julho 27, 2024

Alemanha anuncia cerca de 200 milhões de euros para ações ambientais no Brasil

Valor equivale a mais de R$ 1,1 bilhão, na cotação atual. País europeu é um dos principais financiadores do Fundo Amazônia; verba anunciada vai também para outras iniciativas. Os governos do Brasil e da Alemanha fizeram um anúncio conjunto nesta segunda-feira (30) para detalhar um aporte de cerca de 200 milhões de euros, a serem enviados pela Alemanha, para uso em ações ambientais no Brasil. O anúncio foi feito em Brasília, após uma reunião entre a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e a ministra da Cooperação da Alemanha, Svenja Schulze. Conforme o anúncio, os 203 milhões de euros serão divididos entre diferentes iniciativas (veja detalhes das principais “linhas” de financiamento mais abaixo): Ao tomar posse no cargo, no início de janeiro, Marina Silva afirmou que o país precisaria de “parcerias” para reestruturar a proteção ao meio ambiente no país.  Como os recursos vão ser distribuídos De acordo com o comunicado conjunto, os recursos vão ser distribuídos da seguinte maneira: Ajuda aos Yanomami Também na coletiva com a ministra alemã, Marina Silva afirmou que o governo federal utilizará recursos do Fundo Amazônia para ajudar o povo Yanomami. A população indígena sofre com uma grave crise de saúde, com inúmeros registros de desnutrição e malária. Criado em 2008, o Fundo Amazônia estava parado desde 2019, primeiro ano do governo Jair Bolsonaro. Na ocasião, o então governo suspendeu diversos comitês, entre os quais dois ligados ao fundo. Naquele mesmo ano, em meio a diversas medidas e declarações polêmicas do governo sobre a gestão ambiental, Noruega e Alemanha suspenderam os repasses. Em 1º de janeiro, dia em que tomou posse como novo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma série de medidas, entre elas um decreto em que determinou a retomada do fundo. Fonte: G1 Curadoria: Boi a Pasto

Pesquisa desenvolve filé de pirarucu em conserva

Avanço beneficia tanto piscicultores quanto pescadores, que utilizam planos de manejo para manter a espécie segura. Pesquisadores da Embrapa desenvolveram o filé de pirarucu (Arapaima gigas) em conserva, tecnologia agroindustrial que agrega valor ao pescado e desponta como potencial ativo de bioeconomia e desenvolvimento na Amazônia. O pirarucu está entre os maiores peixes de água doce do Brasil e do mundo e tem despertado a atenção de consumidores, manejadores e produtores em todo País, em especial, na Amazônia, de onde é originário. Entre as características atraentes ao mercado destacam-se o rápido ganho de peso desse peixe e o aproveitamento de carne, superior ao encontrado no gado. A tecnologia está disponível a empresas interessadas em dar continuidade à pesquisa e levá-la ao mercado consumidor. Ela foi desenvolvida por meio de parceria entre a Embrapa Amazônia Oriental (PA) e Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) e resultou em um comunicado técnico detalhando todo processo e que pode ser acessado gratuitamente no portal da instituição.  A pesquisadora Alessandra Ferraiolo, uma das autoras do trabalho, defende que é necessário diversificar os produtos de peixes enlatados existentes no mercado, e com isso, possibilitar agregação de valor, assim como aumentar a vida útil do pescado fresco. O pirarucu é um peixe carnívoro que pode atingir, em condições de natureza, até três metros de comprimento e ultrapassar os 200 quilos. No caso da criação comercial, em cativeiro, os números também são animadores, pois o animal chega a 12 quilos em apenas um ano, tamanho apreciado pelo mercado. Em termos de rendimento econômico, pesquisas da Embrapa indicam que o pirarucu suplanta ao dobro o tambaqui (CoIossoma macropomum) e em até 40 vezes aos bubalinos, bovinos e ovinos. Considerando-se os elevados rendimentos de carne, o que indica a espécie com elevado potencial para a piscicultura industrial. Segundo Ferraiolo, o trabalho têm o intuito de agregar valor e incentivar o consumo da espécie, além de diversificar os produtos de peixes enlatados. “O objetivo do trabalho foi desenvolver conservas de pirarucu da pesca e da piscicultura e avaliar os produtos quanto às suas características físico-químicas, sensoriais e qualidade microbiológica”, detalha. Ela explica que as vantagens da espécie para esse tipo de processo agroindustrial estão no rendimento muscular e qualidade da carne. “A carne do pirarucu possui coloração clara, textura firme, sabor suave, o que agrada aos consumidores. A ausência de espinhas intramusculares e baixo teor de gordura são outros pontos importantes”, conta a cientista. Do rio à lata O trabalho dos cientistas envolveu, além do desenvolvimento de conservas, a avaliação da qualidade do produto final a fim de incentivar o consumo da espécie e fomentar a sua cadeia produtiva. Os produtos enlatados foram avaliados quanto às suas características físico-químicas e sensoriais e à qualidade microbiológica. A pesquisadora conta que foi obtido um produto de boa qualidade nutricional, sensorial e sanitária. É também considerado um produto de conveniência, por ser de fácil preparo, semipronto ou pronto para o consumo. “O filé de pirarucu em lata dispensa a cadeia do frio para o seu armazenamento, distribuição e comercialização”, enfatiza a cientista. Ela lembra que, como qualquer pescado, o filé da espécie é altamente suscetível à deterioração, desafio que a apresentação em lata ajuda a contornar. “O beneficiamento aumenta a vida útil, a diversidade de produtos e a aceitação do pescado pelo mercado consumidor, além de permitir um melhor controle de qualidade e aproveitamento dos subprodutos, sem perder os benefícios nutricionais”, defende a cientista ao ressaltar que o elevado teor de nutrientes presente no pirarucu o torna recomendável ao consumo. Pelo processo agroindustrial desenvolvido, os filés foram higienizados em solução clorada, imersos em salmoura (3% sal refinado), drenados, cortados e acondicionados em latas. Em seguida, adicionou-se o líquido de cobertura, à base salmoura a 2% e as latas foram submetidas aos processos de exaustão, recravação, tratamento térmico e resfriamento. Degustações, em testes sensoriais, também foram realizados e indicaram que a conserva elaborada com o pirarucu da piscicultura foi preferida em comparação à elaborada com o peixe oriundo da pesca. Os peixes de criação se sobressaíram nos atributos textura, sabor e impressão global. O resultado geral foi a intenção positiva de compra do produto. “A conserva de pirarucu, proveniente da pesca ou da piscicultura mostrou boa aceitação sensorial”, afirma Ferraiolo. Mercado Os dados oficiais sobre a produção pirarucu tem oscilado nos últimos anos. Depois de uma alta registrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano de 2015, quando a produção nacional atingiu algo em torno de oito mil toneladas, houve uma queda significativa em 2020, quando, de acordo com o instituto, a produção não conseguiu alcançar duas mil toneladas. Esses números, no entanto, não condizem com a realidade da produção do pirarucu, segundo Francisco Medeiros, presidente-executivo da Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR). Medeiros relata que os dados do IBGE provavelmente registraram apenas a criação comercial e não a produção oriunda dos planos de manejo. “A produção do pirarucu se divide entre a criação comercial em cativeiro e os planos de manejo comunitários, estes, nos diversos estados da Amazônia”, enfatiza o presidente da PeixeBR. Sobre a discrepância de dados, Medeiros acredita que pode estar relacionada à dificuldade de mensurar a pesca de manejo nas comunidades tradicionais. De acordo com os registro da PeixeBR, somente o estado do Amazonas produziu cerca de três mil toneladas em 2020, ou seja, mil toneladas a mais que o registrado pelo IBGE. A PeixeBR reconhece, no entanto, que houve um queda vertiginosa na produção em cativeiro, mas, ao mesmo tempo, um aumento significativo na produção de manejo e organização comunitária. O executivo avalia que o mercado para esse peixe tem muitos gargalos, com destaque para o resfriamento e conservação, mas também potencialidades e que o papel da pesquisa, a união de esforços e implementação de políticas públicas, podem reestruturar e impulsionar a cadeia da espécie nativa, tanto no manejo quanto no cativeiro. Se por um lado houve queda na produção em piscicultura, o mercado de alimentos enlatados segue aquecido e projeta crescimento, segundo pesquisa divulgada pela empresa de consultoria Mordor Intelligence.  O estudo Mercado de alimentos enlatados –

Marina diz que governo usará recursos do Fundo Amazônia para ajudar povo Yanomami

População indígena sofre com uma grave crise de saúde, com registros de mortes de adultos e crianças provocados por doenças como desnutrição e malária. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta segunda-feira (30) que o governo federal utilizará recursos do Fundo Amazônia para ajudar o povo Yanomami. A população indígena sofre com uma grave crise de saúde, com inúmeros registros de desnutrição e malária. “Os recursos do Fundo Amazônia serão deslocados para ações emergenciais. Essas ações estão sendo tratadas em vários níveis, que envolvem: a questão da saúde; o tratamento ao problema da grave situação de fome, que está assolando as comunidades; a parte de segurança, para que essas pessoas possam ficar em suas comunidades, e isso tem a ver com operações de desintrusão do garimpo criminoso dentro dessas comunidades”, declarou a ministra. Marina Silva deu a declaração em uma entrevista coletiva em Brasília, após ter se reunido com a ministra da Cooperação da Alemanha, Svenja Schulze. Fundo Amazônia Criado em 2008, o Fundo Amazônia é destinado a financiar ações de redução de emissões provenientes da degradação florestal e do desmatamento. É considerada uma inciativa pioneira na área. Além de apoiar comunidades tradicionais e ONGs que atuam na região amazônica, o fundo fornece recursos para estados e municípios para ações de combate ao desmatamento e a incêndios. O fundo é abastecido com recursos de doações internacionais. Os governos de Alemanha e Noruega respondem, juntos, por mais de 99% dos depósitos. Em dez anos (2009 a 2018), o fundo aplicou mais de R$ 1 bilhão em 103 projetos de órgãos públicos e organizações não-governamentais. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) administra os recursos e aprova os projetos. Em 2019, primeiro ano do governo Jair Bolsonaro, as ações do fundo foram paralisadas. Na ocasião, o governo suspendeu comitês, entre eles o Comitê Orientador do Fundo Amazônia (COFA), que tem como atribuição estabelecer as diretrizes e critérios para aplicação dos recursos do fundo. Isso levou Noruega e Alemanha a suspenderem os repasses. Em 1º de janeiro, dia em que tomou posse como novo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma série de medidas, entre elas um decreto em que determinou a retomada do fundo. Após a edição do decreto, entidades ambientais disseram ter boa expectativa com a retomada do fundo, afirmando ser possível garantir a preservação ambiental da região e a buscar o desenvolvimento sustentável. Também após o decreto, a Noruega informou que o Brasil já poderia gastar cerca de R$ 3 bilhões doados pelo país ao Fundo Amazônia. E a Alemanha anunciou a destinação de 35 milhões de euros. Fonte: G1 Curadoria: Boi a Pasto

Pesquisa subsidia licenciamento ambiental agropecuário no Acre

Mecanismos adotados agora permitem determinar o grau de impacto ambiental das atividades rurais, de acordo com o tipo de negócio e com a forma como são conduzidas. Estudo realizado pela Embrapa gerou subsídios para a reformulação das regras para licenciamento ambiental de empreendimentos agropecuários e agrossilvipastoris, com finalidade comercial, em áreas alteradas do Acre. Publicada no fim de 2022, a nova Resolução do Conselho Estadual de Meio Ambiente e Floresta (Cemaf) define como critérios para emissão da licença o impacto ambiental da atividade e indicativos do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) do estado sobre o potencial de uso da terra. As mudanças conferem maior agilidade ao processo e contribuem para uma produção mais sustentável. Elaborada por um grupo de trabalho, composto por produtores rurais e profissionais de instituições de pesquisa, órgãos de apoio e fomento à produção, organizações não governamentais e representantes da sociedade civil, a proposta da nova norma se baseou em pesquisa sobre o potencial de poluição e degradação ambiental de atividades produtivas predominantes no Acre. O estudo avaliou aspectos como os limites territoriais para áreas de reserva legal e de preservação permanente, sítios arqueológicos e territórios protegidos e considerou o potencial de adoção de tecnologias sustentáveis no processo de produção. Os resultados permitiram reunir as atividades produtivas, passíveis de licenciamento, em 19 tipologias classificadas de acordo com o grau de impacto ambiental. “Na norma anterior, o principal parâmetro para emissão da licença ambiental era o tamanho da propriedade rural. Essa análise quantitativa, com ênfase no porte do empreendimento, desconsiderava o risco de danos ao meio ambiente que determinadas atividades rurais oferecem, independente da extensão da área que ocupam. A revisão e alteração dos critérios possibilitou criar mecanismos que permitem determinar o grau de impacto ambiental do negócio rural, de acordo com o tipo e com a forma como são conduzidos”, explica o pesquisador da Embrapa Acre, Judson Valentim, coordenador do estudo e relator do grupo de trabalho. O pesquisador pondera, ainda que, quando alinhados a preceitos conservacionistas e às boas práticas de produção agropecuária, tanto pequenos negócios como grandes empreendimentos rurais podem ser sustentáveis e lucrativos. “A adoção de indicativos técnicos do Mapa de Subsídio à Gestão Territorial e Ambiental do ZEE do Estado como critério direcionador do processo de licenciamento ambiental, e de tecnologias recomendadas pela pesquisa, pode contribuir para uma produção mais sustentável no Acre”, acrescenta. Segundo a secretária de Meio Ambiente e Políticas Indígenas do estado, Paola Daniel, a ausência de critérios técnicos como reguladores do licenciamento ambiental dificultava o trabalho do órgão licenciador e fragilizava o processo, com prejuízos para o produtor rural que ficava sujeito a questionamentos por parte das instituições de controle. O novo dispositivo ajusta aspectos normativos e adequa procedimentos administrativos, aspectos que tornam mais ágil a emissão da licença ambiental, em atendimento a demanda do setor produtivo. “Contar com regras específicas para o licenciamento de atividades agropecuárias comerciais, potencialmente causadoras ou mitigadoras de impacto ambiental, proporciona maior transparência e segurança para os atores envolvidos no processo, em relação ao cumprimento de requisitos legais, uso adequado da terra e conservação ambiental por empreendimentos rurais”, enfatiza a gestora. Grau de impacto ambiental De acordo com legislação federal, o desenvolvimento de atividades agropecuárias comerciais deve ser autorizado por meio de licenciamento ambiental, de competência de estados e municípios ou da esfera federal, conforme o tipo de atividade. No Acre, nas áreas de jurisprudência federal, como terras indígenas e Reservas Extrativistas, o processo é de responsabilidade do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama). Já nas áreas geridas pelo Estado, é realizado pelo Instituto de Meio Ambiente (Imac), órgão que também fiscaliza o cumprimento de aspectos ambientais por empreendimentos rurais. A nova norma regulamentadora do licenciamento ambiental no Estado classifica as atividades produtivas licenciáveis em três níveis de impacto ambiental: baixo, médio ou alto. São consideradas de baixo impacto a reforma de pastagem degradada, com integração de lavouras anuais por plantio direto e de dessecação da vegetação; o cultivo de lavouras perenes em área degradada ou em substituição a área de pastagens, por plantio direto e com dessecação da vegetação; e a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) em áreas degradadas, de agricultura ou de pastagem, em sistema de plantio direto, com dessecação ou trituração da vegetação. As atividades de médio impacto ambiental incluem a reforma de pastagem degradada com mecanização convencional do solo (aração e gradagem); a Integração Lavoura-Pecuária (ILP) em sistema de plantio mecanizado; o cultivo de lavouras anuais e perenes em área degradada ou em substituição a área de pastagem, com plantio convencional e mecanização do solo; o semiconfinamento de bovinos para fins de produção de matrizes e reprodutores; e a implantação de lavouras anuais ou perenes e de sistema de Integração Lavoura-Pecuária (ILP) com uso de irrigação, entre outras iniciativas de produção que envolvam a mecanização do solo. Na classificação de empreendimentos de alto impacto ambiental estão a implantação de sistema de produção de lavouras anuais, a integração Lavoura-Pecuária (ILP) e as lavouras perenes, todas com irrigação com pivô central, e o confinamento de bovinos para fins de terminação. “Atividades com baixo e médio potencial de degradação terão procedimentos simplificados, sem a necessidade de documentação técnica para o licenciamento. Já para licenciar atividades de alto impacto ambiental, entre outras exigências, é necessário apresentar projeto técnico detalhado e Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) por profissional registrado junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia. Caso o empreendimento rural envolva níveis distintos de impacto ambiental, o produtor deverá requerer uma licença para cada atividade”, orienta Valentim. Embasamento técnico-científico O Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) possibilita conhecer os riscos potenciais de impacto social e ambiental do negócio rural e a aptidão de áreas alteradas, a partir de informações sobre o solo como topografia, capacidade de drenagem e fertilidade, entre outros aspectos que determinam o potencial e vulnerabilidades da área para a produção agropecuária e florestal.  Construído a partir de estudos científicos desenvolvidos pela Embrapa e outras instituições e com base na legislação ambiental e nas mudanças decorrentes de processos de regularização fundiária e do uso da terra, essa ferramenta de gestão

Mudanças climáticas: por que ‘brilho’ da Terra está diminuindo, segundo cientistas

Além de alimentar inundações e secas mortais, fenômeno é citado como causa de efeitos estranhos, como explosões espontâneas no permafrost siberiano e escassez de mostarda. Muitos dos impactos das mudanças climáticas são devastadores. Alguns são estranhos. Além de alimentar inundações e secas mortais, as mudanças climáticas são citadas como causa de explosões espontâneas no permafrost siberiano, escassez de mostarda e o planeta ficando mais escuro.As mudanças climáticas podem estar, por exemplo, diminuindo o “brilho” da Terra, de acordo com cientistas do Big Bear Solar Observatory, em Nova Jersey, nos Estados Unidos. Ao medir a luz solar refletida da Terra para a parte escura da Lua à noite, os cientistas mediram o que eles chamam de “brilho” do planeta – basicamente, a refletividade da Terra. Os estudos sugeriram que a cobertura de nuvens baixas sobre o leste do Oceano Pacífico está diminuindo devido ao aquecimento da temperatura do oceano. Como essas nuvens agem como um espelho, refletindo a luz do Sol de volta para o espaço, sem elas, essa luz refletida diminui. Então, de acordo com esses cientistas, podemos realmente estar tirando o brilho do nosso planeta. Explosões Crateras gigantes no degelo do permafrost siberiano foram atribuídas por alguns cientistas russos a temperaturas mais quentes do solo, causando a explosão espontânea de bolsões subterrâneos de gás. O permafrost é definido como a terra que ficou congelada continuamente por mais de dois anos. É apenas uma hipótese para explicar a formação de crateras gigantes na paisagem ártica. Mas elas são um sinal inquietante de que essa paisagem fria e amplamente despovoada no norte do planeta está passando por mudanças radicais. Pesquisas recentes também mostraram que o Ártico está se aquecendo ainda mais velozmente do que se pensava – quatro vezes mais rápido que o resto do mundo. Répteis que mudam de sexo Embora possamos estar causando o aquecimento global, não somos a única espécie que sente seus efeitos. Algumas criaturas são afetadas de maneiras realmente surpreendentes. Em alguns répteis, o sexo da prole é parcialmente determinado pela temperatura na qual os ovos são incubados. Dragões-barbudos – uma espécie de lagarto encontrada na Austrália – mudam de macho para fêmea quando são incubados a uma certa temperatura. Assim, os cientistas estão preocupados que os machos possam se tornar cada vez mais raros à medida que o mundo aquece – colocando a espécie em risco de extinção. No oceano, os níveis crescentes de dióxido de carbono do gás de efeito estufa podem estar fazendo com que os peixes percam o olfato. A mudança climática também está atrapalhando de forma sensível a sincronia sazonal. Em abril, em Wytham Wood, a floresta mais cientificamente estudada do Reino Unido, filhotes de chapim, um pequeno pássaro, emergiram de seus ovos até três semanas antes do que teriam feito na década de 1940. Toda a cadeia alimentar na primavera mudou com o aquecimento. As lagartas que os pássaros comem, as folhas de carvalho que as lagartas comem – todas atingem seu pico semanas mais cedo do que antes. Enquanto as estações mudam, muitos pássaros estão se ajustando – ou apenas se mudando para outros lugares. Este ano, filhotes de abelharucos foram vistos em uma pedreira de Norfolk – eles geralmente são encontrados no sul do Mediterrâneo e no norte da África. Mostarda em falta O clima extremo também está dificultando o cultivo de alimentos. Alimentos básicos como trigo, milho e café já estão sendo afetados. E, neste ano, houve uma notável escassez de condimentos. Em abril, a Huy Fong Foods, uma empresa com sede na Califórnia que produz cerca de 20 milhões de garrafas de molho de pimenta todos os anos, enviou uma carta aos clientes alertando sobre uma “grave escassez” do produto. No verão, os supermercados na França começaram a ficar sem mostarda dijon – um problema que pode ser atribuído ao mau tempo nas pradarias canadenses, onde a maioria das sementes de mostarda do mundo é cultivada. E as mudanças climáticas estão até mesmo dificultando os esforços para reduzir as emissões de carbono. Em agosto, a empresa de energia EDF teve que reduzir a produção de usinas nucleares na França, porque não havia água fria suficiente nos rios franceses. A reação – que está sendo discutida por 200 países na cúpula climática da Organização das Nações Unidas agora – é um corte dramático nos gases que aquecem o planeta. Mas já transformamos nosso mundo aquecendo-o – e provavelmente haverá muitas outras consequências inesperadas e surpreendentes. Fonte: G1 Curadoria: Boi a Pasto

Lula visita Casa de Saúde Yanomami em Roraima e diz que situação de indígenas é desumana: ‘O que vi me abalou’

Ministério da Saúde decretou emergência de saúde pública para combater desassistência de indígenas Yanomami nessa sexta-feira (20), um dia antes da visita do presidente. Quase 100 crianças Yanomami morrem em 2022. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou a Casa de Saúde Indígena Yanomami neste sábado (21) e classificou como desumana a situação vivida pelos indígenas em Roraima. A visita do presidente ocorreu após o Ministério da Saúde declarar emergência de saúde pública para enfrentar à desassistência sanitária no território Yanomami. “Se alguém me contasse que em Roraima tinham pessoas sendo tratadas dessa forma desumana, como vi o povo Yanomami aqui, eu não acreditaria. O que vi me abalou. Vim aqui para dizer que vamos tratar nossos indígenas como seres humanos.” Acompanhado de sete ministros, entre eles a da Saúde, Nísia Trindade, e Sonia Guajajara, dos Povos Indígenas, Lula esteve por cerca de duas horas dentro da Casa de Saúde, na zona Rural de Boa Vista. Ao sair, todos se disseram impressionados com o que viram. “Precisamos também responsabilizar o governo anterior por ter permitido que essa situação se agravasse ao ponto de a gente chegar aqui e encontrar adultos com peso de criança, e crianças em uma situação de pele e osso”, disse Guajajara. A situação descrita pela ministra foi inúmeras vezes retratada em fotos e vídeos divulgadas por organizações indígenas que pedem o fim do garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, apontando como o maior causador dos problemas na reserva. Só em 2022, foram registradas 99 mortes de crianças impactadas pelo garimpo. Antes da visita de Lula, técnicos do Ministério da Saúde foram enviados para a Terra Indígena para elaborar um diagnóstico da situação. Em quatro dias, resgataram ao menos oito crianças Yanomami em estado grave, com quadros severos de desnutrição e malária. O plano do governo é enviar equipes de saúde para atender os indígenas dentro do próprio território. “Eu acho que uma forma da gente resolver isso é fazer com que a gente monte o plantão da saúde. Nas nas aldeias, para que a gente possa cuidar deles lá. Fica mais fácil a gente transportar 10 médicos [para dentro da reserva] do que transportar duzentos índios que estão aqui”, disse Lula. Além disso, questionado pelo g1 sobre o plano para combater os garimpos ilegais na reserva, Lula prometeu acabar a atividade: “O que eu posso dizer é que não vai existir mais garimpo ilegal”. “No caso da Saúde, nós definimos que isso é uma emergência sanitária de importância nacional semelhante a uma epidemia, é isso que precisa ficar claro”, pontuou Nísia, acrescentando que o governo prepara um plano de trabalho. “A força do SUS começará a vim a partir de segunda-feira (23) com mais profissionais médicos e enfermeiros para esse atendimento de emergência. Mas, sabemos que temos que melhorar a saúde onde as populações, onde os povos indígenas moram, nas suas comunidades”, reafirmou. Lula e a comitiva de ministros desembarcou às 9h49 na Base Aérea de Boa Vista. Ao chegar na Casai, foi recepcionado por indígenas que entoaram cantos ao vê-lo. Além disso, alguns seguram cartazes com pedidos de ajuda, como “Vidas indígenas importam” e “fora garimpo”. Estavam com Lula os ministros: Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Nísia Trindade (Saúde), Sônia Guajajara (Povos Indígenas), Flávio Dino (Justiça), José Múcio (Defesa), Silvio Almeida (Direitos Humanos), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral), General Gonçalves Dias (Gabinete de Segurança Institucional), e o comandante da Aeronáutica, Marcelo Kanitz Damasceno. O secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba, também integrou a comitiva. Tabeba já afirmou ao g1 que o combate à desnutrição e malária entre os Yanomami é prioridade. “Um verdadeiro genocídio anunciado acontece na área que sofre com o garimpo ilegal e suas consequências. Fome, intoxicação e doenças infecciosas são algumas das enfermidades enfrentadas”, disse Tabeba no Instagram, após a visita. Mais cedo, no Twitter, ministra da Saúde, Nísia, já havia classificado como grave a situação. Segundo ela, foram registrados “3 óbitos de crianças entre 24 e 27/12 e 11.530 casos de malária no último ano.”O governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), e o prefeito de Boa Vista, Arthur Henrique recepcionaram o presidente e comitiva de ministros na Base Aérea. Além dos dois, outras autoridades locais também acompanharam a visita. Entre eles, o defensor público-geral, Oleno Matos, e o deputado federal eleito Stélio Dener (Republicanos), o senador Telmário Mota (Republicanos) e a ex-deputada estadual Betânia Almeida. Telmário e Betânia foram vaiados pelas pessoas que acompanhavam o evento, com gritos de “golpistas” e “garimpeiros”. Após a visita, Lula e comitiva deixou Boa Vista por volta das 13h (horário local) rumo a Brasília. O secretário Tapeba segue na capital, onde acompanha as ações feitas em prol da saúde Yanomami. Criação de Comitê Além da calamidade na saúde, também foi criado o Comitê de Coordenação Nacional, para discutir e adotar medidas em articulação entre os poderes para prestar atendimento a essa população. O plano de ação deve ser apresentado no prazo de quarenta e cinco dias, e o comitê trabalhará por 90 dias, prazo que pode ser prorrogado. A avaliação feita pelos integrantes o governo é que a situação sanitária no território caminha para uma “crise humanitária” – devido ao aumento de casos de desnutrição em crianças e ao avanço do garimpo ilegal na região. “Recebemos informações sobre a absurda situação de desnutrição de crianças Yanomami em Roraima. […] Viajarei ao estado para oferecer o suporte do governo federal e, junto com nossos ministros, atuaremos pela garantia da vida de crianças Yanomami”, escreveu Lula, em uma rede social, na sexta-feira (20). Dados da (Sesai), obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), indicam que, ainda em 2021, 56,5% das crianças acompanhadas pelo governo no território Yanomami apresentaram quadro de desnutrição aguda – quando o peso é considerado baixo ou baixíssimo para a idade. Fonte: G1 Curadoria: Boi a Pasto

Senar lança curso online gratuito para produtores de aves e suínos integrados

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) lançou o curso Cadec voltado para produtores de aves e suínos integrados.  O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) lançou o curso Cadec voltado para produtores de aves e suínos integrados. A capacitação online e gratuita está com matrículas abertas, mediante disponibilidade de vagas no portal de educação a distância no link: https://cnabrasil.org.br/noticias/senar-lanca-curso-online-para-produtores-de-aves-e-suinos-integrados Com carga horária de 32 horas, o curso está dividido em quatro módulos: Lei da Integração; técnicas da organização e condução de reuniões; técnicas de negociação e gerenciamento dos custos de produção na avicultura integrada. Os participantes terão acesso às novidades da Lei de Integração (nº 13.288/2016) para o modelo de negócio do produtor integrado. O conteúdo prevê ainda o gerenciamento de custos de produção para obtenção de resultados melhores nas negociações entre produtores rurais e agroindústria. Para efetivar a matrícula, é necessário ter idade a partir de 16 anos. Após realizar todas as atividades e responder uma pesquisa de satisfação, o participante receberá o certificado de participação. O curso é uma iniciativa do programa Cadec Brasil do Sistema CNA/Senar para atender às demandas dos produtores integrados das cadeias de aves e suínos. As Cadecs são Comissões para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração, formada por representantes dos produtores rurais e das indústrias para promover mais transparência nas relações contratuais nos moldes da lei de integração A avicultura e a suinocultura estão entre as atividades que mais utilizam este sistema, em que produtores integrados e indústrias integradoras firmam parceria para a comercialização de animais para a produção de carnes. Para conhecer o programa, clique aqui. Fonte: CNA Brasil Curadoria: Boi a Pasto

Mais de mil indígenas Yanomami em estado grave foram resgatados nos últimos dias, diz secretário

Equipes do Ministério da Saúde atuam de forma emergencial na região para socorrer indígenas doentes. Garimpo é o principal casador da crise sanitária, afirma o governo federal. Mais de mil indígenas em estado de saúde grave foram resgatados da Terra Indígena Yanomami nos últimos dias por equipes do Ministério da Saúde que atuam de forma emergencial em comunidades dentro da reserva. A estimativa é do secretário de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba, divulgada nesta terça-feira (23) em coletiva à imprensa em Boa Vista. As equipes estão na reserva desde o dia 16 de janeiro para atuar frente à desassistência sanitária no território. Os indígenas sofrem, principalmente, com malária e com desnutrição grave, afirma Tapeba. “Nós acreditamos que mais de mil indígenas foram resgatados nesses últimos dias do território para não morrer”, afirmou. Em uma semana, o único hospital infantil do estado recebeu 29 crianças Yanomami doentes. Os indígenas são resgatados das comunidades onde vivem e levados ao posto de Surucucu, uma unidade considerada de referência na região, mas que se resume a um barracão de madeira de chão batido e com estrutura precária. De lá, os quadros gravíssimos são encaminhados para Boa Vista. O presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kuana (Condisi-YY), Júnior Hekurari Yanomami, disse que, só no domingo (22), foram resgatados 26 crianças e dois adultos foram resgatados durante a missão do Ministério da Saúde. O trabalho tem o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB). Ele disse ainda que os dados sobre os indígenas resgatados mudam conforme os dias se passam e é provável que o número aumente ainda mais, tendo em vista que há regiões do território que ainda não receberam os agentes de saúde. O secretário voltou a falar que os indígenas vivem em “situação de guerra”. “É uma operação que envolve uma complexidade muito grande, uma estrutura, uma logística e nós precisamos cobrir todo o território, principalmente aquelas comunidades que estão muitas vezes refém das ações dos garimpeiros”, disse o secretário em coletiva. Na coletiva, Weibe Tapeba também falou em realizar uma auditoria interna para investigar os contratos de medicamentos e de realização de voos feitos pelo Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI-Y), responsável pelo atendimento direto aos indíegnas. “Pretendemos implantar aqui uma auditoria interna pra acompanhar essas questões do contratos. É um absurdo a gente pensar nessa possibilidade, de desvio de recursos para medicamentos, por exemplo. Estamos acompanhando um cenário bem complicado também no contrato de horas voos, que é o principal aqui do Distrito. A gente não pode pensar desse serviço ser paralisado”, destacou. Clima de guerra O secretário relatou ao g1 que chegou a ver garimpeiros armados enquanto participava do resgate de pacientes em estado grave de saúde na comunidade de Cachoeira, na Terra Indígena Yanomami. Tapeba afirmou que, naquele dia, o resgate na comunidade dominada pelo garimpo só foi possível por conta do apoio de segurança da Força Área Brasileira. O secretário comparou a operação de resgate dos indígenas à uma guerra. Agora, ele planeja instalar um hospital de Campanha dentro da reserva para atender as dezenas de pessoas doentes, principalmente com malária e desnutrição. Tapeba passou um dia na região de Surucucu. Ele retornou a Boa Vista nessa segunda. No domingo (22), acompanhou de perto a situação de indígenas com quadro grave de desnutrição em comunidades dominadas pelo garimpo – a atividade ilegal é a principal causa da crise sanitária no território, e também em polos de saúde sem infraestrutura básica para atender os doentes. “Tudo essa crise é reflexo do garimpo e do garimpeiro, não tem como não ser. Nós temos cerca de 30 mil indígenas Yanomami e mais de 20 mil garimpeiros. Se não fosse os garimpeiros, os indígenas Yanomami certamente viveriam livres e autossuficientes como viviam antes”. Após o resgate das crianças e adultos, eles foram levados para o polo base de Surucucu, que é uma unidade considerada de referência na região, mas que se resume a um barracão de madeira de chão batido e com estrutura precária. Visita de Lula Tapeba chegou a Roraima no sábado (21). Ele estava na comitiva de Lula (PT), que viajou ao estado para ver de perto a desassistência aos Yanomami. O presidente se surpreendeu com o que encontrou. “Se alguém me contasse que em Roraima tinham pessoas sendo tratadas dessa forma desumana, como vi o povo Yanomami aqui, eu não acreditaria. O que vi me abalou. Vim aqui para dizer que vamos tratar nossos indígenas como seres humanos”, disse Lula. “É um cenário de muita guerra. O que a gente viu ontem é de partir o coração”, reforçou Tabepa sobre a grave crise sanitária enfrentada pelo povo Yanomami. Para buscar solução à crise sanitária Yanomami, o Ministério da Saúde declarou emergência de saúde pública. Lula também criou o Comitê de Coordenação Nacional para discutir e adotar medidas em articulação entre os poderes para prestar atendimento a essa população. O plano de ação deve ser apresentado no prazo de 45 dias, e o comitê trabalhará por 90 dias – prazo que pode ser prorrogado. Com a visita de Lula a Roraima para tratar sobre a crise sanitária, a dramática situação do povo Yanomami se tornou um dos assuntos mais comentados do país no Twitter. Muitas pessoas, ao verem as imagens das vítimas, chamaram de “barbárie” e “descaso”. Saúde dos indígenas Maior reserva indígena do Brasil, a Terra Yanomami registra nos últimos anos agravamento na saúde dos indígenas, com casos graves de crianças e adultos com desnutrição severa, verminose e malária, em meio ao avanço do garimpo ilegal. Só em 2022, segundo o governo federal, 99 crianças Yanomami morreram – a maioria por desnutrição, pneumonia e diarreia, que doenças evitáveis. A estimativa é que, ao todo no território, 570 crianças morreram nos últimos quatro anos, na gestão de Jair Bolsonaro. Em 2021, o g1 e o Fantástico já tinham registrado cenas inéditas e exclusivas – semelhantes às divulgadas recentemente – de crianças extremamente magras, com quadros aparentes de desnutrição e de verminose, além de dezenas de indígenas doentes com sintomas de malária em comunidades Yanomami. Fonte: G1 Curadoria: Boi a

Ministério da Agricultura e Pecuária tem mais dois secretários nomeados

O secretário de Defesa Agropecuária é Carlos Goulart, e de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação, Renata Bueno Miranda As nomeações de mais dois secretários do Ministério da Agricultura e Pecuária foram publicadas nesta quinta-feira (19/1), em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). O secretário de Defesa Agropecuária é Carlos Goulart, e de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação, Renata Bueno Miranda, conforme comunicado do Ministério da Agricultura e Pecuária. Carlos Goulart é agrônomo formado pela Universidade Federal São Carlos (SP). Também é mestre em Agricultura Tropical e Subtropical, com ênfase em Fitossanidade, pelo Instituto Agronômico de Campinas (SP). Atua desde 2007 no Ministério da Agricultura e Pecuária e anteriormente exerceu o cargo de diretor do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da pasta. Renata Bueno Miranda é engenheira de alimentos, formada pela Universidade Federal de Viçosa (MG). Tem mestrado em Ciências dos Alimentos pela Universidade Federal de Lavras (MG). É funcionária de carreira da Embrapa desde 2008 e integra o quadro do Ministério da Agricultura desde 2019, onde exerceu os cargos de chefe de gabinete e secretária adjunta da SDI. As nomeações do secretário-executivo, Irajá Rezende de Lacerda, e do secretário de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Serroni Perosa, já haviam sido publicadas. Fonte: Globo Rural Curadoria: Boi a Pasto

Embrapa terá mais 18 usinas solares em 2023

Até o final do ano, de acordo com a Gerência-Geral de Infraestrutura e Sustentabilidade (GIS), espera-se que o parque solar gere 27.975.288 kWh/ano, proporcionando uma economia de R$ 8,1 milhões anuais. A partir de 2023, mais vinte Unidades serão atendidas com a adição de 18 usinas solares. Essa matriz geradora vai representar economia e sustentabilidade econômica e ambiental para a Empresa. A iniciativa é resultado da viabilização de recursos do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para o Programa de Autossuficiência Energética, adotado há três anos. Com a implantação de 18 novas usinas, a Embrapa contará com um total de 29 unidades solares. Até o final do ano, de acordo com a Gerência-Geral de Infraestrutura e Sustentabilidade (GIS), espera-se que o parque solar gere 27.975.288 kWh/ano, proporcionando uma economia de R$ 8,1 milhões anuais. Segundo o supervisor de Infraestrutura da Embrapa, Fábio Shirahige, a escolha das localidades contempladas atendeu critérios técnicos, como disponibilidade de área, adequação da infraestrutura para receber a usina, condições solares favoráveis na região, custo unitário do kWh pago e custo-benefício do investimento. “As 18 usinas atenderão vinte Unidades, porque algumas delas terão a finalidade de gerar energia ou créditos para mais de uma UD, como é o caso da usina a ser instalada na área da Embrapa Sede, em Brasília, que proverá economia para a Embrapa Agroenergia e a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia”, explicou. Ele informa que, em três anos, o Programa de Autossuficiência Energética da Embrapa já apresenta números acima da meta planejada.  A primeira delas, implantada em 2021, foi na Embrapa Pesca e Aquicultura, em Palmas (TO). As novas usinas serão instaladas nas seguintes Unidades: Embrapa Agroenergia/Recursos Genéticos e Biotecnologia/Sede (Brasília, DF), Embrapa Agroindústria de Alimentos (Guaratiba, RJ), Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza, CE), Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS), Embrapa Algodão (Campina Grande, PB), Embrapa Amapá (Macapá, AP), Embrapa Amazônia Ocidental (Itacoatiara, AM), Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral, CE), Embrapa Gado de Corte (Campo Grande, MS), Embrapa Gado de Leite – Campos Experimentais de Santa Mônica (Valença, RJ) e José Henrique Bruschi (Coronel Pacheco, MG), Embrapa Hortaliças (Fazenda Tamanduá, Brasília, DF), Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas, MG), Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos, SP), Embrapa Roraima (Boa Vista, RR), Embrapa Soja (Londrina, PR), Embrapa Suínos e Aves (Concórdia, SC) e Embrapa Trigo (Passo Fundo, RS). “Trata-se de uma iniciativa que, além de representar um importante avanço no pilar ambiental das políticas orientadas pelos padrões ESG (ambiental, social e governança), significa uma ação ligada ao nono objetivo estratégico do VII Plano Diretor (PDE), que trata especificamente da redução de gastos da Empresa”, ressalta a supervisora de Sustentabilidade e Qualidade, Marisa Prado. Conforme prevê o gerente de Infraestrutura e Sustentabilidade, Marcos Xavier, até o final deste ano, a Embrapa terá aproximadamente um terço da energia consumida gerada por fonte solar, atingindo o patamar de autossuficiência até 2030. “As primeiras usinas previstas para este ano – com o início das obras em fevereiro – deverão estar em operação em maio”, afirma. De acordo com o projeto das usinas compartilhadas, além da Embrapa Agroenergia e Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília, a usina a ser instalada no Campo Experimental de Santa Mônica da Embrapa Gado de Leite, em Valença (RJ), terá função amplificada. Como o Rio de Janeiro possui a energia mais cara do País, a instalação de uma usina no estado apresenta alta viabilidade. “A usina do C.E.S.M proverá energia para as atividades do próprio campo e gerará créditos para compensar a conta da Embrapa Solos, que não possui área para a implantação de uma usina própria”, explica o engenheiro eletricista Lucio Nei Bento, membro da equipe do Programa de Autossuficiência Energética. Primeira usina lacustre Dentre os projetos, um dos destaques será o conjunto de usinas da Embrapa Amapá, dividido em duas partes: lacustre e terrestre. Será a primeira usina fotovoltaica lacustre da Embrapa e terá as mesmas características das usinas convencionais, porém será instalada em estrutura flutuante em um dos três tanques de cultivo do Campo Experimental da Fazendinha (Macapá, AP), que comporta pesquisas de reprodução de peixes e camarão-da-amazônia. “Além de gerar energia para as atividades do próprio campo, a usina da Fazendinha servirá de vitrine tecnológica aos produtores locais que desejam consorciar criação de espécies aquícolas e geração de energia, com a consequente redução de custos operacionais”, informa Izaque Pinheiro, chefe-adjunto de Administração da Embrapa Amapá. Estima-se uma redução de custos de mais de R$ 132 mil anuais para a Embrapa Amapá, além de resultados significativos em projetos que serão viabilizados com a implantação da usina lacustre. “Por meio de projetos de pesquisa futuros, haverá a possibilidade de avaliar os impactos da tecnologia na criação e trazer algumas respostas aos produtores sobre a criação consorciada com a geração de energia”, ressalta Antonio Claudio Almeida de Carvalho, chefe-geral da Embrapa Amapá. Fonte: Embrapa Curadoria: Boi a Pasto