenho e maior lucratividade.  Fonte: José Leonardo Ribeiro – gerente de produtos ruminantes do Grupo Guabi

Suplementação estratégica pode incrementar resultados na reprodução bovina

Conheça algumas das alternativas e momentos adequados para maximizar a eficiência do processo. Em um país de clima tropical, com variações significativas na qualidade e quantidade de forragem produzida durante o ano, a suplementação bovina é, muitas vezes, essencial para assegurar a eficiência da reprodução do rebanho. Por isso, durante o primeiro Simpósio Repronutri de Reprodução, Nutrição e Produção Animal, o médico veterinário Ed Hoffmann – professor do curso de medicina veterinária na Universidade de São Paulo (USP) – discutiu uma questão de grande importância para quem decide atender às exigências nutricionais dos bovinos por meio da suplementação alimentar: quando fazê-lo? Segundo o professor, alguns fatores devem ser considerados ao tomar essa decisão. Ele lembra que a pecuária brasileira é realizada, em grande parte, por meio do sistema extensivo de cria e que os animais apresentam diferentes exigências nutricionais durante as fases do ciclo reprodutivo. “Uma suplementação, por exemplo, em uma fase de lactação é diferente de uma fase logo após o desmame, que é diferente do terço final da gestação. Seria muito cômodo se nós pegássemos as exigências nutricionais das vacas, analisássemos o que o pasto está oferendo e déssemos a diferença como suplementação – mas isso não é economicamente viável. Então, nós temos que escolher momentos mais estratégicos”, diz Hoffmann. Então, quando? Com essas questões em mente, o professor sugere um momento específico para suplementar os animais: logo após o desmame. “É um período em que a exigência nutricional da vaca cai bastante. Ela tem todo o metabolismo voltado para si própria. Então, eu alimento a vaca e ela acumula reservas em forma de gordura. É essa reserva que ela vai poder utilizar no pós parto com a lactação para compensar o balanço energético negativo dela”, afirma. “Faço a suplementação por 75, 90 dias, que é o suficiente para ela recompor a sua reserva energética. Em números, ela deve recompor de 45 a 50 kg de reserva para ela poder ter uma lactação e um último trimestre de gestação adequados”. O tipo de suplementação, segundo o professor, também varia de acordo com a condição dos animais. “Às vezes, o balanço energético negativo é muito pequeno e a gente pode, por exemplo, suplementar os animais com um pouquinho de proteína – porque isso faz com que eles aumentem a ingestão de alimentos. Então, a gente consegue suplementá-los não dando uma ração, mas estimulando a ingestão maior. Com maior ingestão, eu consigo superar esses problemas. Isso, às vezes, pode ser feito com pequenas quantidades de proteína por dia. Em outras situações, eu já preciso entrar com rações balanceadas”. O que usar? Para o veterinário, as vacas com uma boa condição corporal após o desmame, como a condição corporal 5, podem ser suplementadas com sal mineralizado com ureia, por exemplo, apenas para a manutenção do peso. Já a condição corporal 4 exige uma suplementação um pouco maior, para que os animais recuperem de 40 a 50 kg. Com a pastagem em boas condições, é possível suplementá-los com mineral proteico. “Ele tem um pouco de proteína verdadeira, que vai fazer aquele efeito de estimular a aumentar a ingestão de alimentos”, diz. Para regiões que não têm mais pastagem nessa época, o professor recomenda uma suplementação maior, com soja, milho e outros resíduos industriais. “O que tiver na região”. Somado a esses fatores, a variação entre épocas do ano favoráveis à pecuária e os períodos que demandam mais esforços para atender as necessidades nutricionais dos bovinos faz com que seja preciso planejar a suplementação como forma de não perder dinheiro. “Por quatro meses, nós temos que fazer suplementações em algumas categorias animais e isso é inevitável. O planejamento possibilita que a gente faça isso com alimentos adquiridos na época certa, com custos melhores, administrados nas quantidades corretas”, afirma. “Quanto mais planejado, melhor é o custo-benefício”. O professor ressalta, ainda, a importância de se apostar em tecnologia e profissionalização para o sucesso da atividade. “Temos que aproveitar o momento para produzir mais, produzir melhor e produzir antes”. Fonte: Embrapa Pantanal / Foto: Ériklis Nogueira

A importância dos aditivos no desempenho de bovinos

Para que o bovino tenha um melhor desempenho, é fundamental a inclusão de aditivos em rações, concentrados, suplementos minerais, núcleos e premixes. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), é classificado como aditivo toda substância, microrganismo ou produto formulado, adicionado intencionalmente, que tenha ou não valor nutritivo; que melhore o desempenho dos animais e as características dos produtos destinados à nutrição dos mesmos, além de atender às necessidades nutricionais ou que tenha efeito anticoccidiano. Para que o bovino tenha um melhor desempenho, é fundamental a inclusão de aditivos em rações, concentrados, suplementos minerais, núcleos e premixes. Dentre vários, destacam-se: monensina sódica, lasalocida sódica, virginiamicina, bicarbonato de sódio e leveduras Saccharomyces cerevisiae. Todos favorecem o bom funcionamento do rúmen. Alguns, quando usados simultaneamente tem efeito simbiótico, como é o caso da  levedura e lasalocisa e monensina e virginiamicina. Para os aditivos propiciarem benefícios, é imprescindível que se respeite a quantidade ideal requerida pelo animal. É necessário conhecer a categoria do animal, seus estágios fisiológico e produtivo, sua alimentação e a quantidade de ração ou suplemento ingerido diariamente. A partir destas informações é possível definir a quantidade de cada aditivo por quilograma de Matéria Seca (MS) ingerida. Os aditivos ionóforos atuam selecionando bactérias ruminais. Parte das bactérias Gram Positivas, sensíveis à ação da monensina e lasalocida, são eliminadas e, por consequência, permitem que mais substratos sejam utilizados pelas bactérias Gram Negativas. Como resultado, haverá maior síntese de ácido propiônico, o qual gera mais energia para o animal. Em adição, a produção de metano e gás carbônico são reduzidos consideravelmente, o que gera mais energia para ganho de peso. Os ionóforos ainda contribuem para redução de incidência de acidose por proporcionarem maior estabilidade do pH ruminal. Em se tratando de bezerros, os inóforos também auxiliam na prevenção de coccidiose. Para os bezerros de corte e leite, em fase de aleitamento,  é recomendada a ingestão de pelo menos 60 mg de lasalocida/animal/dia.  Bovinos de corte, quando manejados em regime de pasto, para incremento do ganho de peso é sugerido de 100 a 15o mg/dia de monensina. Para animais manejados em regime de confinamento, quando o objetivo também é a maior eficiência alimentar, deve-se fornecer de 200 a 300 mg/animal/dia do ionóforo.  A virginiamicina é um melhorador de desempenho de alta eficiência. Assim como os ionóforos, atua na seleção de bactérias ruminais, tornando o metabolismo mais eficiente. O processo de digestão é beneficiado, com menores perdas no processo de fermentação, pois haverá maior síntese de ácido propiônico e menor produção de ácido acético e lático e, principalmente, metano. Como resultado haverá mais energia disponível para o animal, melhora na conversão alimentar e maior ganho de peso diário. A virginiamicina atua inibindo a síntese protéica de Bactérias Gram Positivas. O efeito continua mesmo após a remoção do aditivo (bacteriopausa), contribuindo para os resultados de ganho de peso observados em animais manejados em regime de pasto. Em regime de pasto, o consumo de suplemento mineral linha branca, de pronto uso, normalmente não é uniforme. Sendo assim, nos suplementos que contêm virginiamicina, o aditivo continua atuando no dia que o animal não ingere o suplemento. Por ter menor influência sobre o consumo, é recomendada em dietas quando o objetivo é preservar maior ingestão de MS. Para bovinos de corte confinados, a recomendação é de 25 mg/kg MS ingerida, enquanto para aqueles manejados em regime de pasto, de 35 a 45 mg de virginiamicina/100 kg de Peso Vivo (PV). Quando a ingestão de fibra é limitada, a manutenção de um pH ruminal adequado é um desafio. Cepas de leveduras específicas, Saccharomyces cereviseae, são ativas no rúmen e, por isso, incrementam a anaerobiose. Como resultado haverá aumento da digestão de fibra, maior regulação do pH ruminal, o que previne a acidose e a laminite. É recomendada para bezerros por propiciar colonização precoce da flora, rúmen e papilas. É fundamental adquirir estes aditivos de empresas idôneas e consultar um técnico, de sua confiança, que conheça o modo de ação e dose correta (relação custo/benefício). O uso racional destes e outros aditivos irão garantir incremento do desempenho e maior lucratividade. Fonte: José Leonardo Ribeiro – gerente de produtos ruminantes do Grupo Guabi / LN Comunicação

O poder da eficiência alimentar

Identificar os melhores em CAR pode render até 30% a mais na pecuária. Daniel de Paula* O que era moda, virou regra. É cada vez mais imperiosa a necessidade de se usar tecnologias que mensuram a eficiência alimentar em pecuária. Provas de Consumo Alimentar Residual (CAR) estão cada vez mais comuns pelo mundo afora e as estatísticas comprovam o benefício que isso traz na economia da fazenda. A herdabilidade é cada vez mais comprovada por gênios que estudam esses números e composições de fórmulas que transformam os filhos em personagens cada vez melhores que os pais e mais desejados na produção de carne a campo, a grande aptidão do Brasil tropical. Acabo de voltar de mais uma semana de grande aprendizado e admiração em Pirajuí/SP. Aliás, sou um privilegiado por ter nesse pequeno município do Noroeste paulista dois vizinhos com quem cultivo muita amizade. Um que cria Senepol, a Fazenda da Grama, onde é realizado desde 2009 o programa Safiras do Senepol, também com medição de eficiência alimentar em novilhas que se convertem em doadoras em uma prova premiada internacionalmente. O outro, que divide cerca, é a Fazenda Perfeita União, que está cada vez mais segura na seleção de um Guzerá para resultados que se espalha por todo o Brasil, para produção de carne a campo. E é sobre essa seleção de um zebuíno milenar que eu quero abordar a importância das informações que eles geram dentro de casa, onde trabalham os Irmãos Tonetto, os sobrinhos, os filhos, enfim, a família toda reunida no batente, na lida. Foi lá que nasceu um programa de melhoramento genético que identifica os animais no Índice Super Precoce Funcional (Ispf) em bezerros desmamados e selecionados para esse desafio de desempenho. 20% da safra – em breve serão 100%, mas quando o projeto estiver pronto eu conto aqui – vira alvo de medição do CAR a partir dos 12 meses e, aos 15, esses selecionados continuam em avaliação com as tecnologias disponíveis e hoje mais acessíveis a todos, como ultrassonografia de carcaça (para conhecer AOL, EGS, etc.). Desenvolvidos em parceria com a Aval Serviços Tecnológicos, esses programas já descobriram o que o professor doutor Roberto Sainz, da Universidade da Califórnia, em Davis (EUA), veio constatar na fazenda, em uma de suas recentes e rápidas passagens pelo Brasil. Sobre o CAR, ele confirmou que, pelas experiências mostradas em países como EUA, Austrália, Nova Zelândia e outras partes, animais mais eficientes nesse fator passam para gerações futuras, da segunda em diante, até 30% dessa característica, que mexe diretamente no bolso do pecuarista. Relatórios que me foram fornecidos pela Perfeita União sobre as 12 edições da prova (11 delas encerradas) confirmam a eficiência da eficiência. A diferença, segundo interpretação do doutor Yuri Farjalla, também da Aval, pode cegar a 15% entre os animais que comem menos e os que consomem mais matéria seca para ganhar o mesmo peso, que continua tendo o maior peso (40%) na composição do Ispf. E é nisso que nos atemos, em eficiência alimentar, sem contar os outros fatores que montam o ranking do Ispf, como CE (20%), AOL (20%) e carcaça (EGS) + marmoreio + temperamento (os outros 20%). Nas estatísticas do Guzerá IT e parceiros que deixam os touros mais promissores na prova, a diferença do menor para o maior CAR foi entre -0,781 a 0,826 – quanto menor o CAR, mais eficiente o animal. Isso, levando-se em consideração os mais de 200 touros medidos nessa prova desde 2012, dentro da fazenda, sem artificialismos e com dieta balanceada para todos os animais, que antes e depois continuam desafiados na avaliação a pasto, com suplementação básica em se tratando de pecuária sustentável. Todo esse processo visa evitar que animais tardios permaneçam no rebanho, custando mais caro ainda ao pecuarista – por isso o teste com um grupo contemporâneo desde muito cedo. A eficiência está na diferença entre o medido e o predito, que só se conhece após a prova de 75 dias, depois de todas as mensurações (pesagem inicial e final e cálculo do desvio padrão para definição do ganho com os dados do que cada animal consumiu). Como alguém pode saber se isso garante o melhoramento genético? Bem, para dar apenas um exemplo, um dos primeiros destaques nessa avaliação, Ioio OJA, animal equilibrado, apresentou o melhor desempenho em 2012 e já teve, aos três anos de vida, um filho que apresentou desempenho ainda melhor na última edição, vendido sábado por R$ 12 mil (50%). Parece uma engenharia complicada, mas no sumo tem resultado que pode impactar até 25% no custo de produção. Levando-se em conta que a dieta leva 70% disso, imaginemos o quanto isso beneficia no caixa da fazenda. E o que é melhor, muito rápido. Esses dias, em Pirajuí abriram os meus olhos e os de muitos outros pelo Brasil, tomara que também tenham feito o mesmo com os teus. *Daniel de Paula é publicitário e jornalista, repórter do Canal do Boi, canal integrante do SBA. Fonte: Enfoque / Rural Centro

Sal mineral deve ser dado para os bovinos o ano todo

As necessidades de sal mineral variam de acordo com o estado do animal e o peso. Produtor já sabe, mas é sempre bom relembrar de que a correta mineralização do rebanho garante uma boa produção de carne e leite e evita queda de produtividade. Como os pastos não suprem todas as necessidades minerais dos animais é importante fazer a suplementação de forma correta utilizando uma mistura com todos os macro e micro elementos no concentrado. Os macrominerais mais importantes são: Cálcio (Ca), Fósforo (P), Magnésio (Mg), Enxofre (S), sódio (Na), Cloro (Cl) e potássio (K) e os microminerais: Ferro (Fe), zinco (Zn), cobre (Cu), iodo (I), manganês (Mn), flúor (F), molibdênio (Mb), cobalto (Co), selênio (Se), cromo (Cr), níquel (Ni), vanádio (Vn) e silício (Si). Normalmente esses elementos fazem parte da mistura mineral disponível no comércio, mas é importante comprar o produto de empresas idôneas e, em caso de dúvida, coletar amostra do produto e enviar para análise. As necessidades de sal mineral variam de acordo com o estado do animal e o peso. De forma geral pode-se dizer que o consumo diário deve ser entre 80 a 100 gramas. É bom lembrar que sem uma correta mineralização o animal não desenvolverá todo seu potencial, portanto é recomendável a avaliação de um especialista para indicar a melhor mistura para o rebanho. Há muitos mitos em torno do assunto que vale a pena comentar, como por exemplo, o de que sal mineral é tudo igual.  Para o pesquisador da Embrapa Sérgio Raposo o que diferencia um sal mineral de outro é a formulação. “Um produto mal formulado, isto é, com níveis de garantia furados e consumo mal planejado, não será eficaz”. Outra questão, ainda muito mais comprometedora, é que existem inúmeras armadilhas no mercado em termos de matéria-prima, conta o pesquisador. “Ainda que algumas delas possam ser evitadas com uma análise de laboratório, outras podem ter um laudo perfeito, mas o nutriente não ser assimilável”. Outros diferenciais, segundo Sérgio, são: qualidade da mistura, fontes mais nobres de matéria-prima, tipo de apresentação (granulado, floculado), resistência ao empedramento e algo que tem feito muita diferença: apoio técnico da empresa ao produtor. Outra conversa comum é de que o mineral que importa no sal é o fósforo. Segundo o pesquisador, o fósforo não é o único mineral que o produtor deve se preocupar. Levantamentos feitos pela Embrapa Gado de Corte apontam que as forrageiras têm valor baixo de sódio (< 0,1% da matéria seca), predispondo deficiência. O fósforo ficou em quarto lugar na pesquisa, com 72% das amostras abaixo de 0,12% da matéria seca, além de outros. Como todos podem limitar a produção o criador deve se preocupar com vários minerais além de que estejam balanceados, sem grandes excessos que possam predispor a problemas de absorção. “Um mineral em excesso prejudica a absorção de outro”, esclarece o especialista. É também comum se ouvir dizer que é bobagem gastar com sal mineral e que algum amigo parou de mineralizar e não notou diferença nenhuma. Sérgio diz que esse é um mito para o qual basta o tempo derrubar. O uso da técnica de suplementação mineral permite o aproveitamento de todo potencial produtivo da forragem, diz Sérgio e “ter esse conceito correto na ponta da língua ajuda a deixar o sal na ponta da língua dos animais e o azul mais vivo na conta da fazenda”. O uso de minerais na seca A lógica é que a exigência dos minerais para manter ou perder peso na seca é tão baixa que o pouco que tem na pastagem já resolve. O conceito importante é o seguinte: Quanto maior a produção, maior a necessidade de nutrientes, inclusive de minerais. Por isso que a época que mais se deve preocupar com a suplementação de minerais é nas águas. Na seca, também devemos, mas usando sal com ureia e proteinado, resolvendo primeiro o fator mais limitante, explica Sérgio Raposo. “O que acontece na seca é que não adianta fornecer apenas os minerais, pois o nutriente mais limitante é a proteína”. Dicas e cuidados com os cochos Uma dica é usar um bom sal mineral. Caso o criador prefira misturar o sal na própria fazenda, convém consultar um técnico para fazer o balanceamento da mistura que deve ser de acordo com as exigências nutricionais dos animais. Outra dica é com relação aos cochos onde se coloca o sal mineral. O ideal é que eles sejam cobertos, que fiquem bem localizados e que não fiquem ilhados por acúmulo de água. Todavia, o pior cenário não é ter o sal mineral molhado pela chuva, mas a falta de espaço linear mínimo de cocho. O melhor é oferecer no mínimo seis centímetros lineares de cocho para cada unidade animal atendida por esse cocho – ensina Sérgio. Entre ter o sal preservado da chuva e dar acesso ao sal a todos os animais, mesmo que molhado, o produtor deve dar preferência à segunda opção, recomenda o pesquisador. “Ainda assim, ao usar cochos não cobertos, é aconselhável ter um monitoramento e abastecimento mais intensivo, uma vez que a umidade ajuda a empedrar o sal, o que prejudica seu consumo”. Fonte: Embrapa Gado de Corte

Inclusão de fibras na dieta das vacas leiteiras aumenta a produção de leite

Três fatores são determinantes para que o animal de produção tenha um bom desempenho: genética, manejo e nutrição. Se qualquer um destes critérios for analisado, individualmente, não tem a mesma eficiência e êxito, quando em conjunto. Por exemplo, uma boa genética combinada com um manejo adequado não permitirá que os animais atinjam o potencial máximo de produção, se a nutrição não for balanceada de acordo com as necessidades e capacidades fisiológicas. Na produção de leite, a alimentação do rebanho pode representar até 70% do custo total de produção. Alguns pecuaristas investem em aprimoramento no fornecimento de proteína, energia, minerais e vitaminas, mas se esquecem de que as fibras também exercem um papel importante para as vacas leiteiras. As fibras são parte do carboidrato com menor ou nenhuma digestibilidade pelo trato gastrointestinal dos animais. Estas proporcionam fontes de nutrientes, estimulam a mastigação, ruminação e a produção de saliva, que ajudam a estabilizar o teor de gordura no leite e no funcionamento do rúmen. Podem ser encontradas nos fenos, pastagens e silagens. Na dieta das vacas leiteiras, os carboidratos representam 70% ou mais da matéria seca das rações, porém quando as fibras são consumidas em excesso a densidade energética torna-se baixa e a produtividade tende a diminuir. Quando ocorre o contrário e os níveis de fibras necessários não são atendidos, além de diminuir a produtividade, pode desencadear problemas sanitários, queda no teor de gordura do leite e em casos mais extremos, até mesmo a morte. A produção de vacas leiteiras a pasto pode ser economicamente mais viável para o pecuarista, desde que ele invista em um manejo correto para manter uma forragem com nutrientes adequados. Entre os meses de junho e setembro acontece o período de estiagem, época em que as chuvas reduzem e o ar fica mais seco na maioria das regiões leiteiras do país. Neste período, a quantidade e qualidade da forragem das pastagens se tornam limitadas e com poucos nutrientes. A conservação e o armazenamento de forragens são atividades prioritárias para a nutrição dos bovinos durante o período seco. Com este processo, se bem manejado, o pecuarista obtém uma forragem desidratada e de alta qualidade.  No Brasil, muitas fazendas de alta produção investem no sistema de Free Stall (galpão coberto), muito popular nos EUA, Canadá e Europa. Nele é possível administrar com mais exatidão a quantidade de fibra disponível por animal, e conforme níveis de produção. Além do que, a dieta pode ser balanceada de acordo com o tipo e qualidade de fibras disponíveis, que podem ser desde silagem de sorgo ou milho, capim fresco, pré-secados, até o feno. Para produzir um feno nutritivo são necessárias pelo menos duas condições:  • Selecionar forragens de boa qualidade para serem cortadas; • Realizar uma secagem rápida, com o mínimo de perda de nutrientes. Com o objetivo de auxiliar o pecuarista a obter uma pastagem com todos os nutrientes e fibras necessárias e um feno de alta qualidade, a Casale oferece o Sega Pasto – equipamento único e consolidado no mercado. Ele possui um sistema de corte vertical com rotor de 42 facas que proporciona uma poda sem agressão à fibra, preservando o caule do capim e otimizando o manejo de pastagem, garantindo que seu crescimento seja rápido e uniforme. Com o Sega Pasto, o pecuarista aumenta a vida útil do capim e diminui o período de rotação dos piquetes, sem perda de capim, gerando economia e eficiência na recuperação das pastagens. Além disso, o equipamento sega e condiciona forragens de alta produção, promovendo a secagem mais rápida e agilizando o processo de enfardamento. Fonte: LN Comunicação