Programa de melhoramento genético vai elevar produção de carne e leite
Executado pela Emater-DF, Seagri e Conafer, Mais Pecuária Brasil começa a atender pecuaristas da capital Pecuaristas do Distrito Federal poderão ter acesso a um programa de melhoramento genético dos rebanhos, que pode aumentar a produção de carne e leite. Trata-se do Mais Pecuária Brasil, projeto que começou a ser executado em quatro propriedades, fruto de um trabalho conjunto da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), da Secretaria de Agricultura (Seagri-DF) e da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer). O programa começou em Mato Grosso e atualmente está sendo executado em mais de dois mil municípios brasileiros. A Emater-DF incluiu a iniciativa no planejamento para beneficiar produtores em todo o Distrito Federal. O contrato com a Conafer, firmado por meio da Seagri, tem duração de quatro anos, podendo ser prorrogado por mais quatro. De acordo com o zootecnista Maximiliano Cardoso, coordenador do programa de Ruminantes e Equídeos da Emater-DF, os extensionistas da empresa estão escolhendo as propriedades onde o programa é viável. Produtores dos núcleos rurais Jardim e Tabatinga, localizados nas regiões administrativas do Paranoá e de Planaltina, respectivamente, receberam a visita dos técnicos no início desta semana. “Além da melhoria da produção, o melhoramento genético pode elevar o valor dos animais”, enumera Cardoso. O extensionista da Emater ressalta que o trabalho é multidisciplinar: “Temos técnicos de várias áreas atuando, pois é necessário avaliar a nutrição dos animais, sanidade do rebanho, adequação das instalações, viabilidade econômica, enfim, todos os aspectos importantes para o sucesso do projeto”. Recentemente, a Emater adquiriu dois aparelhos de ultrassom veterinário, o que vai facilitar ainda mais o trabalho. “Quem executa o serviço são os técnicos da Conafer, mas nós damos todo o suporte necessário”, explica Cardoso. *Com informações da Emater-DF Fonte: Agência Brasilia Curadoria: Boi a Pasto
DIFERENÇA ENTRE A CARNE BRASILEIRA E ARGENTINA, VEJA!
Veja como identificar os cortes brasileiros e argentinos e aprenda a identificar de que parte do boi vem cada corte, além do que causa essa diferença! O Brasil possuí o maior rebanho comercial do mundo, com mais de 213 milhões de cabeças, além disso é o maior exportador de carne bovina e possui a arroba mais cara da américa latina. A Argentina, nossos vizinhos, possuem uma grande fama pela qualidade da carne que produzem, apesar de um rebanho menor. Mas afinal, como identificar os cortes brasileiros e argentinos? O sabor, maciez e qualidade da carne possuem diversos fatores que influenciam em seu resultado. Esses podem ser, como principais, citados a raça, alimentação, idade do animal e manejo do abate. Vamos listar então, de forma resumida, os principais fatores que diferenciam a qualidade da carne e dos cortes, mostrando como é feito em cada pais. Lembrando que não existe aqui, o julgamento de ser melhor ou pior, afinal de contas o que importa é comer carne! Nutrição Com certeza, um dos grandes fatores que diferencia a carne dos animais está na nutrição que é fornecida a esses. Portando, as diferenças começam na alimentação. Na Argentina, os pastos são apontados como um dos principais fatores pelos bons cortes de carne produzidos pelo país. Por lá, os gados são criados em pastos que ficam em regiões planas e baixas das Pampinas, parte central da Argentina. Com pastagem em abundância, o boi faz um esforço mínimo para se alimentar. Essas características dos pastos argentinos têm forte impacto na qualidade da carne. Como o gado não precisa ficar gastando energia, subindo morros e se exercitando à toa em busca de comida, ele não cria músculos. Na prática, isso é sinônimo de um animal que produz carnes mais macias. O que difere do Brasil, um país com muito relevo e animais que, na maior parte, acabam tendo que se deslocar por grandes distâncias para poder se alimentar, já que os pastos são mais precários. A raça Além da nutrição, a raça dos animais tem uma influência significativa quanto a qualidade da carne. O gado argentino é formado por raças europeias, como a Aberdeen Angus e a Hereford. Por uma questão genética, essa carne tem uma marmorização maior, ou seja, possui finas camadas de gordura entremeadas na carne, o que lhe atribui maciez. Já o Brasil, país onde o rebanho predominando é de raças zebuínas, originárias da Índia, com o Nelore representando a maioria no gado brasileiro. Os animais, mais rústicos, demoram mais para chegar ao abate. O resultado é uma carne mais dura e, por outro lado, saborosa, com a gordura externa. Idade de abate Outra particularidade interessante está no abate. Na Argentina, os bois só são abatidos por volta dos 2 anos de idade, ou seja, entre 20 e 24 meses de vida. Nesse tempo, estima-se que o animal tenha o peso ideal para o abate, algo que se aproxime de 450kg. No Brasil, para se ter uma ideia, os bois de raça zebuína são levados ao abate 6 meses antes do gado argentino, sabia? E esse fator influencia na qualidade dos cortes, ou seja, se o boi é muito novo, a carne fica sem sabor. Se ele é muito velho, o corte será duro. Os argentinos encontraram esse equilíbrio com um período de abate perfeito. Como identificar os cortes brasileiros e argentinos O boi brasileiro, assim como a figura abaixo, possui cerca de 22 cortes, ou seja, a carcaça do animal é separada, particionada em vários cortes que são selecionados entre “Carne de Primeira” e “Carne de Segunda”, normalmente conhecidos como corte traseiro e corte dianteiro, respectivamente. Confira abaixo de onde vem cada corte do boi brasileiro: Já o animal argentino, possui apenas 12 cortes principais e mais 9 cortes que são considerados secundários ou originários de outros cortes. Lembrando que não há, na Argentina, a diferenciação entre carne de primeira ou carne de segunda, já que o animal possui uma conformidade de acabamento e maciez da carne. Confira abaixo de onde vem cada corte do boi argentino: Mercado A Argentina, assim como o Brasil, está fazendo parte do ranking dos 7 principais criadores e exportadores de carne bovina. Apesar da grande qualidade da carne argentina, essa possui uma arroba mais barata que a brasileira. Atualmente, segundo os valores de mercado, a arroba brasileira está cotada a US$ 54,53 e a argentina a R$ 52,95. Um grande fator para que o Brasil siga como o maior exportador de carne bovina e ganhe novos mercados é a continuidade no investimento em genética, nutrição e sustentabilidade que vem sendo empregada na atividade. Fonte: Compre Rural Curadoria: Boi a Pasto
Por que o Passaporte Verde é bom para a pecuária
Projeto para a pecuária de Mato Grosso quer mostrar ao mundo que a carne produzida no estado é confiável e sustentável Por: Caio Penido Sou presidente do IMAC (Instituto Mato-grossense da Carne) e nele desenvolvemos ações em Mato Grosso. Como apoio à regularização ambiental, intensificação da pecuária, melhora do balanço de carbono da carne, rastreabilidade. São ações em que a gente está trabalhando a sustentabilidade do Estado, a conscientização. Acho que a questão do pequeno produtor chegou forte nos negócios agrícolas, tanto na agricultura quanto na pecuária. É a nova fronteira aí de preocupação do ESG, da COP27. Então, tem de ter um olhar. Sim, é complexo, e a gente, no IMAC, também está olhando. Hoje (18), aqui na COP, apresentamos o Passaporte Verde. A gente quer dar um passaporte para carne de Mato Grosso, para que ela consiga acessar os mercados do mundo, mostrando a sustentabilidade que está inserida nessa carne. Que é uma carne que garante a conservação da biodiversidade por lei. Que tem um sistema de rastreabilidade nos abates. Toda a carne que é exportada passa por um sistema de rastreabilidade; e 80% dos abates de Mato Grosso já são verificados. A gente tem que mostrar isso para o mundo e o Passaporte Verde vai mostrar isso. Além disso, a gente estimula uma pecuária de Baixo Carbono, intensificando as passagens degradadas, reduzindo a idade do abate, porque ao reduzir a idade de abate você tem uma carne mais jovem, um boi mais jovem e uma carne mais macia. Então, tudo é um ganha ganha, onde o estado se regulariza, os pecuaristas ganham mais e as indústrias frigoríficas têm mais escala. E temos o desafio, também, da rastreabilidade do indireto. E que é o (fornecedor de gado) indireto? É o fornecimento indireto para a indústria. O fornecimento direto é o boi que está indo para o abate. O indireto é bezerro e o bezerro, muitas vezes, está nas pequenas propriedades. Então, tem um desafio importante para a gente olhar para esse pequeno produtor, que muitas vezes não têm acesso à regularização ambiental. Como a gente vai desfazer esse nó e garantir que toda a cadeia de Mato Grosso esteja seguindo a legislação brasileira. A gente quer dar um Passaporte Verde para toda a carne de Mato Grosso. Caio Penido é pecuarista com fazenda na Serra do Roncador, no Vale do Araguaia, em Mato Grosso. Foi um dos idealizadores do movimento Liga do Araguaia, hoje um instituto que reúne cerca de 60 produtores do vale. Atualmente, é presidente do IMAC ( Instituto Mato-grossense da Carne), organismo que reúne os elos da cadeia produtiva para o investimento em pesquisas e tecnologias. Fonte: Forbes Curadoria: Boi a Pasto
Selo de qualidade e rastreabilidade da carne bovina gaúcha foram debatidos em reunião
O status do Rio Grande do Sul de área livre de aftosa sem vacinação foi comunicado oficialmente durante a reunião on-line da Câmara Setorial da Pecuária de Corte. O status do Rio Grande do Sul de área livre de aftosa sem vacinação foi comunicado oficialmente durante a reunião on-line da Câmara Setorial da Pecuária de Corte. “Formalizamos a comunicação oficial para a câmara setorial do novo status e informamos que estamos trabalhando para evoluir no projeto de rastreabilidade individual de bovinos”, informa o médico veterinário e chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal da Seapdr, Fernando Groff. O início dos trabalhos do projeto de rastreabilidade da carne bovina no estado deve apoiar os processos de certificação sanitária nos diversos programas sanitários. “Será um projeto discutido com a cadeia produtiva, para que seja efetivo”, declarou Groff. Outro assunto da reunião foi o Selo de Reconhecimento Carne Premium Gaúcha, que tem o intuito de estimular, apoiar e valorizar a estratégia de agregação de valor aos produtos. “O reconhecimento foi construído por um grupo de trabalho contendo, além de representantes das secretarias, a participação da Aproccima, Apropampa, estâncias gaúchas, Embrapa e UFSM”, explicou o coordenador do Programa Produtos Premium, da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (SICT), Jonathan Vaz Martins Silva. “Os critérios foram construídos tendo por base os seguintes princípios: bem-estar animal, sustentabilidade ambiental, segurança do alimento, rastreabilidade e transparência, respeito à cultura gaúcha, predominância de raças taurinas de corte e eficiência do sistema produtivo por meio da tecnologia”, complementou. Fonte: Destaque Rural Curadoria: Boi a Pasto