julho 27, 2024

Aviação verde é para todos

As frentes já em curso para a descarbonização do setor se apresentam como oportunidades únicas para o Brasil assumir a liderança desta agenda

ARTIGO – É possível acabar com a fome?

Por Kátya Desessards (*) Eu venho acompanhado a evolução das pesquisas sobre a produção de alimentos alternativos como pastas e farinhas a partir de insetos, como uma opção real para solucionar o Mal da Fome no Planeta. Trabalho no agronegócio há muitos anos e a questão fome é um debate que está sempre na pauta do setor… E estas centenas de pesquisas ao redor do mundo que estudam todas as variáveis desde os níveis de nutrição, a segurança alimentar e formas concentradas de proteínas e nutrientes provenientes de insetos já existem há a mais de 40 anos. Mas, é fato ganharam notoriedade apenas nos últimos 10 anos…   São pesquisas muito sérias e que – realmente – pode resolver a insegurança alimentar no mundo. Claro, aliando outras iniciativas como saneamento básico e manejo correto da água. Uma amiga querida me enviou o artigo intitulado de ‘Vida de Inseto’, no Blog do Fausto Macedo, do Estadão. Mas fiquei um pouco triste, porque o Fernando (articulista convidado) mostrou pouco conhecimento sobre o assunto e, mesmo assim, fez um juízo de valor depreciativo. Deu sua opinião, afirmando que não comeria. Ok, até por aí, tudo certo. As pessoas podem ter suas posições. Porém, quando se trata de um veículo influenciador da Opinião pública, isso não é mais sobre o direito de ser ter uma opinião. Como jornalista, tenho que ter a ética de não gerar entendimento errado sobre assuntos que tem a Vida ou a Morte como centro. Assim, como em outros assuntos, ‘dar opinião’ sem trazer os porquês é ficar apenas na linha do ‘Eu acho’. E isso pode criar outras tantas narrativas que, no final, pode tornar uma grande ideia – real e palpável – de acabar com a fome, numa guerra de narrativas e de fundamentalistas políticos loucos e sem embasamento científico nem conhecimento algum sobre o assunto.    Fiquei ainda mais triste porque, mesmo que o autor tenha trazido alguns contextos de pesquisas e aplicações, não trouxe a informação mais importante. E se limitou a induzir o leitor a ver o assunto sob a ótica do ‘Gosto’. Sim sob o sentido de gostar ou não gostar. Minha tristeza, foi porque o artigo tratou do assunto como se as pesquisas sobre esses insetos e de tantos outros, fossem sobre a expectativa de quem os produz de serem consumidos na sua forma original, como alguns povos o fazem pelo mundo. O texto é tão vago que dá direito, assim como estou a fazer, de entender como quiser e refletir como bem entender. Ou seja, o autor me deu esse direito… Mas não é sobre isso. E, também, não é dessa forma que se deve ler e conduzir essa informação. É sobre sermos capazes de transformar esses insetos em potentes compostos de proteínas – totalmente – natural e orgânica para acabar com a fome. Todas essas pesquisas não são sobre introduzir gafanhotos, besouros ou lagartas fritas, cozidas no vapor ou num ensopado, onde estaríamos vendo esses ‘bichinhos’ nas suas formas reais com antenas e perninhas. Não, não é sobre isso. Mas pode até ser. Sim, gerar uma indústria com exatamente isso. Até porque, tem gosto para tudo. E há espaço para a criação de um setor na indústria de alimentos e de restaurantes. E tenho certeza de que renderia bilhões… O gosto por comidas exóticas move bilhões de dólares. Você sabia que o café Kopi Luwak – o mais caro do mundo – também conhecido como “café de civeta” – é feito do cocô do animal chamado de Civeta. É um pequeno mamífero de hábitos noturnos, que vive na África e na Ásia e, especial, na Indonésia. Uma xicrinha custa mais de R$ 14 mil?! Você Sabia? Não! Então, é uma ótima ideia investir em alimentos exóticos, afinal! Há o ‘Quem’ consome e há o ‘Quem’ investe. Mas esse assunto não é sobre isso… Mas é bom mostrar que ninguém é louco, ou doido por falar nisso. De introduzir insetos na alimentação… Por isso, fiquei muito triste pela forma de narrativa e da pouca informação sobre os porquês das centenas de pesquisas sobre produção de insetos em escala ‘industrial’ como uma ‘fazenda de criação de insetos’. Fiquei mais triste ainda por quem fez os trocadilhos engraçados como se esse assunto fosse sobre eu e você, e o ‘nojinho’ que poderemos ter ao ver um inseto no prato. O texto diz muita coisa sem dizer – exatamente – nada sobre os porquês de existir essas pesquisas. Fala assim… sem querer falar… parecendo um texto feito pelo ChatBot que reúne dados e números, sem a consciência do que está fazendo.  Sim, né… (espero que você não faça parte da ‘turma’ que acha que a I.A. – Inteligência Artificial – é inteligente…). Rezo que não. Mas voltando…  A grande razão de tudo isso, é acabar com a fome! É termos alternativas reais de gerar alimento numa escala rápida e volumosa. E sem macular a natureza. Sem destruir o Meio Ambiente. Sem desmatar. Sem poluir. E sem… tantos outros Sens… que são infinitos. Falar desse assunto é apontar a SOLUÇÃO para a FOME. É acabar com a desnutrição e doenças correlatas. É sobre acabar com a miséria alimentar e as milhões de mortes agonizantes por fome. Visualize na sua mente essa cena. O nível de dor incompreensível. É uma das formas mais absurdas e cruéis de morrer. A morte por fome de adultos, crianças e bebês pode se comparar como a versão atual e ‘moderna’ de um campo de concentração. Sim, é isso mesmo. Um campo de concentração onde as pessoas são confinadas ali em grupos fadados a fome. E você sabe como isso acontece? É uma morte que vai acontecendo aos poucos, lentamente… Essa realidade EXISTE! Há crianças, bebês que não tem a sorte de viver, de crescer, passam seu pouco tempo de vida com a DOR DA FOME lacerando seus corpos e nem as lágrimas caem com abundância porque a sede também as seca. Como é possível alguém ver isso e ficar totalmente

Desafios e Projeções do Mercado de Carbono

Com regulamentação ainda em curso no Brasil, a comercialização dos créditos de carbono é uma fonte promissora de renda para agricultores e pecuaristas ainda praticamente inexplorada pelo agronegócio no Rio Grande do Sul. Atualmente, a venda de créditos de carbono ocorre, principalmente, no chamado mercado voluntário (alternativo), uma vez que não há regulamentação formalizada nacionalmente.

Bancos vão negar crédito para frigoríficos que compram gado de áreas desmatadas: veja lista

Os bancos brasileiros só poderão conceder crédito para frigoríficos e matadouros que comprovarem que não compram gado de abate proveniente de áreas de desmatamento ilegal da Amazônia e do Maranhão.

A decisão vale para fornecedores diretos e indiretos e faz parte de um protocolo comum de autorregulação para a cadeia de carne bovina, aprovado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para combater o desmatamento na região.

Mercado de carbono e suas oportunidades para o agronegócio brasileiro

O Brasil é mundialmente reconhecido como um dos países com elevado protagonismo no mercado de carbono. Boa parte desse protagonismo pode vir do agronegócio brasileiro.

Este setor tem potencial para ser um dos maiores fornecedores de serviços ambientais para o mundo e, através do mercado de carbono, poderá emitir créditos por emissões evitadas.

Lei de desmatamento da UE corre o risco de marginalizar pequenos agricultores

Uma nova lei da União Europeia que impede a importação de commodities ao desmatamento corre o risco de deixar de lado os pequenos agricultores incapazes de arcar com os altos custos da conformidade, disse o chefe da Mesa Redonda sobre Óleo de Palma Sustentável (RSPO).  Joseph D’Cruz disse à Reuters que os membros maiores certificados pela RSPO não enfrentarão dificuldades para cumprir os requisitos da UE, pois seus padrões de certificação já proíbem o registro e a conversão de florestas primárias. OUÇA NO SPOTIFY: A política de desarmamento é uma realidade no brasil “Existe um custo humano, social e de desenvolvimento, que produtores menores e marginais podem ser forçados a arcar para que o regulamento de desmatamento da UE seja implementado da maneira como está sendo configurado agora”, disse o CEO da RSPO em uma entrevista. A UE cercou em dezembro com um novo regulamento de desmatamento que exige que as empresas apresentem uma declaração de devida diligência mostrando quando e onde suas commodities foram produzidas e forneceram informações “verificáveis” de que não foram cultivadas em terras desmatadas após 2020, sob risco de pesadas multas A regulamentação foi bem recebida pelos ambientalistas como um passo importante na proteção das florestas, já que o desmatamento é responsável por cerca de 10% das emissões globais de gases de efeito estufa. A lei se aplicará ao óleo de palma, soja, carne bovina, madeira, cacau e café e alguns produtos derivados. Pequenos produtores controlam ​​na Ásia, África e América Latina, que mais se beneficiam do acesso a mercados premium, não poderão vender para a UE porque carecem de uma cadeia de suprimentos que possam demonstrar rastreabilidade desde a fazenda até o mercado europeu, D’ Cruz disse. VEJA NO YOUTUBE: Impactos na soja e no milho? Mais de sete milhões de pequenos produtores em todo o mundo cultivam óleo de palma para viver, de acordo com dados da RSPO. Na Indonésia e na Malásia, os principais produtores, os pequenos proprietários respondem por cerca de 40% da área total de produção de óleo de palma. Os dois países acusaram a UE de bloquear o acesso ao mercado de seu óleo de palma, com a Malásia dizendo que poderia interromper as exportações para o bloco. Quota de Mercado Ativistas há anos acusam a indústria de óleo de palma de desmatamento desenfreado das florestas tropicais do Sudeste Asiático e abuso dos direitos dos trabalhadores, embora a RSPO tivesse tido essas questões em seus critérios de certificação. A participação no mercado do óleo de palma sustentável certificado pela RSPO bacteriológica em 19,8% por anos, devido à procura estagnada pelo produto certificado mais caro, especialmente em mercados a preços, como a Índia e a China. A RSPO está se concentrando em oportunidades na Índia e na China, onde os consumidores sobre sustentabilidade estão mudando, disse D’Cruz. “Quando essas começaram a mudarem, acho que a demanda chegará a um ponto crítico e animado a crescer significativamente.” Fonte: Agência Reuters Curadoria : Marisa Rodriges ? Portal Boi a Pasto

Empresas precisam de uma nova cultura de sustentabilidade; leia o artigo

Já se criou até o termo inovabilidade para se referir à inovação que busca a sustentabilidade O conceito da sustentabilidade e o ESG (governança ambiental, social e corporativa, na sigla em inglês) têm dominado grande parte da pauta de encontros empresariais, seminários e congressos de negócios. O discurso garante não ser apenas mais um modismo, como tantos outros no passado, e sim um conceito que teria vindo para ficar, até porque não teríamos escolha, se quisermos salvar o planeta. Para maior compreensão e melhor avaliação da sigla, é importante entender a amplitude do conceito de sustentabilidade, que pode ser olhado em três horizontes. No primeiro, no extremo, deveríamos repensar valores da sociedade, padrões de consumo, o conceito da obsolescência planejada, e nos perguntarmos até quando o planeta suporta esse modelo, que é hoje o motor do crescimento. No segundo, num plano intermediário, as empresas passam a redefinir os seus modelos de negócios, com mudanças importantes direcionadas pela tecnologia, onde a sustentabilidade seja um vetor relevante. Um exemplo é o da Volkswagen, que divulgou recentemente que agora considera como concorrentes as empresas de tecnologia, e não mais as outras montadoras. Nesse horizonte estão as tecnologias disruptivas, como a inteligência artificial, a internet das coisas, a computação quântica, o blockchain e o metaverso, que vêm permitindo inovações transformadoras em processos, produtos e modelos. É um cardápio que permite variadas combinações e distintas abrangências. Num terceiro horizonte, uma realidade mais próxima e mais difundida, estão os esforços crescentes para desenvolver soluções e iniciativas que olhem o ESG. É a inovação incremental que permite essa evolução. A pauta ambiental, por exemplo, oferece inúmeras dores e oportunidades para a busca de soluções novas. Já se criou até o termo inovabilidade para se referir à inovação que busca a sustentabilidade. A inovação aberta, parcerias com startups, como as ESG Techs, podem ajudar as empresas. E aqui é necessário frisar a importância da aprovação da Lei das Startups (Lei Complementar n.º 182/2021) em 2022. As empresas precisam transformar essa pauta em cultura para que ela permeie os novos modelos de negócios. Os setores público e privado devem trabalhar juntos para evitar excessos na legislação, buscar eficiência nos licenciamentos, equilíbrio e ponderação nas fiscalizações e oferecer estímulos à inovabilidade. É a melhor maneira de transformar o que muitas vezes ainda é visto como moda, ou como um fardo a carregar, em um compromisso espontâneo e duradouro. Fonte: O Estadão Curadoria: Boi a Pasto