setembro 7, 2024

Moradores de cidade nos EUA ficam assustados com cobertura de fungo de uísque

Moradores do Tennessee, nos Estados Unidos, estão tendo problemas com o chamado fungo de uísque que está cobrindo toda a cidade de Lincoln County. Eles culpam um armazém da fabricante de bebidas Jack Daniel’s na região, conforme reportagem do jornal “NY Times”. O fungo preto, dizem eles, se alimenta de vapores de álcool que saem dos barris usados para envelhecer uísque, e forma uma crosta escura sobre árvores, casas, carros, placas de trânsito etc. Um desses moradores, Patrick Long, entrou com uma ação contra a prefeitura no início deste ano, alegando que as autoridades aprovaram a construção de novos armazéns sem que a empresa fornecesse as licenças adequadas. “A evaporação do etanol que está dentro das casas de barril se transforma em um fungo preto que se liga a qualquer coisa que não se mexe”, disse Long à rádio WHNT ainda em 2022. Long também declarou que já gastou milhares de dólares para limpar repetidamente sua propriedade. Um juiz ordenou na semana passada que a construção de novos depósitos fosse interrompida, segundo a imprensa local, mas isso não resolve o problema que os moradores têm com os armazéns já existentes. A Brown-Forman, empresa responsável pelos barris de Jack Daniel’s, afirmou que os vapores de etanol estão dentro dos limites legais. Os executivos também alegaram que o vapor não causa danos físicos. Existem reclamações parecidas de moradores de outras regiões, que também vivem perto de destilarias de uísque. Segundo a reportagem do NY Times, um dos primeiros relatos de ataque do fungo é de 1870 na França, próximo a uma destilaria de conhaque, feito por Antonin Baudoin. O nome cientifico do fungo é em sua homenagem. Telhado da propriedade de morador do Tennessee, EUA, está coberta por camada escura do fungo do uisque — Foto: Patrick Long/Arquivo pessoal O que é o fungo do uísque? O nome científico é Baudoinia compniacensis. É um fungo de coloração preta com uma textura aveludada e que forma uma crosta entre 1 e 2 cm de espessura, conforme pesquisa do Instituto de Saúde de Indiana, nos EUA. O fungo pode crescer em várias superfícies, incluindo plantas, tijolos, metal, aço inoxidável, concreto e plástico. Ele cresce próximo a locais onde ocorre fermentação, seja ela de forma natural, como em pântanos, ou manipulada pelo ser humano, como em destilarias. O fungo do uísque usa o vapor do etanol para sua germinação e reprodução. Segundo o estudo do instituto de saúde, não há relatos de risco para a saúde humana causados pelo Baudoinia compniacensis, mas eles recomendam que se use máscaras do tipo N95, óculos de proteção e luvas para removê-lo das superfícies. Apesar de não fazer mal à saúde, o fungo pode matar plantas e árvores, destruir propriedades e é resistente a altas temperaturas, o que facilita a sua dispersão em lugares quentes.

Na região sul da Bahia, membros do MST invadem áreas de empresa de celulose e papel.

Invasões aconteceram nesta segunda-feira (27), em Caravelas, Mucuri e Teixeira de Freitas. Ocupação começou na madrugada desta segunda-feira (27) — Foto: Reprodução TV Santa Cruz Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiram áreas de uma empresa de celulose e papel em Caravelas, Teixeira de Freitas e Mucuri, cidades do extremo sul da Bahia, na madrugada desta segunda-feira (27). As áreas fazem parte da empresa Suzano Papel e Celulose, que informou, por meio de nota, que não vê legalidade na invasão e tomará as medidas cabíveis. A Suzano assegurou que gera na região aproximadamente sete mil empregos diretos, mais de 20 mil postos de trabalho indiretos e beneficia cerca de 37 mil pessoas pelo efeito renda.   De acordo com representantes do MST, a ação tem 1.550 pessoas e o objetivo é fazer uma denúncia contra o crescimento das monoculturas na região, como a do eucalipto. Segundo eles, a plantação tem provocado êxodo rural e causado problemas hídricos. Integrantes do MST ocupam áreas de empresa de papel e celulose no extremo sul da BA Além disso, os integrantes são contra os agrotóxicos que, segundo eles, são usados pela empresa. O uso do pesticida seria responsável por prejudicar as áreas cultivadas pelas famílias camponesas. Em nota, a Suzano informou que cumpre integralmente as legislações ambientais e trabalhistas nas áreas em que mantêm operações. A empresa reconhece a relevância da sua presença nas áreas onde atua e reforça seu compromisso por manter um diálogo aberto e transparente, de maneira amigável e equilibrada.  Somente em seus projetos sociais, programas e iniciativas na região, a empresa alcançou mais de 52 mil participantes diretos e indiretos, em 82 comunidades e mais cinco sedes municipais, com um investimento de mais de R$ 10,3 milhões em 2022.  Até o final da manhã de quinta (2), os integrantes do MST continuavam nas áreas e, de acordo com a assessoria do MST, mantinham a derrubada dos eucaliptos. Após a retirada, são plantadas árvores nativas e frutíferas, como mangueiras e goiabeiras. Milhares de mudas destruídas em 2015 No domingo (5), completa oito anos que o MST invadiu uma fábrica de papel e celulose e destruiu milhares de mudas transgênicas criadas por meio de pesquisas. O caso aconteceu em Itapetininga (SP). Estavam à frente da ação mulheres ligadas ao MST. À época, o movimento informou que o plantio em escala do eucalipto transgênico pode causar sérios impactos ambientais e sociais. A polícia informou que, ao chegarem no local, as manifestantes foram em direção às estufas onde a empresa guardava as mudas com as novas espécies de eucalipto. Não foi divulgado o número de mudas destruídas. Os resultados das pesquisas com as mudas seriam apresentados para uma Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTN-BIO), em Brasília (DF), mas, com a destruição causada pelo MST, os técnicos cancelaram a apresentação.

‘Tentar resolver pelo diálogo’, diz ministro após invasão do MST a áreas de empresa de celulose

Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), no entanto, não criticou invasão no sul da Bahia. Ele disse que vai encaminhar ao MST pedido de desocupação feito por empresa. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, em janeiro deste ano — Foto: TV Brasil/Reprodução O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou nesta quinta-feira (2) que o governo tentará “resolver pelo diálogo” a situação de áreas de uma empresa de celulose na Bahia que foram invadidas por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Em entrevista no Palácio do Planalto, Teixeira não criticou a invasão e disse que entrará em contato com o MST “sugerindo a eles [integrantes do movimento] que possam negociar” com a empresa Suzano. Ele também disse que a pasta que chefia vai endereçar ao MST um “pedido da Suzano de desocupação da área”. O caso As áreas invadidas na madrugada da última segunda-feira (27) fazem parte da empresa Suzano Papel e Celulose, que informou, por meio de nota, que não vê legalidade na invasão e tomará as medidas cabíveis. A Suzano assegurou que gera na região aproximadamente sete mil empregos diretos, mais de 20 mil postos de trabalho indiretos e beneficia cerca de 37 mil pessoas pelo efeito da renda. Representantes do MST afirmaram que a ação contou 1.550 pessoas e o objetivo foi fazer uma denúncia contra o crescimento das monoculturas na região, como a do eucalipto. Segundo eles, a plantação tem provocado êxodo rural e causado problemas hídricos.

Fazenda na Alemanha registra novo caso de peste suína africana

Situação ocorreu em porcos de pequena propriedade no leste do país Outro caso de peste suína africana (PSA) foi confirmado em porcos de fazenda no leste da Alemanha. Foi relatado em uma pequena fazenda com 11 animais no estado oriental de Brandemburgo, afirmou o Ministério da Saúde do país europeu. Todos os animais foram abatidos por precaução. + Forno incinerador é alternativa para tratamento de resíduos orgânicos na suinocultura Diversos compradores de carne suína proibiram as importações da proteína alemã em 2020, depois que o primeiro caso foi confirmado em animais selvagens. A doença não é perigosa para os humanos, mas é fatal para os porcos. Muitos países impõem proibições à carne suína de regiões afetadas pela doença — o que afeta diretamente o comércio mundial de alimentos. Cerca de 3,007 mil casos de peste suína africana em javalis em Brandemburgo já foram confirmados, informou a divisão local do Ministério da Saúde na terça-feira (28), acrescentando que a fonte do último surto está sob investigação das autoridades sanitárias. Peste suína africana na Alemanha Foto: Freepik O governo alemão tem procurado conter e erradicar a doença no leste, em parte reduzindo a população de javalis. Contudo, o grande número de javalis no país, que se deslocam por grandes distâncias, dificultou a contenção da peste suína africana, conforme registra a agência de notícias Reuters.

Especialista elogia sistema sanitário brasileiro em relação à vaca louca

Em entrevista à CNN neste sábado (25), Leonardo Alencar, head de Agro, Alimentos e Bebidas da XP, avaliou que o sistema de vigilância sanitária brasileira “funciona muito bem” no que diz respeito ao controle de doenças em animais ruminantes, como o caso de vaca louca identificado no Pará na última semana. Segundo ele, a doença é provocada quando o gado é alimentado com proteína animal, presente, por exemplo, em farinhas de carne e de ossos. “Isso era mais comum no passado, mas foi proibido no Brasil há muito tempo. Por isso, nunca tivemos a doença de vaca louca clássica”, disse ele. “O rigor brasileiro tem se mostrado muito efetivo no controle de doenças. Faz tempo que não temos febre aftosa, por exemplo, e gripe aviária e febre africana nunca entraram aqui. Às vezes falta um pouco de confiança no nosso sistema sanitário, mas ele funciona muito bem.” Alencar também avaliou que a suspensão de exportações de carne bovina para a China, em medida anunciada na última quinta-feira (23), pode não causar tantos prejuízos à indústria, a depender de quanto tempo durar. O embaixador do país asiático, Zhu Qingqiao, já sinalizou ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que, tão logo seja confirmada que a variedade da doença vaca louca detectada em uma fazenda no Pará é “atípica”, o retorno das exportações de carne brasileira ao país será rápido, segundo fontes do ministério. Confira a entrevista na íntegra no vídeo acima. Fonte :CNN BRASIL

Vaca louca: entenda mais sobre a doença que se tornou conhecida nas décadas de 80 e 90

Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina em um animal em uma pequena propriedade no município de Marabá, no Pará O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou, na quarta-feira (22), um caso de mal da “vaca louca”, chamado tecnicamente de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), em um animal macho de 9 anos em uma pequena propriedade no município de Marabá, no estado do Pará. De acordo com o ministério, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, em inglês) foi comunicada e as amostras foram enviadas para o laboratório referência da instituição em Alberta, no Canadá, que poderá confirmar se o caso é atípico. Neste momento, estão em andamento providências governamentais para o mercado de carnes brasileiras. À CNN, o ministro Carlos Fávaro afirmou que não há motivos para preocupação com relação ao consumo de carne bovina no Brasil. Os últimos casos de vaca louca registrados no Brasil tinham sido confirmados em 2021, nos estados de Minas Gerais e do Mato Grosso. Atualmente, o Brasil é classificado pela OIE com o menor grau de risco para a doença: “insignificante”. Existe ainda o “risco controlado” no qual se enquadram alguns países da Europa, sendo a pior situação a do “risco desconhecido”. Detalhes do caso recente O animal identificado com a doença, criado em pasto, sem ração, foi abatido e teve sua carcaça incinerada no local, de acordo com o ministério. O serviço veterinário oficial brasileiro realiza a investigação epidemiológica que poderá ser continuada ou encerrada de acordo com o resultado. “Todas as providências estão sendo adotadas imediatamente em cada etapa da investigação e o assunto está sendo tratado com total transparência para garantir aos consumidores brasileiros e mundiais a qualidade reconhecida da nossa carne”, disse o ministro Carlos Fávaro. Seguindo o protocolo sanitário oficial, as exportações para a China serão temporariamente suspensas a partir desta quinta-feira (23). No entanto, o diálogo com as autoridades está sendo intensificado para demonstrar todas as informações e o pronto restabelecimento do comércio da carne brasileira. O que é a doença da vaca louca A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) é uma doença do sistema nervoso dos bovinos, que tem um longo período de incubação entre dois e oito anos, e ocasionalmente mais longo. Atualmente não há tratamento ou vacina contra o agravo. Faz parte de um grupo de doenças conhecidas como encefalopatias espongiformes transmissíveis, ou doenças causadas por príons, caracterizadas pelo acúmulo no tecido nervoso de uma proteína infecciosa anormal chamada príon. Este grupo inclui a variante da doença de Creutzfeldt-Jakob, que afeta humanos. A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) clássica foi diagnosticada pela primeira vez em bovinos no Reino Unido em 1986, mas provavelmente estava presente na população bovina do país desde a década de 1970 ou antes, de acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Em seguida, foi relatada em 25 países além do Reino Unido, principalmente na Europa, Ásia, Oriente Médio e América do Norte. Atualmente, como resultado da implementação bem-sucedida de medidas eficazes de controle, a prevalência da EEB clássica é extremamente baixa, assim como seu impacto sanitário global e risco à saúde pública. A doença pode ser dividida em duas formas, segundo a OIE. A versão clássica ocorre através do consumo de alimentos contaminados. Embora a forma clássica tenha sido identificada como uma ameaça significativa na década de 1990, sua ocorrência diminuiu acentuadamente nos últimos anos, como resultado da implementação bem-sucedida de medidas de controle eficazes, e agora é estimada como extremamente baixa. Já a versão atípica refere-se a formas de ocorrência natural e esporádica, que se acredita ocorrerem em todas as populações de bovinos a uma taxa muito baixa e que só foram identificadas em bovinos mais velhos durante a vigilância intensiva. No início dos anos 2000, príons atípicos causadores de vaca louca atípica foram identificados como resultado de vigilância aprimorada para encefalopatias espongiformes transmissíveis. O número de casos atípicos é insignificante, segundo a OIE. De fato, embora até o momento não haja evidências de que a versão atípica seja transmissível, a ‘reciclagem’ do agente da vaca louca atípica não foi descartada e, portanto, medidas para gerenciar o risco de exposição na cadeia alimentar continuam a ser recomendadas como medida de precaução. Transmissão da vaca louca A compreensão clara da origem e desenvolvimento da doença em animais ainda depende de avanços em estudos científicos. No entanto, ficou provado que certos tecidos de animais infectados, os chamados materiais de risco especificados, têm maior probabilidade de conter e, portanto, transmitir o príon da doença. De acordo com o Código de Saúde Animal Terrestre, esses tecidos incluem cérebro, olhos, medula espinhal, crânio, coluna vertebral, amígdalas e íleo distal. Os cientistas acreditam que o gado geralmente é infectado através da ingestão de alimentos contaminados com príons durante o primeiro ano de vida. O risco de contaminação ocorre se a ração contiver produtos derivados de ruminantes, como farinha de carne e ossos, que é o produto proteico obtido pela transformação de certas partes de carcaças de animais, inclusive de pequenos ruminantes e bovinos de criação, que não são utilizados para consumo humano. O príon infeccioso é resistente a procedimentos comerciais de inativação, como calor, o que significa que não pode ser destruído no processo de graxaria – aproveitamento de restos de animais. A incidência de vaca louca foi muito maior em bovinos leiteiros do que bovinos de corte, já que geralmente os rebanhos leiteiros são alimentados com rações concentradas que, antes da introdução de controles mais rigorosos, continham farinha de carne e ossos. Enquanto isso, não há evidências de transmissão direta entre animais (transmissão horizontal) e poucos dados suportam que a doença seja transmitida de mãe para filho (transmissão vertical). Risco à saúde pública A provável transmissão da doença para humanos, supostamente causada na doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), juntamente com a incapacidade de prever o tamanho da epidemia da variante em humanos desencadeou uma crise de saúde pública durante os anos 1990. Até o momento, o número de casos clínicos da doença em humanos identificados é extremamente baixo. Existem indicações convincentes de que a doença de Creutzfeldt-Jakob pode ser adquirida através do consumo de carne bovina

Confirmado por laboratório de referência no Canadá: mal da vaca louca no Brasil é atípico

O exame sobre o caso de mal da vaca louca no Pará realizado em um laboratório de referência no Canadá confirmou, nesta quinta-feira (2), que se trata de uma infecção atípica. Isso reafirma a avaliação de técnicos do governo do Pará e também do Ministério da Agricultura de que foi um caso isolado sem prejuízos para qualidade da carne bovina produzida no Brasil. A CNN teve acesso em primeira mão ao resultado do exame, nesta noite. O mal atípico da vaca louca ocorre quando o bovino adoece de forma orgânica, muitas vezes devido à idade, e não por contaminação da ração. O Brasil nunca registrou um caso típico da doença, que é o mais grave. Agora, a expectativa do governo federal é de retorno praticamente imediato da venda de carne bovina para China, nosso principal comprador. A comercialização está suspensa desde o dia 23 de fevereiro, quando veio à tona a confirmação da doença em um boi de 9 anos, no Pará. O animal foi sacrificado e a carcaça incinerada. Na segunda-feira (27), houve uma videoconferência entre o Ministério da Agricultura e a cúpula da Administração Geral de Aduanas da China (GACC). A reunião foi conduzida pelo secretário de relações internacionais da pasta, Roberto Perosa, homem de confiança do ministro Carlos Fávaro. De acordo com relatos feitos à CNN, foi uma conversa “bem aprofundada” e “muito positiva”, na qual os chineses cumprimentaram o governo brasileiro pela transparência na condução do caso. A sinalização é de retomada das exportações em curto prazo. O mesmo deve ocorrer com Tailândia, Irã e Jordânia que também deixaram de comprar a proteína brasileira, temporariamente.

24 novos casos de gripe aviária em aves de quintal na cidade de Córdoba, na Argentina.

Doença foi constatada em aves silvestres e de quintal; autoridade sanitária trabalha ações de varredura em todas as regiões onde foram feitas as constatações O Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Alimentar (Senasa) confirmou 4 casos positivos de gripe aviária (IA) H5 em aves domésticas na província de Córdoba, perfazendo um total de 24 detecções da doença até agora. Das nove amostras analisadas hoje pelo Laboratório Nacional Senasa, 5 tiveram diagnóstico negativo e 4 foram positivas para AI H5 em aves de quintal de estabelecimentos localizados nas localidades de Carnerillo, Alejandro Roca, Laboulaye e Bell Ville, província de Córdoba. + Gripe aviária: Autoridade sanitária da Argentina solicita ao Japão que suspenda embargo aos produtos avícolas Após a confirmação dos casos, agentes do Centro Regional de Córdoba del Senasa realizarão as ações sanitárias correspondentes nas propriedades afetadas. Desta forma, até o momento, são 24 casos confirmados em aves silvestres e de quintal (13 em Córdoba, 4 em Buenos Aires, 2 em Santa Fe, 1 em Jujuy, 1 em Neuquén, 1 em Río Negro, 1 em San Luis e 1 em Salta). O Senasa está trabalhando em ações sanitárias e de varredura em todas as regiões onde foram feitas as constatações. Córdoba No âmbito da emergência sanitária ordenada pela gripe aviária, agentes do Centro Regional Córdoba del Senasa realizaram hoje verificações de rota em 12 pontos diferentes da Província. Agentes da Polícia Provincial e pessoal das diferentes dependências provinciais também participaram nos controlos. Além disso, continua a fornecer informações à comunidade e setores relacionados na região. Neuquén “Na segunda-feira finalizamos o levantamento de toda a área sob vigilância sanitária no Parque Nacional Laguna Blanca, visitando 72 famílias que vivem no local e recomendando medidas de prevenção de doenças”, disse o supervisor de Saúde Animal do Centro Regional Patagônia Norte em Neuquén, Luciano Mammoni . Além disso, elogiou a assistência recebida por todas as instituições públicas da área, a nível municipal, provincial e nacional, lembrando que “visitas às famílias dos moradores da Comunidade Zapata, da Associação para o Desenvolvimento Rural e outros presentes na na área, foram realizadas na companhia de brigadistas e guardas florestais do Parque Nacional”. Rio Preto No marco da Festa Nacional da Maçã realizada neste final de semana na localidade de General Roca em Río Negro, a equipe técnica profissional do Centro Regional Senasa Patagônia Norte continuou a sensibilizar sobre as características da gripe aviária. Além da entrega de folhetos e do bate-papo com os frequentadores da fazenda da maçã, foram veiculados os vídeos informativos do trailer institucional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Pescas da Nação. O Senasa explicou a situação da doença e as medidas estabelecidas às instituições que colaboram nas operações de salvaguarda da produção avícola nacional. A reunião foi realizada na sede do Centro Regional Senasa Chaco Formosa e contou com a presença de funcionários da Unidade Especial de Assuntos Rurais (UEAR), da Polícia da Província de Formosa, da Prefeitura Naval Argentina e da Alfândega. O diretor do Centro Regional Senasa Chaco Formosa, Facundo Galvani, e o supervisor de Saúde Animal, Miguel Aránguiz, explicaram o que é a gripe aviária, como se transmite, quais são os sintomas, qual é a situação sanitária do país e da região, migração de aves silvestres e as novas medidas adotadas por meio de resoluções para evitar a propagação do vírus e preservar a saúde das aves domésticas e capineiras. Da mesma forma, o Senasa e as diferentes forças concordaram em reforçar o trabalho conjunto nas operações de controle de rotas, passagens de fronteira e estabelecimentos agropecuários. CONTROLES EM ROTAS Nas províncias de Chaco e Formosa, foram reforçados os controles fixos e aleatórios nas rotas para controlar o cumprimento das medidas sanitárias determinadas para prevenir a propagação da gripe aviária. A patrulha móvel do Senasa realizou operações na Rota Nacional 81, na fronteira entre Formosa e Salta, e na Rota Nacional 11, no acesso ao povo chaconês de La Leonesa. CONTROLES DE FRONTEIRA Também foram reforçados os controles fronteiriços na ponte San Ignacio de Loyola que liga a cidade formosa de Clorinda ao Paraguai e na ponte Formosa – Alberdi (Paraguai). Nesses pontos, além de realizar os controles habituais, são distribuídos folhetos referentes à gripe aviária e se dialoga com a população que faz trânsito no bairro para informar sobre a proibição de entrar na República Argentina com determinados produtos alimentícios, plantas, vegetais e animais que possam conter pragas e doenças. Outra das atividades realizadas no âmbito da emergência da gripe aviária foi uma reunião entre Galvani e o coordenador da Reserva da Biosfera Laguna Oca del Río Paraguai, Fernando Fourcans, onde informaram sobre a situação da IA ​​e solicitaram colaboração para que sua vaqueanos que visitam regularmente a reserva notificam imediatamente o Senasa na presença de aves mortas ou com sintomas compatíveis. Além disso, foi acordada a realização de uma oficina explicativa sobre a doença para técnicos e aberta à comunidade.

Pecuária com média lotação no pasto gera crédito de carbono.

Na Embrapa Pecuária Sudeste, um sistema de média lotação de 3,3 UA/ha recuperou pastagem degradada e neutralizou emissões de gases de efeito estufa, gerando créditos de carbono equivalentes a seis árvores de eucalipto. Foram avaliados quatro sistemas para medir a sustentabilidade ambiental da atividade. O estudo, feito em quatro níveis de intensificação de sistemas pastoris de produção pecuária, indica que a intensificação média apresentou a pegada de carbono mais baixa, com possíveis créditos de carbono. Os trabalhos foram desenvolvidos no bioma Mata Atlântica, um dos mais impactados pelas ações do homem sobre o ambiente, por se localizar em área com crescente crescimento urbano. De acordo com a pesquisadora da Embrapa Patrícia Perondi Anchão Oliveira, a recuperação de pastagens e a intensificação da produção de bovinos nessas áreas melhoram o sequestro de carbono e mitigam as emissões de gases de efeito estufa, além de ter um efeito poupa-terra. “Também levam à redução na pegada de carbono por unidade de produto e no número de árvores necessárias para o abatimento das emissões de gases de efeito estufa. Os sistemas de produção intensificados com média lotação animal apresentaram os melhores resultados, especialmente se computados os insumos”, conta Oliveira. No caso citado pela pesquisadora, o crédito de carbono equivale ao crescimento de 6,27 árvores de eucalipto por garrote a cada ano.  O sistema com quadro mais preocupante é o de pastagens degradadas, cujo balanço resultou em saldo negativo. Em situações assim, chegam a ser necessárias 63,9 árvores para o abatimento das emissões de cada garrote mantido nessas áreas. Os resultados foram publicados na revista britânica Animal, da Universidade de Cambridge, Inglaterra. O trabalho é assinado por oito pesquisadores, cinco deles da Embrapa Pecuária Sudeste. A cientista relata que a pesquisa teve por objetivo elucidar o problema da emissão de gases de efeito estufa pela pecuária, frequentemente considerada a grande vilã do aquecimento global e das consequentes mudanças climáticas. “A pecuária brasileira ainda é questionada em relação a sua participação na dinâmica de emissão de gases de efeito estufa (GEE)”, relata. Ela conta que os experimentos foram desenhados para cobrir as lacunas no conhecimento sobre a real contribuição dos sistemas de produção da pecuária brasileira para as emissões de GEE e para o aquecimento global. Segundo a pesquisadora, foram desenvolvidos experimentos que permitem obter dados por métodos padronizados e reconhecidos pela comunidade científica internacional e que deram origem aos já famosos balanços de carbono. “Não foram levantadas somente as emissões de gases de efeito estufa, mas também as remoções desses gases. Isso criou condições para avaliar os sistemas de produção com capacidade de mitigar a emissão, especialmente do metano entérico, por meio do sequestro de carbono”, explica a pesquisadora. “No caso da pecuária, foi possível compreender melhor os benefícios da parte do sequestro de carbono realizada pelo crescimento das plantas, seja pelo acúmulo no solo das pastagens ou no fuste [caule] das árvores, que estavam esquecidas nessa problemática ambiental”, completa. Apesar de os sistemas avaliados não possuírem árvores, as taxas anuais de remoções de GEE de árvores de eucalipto de um sistema silvipastoril com brachiaria, que faz parte de outro experimento, foram utilizadas para calcular o número hipotético de árvores necessárias para abater a emissão anual de cada sistema de produção.  No caso dos sistemas que estavam com créditos de carbono, devido ao sequestro do elemento no solo das pastagens, a mesma taxa foi usada para calcular o quanto esse crédito equivaleria em número de árvores hipoteticamente crescendo nos sistemas de produção. O balanço de carbono é uma ferramenta que permite apontar tanto o potencial de neutralizar as emissões de gases de efeito estufa, quanto de prospectar sistemas de produção passíveis de receber créditos de carbono. Também é capaz de identificar os sistemas de produção que podem causar prejuízos ao meio ambiente do ponto de vista das mudanças climáticas, uma vez que identifica também aqueles que mais emitem do que sequestram carbono. Oliveira conta que na pecuária tem sido comum registrar as emissões, mas o balanço entre o que a atividade emite e o que ela sequestra de carbono nem sempre é considerado. “Com a ferramenta do balanço, esse aporte de carbono é contabilizado e pode mostrar o diferencial da pecuária realizada a pasto, que além de manter o animal em seu habitat sem contenções, ainda traz o benefício do sequestro de carbono realizado pelo crescimento das pastagens”, afirma. Conhecimento para uma pecuária de baixo carbono Entre os impactos gerados pela descoberta está a possibilidade de adoção de sistemas de produção mais sustentáveis e de se obter produtos pecuários com baixa pegada de carbono. Essa “contabilidade do carbono” pode favorecer a exportação da carne brasileira, por exemplo, já que o mercado externo valoriza cada vez mais a produção sustentável. O objetivo principal da pesquisa foi contribuir para a competitividade e sustentabilidade da pecuária brasileira por meio do planejamento, desenvolvimento e organização de dados que estimaram a participação dos sistemas de produção agropecuários na dinâmica de gases de efeito estufa em quatro níveis de intensificação (desde as pastagens degradadas até as pastagens altamente intensificadas e irrigadas), visando subsidiar políticas públicas e alternativas de mitigação. O projeto também gerou informações que poderão ser usadas para o aprimoramento de normas e mecanismos de garantia da qualidade, da segurança e da rastreabilidade dos produtos pecuários. Esses resultados podem ser usados por formuladores de políticas públicas, empresas governamentais, empresas privadas e comunidade científica.} Por que as pastagens degradadas são um sério problema? Se por um lado a pesquisa apontou que existem sistemas que podem gerar produtos pecuários com emissões neutralizadas ou com créditos de carbono, por outro também identificou as desvantagens de se manter as pastagens degradadas e a necessidade de recuperá-las. “Elas apresentaram um balanço de carbono bem desfavorável, pois além das emissões dos animais também ocorreram emissões do solo, provenientes da decomposição e perda da matéria orgânica das áreas em processo de degradação”, detalha a pesquisadora. Além do alto impacto ambiental, as pastagens degradadas apresentam baixa produtividade, o que aumenta a pegada de carbono por unidade de produto. Outro problema é o desperdício de terra, devido

Mudança climática eleva preço da carne e poluição da pecuária.

Aqueles que estão desembolsando R$ 40 por quilo de carne de segunda ou até mesmo deixando de consumi-la em 2021, podem pensar que a situação não pode piorar. No entanto, de acordo com os cientistas, há más notícias por vir: a situação pode se agravar ainda mais, apesar do ditado popular brasileiro que afirma que “no fundo do poço tem um alçapão”. O motivo é o rápido e já perceptível avanço das mudanças climáticas. Durante dez anos, pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) em Ribeirão Preto simularam os efeitos do aumento de temperatura e menor oferta de água sobre a qualidade do pasto, que serve de alimento para mais de 90% do gado de corte brasileiro. Eles constataram que a qualidade das folhas será severamente afetada pelo aumento de pelo menos 2°C esperado nas temperaturas nos próximos anos. Com isso, vai ser mais difícil engordar o gado, ou será preciso complementar a alimentação dos animais “a cocho” — expressão usada pelos pecuaristas para a nutrição do gado em confinamento, geralmente feita com grãos como milho, soja e sorgo — o que tende a reduzir a oferta ou encarecer ainda mais a carne bovina. E talvez ainda mais grave: o pasto com menos proteína e mais lignina (um componente indigerível pelos animais) pode levar os bois a produzirem ainda mais metano no seu processo digestivo. Com isso, uma atividade que já é considerada atualmente uma “vilã” do clima pode contribuir ainda mais para as mudanças climáticas, num ciclo vicioso. Em outro processo pernicioso, o aumento de temperaturas deve fazer o gado precisar de ainda mais água para se refrescar, num ambiente onde a oferta do líquido será mais restrita. Diante desse cenário, o recado dos cientistas é unânime: é preciso atuar já para mitigar as mudanças climáticas, melhorar o uso dos recursos hídricos pela agropecuária e desenvolver novas forrageiras (como são chamadas as plantas usadas na alimentação animal) mais resistentes ao calor e à falta de água. A boa notícia, diz a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), é que o país já tem experiência no assunto, pois produz proteína animal no semiárido, que é uma espécie de “microcosmo” do que será um Brasil futuro mais quente e com menos chuva. O gado e a grama “Lá na USP Ribeirão Preto, nós temos uma estrutura montada para simular o clima futuro. Basicamente: o incremento do CO2 [gás carbônico, principal responsável pelo efeito-estufa], o aumento da temperatura e a falta de água”, conta o professor Carlos Alberto Martinez Y Huaman, do departamento de Biologia da USP em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. “Nosso objetivo principal foi fazer uma simulação de como as pastagens poderiam responder às mudanças climáticas — ao aumento da temperatura em 2°C, ao aumento do CO2 em 50% e à restrição hídrica”, explica o pesquisador. “Escolhemos para começar duas forrageiras brasileiras, uma gramínea e uma leguminosa, que foram cultivadas nesses ambientes modificados.” E o que os pesquisadores encontraram nesses dez anos de estudos? “Encontramos o seguinte: o aumento de temperatura e a falta de água são muito prejudiciais para os pastos. Não somente para a produção de biomassa, mas também para a qualidade das folhas, que é a parte da planta que o gado come”, diz Martinez, lembrando que os pastos ocupam no Brasil cerca de 160 milhões de hectares — uma área equivalente ao Irã e maior do que todo o Estado do Amazonas, a maior unidade federativa brasileira em território. Tanto a produção de carne, como a de leite, dependem do acesso do gado a pastos de boa qualidade e em boa quantidade. “Quando aumenta a temperatura e chove menos, as plantas vão produzir menos folhas e a qualidade da folha também muda: começa a cair o teor de proteína — nós encontramos uma queda entre 20% e 30%.” “Com menos proteína e mais lignina — um polímero que o gado não consegue digerir —, o aproveitamento do pasto pelo gado cai. Assim, ele ganha menos peso. Para compensar, o gado vai ter que comer mais folha, mais pasto, ou o pecuarista vai ter que dar suplemento alimentar, se não o gado não engorda”, afirma. “E se aumenta o teor de lignina, pode haver maior emissão de metano, um gás do efeito estufa que tem 20 vezes mais efeito de aquecimento que o CO2. Então pode causar mais problemas para as mudanças climáticas”, alerta o especialista. Com a mudança climática também se altera a microbiota do solo — microbiota é o nome que se dá aos microrganismos que vivem em um ambiente. “Surgem fungos patogênicos que causam doenças nas plantas, isso é ruim para elas e para a produção pecuária.” Além da emissão de metano, também podem aumentar as emissões de óxido nitroso, um gás que tem 300 vezes mais efeito de aquecimento que o CO2. “Quando se altera o ambiente e é aplicado, por exemplo, um adubo nitrogenado no pasto, pode haver uma perda grande de nitrogênio na forma de óxido nitroso. Isso tem impacto nas mudanças climáticas, contribuindo para o aquecimento global”, explica o pesquisador. Preço da carne e desigualdade social Entre as soluções para mitigar o problema, Martinez enumera: o uso de plantas mais resistentes à seca, a fixação biológica do nitrogênio (feita através de bactérias colocadas junto com as sementes que fixam o componente químico no solo) e a recuperação de pastos degradados para evitar o avanço do desmatamento. Ele também defende o incentivo ao método de produção chamado ILPF (integração lavoura-pecuária-floresta), que inclusive ajuda no controle de temperatura na criação dos animais, que podem recorrer à sombra das árvores para se proteger, diminuindo consequentemente a necessidade de consumo de água pelo gado num futuro que será mais quente. “É preciso que a informação chegue aos produtores, aos tomadores de decisão, para que vejam que o problema já está acontecendo. As mudanças climáticas e os eventos extremos estão ocorrendo dia a dia”, alerta. “Se não tomarmos medidas para enfrentar essa situação, o preço da carne e do leite vai