setembro 16, 2024

Em 2022, PR liberou R$ 8,8 milhões em seguro rural e 1,5 mil veículos do Trator Solidário

Governo oferece benefício complementar no seguro rural, o que amplia o acesso ao seguro agrícola e garante cobertura de perdas decorrentes de fenômenos climáticos. O Estado também gerencia a aquisição de máquinas e implementos para o produtor Atividade bastante dependente de condições climáticas e de fatores não controláveis, a agropecuária tem no seguro rural um auxiliar para a proteção da renda. Para baratear os custos, o Governo do Paraná é um dos poucos que conta com um programa estadual de subvenção econômica ao prêmio do seguro, complementar ao oferecido pela União. Já o programa Trator Solidário possibilita aos agricultoras familiares a compra de máquinas, implementos e equipamentos a preços mais acessíveis. O objetivo é ampliar o acesso ao seguro agrícola, garantir ao segurado a cobertura de perdas decorrentes de fenômenos climáticos e adversos que afetam as lavouras, incorporar o seguro rural como instrumento para a estabilidade da renda agropecuária e promover o uso de tecnologias adequadas e modernas da gestão do empreendimento. A Subvenção Estadual ao Prêmio de Seguro Rural é limitada ao percentual máximo de 20% do prêmio total, não podendo exceder R$ 4,4 mil por CPF, por cultura ou espécie animal, e até R$ 8,8 mil por CPF por ano civil. Em 2022, dos R$ 11 milhões disponíveis, foram pagos R$ 8,8 milhões em subvenções. Estiveram sob a garantia do seguro os proprietários de 3.199 apólices, cobrindo pouco mais de 169,8 mil hectares. O atendimento contemplou ameixa, arroz, batata inglesa, cebola, cevada, feijão, kiwi, milho, pera, pêssego, tomate, trigo sequeiro e uva. Os triticultores foram os que mais procuraram essa garantia para suas culturas, com 77% do volume segurado, o que corresponde a R$ 6,64 milhões. Outros 13%, ou R$ 1,12 milhão, foram segurados pelos produtores de milho segunda safra. Entre as outras principais culturas que se beneficiaram do valor restante estão cevada, uva, cebola e tomate. TRATOR SOLIDÁRIO – O programa Trator Solidário tem o foco no agricultor familiar. Por meio dele, os interessados podem adquirir máquinas, implementos e equipamentos a preços mais acessíveis. Os financiamentos seguem regras estabelecidas para a linha Pronaf Mais Alimentos e chegam a custar em torno de 15% menos que o valor pago no mercado comum. Em 2022, a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento registrou o faturamento de 1.506 máquinas, num total superior a R$ 324,8 milhões. Foram entregues 1.411 tratores, 91 colhedoras e quatro pulverizadores. Somente nos tratores, o investimento foi de R$ 268,4 milhões. Eles foram fornecidos por seis empresas. Fonte: Notícias Agrícolas Curadoria: Boi a Pasto

Futuro ministro diz que terá missão de ‘reconstruir’ Embrapa

Carlos Fávaro quer retorno de Silvio Crestana para presidência da estatal de pesquisa agropecuária O futuro ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, quer “reconstruir” a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com uma mudança radical de direção nos rumos da gestão da estatal e o orçamento turbinado para voltar a investir dinheiro público no trabalho dos pesquisadores. “A Embrapa acabou, destruíram a empresa. Assumo o ministério com a missão de reconstruí-la”, afirmou Fávaro em entrevista exclusiva ao Valor após o anúncio do seu nome pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para comandar a Pasta a partir da próxima semana. A mudança deve começar no comando da estatal. Fávaro e Lula querem que Silvio ParceiraFávaro afirmou que a aproximação da Embrapa com o setor privado – estimulada no atual governo – é válida, mas que a estratégia adotada foi errada. “A iniciativa privada é movida à perspectiva de resultado e lucro, e muitas vezes o poder público tem o desafio de enfrentar aquilo que aparentemente não dá lucro, mas que é importante e resolve problemas”, explicou. Um exemplo é o ramo de insumos biológicos. “A indústria de químicos não tem interesse de financiar a pesquisa se ela não vai ganhar dinheiro, mas a Embrapa precisa fazer para o bem dos brasileiros e da produção sustentável”, indicou. O futuro ministro disse que o Ministério da Agricultura é uma “exceção na Esplanada em termos de gestão”, mas que a Pasta enfrentou um desmonte orçamentário e sofreu as consequências de ações transversais das áreas econômica e ambiental do governo nos últimos anos. “O Ministério da Agricultura foi desprestigiado. A ex-ministra Tereza Cristina precisou ‘se virar nos 30’ para manter os mercados internacionais abertos com a passada da boiada acontecendo com desmatamento e queimadas”, opinou. Ele negou que a Pasta perderá importância com a estrutura mais enxuta após as saídas de algumas áreas do seu organograma. A agricultura familiar e a aquicultura e pesca virarão novos ministérios; o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) passará ao Meio Ambiente e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) irá para o Ministério do Desenvolvimento Agrário. “Vamos trabalhar transversalmente”, completou. ConabA ideia é dar uma nova roupagem à Conab, que poderá dar origem a uma agência de informações agropecuárias para atuar de forma independente no novo governo. “A Conab pode ser maior e não precisa estar conectada ao Ministério da Agricultura ou ao MDA”, disse. A ideia é que a autarquia seja provedora de dados para a iniciativa privada e para a formulação de políticas públicas. Uma dos desejos é equiparar a nova unidade ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), com relatórios de estoques, vendas antecipadas e exportações para orientar o planejamento no campo. “Não é intervenção, é ter informação. Queremos relatório da nossa Conab para informar o Brasil, o mundo, o mercado e dar segurança e estabilidade”, disse. O futuro ministro não quis antecipar nomes que vão compor o ministério, mas afirmou que deverá aproveitar algumas peças que estão na atual gestão. “Não temos data para definir, vamos devagar. Não podemos ter interrupção de políticas públicas”, comentou. Fonte: Valor Agronegócio Curadoria: Boi a Pasto

Sítio volta a lucrar após investir em tecnologias de reuso da água

Em parceria com a Embrapa, a família Marchezin aplicou também técnicas de fossa biodigestora, para fazer o saneamento do esgoto, e de restauração de áreas degradadas, fazendo com que a propriedade deixasse de ser improdutiva. Uma propriedade improdutiva teve seu rumo alterado após os donos, com ajuda de pesquisadores, começarem a investir em tecnologias de reuso de água. Conheça no vídeo abaixo a história da família Marchezin, localizada em São Carlos (SP). https://globoplay.globo.com/v/11193300/ A propriedade, adquirida pela família na década de 70, tem uma área praticamente em declive, que foi se degradando aos poucos, principalmente por causa da erosão do solo causada pelo desmatamento. Na década de 90, ela se tornou quase toda improdutiva. Flávio, herdeiro da propriedade, deixou o campo para estudar administração de empresas, depois voltou com o objetivo de tornar a produção rentável. Começou trabalhando com peixes em um tanque escavado. Foi então que ele conheceu a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que precisava de uma área para testar novas tecnologias. A parceria rendeu três experimentos: Fonte: G1 Curadoria: Boi a Pasto

Produção familiar de café Conilon cresce em média 30% ao ano no Vale do Rio Doce, desde 2017

Espécie se adaptou bem à região por ser mais rústica, de fácil manejo, além de resistente ao déficit hídrico Quanta história tem por trás de uma xícara de café? Se a bebida significa mais energia e conforto para quem a consome, para quem a produz não é diferente. Café é sinônimo de prosperidade. Minas Gerais é o maior estado produtor do grão do Brasil. Por aqui, ele é cultivado em diversas regiões, inclusive naquelas menos prováveis, como no Vale do Rio Doce. Em geral, o café é uma planta de altitudes maiores e climas mais amenos, mas o tipo Conilon se adaptou muito bem na região, garantindo renda para muitos produtores, que antes precisavam migrar para conseguir sustentar a família. Como o senhor Valdeci, que durante muitos anos deixou a mulher e filhos em Água Boa, para trabalhar na colheita do café Conilon, no estado do Espírito Santo. Nessa lida foi adquirindo experiência no cultivo, trouxe sementes e começou uma pequena produção ainda na terra do seu sogro. Em poucos anos investindo na cultura conseguiu comprar seu próprio pedaço de chão e viu a vida melhorar. “Quando eu mudei pra cá eu não tinha muitas coisas não. Eu morava com meu sogro e saía para o Espírito Santo pra apanhar café. Trouxe as sementes, eu mesmo fiz minhas mudas, plantei e consegui comprar minha terra. Eu paguei a terra só com dinheiro de café. Se não fosse o café, eu não conseguiria. E hoje eu já trabalho pra mim mesmo e as coisas estão muito boas”, conta satisfeito. Assim como Valdeci, vários agricultores familiares dos municípios de Água Boa, José Raydan, Santa Maria do Suaçuí, São José do Jacuri e São Pedro do Suaçuí, no Vale do Rio Doce, viram no café Conilon uma ótima oportunidade. Tanto que, de 2017 para cá, segundo dados da Emater-MG, a produção do grão na região cresceu cerca de 30% ao ano. Em 2017, esses municípios tinham juntos 62 agricultores familiares na atividade, hoje já são 93, além de 5 produtores de maior porte, que também entraram no ramo. A área plantada saltou de 135 hectares para 380, e a produção saiu de 3, 6 mil sacas para 9,2 mil ao ano. Volume ainda muito baixo para atender a demanda da região. Conforme a Emater, em Capelinha, que está próxima desses municípios produtores de Conilon, a demanda das seis torrefadoras que operam na cidade é de 4 mil sacas deste tipo de grão ao mês. Ou seja, ainda há muito mercado para explorar, o que deve incentivar mais produtores a investir na atividade. “Há uma tendência de aumentar principalmente o número de pequenos agricultores e não de aumentar expressivamente a área com grandes produtores”, comenta o extensionista da Emater-MG, em Água Boa, Luiz Antônio Borges. Segundo ele, as áreas plantadas são, em média, de 2 a 3 hectares. “Nesses espaços os produtores conseguem conduzir tranquilamente as lavouras, com custo de produção menor que o café Arábica, por exemplo, e assim sustentar a família. Eu recomendo que eles se dediquem ao café Conilon”, diz. Produzindo assim, em pequenos espaços, Edivano Batista Machado está satisfeito com os resultados do Conilon. Conta que em apenas meio hectare conseguiu uma alta produtividade, que na última safra lhe rendeu aproximadamente 70% de lucro. “Quem quiser plantar e cuidar dá lucro mesmo. Meu lucro aqui foi de 70%, de cada 100 reais sobrou 70 pra mim e não é fácil sobrar 70. Trabalho de tardinha, até de noite com prazer, porque é muito bom trabalhar e ver o resultado. E sempre tem a expectativa de todo ano colher ainda mais. Posso reclamar não, depois que passei a mexer com café foi só melhora”, diz satisfeito. Incentivo e qualidade A Emater-MG tem incentivado o cultivo do Conilon na região, promovendo Dias de Campo, prestando assistência técnica direta aos produtores. Segundo o coordenador técnico da empresa, José Mauro de Azevedo, o Conilon é uma espécie de café mais rústica, por isso mais resistente a pragas e doenças, além de se comportar bem mesmo com o déficit hídrico. “Esta região não está no semiárido, mas infelizmente, nos últimos anos, tem sofrido com a falta de chuvas. Sem contar que o Conilon é uma lavoura de manejo mais simples e bem-adaptada à produção em pequenas áreas”, explica. E os produtores da região não estão preocupados apenas com a quantidade de café que produzem, mas também com a qualidade. Com uma pós-colheita caprichosa, o produtor Adílson Melo conseguiu atingir 85 pontos no seu café, no último concurso regional de qualidade do grão. Trabalhando com a família, pretende deixar esse legado para os filhos. “O meu sonho aqui não é só fazer um café bom, que eu possa vender a mil, cinco mil reais. Meu interesse maior é ver meus filhos que estão aí crescendo, meus sucessores, darem continuidade”, finaliza. Fonte: Aline Louise – Ascom/Emater-MG Curadoria: Boi a Pasto

Exportação de arroz cresce 82,6% em Goiás

As exportações nacionais do cereal também registraram aumento de 95,1% no faturamento alcançado no acumulado de 2022 (janeiro a outubro), frente ao mesmo período de 2021. O montante foi de US$ 516,1 milhões De janeiro a outubro deste ano, as exportações de arroz em Goiás cresceram 82,6% em comparação com o mesmo período de 2021. O volume embarcado para fora do País foi de 4 mil toneladas, aumento de 84,9% em relação ao ano passado, tendo como principais destinos Venezuela, Senegal e Bolívia. O montante registrado foi de US$ 2,0 milhões. Com esse resultado, o Estado ocupa a quarta posição entre os principais exportadores nacionais do cereal, atrás de Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina. As informações integram a edição de dezembro do Agro em Dados, publicação mensal da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). ARROZ EM ALTA De acordo com o boletim, as exportações nacionais do cereal também registraram aumento de 95,1% no faturamento alcançado no acumulado de 2022 (janeiro a outubro), frente ao mesmo período de 2021. O montante foi de US$ 516,1 milhões, proveniente de embarques de mais de um milhão de toneladas de arroz, destinados principalmente ao México, Senegal e Venezuela. Em relação ao cultivo de arroz, Goiás havia plantado, até o dia 26 de novembro, quase 73% do total destinado à cultura na atual safra. Segundo o Agro em Dados deste mês, a projeção é de crescimento de 15,7% em produtividade, alcançando 5,2 toneladas por hectare. Entretanto, a perspectiva é de redução de área cultivada, registrando 16,3 mil hectares, e de produção do arroz goiano, que deve ser de 85,3 mil toneladas. PRODUTORES Entre os principais municípios goianos produtores, os destaques são Flores de Goiás, São Miguel do Araguaia e São João D´Aliança. Localizado a 440 quilômetros de Goiânia, na região Nordeste do Estado, Flores de Goiás lidera a produção. É reconhecido pelo cultivo de arroz irrigado, que movimenta a economia e gera renda para vários agricultores familiares que vivem em assentamentos rurais na região. O titular da Seapa, Tiago Mendonça, ressalta que a cultura tem conquistado mais espaço entre as atividades agrícolas desenvolvidas no Estado. O reflexo disso é no campo e na balança comercial. “É o principal cereal consumido no mundo e isso chama a atenção do produtor. Com investimentos em manejo e tecnologia, o agricultor goiano tem aumentado a produtividade em suas lavouras, trazendo resultados para a economia, especialmente em municípios que se destacam no cultivo. Atualmente, além de abastecer o mercado interno, o arroz produzido em solo goiano alcança outros países e registra, ano após ano, crescimento em exportações. Isso mostra a importância do cereal cultivado em Goiás”, enfatiza. AINDA O Agro em Dados de dezembro traz análises e números (reais e estimativos) de sete segmentos agropecuários: soja, milho, arroz, bovinos, suínos, frangos e lácteos. Os itens abordados incluem valor bruto de produção (VBP), produção total, área plantada, produtividade média, ranking nacional, abates, exportações e principais compradores. O boletim dedica ainda um capítulo especial ao Programa de Melhoria da Qualidade Genética do Rebanho Bovino Brasileiro (Pró-Genética). Concebido pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e implementado conjuntamente com os governos estaduais e municipais representados pelos órgãos de extensão rural. O objetivo do programa é tornar acessível a comercialização de touros puros de origem (PO). Em Goiás, o Pró-Genética é realizado por meio de parceria entre ABCZ e Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater). SAIBA MAIS A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) promove o Agro em Dados. O levantamento e a edição das informações estão sob a responsabilidade da Gerência de Inteligência de Mercado da Superintendência de Produção Rural Sustentável, com formatação e diagramação da Comunicação Setorial da Seapa. As fontes são: Emater, Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Conab, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Ministério da Economia. A periodicidade é mensal. Curadoria: Boi a Pasto

Fertilizantes atingem melhor preço do ano

O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) melhorou em novembro, favorecendo a relação de troca e tornando o insumo ainda mais acessível para o produtor rural. Nesse penúltimo mês de 2022, o índice fechou em 1,1, gerando um momento muito favorável para o agricultor e um cenário muito positivo para nutrição da safra e recomposição dos nutrientes do solo. A melhoria reflete a combinação da redução média de 7% dos preços dos adubos, em comparação a outubro, e da apreciação das principais commodities agrícolas produzidas no Brasil. Durante o mês, em média, o preço das commodities registrou alta de quase 2%, em relação a outubro, recuperação liderada pela cana-de-açúcar, que teve uma valorização de 4% em relação ao mês anterior. A média mensal também considerou a estabilidade nos preços da soja e do milho. O IPCF, além de considerar a variação de preços dos adubos e das commodities, também avalia o câmbio, que apesar de ter aumentado em 0,75% para cima no dólar, motivado pelo momento político econômico brasileiro de transição de governos, não impactou o número final. Entendendo o IPCF O IPCF é divulgado mensalmente pela Mosaic Fertilizantes e consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes e de commodities agrícolas. Uma relação menor que 1,0 indica que os fertilizantes estão mais acessíveis do que no mesmo período em 2017, e uma relação maior que 1,00 significa que os adubos estão menos acessíveis em comparação com o mesmo período. O cálculo do IPCF leva em consideração as principais lavouras brasileiras: soja, milho, açúcar, etanol e algodão. Metodologia * A fonte para o cálculo dos preços dos fertilizantes no porto brasileiro é a CRU, empresa de consultoria internacional. Já os preços das commodities são apurados pela média do mercado brasileiro, em dólar, calculados com base nas publicações feitas pela Agência Estado e CEPEA **O índice de preços de fertilizantes inclui os valores de MAP, SSP, Urea e KCL ponderados pelas participações respectivas de seu uso no país. Já o das commodities inclui soja, milho, açúcar, etanol e algodão, ponderado pelo consumo de fertilizantes. ***O índice é também ponderado pelo câmbio, considerado 70% dos fertilizantes (custo) e 85% das commodities (receita). ****Culturas analisadas: soja, milho, açúcar, etanol (cana-de-açúcar) e algodão. *****Dados referentes a novembro/2022 Sobre a Mosaic Fertilizantes Com a missão de ajudar o mundo a produzir os alimentos de que precisa, a Mosaic atua da mina ao campo. A empresa entrega cerca de 27,2 milhões de toneladas de fertilizantes ao ano para 40 países, sendo uma das maiores produtoras globais de fosfatados e potássio combinados. No Brasil, por meio da Mosaic Fertilizantes, opera na mineração, produção, importação, comercialização e distribuição de fertilizantes para aplicação em diversas culturas agrícolas, ingredientes para nutrição animal e produtos industriais. Presente em mais de dez estados brasileiros e no Paraguai, a empresa promove ações que visam transformar a produtividade do campo, a realidade dos locais onde atua e a disponibilidade de alimentos no mundo, de forma segura, sustentável, inovadora e inclusiva. Para mais informações, visite www.mosaicco.com.br. Conheça nossos canais de conteúdo Nutrição de Safras e NutriMosaic. Siga-nos no Facebook, Instagram e LinkedIn. Fonte: Assessoria de Imprensa Curadoria: Boi a Pasto

Rede Nacional da Agricultura Irrigada se reúne com equipe de transição

“Sem irrigação não terá alimento suficiente. A produtividade fica maior em área irrigada”, afirma presidente do Ibrafe Irrigar com responsabilidade para alimentar o Brasil e o mundo. Esse é um dos focos principais da Rede Nacional da Agricultura Irrigada (Renai), que se reuniu nesta semana com a equipe de transição do Governo Federal para falar das pautas fundamentais para o avanço do sistema de irrigação no Brasil. Enfrentar os desafios da necessidade de aumento de produção agrícola e o desenvolvimento sustentável da agricultura irrigada brasileira, visando segurança alimentar e ambiental, sustentabilidade do agronegócio e redução da fome e da pobreza no Brasil e no mundo. Esses princípios regem o documento entregue ao vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), líder da equipe de transição do governo, que se mostrou aberta ao tema e disposta a negociar formas de tornar possível a ampliação consciente do uso da irrigação no país. A Renai foi idealizada em 2020 e vem tomando forma desde então, sendo oficializada em 2022. O grupo é constituído por representantes de associações de irrigantes, de polos de irrigação, de nichos da agricultura que dependem da irrigação e da indústria. O Instituto Brasileiro do Feijão, Pulses e Colheitas Especiais (Ibrafe) faz parte do Renai, representando o feijão e as demais pulses. A entidade atua em várias frentes, buscando incentivar estudos e o uso de tecnologias que proporcionem mais segurança ao uso racional da água, fazendo um contraponto à desinformação sobre a irrigação. “Sem irrigação não terá alimento suficiente. A produtividade fica maior em área irrigada, evitando inclusive o aumento das áreas de desmatamento. Essa é uma pauta de suma importância, que reúne todos os setores que dependem da água. Estamos em busca de colaborar e incentivar para que novas tecnologias garantam possamos produzir assegurando a segurança alimentar da população de hoje e do futuro”, enfatiza o presidente do Ibrafe, Marcelo Eduardo Lüders. Dificuldades do setor da agricultura irrigada Apesar de seu alto potencial tecnológico para a melhoria na quantidade e qualidade alimentar, a irrigação sofre pelo alto índice de desinformação, que dificulta o avanço de novas áreas de cultivo irrigado. De acordo com o Atlas de Irrigação 2021, publicado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), o Brasil tem potencial para aumentar sua área irrigada em 4,7 milhões de hectares. No entanto, em 2021 o total irrigado no país foi apenas de 370 mil hectares. O déficit de conhecimento favorece a polarização entre os usuários de recursos hídricos, que ao invés de cooperarem entre si, entram em disputas. Água é sinônimo de diálogo, de compartilhamento e de integração. Não deve ser geradora de conflitos, mas sim de oportunidade para o desenvolvimento. “Muitos não tem noção do quanto a irrigação é importante para todo o tipo de cultivo, desde as flores até os alimentos. Todos os alimentos dependem de água e o uso racional faz com que a produção aumente sem prejuízo ao meio ambiente”, complementa Lüders. Segurança alimentar é preocupação do Renai O documento criado pelo Renai explica que o planeta precisa se preparar para alimentar 10 bilhões de pessoas até 2050. Neste contexto, há a necessidade de aumentar a produção de alimentos em pelo menos 60% no mesmo período, ao mesmo tempo em que a redução do desmatamento e a preservação ambiental são preocupações mundiais de primeira ordem. A irrigação, quando realizada de forma sustentável, complementa a demanda hídrica das culturas não atendida pela chuva, trazendo estabilidade à produção de alimentos. O processo de irrigação é, sem dúvida, a tecnologia com maior potencial de contribuir para o aumento da segurança alimentar e ambiental, bem como para redução da fome e da pobreza, além de gerar grande número de empregos. O sistema traz benefícios importantes relacionados à produção de alimentos, à geração de empregos, ao desenvolvimento social e ao meio ambiente e, de tal forma, é uma tecnologia fundamental em qualquer planejamento estratégico de Estado. Fonte: Canal Rural Curadoria: Boi a Pasto

Programa beneficiará 300 produtores familiares do DF e entorno

Secretaria de Agricultura comunica aquisição de cento e vinte mil cestas verdes para famílias em situação de vulnerabilidade. Investimento deve ser de mais R$ 4,5 mi A Secretaria da Agricultura do Distrito Federal (Seagri), em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), comunicou a realização de chamamento público para aquisição de 120 mil cestas verdes. A expectativa é de que sejam beneficiados 300 produtores do DF e Entorno, com investimentos de R$ 4,5 milhões na agricultura familiar.  O programa Cesta Verde atende pequenos produtores e famílias em situação de vulnerabilidade social. De 2019 até agosto de 2022, a iniciativa foi responsável por distribuir mais de 265 mil cestas no Distrito Federal. “De uma vez, nós servimos a dois atores: ao produtor rural e às famílias carentes. E esse modelo tem sido exportado para outros lugares. Há alguns meses, recebemos o ministro de Negócios do Paraguai, que veio para conhecer o sistema”, afirma o secretário de Agricultura, Candido Teles. A secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, explica que “nesse contrato, aumentamos o número de cooperativas que fornecem os produtos da Cesta Verde, porque entendemos a importância desse programa para incentivar os pequenos agricultores, a economia local, além de garantir que as famílias terão em casa alimentos saudáveis e naturais”. Um dos beneficiados do dia, o presidente da Cooperativa Agrícola da Região de Planaltina (Cootaquara), Maurício Rezende, reitera a importância do Cesta Verde e revela almejar um crescimento ainda maior. “Esse programa tem sido essencial, é como uma injeção na veia. É um dinheiro que atende bem o produtor rural, que pode levar o que produz aos mais necessitados. Nós temos que parabenizar essa iniciativa e vamos trabalhar para que no próximo ano esse recurso aumente ainda mais”, frisa. Composta por frutas, legumes e verduras, o Cesta Verde é oferecido como complemento às 85.990 famílias beneficiárias do Cartão Prato Cheio com o objetivo de combater à insegurança alimentar e nutricional. Ela também é entregue às pessoas que recebem a cesta básica emergencial. “Ninguém vive sem comer. Se não houver agricultura e não houver campo, não há cidade. E a agricultura familiar é responsável por alimentar muita gente. Sabemos a gravidade do problema da fome, mas o trabalho tem sido grande e a resposta tem sido dada”, destaca Candido Teles. Papa-DF O Programa de Aquisição de Frutas, Verduras e Legumes produzidos por Agricultores Familiares (Papa-DF), nos moldes da Lei Distrital nº 4.752/2012 e Decreto Distrital nº 33.642/2012, foi criado no intuito de atender os programas sociais da Secretaria de Desenvolvimento Social. Pela parceria entre Sedes e Seagri, beneficiários do programa Prato Cheio podem receber uma ou mais cestas verdes durante o ciclo de nove meses de concessão do benefício. “O Cesta Verde complementa o programa Prato Cheio. Na época em que o cartão foi criado, descartamos converter a Cesta Verde em dinheiro, porque, ao mesmo tempo que viabilizamos uma alimentação saudável e de qualidade para as famílias, garantimos que os produtos serão adquiridos dos agricultores familiares do DF”, pontua a subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional da Sedes, Vanderlea Cremonini. Fonte: Canal Rural Curadoria: Boi a Pasto

Após queda em 2022, CNA projeta alta de até 2,5% do PIB agro em 2023

O agronegócio brasileiro deverá fechar 2022 com um ‘tombo’ de 4,1%, após ter registrado recordes em 2020 e 2021 A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) prevê de estabilidade a crescimento de 2,5% para o PIB do agronegócio em 2023 na comparação com o previsto para este ano. Segundo a CNA, isso se deve aos elevados custos de produção, que devem permanecer no próximo ano, e da tendência de queda nos preços internacionais das commodities agrícolas. “Entretanto, mesmo com a projeção de alta menor do PIB, o resultado sinaliza uma recuperação se comparado com o PIB do agronegócio deste ano, que deverá fechar em queda de 4,1%, depois de registrar recordes em 2020 e 2021, reflexo da forte alta dos custos com insumos no setor, especialmente pela elevação dos preços dos defensivos e fertilizantes, que superaram os 100% de alta neste ano”, explicou a CNA. Para o Valor Bruto da Produção (VBP), que mede o faturamento da atividade agropecuária “dentro da porteira”, a tendência para o próximo ano é de um crescimento de 1,1% em relação a 2022, “mostrando um ritmo menor de expansão, puxado pelo comportamento da pecuária, que deve ter uma receita 2,3% menor em 2023 em relação a este ano”. Já no ramo agrícola, a receita deve ter alta de 2,8%. A estimativa para a safra de grãos 2022/2023 é de um aumento de 15,5% (ou 42 milhões de toneladas) em relação à safra 2021/2022, atingindo 313 milhões de toneladas. Esse crescimento é reflexo da elevação na área plantada, estimado em 76,8 milhões de hectares na safra atual. Apenas na cultura da soja, a área pode chegar a 43,2 milhões de hectares, superando em 4% o ciclo anterior. “A oleaginosa também deve recuperar a produtividade, favorecida pelas condições climáticas, em 17% na comparação com a safra passada e a produção deve totalizar 153,5 milhões de toneladas”, informou a CNA. Balanço do agronegócio em 2022 Segundo a CNA, este ano foi marcado, entre outros fatores, por uma forte alta dos custos com insumos no setor agropecuário, principalmente pela elevação dos preços de defensivos e fertilizantes. Esta será a principal razão para a queda prevista de 4,1% do PIB do agronegócio em 2022. “Também contribuíram para pressionar o PIB para baixo as reduções de produção em atividades importantes, como soja e cana-de-açúcar”, explicou a entidade. Já o Valor Bruto da Produção deve alcançar R$ 1,3 trilhão em 2022, crescimento de 2,2% em relação a 2021. No ramo agrícola, a receita deve subir 3,3% em relação a 2021, alcançando R$ 909,3 bilhões. Na pecuária, a previsão para este ano é de estabilidade, com aumento 0,1%, alcançando R$ 448,5 bilhões. As principais cadeias que mais influenciam no VBP são a soja, a carne bovina e o milho, que, somados, representam 58,4% do total. No comércio exterior, de janeiro a novembro deste ano, as exportações brasileiras de produtos agropecuários totalizam US$ 148,3 bilhões, superando em 23,1% o total vendido em todo o ano de 2021, de US$ 120,5 bilhões. Nos onze primeiros meses de 2022, o agro respondeu por 48% das vendas externas totais do Brasil. Ano de desafios Para a entidade, o próximo ano será de desafios, tanto no ambiente interno quanto no cenário externo. De acordo com a entidade, do lado doméstico, há incertezas sobre o controle das despesas públicas e a condução da política fiscal que devem impactar os custos do setor agropecuário, sobretudo em questões tributárias. “A taxa Selic [juros básicos da economia] deve se manter elevada no próximo ano, acarretando mais custo para o crédito para consumo, custeio e investimento. E o crédito privado deve se consolidar como alternativa para o produtor financiar sua produção nas próximas safras”, avaliou. O diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, explicou que a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Transição pode elevar o risco de endividamento do governo, o que levaria à alta da inflação e consequente aumento dos juros. Ele defendeu essa flexibilização do teto de gastos por um prazo menor e não por quatro anos, como defendia a equipe de transição. Ontem (6), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou a medida para dois anos. Pela proposta, serão destinados R$ 175 bilhões para pagamento do Bolsa Família, no valor de R$ 600 mensais, mais R$ 150 por criança de até 6 anos em 2023, além de recursos para ampliar investimentos. Lucchi concorda que é preciso revisar e criar uma nova regra para o teto de gastos. “Acho viável ter uma nova regra. Por exemplo, dinheiro de convênios, trabalhamos a questão dos fertilizantes, buscamos recursos para o Serviço Geológico do Brasil, mas não poderia ampliar recursos externos porque esbarrava na lei do teto. Então, cabe uma análise, o que tem que tomar cuidado são os valores colocados para o próximo ano e o período [prazo para flexibilização]”, disse. Instituída em 2016, a Emenda Constitucional do Teto de Gastos limita o aumento do orçamento público ao crescimento da inflação do ano anterior. Já no cenário internacional, as previsões de desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) mundial podem influenciar o comportamento das exportações brasileiras do setor no próximo ano. Também há estimativas de queda de crescimento econômico de alguns dos principais parceiros comerciais do Brasil, como China, Estados Unidos e União Europeia, além da incerteza na disponibilidade global de grãos e de insumos causados pela guerra da Rússia na Ucrânia. Comércio exterior Apesar dos desafios, o ano de 2023 tem boas perspectivas para que o Brasil continue aumentando a sua participação no comércio agrícola internacional. Na avaliação da CNA, a expectativa é de que o comércio internacional de bens deve desacelerar, com previsão de aumento de apenas 1% no volume transacionado, bem abaixo dos 3,4% esperados para esse ano, segundo dados da Organização Mundial de Comércio. “Neste contexto, o comércio agrícola deve seguir a mesma linha, crescendo a níveis menores do que em anos anteriores em razão do crescimento mais lento das importações da China, a retomada econômica mundial em função da pandemia de covid-19 e o conflito entre Rússia e Ucrânia e seus

Descoberta de infecção muda a forma de cultivo do maracujá

Chegada do vírus CABMV ao Paraná exigiu mudanças na forma de cultivo dos maracujazeiros Os Servidores do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-PR) realizaram uma formação sobre maracujá em 2015, e, na visita a uma propriedade, foram interpelados por um produtor acerca da suspeita de uma doença na plantação. Depois de uma análise de laboratório, constatou-se a presença do vírus do mosaico caupí, conhecida pela sigla CbMV (do inglês Calibrachoa Mottle Virus). Os funcionários buscaram ajuda de especialistas do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) e de produtores da cidade de Presidente Prudente (SP) que já enfrentavam a doença. As informações obtidas resultaram na proposta de novas práticas no cultivo dos maracujazeiros para erradicar o vírus. Como a doença afeta o cultivo de maracujá? O vírus CABMV é uma das principais pragas que acometem produções de maracujá em todo o Brasil. A primeira ocorrência relatada no País é de 1978, na Bahia; desde então, diversos estados sofrem com a doença e muitas regiões produtivas já relataram a quebra de safra em decorrência do vírus. Estudos demonstram que pelo menos 16 espécies de maracujazeiros são suscetíveis à doença. Quando infectados pelo vírus CABMV, os pomares sofrem o endurecimento dos frutos do maracujazeiro (EFM). Quando a doença se instala, as plantas contaminadas precisam ser erradicadas, ou então podem comprometer toda a produção. Em situações normais, os maracujazeiros são plantas semiperenes, os cultivos chegam a dar frutos por até 4 anos, mas quando há presença da doença, as plantas precisam ser eliminadas anualmente. A resistência dos produtores em alterar as práticas de manejo podem ter ajudado a espalhar a doença por todo o Estado do Paraná. Segundo informado pelo Senar-PR, a doença pode ter chegado ao Estado em 2004 e virou um problema para produtores em 2014. A principal área de cooperativa de maracujá chegou a ter uma redução drástica na produtividade, que só voltou ao normal em 2021, e outras áreas tiveram perdas de 100%. Qual é o manejo correto quando há CABMV no maracujá? O vírus CABMV é transmitido pelos pulgões, que passam a doença ao “morderem” uma planta contaminada e depois outra saudável. Existe uma estratégia simples para combater as infestações: ao invés de levar mudas de 30cm do viveiro para o pomar, leve-as com pelo menos 1,5 metro de altura, isso porque as plantas que já estão florescendo oferecem menos risco. Além disso, é preciso fazer o acompanhamento nutricional dos maracujazeiros para garantir a ausência da doença. A erradicação anual das lavouras freia a disseminação do vírus. Normalmente, as lavouras são derrubadas no final da safra, entre julho e agosto, e um período de 20 dias a 30 dias funciona como um vazio sanitário; as mudas estão seguras nos viveiros e os pulgões não tem onde se instalar. Com os novos conhecimentos sobre a doença, o sistema FAEP/Senar-PR atualizou o curso “Maracujazeiro”, que estará disponível para os produtores paranaenses. O curso ensina a contornar e conviver com a presença da doença no estado e ainda manter a produtividade. São ensinadas técnicas de irrigação, nutrição, manejo de mudas e técnicas para identificar a virose. Fonte: CNA SENAR, EMBRAPA, Revista Cultivar, FAEP Curadoria: Boi a Pasto