setembro 16, 2024

24 novos casos de gripe aviária em aves de quintal na cidade de Córdoba, na Argentina.

Doença foi constatada em aves silvestres e de quintal; autoridade sanitária trabalha ações de varredura em todas as regiões onde foram feitas as constatações O Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Alimentar (Senasa) confirmou 4 casos positivos de gripe aviária (IA) H5 em aves domésticas na província de Córdoba, perfazendo um total de 24 detecções da doença até agora. Das nove amostras analisadas hoje pelo Laboratório Nacional Senasa, 5 tiveram diagnóstico negativo e 4 foram positivas para AI H5 em aves de quintal de estabelecimentos localizados nas localidades de Carnerillo, Alejandro Roca, Laboulaye e Bell Ville, província de Córdoba. + Gripe aviária: Autoridade sanitária da Argentina solicita ao Japão que suspenda embargo aos produtos avícolas Após a confirmação dos casos, agentes do Centro Regional de Córdoba del Senasa realizarão as ações sanitárias correspondentes nas propriedades afetadas. Desta forma, até o momento, são 24 casos confirmados em aves silvestres e de quintal (13 em Córdoba, 4 em Buenos Aires, 2 em Santa Fe, 1 em Jujuy, 1 em Neuquén, 1 em Río Negro, 1 em San Luis e 1 em Salta). O Senasa está trabalhando em ações sanitárias e de varredura em todas as regiões onde foram feitas as constatações. Córdoba No âmbito da emergência sanitária ordenada pela gripe aviária, agentes do Centro Regional Córdoba del Senasa realizaram hoje verificações de rota em 12 pontos diferentes da Província. Agentes da Polícia Provincial e pessoal das diferentes dependências provinciais também participaram nos controlos. Além disso, continua a fornecer informações à comunidade e setores relacionados na região. Neuquén “Na segunda-feira finalizamos o levantamento de toda a área sob vigilância sanitária no Parque Nacional Laguna Blanca, visitando 72 famílias que vivem no local e recomendando medidas de prevenção de doenças”, disse o supervisor de Saúde Animal do Centro Regional Patagônia Norte em Neuquén, Luciano Mammoni . Além disso, elogiou a assistência recebida por todas as instituições públicas da área, a nível municipal, provincial e nacional, lembrando que “visitas às famílias dos moradores da Comunidade Zapata, da Associação para o Desenvolvimento Rural e outros presentes na na área, foram realizadas na companhia de brigadistas e guardas florestais do Parque Nacional”. Rio Preto No marco da Festa Nacional da Maçã realizada neste final de semana na localidade de General Roca em Río Negro, a equipe técnica profissional do Centro Regional Senasa Patagônia Norte continuou a sensibilizar sobre as características da gripe aviária. Além da entrega de folhetos e do bate-papo com os frequentadores da fazenda da maçã, foram veiculados os vídeos informativos do trailer institucional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Pescas da Nação. O Senasa explicou a situação da doença e as medidas estabelecidas às instituições que colaboram nas operações de salvaguarda da produção avícola nacional. A reunião foi realizada na sede do Centro Regional Senasa Chaco Formosa e contou com a presença de funcionários da Unidade Especial de Assuntos Rurais (UEAR), da Polícia da Província de Formosa, da Prefeitura Naval Argentina e da Alfândega. O diretor do Centro Regional Senasa Chaco Formosa, Facundo Galvani, e o supervisor de Saúde Animal, Miguel Aránguiz, explicaram o que é a gripe aviária, como se transmite, quais são os sintomas, qual é a situação sanitária do país e da região, migração de aves silvestres e as novas medidas adotadas por meio de resoluções para evitar a propagação do vírus e preservar a saúde das aves domésticas e capineiras. Da mesma forma, o Senasa e as diferentes forças concordaram em reforçar o trabalho conjunto nas operações de controle de rotas, passagens de fronteira e estabelecimentos agropecuários. CONTROLES EM ROTAS Nas províncias de Chaco e Formosa, foram reforçados os controles fixos e aleatórios nas rotas para controlar o cumprimento das medidas sanitárias determinadas para prevenir a propagação da gripe aviária. A patrulha móvel do Senasa realizou operações na Rota Nacional 81, na fronteira entre Formosa e Salta, e na Rota Nacional 11, no acesso ao povo chaconês de La Leonesa. CONTROLES DE FRONTEIRA Também foram reforçados os controles fronteiriços na ponte San Ignacio de Loyola que liga a cidade formosa de Clorinda ao Paraguai e na ponte Formosa – Alberdi (Paraguai). Nesses pontos, além de realizar os controles habituais, são distribuídos folhetos referentes à gripe aviária e se dialoga com a população que faz trânsito no bairro para informar sobre a proibição de entrar na República Argentina com determinados produtos alimentícios, plantas, vegetais e animais que possam conter pragas e doenças. Outra das atividades realizadas no âmbito da emergência da gripe aviária foi uma reunião entre Galvani e o coordenador da Reserva da Biosfera Laguna Oca del Río Paraguai, Fernando Fourcans, onde informaram sobre a situação da IA ​​e solicitaram colaboração para que sua vaqueanos que visitam regularmente a reserva notificam imediatamente o Senasa na presença de aves mortas ou com sintomas compatíveis. Além disso, foi acordada a realização de uma oficina explicativa sobre a doença para técnicos e aberta à comunidade.

Produtores usam “brinquedos” para acalmar os suínos nas granjas

Prática ajuda a evitar o estresse e os comportamentos a ele associados como o de ranger os dentes e a agressividade. Pesquisadores, indústrias, produtores e organizações não governamentais têm investido na introdução de “brinquedos” nas instalações em que os suínos são criados para reduzir os efeitos do confinamento intensivo. “Brinquedo é como são chamados elementos colocados nas baias com a intenção de permitir que esses animais expressem comportamentos naturais, iguais aos que eles teriam se estivessem soltos na natureza”, explica o pesquisador Osmar Dalla Costa, da Embrapa Suínos e Aves. A produção global de carne suína aumentou quatro vezes nos últimos 50 anos e deve se manter em alta até 2050 devido ao crescimento da população mundial e do consumo per capita em algumas regiões do planeta, como a Ásia. No entanto, esse aumento produtivo depende da superação de alguns desafios. Um deles é a necessidade de aperfeiçoamento das boas práticas de produção voltadas ao bem-estar animal. Propiciar as melhores condições de vida possíveis aos suínos é uma exigência cada vez mais comum entre consumidores de todo o mundo. Além disso, significa reduzir perdas econômicas. Animais estressados, em geral, diminuem sua capacidade de transformar ração em carne e oferecem uma matéria-prima de pior qualidade. Investir em elementos de enriquecimento ambiental nas instalações em que são criados os suínos é uma espécie de segunda onda do bem-estar animal na suinocultura brasileira. A primeira onda teve início em meados dos anos 2000 e focou na melhoria das condições básicas disponibilizadas aos animais do nascimento ao abate – espaço adequado, temperatura, qualidade do ar, limpeza, transporte e tratamento humanitários. Qualquer modificação que aumente o conforto do ambiente (como a diminuição no número de animais por baia ou a instalação de ventiladores) pode ser vista como uma ação de enriquecimento ambiental. Entretanto, na maior parte das vezes, o termo se refere ao acréscimo de objetos pendurados em algum ponto das instalações (como uma corrente colocada na divisória de uma baia) ou soltos no ambiente (como um pedaço de madeira livre no chão) que permitam ou estimulem os suínos a desenvolver comportamentos naturais, como fuçar, brincar e desenvolver laços de grupo. De acordo com o gerente executivo de Sustentabilidade Agropecuária na Seara Alimentos, Vamiré Luiz Sens Júnior, os “brinquedos” visam principalmente quebrar a monotonia, que podem provocar comportamentos anormais por parte dos suínos. Por exemplo, quando os animais experienciam estados de estresse e frustração, exibem com frequência atitudes sem função aparente, como mastigar com a boca vazia, ranger os dentes, morder barras de ferro ou lamber o chão. Os suínos que vivem em ambientes enfadonhos também demonstram mais propensão a interações sociais negativas. “Esse tipo de comportamento traduz-se, na prática, em episódios de agressividade dentro das baias. É daí que vêm problemas como a caudofagia, que ocorre quando um ou mais animais na baia sofrem mordeduras e consequentes lesões na cauda”, explica Dalla Costa. Regulamentação das boas práticasA introdução de “brinquedos” para os suínos também é respaldada por uma regulamentação recente. A instrução normativa número 13 (IN 13), publicada pelo Ministério da Agricultura em dezembro de 2020, estabeleceu as boas práticas de manejo e bem-estar animal nas granjas de suínos de criação comercial. A norma prevê no seu capítulo sexto que “os suínos devem ter acesso a um ambiente enriquecido, para estimular as atividades de investigação e manipulação e reduzir o comportamento anormal e agressivo”. O mesmo capítulo recomenda que devem ser disponibilizados materiais para manipulação, como palha, feno, cordas, correntes, madeira, maravalha, borracha e plástico. Também são citados como itens de enriquecimento ambiental na IN 13 a oferta de estímulos sonoros, visuais e olfativos que aumentem o bem-estar dos suínos. Práticas europeias adaptadas ao Brasil É comum ouvir que os suínos são animais bem mais inteligentes do que parecem. Na verdade, os suínos são a quarta espécie mais inteligente do planeta (ficam atrás apenas dos humanos, chimpanzés e golfinhos). Além disso, eles são sociáveis, sensíveis e gostam de estar sempre em movimento ou brincando quando acordados. Essas características ajudam a entender porque esses animais têm problemas para viver dentro de ambientes enfadonhos e porque respondem bem a elementos que despertam a sua natural curiosidade. “É por isso que vale a pena estudar e investir no enriquecimento ambiental adaptado às condições brasileiras, especialmente no que diz respeito a encontrar os brinquedos mais eficazes para evitar a manifestação de comportamentos indesejados por parte dos animais”, enfatiza Dalla Costa.As referências sobre a introdução de “brinquedos” para enriquecimento ambiental na suinocultura brasileira vêm, principalmente, de duas fontes. A primeira são os conceitos desenvolvidos e aplicados pela Comunidade Europeia, que acabam formando um entendimento mais ou menos homogêneo em todo o mundo sobre como devem ser as ações de enriquecimento ambiental. Essa fonte mais teórica recomenda que elementos de enriquecimento ambiental devem ser seguros (sem representar risco à saúde dos animais), investigáveis (passíveis de serem escavados com o focinho), manipuláveis (devem mudar de lugar, aspecto e estrutura), mastigáveis (podem ser mordidos) e comestíveis (de preferência, que possam ser comidos ou cheirados, com odor e sabor agradáveis).Ainda segundo os conceitos da Comunidade Europeia, o “brinquedo” deve manter um interesse que se renova, ficar o mais próximo possível do piso, ser fornecido em quantidade que permita fácil acesso a todos os animais e ser apresentado limpo (suínos perdem logo o interesse em materiais sujos com fezes, por exemplo). Os europeus sugerem também categorias relacionadas às características listadas acima. Elementos “ótimos” atendem a todos os requisitos. Ou seja, são seguros, manipuláveis, comestíveis e mantêm o interesse ao longo do tempo. Elementos “subótimos” contemplam a maioria das características desejáveis. Por fim, os elementos de “interesse marginal” distraem os suínos, só que não satisfazem muitos dos requisitos essenciais.A segunda fonte que orienta a introdução de brinquedos são estudos feitos por pesquisadores brasileiros (da Embrapa Suínos e Aves, universidades, empresas privadas, consultorias) e experimentos práticos aplicados por agroindústrias e produtores. Essa segunda fonte se complementa com a primeira e concede à suinocultura brasileira condições de adaptar, ao contexto local, o que o mundo entende por enriquecimento

Estresse térmico afeta vacas leiteiras durante todo ano

Esse estresse age reduzindo produtividade e longevidade, afirma doutora em nutrição de ruminantes O estresse térmico afeta não só a saúde das vacas leiteiras, mas também impacta a produção e a reprodução dos animais. “O estresse térmico por calor em vacas leiteiras acontece quando a taxa de ganho de calor excede a perda, levando o animal a sair de sua zona de conforto térmico, o que causa queda na imunidade, assim como menor ingestão de matéria seca, além de aumentar a exigência de mantença”, informa a zootecnista Vanessa Carvalho, gerente de produtos e serviços técnicos para bovinos de leite da Phibro Saúde Animal. Segundo Vanessa, temperatura ambiente, umidade relativa do ar, exposição à radiação solar e velocidade do vento, entre outros fatores externos, influenciam no estresse térmico. No Brasil, onde as temperaturas médias são elevadas, o impacto desses fatores pode ser ainda mais expressivo.  Um levantamento de dados a campo realizado pela Phibro, empresa global referência em nutrição e saúde animal, avaliou a temperatura corporal e do ambiente de mais de 5 mil animais em cinco diferentes estados do Brasil (MG, SP, PR, RS e GO) e revelou que as vacas em lactação passam em média 39% do tempo em estresse térmico durante o ano, com temperatura corporal maior que 39,1 graus. Se considerarmos apenas no verão, esse número passa de 50% do tempo em estresse térmico.  “É comum ver vacas ofegantes, babando, aglomeradas de pé e, algumas vezes, até dentro dos bebedouros ou em represas tentando se resfriar. Esses são sinais claros de que os animaisestão passando por momentos de estresse por calor. Os dados encontrados nas fazendas nos mostram que o rebanho passa muito tempo em desafio, indicando que, além dos investimentos em manejo e instalação, existe a necessidade de maior conscientização e investimentos em tecnologias para melhorar o conforto e bem-estar dos animais”, informa a especialista da Phibro, doutora em nutrição de ruminantes pela Universidade Estadual Paulista (Unesp).  Para avaliar o nível de estresse térmico dos bovinos leiteiros, podem ser levados em consideração a temperatura corporal do animal, o THI (índice de temperatura e umidade do ar) e, também, a Frequência Respiratória (FR).  “Em geral, THI acima de 68 é considerado como o início do estresse térmico. Além disso, estudos mostram que vacas com FR acima de 60 movimentos por minuto já estão em situação de estresse”, completa Vanessa Carvalho.  Para auxiliar os produtores de leite a minimizar o estrese térmico e seus efeitos negativos, a Phibro contém em seu portfólio o OmniGen-AF, que possui fórmula exclusiva e resultados comprovados, como o estudo conduzido pelo professor José Luiz Vasconcelos (mais conhecido como prof. Zequinha), na Universidade Estadual Paulista (Unesp), que verificou que, além de terem ficado 50% a menos do tempo em estresse térmico, as vacas produziram 3,2 litros de leite a mais por dia, nos primeiros 30 dias após o parto, quando consumiram OmniGen-AF no período de pré parto e início de lactação. Outra pesquisa realizada na Universidade do Arizona (EUA), utilizando vacas em câmaras climáticas com temperatura controlada, revelou que aquelas que consumiram OmniGen-AF tiveram aumento significativo na ingestão de matéria seca, menor temperatura corporal e menor frequência respiratória.  “Vale lembrar que para a mitigação do estresse térmico seja mais eficiente, não deve haver apenas a adoção de uma estratégia ou tecnologia; ainda há necessidade da adoção de medidas de manejo e instalação contra o estresse, como implementação de sistemas de resfriamento, sombreamento, galpões cobertos ente outros. Esse conjunto de ações colabora para termos animais mais produtivos e saudáveis, mantendo-se por mais tempo na propriedade, tornando o negócio mais rentável e sustentável”, finaliza a zootecnista da Phibro.  Fonte: Repórter Ceará Curadoria: Boi a Pasto

Aditivos e probióticos aumentam em até 7% a eficiência alimentar e reduzem 40% as doenças no rebanho

Confira a entrevista com o médico veterinário Matheus Capelari, doutor em nutrição de ruminantes e gerente de serviços técnicos para gado de corte da Kemin para a América do Sul A constatação foi trazida pelo médico veterinário Matheus Capelari, doutor em nutrição de ruminantes e gerente de serviços técnicos para gado de corte da Kemin para a América do Sul. Ele foi o principal entrevistado no programa Giro do Boi desta quarta-feira, 11, e falou sobre os avanços nas pesquisas em nutrição de ruminantes. Capelari fez parte de uma caravana de brasileiros que fez uma visita técnica a confinamentos de bovinos de corte nos Estados Unidos. Avaliação de aditivos e probióticos nos Estados Unidos Foi nessa viagem que ele trouxe os resultados de um estudo de aditivos e probióticos na melhora da eficiência da dieta dos bovinos. “O bovino evoluiu para consumir pasto, no entanto, o que mais cresce é a adição de grãos da dieta dos animais, correspondendo de 80% a 70% do que esses animais comem. É nesse contexto que entra o uso de aditivos e probióticos”, diz Capelari. Esses compostos fortalecem os microrganismos presentes por todo o intestino do bovino fazendo com que o animal se adapte melhor a mudança da alimentação com mais grãos. Isso faz com que o rebanho aproveite melhor a alimentação e converta esses nutrientes em mais carne e leite, no caso de um rebanho leiteiro.  Sistema imunológico dos bovinos A evolução de ruminantes como os bovinos fez com que os o seu sistema digestivo funcionasse como o maior repositório de seu sistema imunológico. Isso foi uma grande saída para o desempenho do animal, pois, é pela boca que entra grande parte dos patógenos que fazem mal ao bovino. “É por isso que ao longo de todo o intestino dos bovinos se encontram de 70% a 80% de agentes do sistema imunológico”, diz o especialista. Portanto, ao fortalecer os microorganismos intestinais se fortalece também a saúde desses animais. Cronograma sanitário aliado a nutrição bovina Em muitos confinamentos americanos, o cronograma sanitário inclui a oferta de aditivos e probióticos aos animais, pois fortalece a sanidade dos animais.  “Alguns pesquisadores recomendam o probiótico ao lado do protocolo sanitário, pois isso garantiu as melhores respostas de saúde dos bovinos”, diz Capelari. O estudo americano constatou que além do ganho de eficiência alimentar de 5% a 7%, foi diminuída em 40% a incidência de doenças nos animais. Fonte: Giro do Boi Curadoria: Boi a Pasto

Acerto na nutrição das vacas leiteiras é essencial para ter bezerras saudáveis

O correto manejo da vaca leiteira no período seco, compreendido por cerca de oito semanas finais da gestação, é fundamental na preparação da fêmea para ter um bom parto e o consequente início de vida da bezerra.  O correto manejo da vaca leiteira no período seco, compreendido por cerca de oito semanas finais da gestação, é fundamental na preparação da fêmea para ter um bom parto e o consequente início de vida da bezerra. Wiliam Tabchoury, gerente da Unidade de Bovinos da Auster Nutrição Animal, explica que o bom desempenho nessa fase decorre de diversos fatores, como nutrição, sanidade, visão integrada das condições de manejo e ambiente. “Lotes de vacas secas devem ser separados em dois grupos principais. Nas primeiras cinco semanas, é fundamental a maior ingestão de fibra longa e nas últimas três semanas, dietas de pré-parto um pouco mais densas”, orienta o engenheiro agrônomo. “O local deve propiciar conforto, com cama seca e macia, ventilação, sombra e água, que deve ser potável e livre de contaminantes, especialmente de patógenos e agentes químicos”. Quanto às bezerras, Tabchoury ressalta que é de suma importância a ingestão de colostro nas primeiras horas de vida, pois elas nascem sem imunidade ativa. “É necessário atentar também à conservação (refrigeração ou congelamento), ao preparo (descongelamento e aquecimento) e à temperatura de fornecimento do colostro, evitando a perda de qualidade, especialmente das suas imunoglobulinas”, analisa o especialista. Além disso, ele recomenda a adoção de três categorias distintas para o manejo alimentar durante a fase de aleitamento: dieta líquida, dieta líquida e sólida e dieta sólida com níveis nutricionais específicos e bem diferentes entre si. “Precisamos trabalhar com, pelo menos, três dietas diferentes para as bezerras num período muito curto, entre 70 e 90 dias, para maximizar o resultado técnico e econômico”, afirma o gerente da Auster. Ele explica que as bezerras precisam ingerir grande quantidade de leite na fase inicial da vida inicial e isso gera um grande desafio, se contar apenas com o fornecimento da própria vaca. “O leite é um produto nobre, de elevado valor, que se constitui na principal fonte de receita da propriedade. Portanto, alimentar bezerras com leite de vaca é um investimento elevado para o produtor, pois interfere na redução no volume comercializado e, por consequência, na receita da propriedade”, explica Wiliam Tabchoury. Para oferecer suporte tanto em termos de redução de custos como de aumento da renda com o leite, a Auster oferece um alimento lácteo completo para as bezerras: Nattimilk, que promove maior crescimento de estrutura e massa magra, com efeitos positivos no aumento da produção, reprodução e longevidade das futuras vacas leiteiras. Ele é o único produto do mercado nacional desenvolvido para enfrentar os desafios da criação de bezerras em clima quente e úmido, além de ser uma combinação perfeita entre elevada performance de ganho de peso com sanidade, atuando simultaneamente no crescimento corpóreo e no aumento da resistência e imunidade das bezerras. Além dessa tecnologia inovadora, a Auster oferece o Plano Nutricional Auster Para Bezerras (NASEM 2021), composto por planejamento alimentar completo, que busca o aumento da performance e redução de custos em reais por quilograma de peso vivo ganho. “A assistência técnica e o bem-estar animal são fundamentais para a criação de bovinos leiteiros mais eficientes, felizes, saudáveis, rentáveis e sustentáveis. Dessa forma, a presença de um técnico e o manejo na propriedade com uma dose a mais de carinho, além de cuidado, atenção e respeito com os animais, são essenciais para ter êxito na criação de bezerras”, finaliza Wiliam. Fonte: Assessoria Auster Curadoria: Boi a Pasto

Qualidade do leite depende da saúde animal e higiene no processo da ordenha

Nutricionista animal dá dicas que ajuda a evitar a produção de leite ácido na hora da ordenha. Para quem acha que para ser produtor de leite basta acordar cedo e ir ao campo, está enganado. No Brasil, existe uma busca constante por uma produção eficiente e de qualidade – ausência de acidez do leite, por exemplo – que vem colocando o país entre os principais produtores do mundo. E para se chegar a essa colocação, neste ranking tão disputado, uma série de procedimentos e práticas vem se tornando cada vez mais frequentes nos campos. De acordo com o nutricionista da Quimtia Brasil, Stephen Janzen, empresa fabricante de insumos para a nutrição animal, a obtenção de leite de qualidade está relacionada tanto à saúde do úbere das vacas (avaliada pelo índice de CCS – Contagem de Células Somáticas), à higiene dos equipamentos de ordenha e no tempo de resfriamento do leite (que deve ser mantido na temperatura de 4ºC). Esses são monitorados pelo índice de CBT – Contagem Bacteriana Total. “De fato, quanto mais dermos a devida importância na manutenção da saúde do sistema mamário, higiene dos equipamentos e eficiência na manutenção da temperatura do leite, menor será ocorrência de leite ácido”, afirma Stephen. O leite ácido é considerado, um dos principais vilões de produtores neste segmento. A legislação que regula o trabalho considera como leite ácido aquele que apresenta acidez acima de 18º Dornic (escala de graus utilizada para medir acidez do leite), o que pode ser proveniente da acidificação do produto por microrganismos presentes e em multiplicação no próprio produto e que fazem o desdobramento da lactose. Confira abaixo alguns dos fatores que podem influenciar na qualidade do leite: 1.       Controle (e registro) da incidência de mastite clínica e subclínica, com a utilização dos métodos de diagnóstico: caneca de fundo escuro, CMT (California Mastit Test) e CCS (Contagem de Células Somáticas). 2.       Desprezar os primeiros jatos de leite em uma caneca de fundo escuro, a fim de remover os microrganismos naturalmente presentes na extremidade do teto, provenientes de resíduos da ordenha anterior e para, ao mesmo tempo, avaliar-se a ocorrência de mastite; 3.       Colocar as teteiras somente em tetos higienizados e secos. Quando houver necessidade, deve-se utilizar água com pouca pressão e a secagem deve ser realizada com toalhas de papel descartáveis. 4.       Controlar a ordenha e retirar o conjunto tão logo cesse o fluxo de leite. A retirada das teteiras deve ser feita com bastante cuidado e sempre se desligando o fluxo de vácuo deste conjunto; 5.       Lançar mão do uso de pré e pós-dipping, utilizando-se produtos de eficácia e qualidade reconhecidas. 6.  Atenção especial para higiene do funcionário e dos equipamentos de ordenha. 7. Após a ordenha, no menor tempo possível deve-se ter o leite resfriado a 4ºC para que, desta forma, evite-se a multiplicação de microrganismos que possam provocar a acidificação do leite. Fonte: Quimtia / Comunicare

Embrapa usa fungo em pastagem para controlar carrapato

De acordo com a entidade, técnica reduz necessidade de uso de acaricidas químicos sobre os animais, reduzindo impactos indesejados Uma abordagem inédita obteve sucesso no controle do carrapato-do-boi (Rhipicephalus microplus), importante parasita de bovinos de corte e de leite. Em vez de somente aplicar produtos sobre os animais, cientistas testaram formulações granulares secas com o fungo Metarhizium robertsii que também podem ser aplicadas sobre as pastagens. A abordagem inovadora foi feita por pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) , da Universidade Federal de Goiás (UFG), da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e da empresa norte-americana Jaronski Mycological Consulting. Os experimentos foram bem-sucedidos no controle do aracnídeo, uma vez que 95% da população de carrapatos em um sistema de produção encontra-se no pasto e não nos animais. As fêmeas botam seus ovos no solo, dos quais eclodem as larvas que evoluem à idade adulta, quando finalmente saltam a fim parasitar os animais. É a primeira vez que essa estratégia é utilizada. Conforme destaca Éverton Kort Kamp Fernandes, pesquisador da UFG, o controle biológico por fungos enteropatogênicos é muito explorado na agricultura para o controle de artrópodes-praga e a estratégia do estudo foi aproveitar a ampla literatura e aplicar a técnica no controle do carrapato. Ele lembra que o agente de biocontrole não é uma toxina ou proteína capaz de causar a morte imediata do carrapato, mas um fungo, utilizado vivo para causar uma infecção letal no inseto. “Isso cria um desafio para a aplicação, uma vez que o manejo de controle deve ser planejado de duas formas distintas e complementares: a aplicação do fungo diretamente no animal infestado ou na pastagem, ou em ambos, para o efetivo controle de todo o ciclo de vida do carrapato”, explica. As aplicações reduziram significativamente o número de larvas de carrapatos sobre a pastagem durante estação mais úmida, atingindo pelo menos 64,8% de eficácia relativa, porcentagem expressiva e promissora levando em consideração o emprego de um inimigo natural. “A utilização dessas formulações, combinada a outras estratégias de controle, ajudará o produtor a obter animais menos infestados e a diminuir a pressão de resistência do carrapato aos acaricidas químicos, viabilizando a produção de leite e carne de qualidade com animais mais saudáveis e livres de infestações descontroladas”, comenta Alan Marciano, da UFRRJ. De acordo com os experimentos, a aplicação direcionada à pastagem atinge mais efetivamente a população de carrapatos do que as realizadas em bovinos infestados, além de prevenir ou minimizar os níveis iniciais de infestação no gado. O estudo também detectou persistência do fungo no solo e a colonização fúngica das raízes das gramíneas cultivadas nas pastagens. Isso garante resultados prolongados com redução da necessidade de novas aplicações. Os pesquisadores preveem que o fungo possa ser incorporado na manutenção e formação de pastagens, algo que dependerá de futuros estudos. Desenvolvimento de forrageira As formulações granulares de agentes microbianos estão ganhando atenção especial como tecnologia de baixo custo para uso como biopesticidas ou bioinoculantes na agricultura. Visando atingir as pragas de artrópodes que vivem no solo, pequenos grânulos levam propágulos de fungos a locais ocupados pelas pragas-alvo. Por se tratar de uma nova formulação, nunca testada em condições naturais, foi necessário que os cientistas investigassem a persistência do fungo no solo e a colonização das raízes da forrageira Urochloa decumbens. Sabe-se que esse fungo, além de controlar pragas, pode também ser um forte aliado no desenvolvimento da planta, e essa variedade é bastante utilizada para alimentar o “gado a pasto” no Brasil. O experimento ao ar livre revelou que, apesar do controle do carrapato e do envolvimento com a planta forrageira, houve um declínio significativo na persistência do fungo no solo ao longo do tempo. Esse fenômeno é esperado e influenciado por fatores intrínsecos ao microrganismo, edáficos, bióticos, culturais e climáticos. “Variáveis climáticas desafiadoras ao microrganismo foram registradas durante o experimento, e observamos que as duas estações em que ocorreram as aplicações divergiram em termos de persistência e eficácia do fungo contra o carrapato. Essa informação é valiosa para futuros protocolos de aplicação”, relata Alan Marciano. O cientista explica que altas temperaturas combinadas com alta incidência de chuva marcaram o período após a primeira aplicação, na qual foi registrada a melhor eficácia de controle do carrapato. Isso evidenciou que o período chuvoso foi benéfico ao fungo, pois propiciou uma umidade do solo adequada ao seu desenvolvimento, mesmo sob alta radiação solar. Contudo, durante a segunda aplicação, com temperaturas mais amenas e com menores precipitações, a eficácia relativa do controle de carrapatos foi menor, apesar de a persistência fúngica ter sido menos afetada durante os sete dias iniciais após a aplicação. Os pesquisadores explicam que a falta de chuva e o solo mais seco impediram a germinação de propágulos, esporulação e, consequentemente, afetaram o desempenho do fungo em se disseminar e causar a morte dos estágios não parasitários do carrapato (fêmeas em período de postura, ovos e larvas recém-eclodidas). A equipe de pesquisa já trabalha em melhorias da formulação para mitigar os efeitos deletérios identificados no estudo. Os pesquisadores acreditam que o trabalho é capaz de gerar um futuro produto no mercado, útil tanto para a pecuária quanto para a agricultura. O analista da Embrapa Gabriel Mascarin enfatiza a necessidade de novos estudos visando a persistência prolongada do fungo após a aplicação, em uma gama de condições além da situação brasileira, para otimizar as concentrações de grânulos aplicadas ao solo com o objetivo de incrementar as atuais taxas de eficácia no controle de carrapatos. Por: Canal Rural com curadoria Boi a Pasto.

Bem-estar animal e agregação de valor

Várias, hoje, são as definições para o termo “bem-estar animal”, aplicáveis a todos os tipos de animais, dos silvestres aos de cativeiro, passando pelos de companhia, os de produção e de experimentação. Fabiana Villa Alves* Embasado nas preocupações sobre o modo como os animais vivem e são criados, o conceito ganhou força devido a dois fatores: de um lado, as questões morais, éticas e religiosas, ligadas ao respeito aos animais, que se sobressaíram em alguns âmbitos; do outro, questões técnico-comerciais, ligadas ao sistema produtivo e à qualidade final do produto. Para a Organização Mundial de Saúde Animal, bem-estar animal é a forma como o animal lida com o seu entorno, e aqui estão incluídos sentimentos e comportamento. Para animais de produção, assume-se que há boas condições de bem-estar quando são atendidas as “cinco liberdades”, que procuram incorporar e relacionar padrões mínimos de qualidade de vida para os animais como: i) livres de fome, sede e má nutrição; ii) livres de dor, lesão e doença; iii) livres de medo e angústia; iv) livres de desconforto; e v) livres para manifestar o padrão comportamental da espécie. No âmbito dos sistemas agroalimentares, a necessidade de remodelação dos modelos produtivos vigentes, com particular foco nos impactos gerados ao ambiente, fez com que o tema “bem-estar” emergisse, nos últimos anos, com grande força nos vários elos da cadeia. A aplicação dos princípios das “cinco liberdades” possibilitou saltos qualitativos em relação (i) aos sistemas de criação, com adequações do espaço mínimo disponível por animal, fornecimento de dietas balanceadas e disponibilidade de sombra em sistemas extensivos; (ii) ao transporte com embarque sem estresse e em veículos apropriados, determinação de tempo e distância máximos, sem interrupção, até o abatedouro; e (iii) ao abate, sem sofrimento, com atordoamento eficaz. Exemplo prático da importância do bem-estar animal para a cadeia produtiva de carnes é a possibilidade de exploração e atendimento de mercados consumidores mais exigentes, interessados na chamada “grass-fed beef” (carne produzida sobre pastagens), em que é condição sine qua non tornar tangível (qualidade final do produto) o intangível (bem-estar). Este tipo de produto com qualidades particulares é oriundo, na sua maioria, de regiões tropicais. Sua produção, portanto, deve imprescindivelmente prever práticas de manejo que visem à proteção contra a intensa radiação solar, com vistas ao bem-estar animal. Isto porque, conforme o nível de interação “intensidade de radiação solar x nível de adaptação ao calor do animal”, verifica-se maior ou menor estresse nos animais, com empobrecimento de seu bem-estar e prejuízos ao desempenho. De fato, animais submetidos ao estresse por calor diminuem o consumo de forragem e aumentam o de água, elevam a frequência respiratória, batimentos cardíacos e taxa de sudação, tornam-se irrequietos ou ficam deitados por longos períodos, entre outros sintomas. Destaque tem sido dado aos sistemas de produção multifuncionais (integração-lavoura-pecuária-floresta, ou ILPF), que além de possibilitarem a recuperação de áreas e pastagens degradadas, com baixa produtividade, proporcionam benefícios diretos e indiretos aos animais, como o fornecimento de sombra e melhoria das condições microclimáticas e ambientais. Tais aspectos incidem positivamente no bem-estar dos animais e o jargão “colocar o boi na sombra” – usado na bolsa de valores quando o investidor ganha muito dinheiro em uma operação, ao ponto de não precisar mais trabalhar – passa a ser também sinônimo de produto final diferenciado. Pesquisas conduzidas pela Embrapa demonstram que segundo o tipo de árvore (nativa e exótica) e o arranjo utilizado (linha simples, dupla ou tripla) tem-se diminuição de 2°C a 8°C na temperatura ambiente dos sistemas ILPF, em relação a pastagens sem árvores. Como resultados diretos do conforto térmico oferecido melhoram-se os índices produtivos (ganho de peso, produção de leite) e reprodutivos (menor incidência de abortos, aumento nos índices de fertilidade, maior peso ao nascer). Somadas, as melhorias aportadas pelos sistemas ILPF à ambiência e ao bem-estar animal, cooperam para o seu fortalecimento como ferramenta na otimização do diferencial da bovinocultura brasileira – rebanhos à pasto – e auxiliam na sua consolidação como sustentável no cenário mundial. É verdade, porém, que o conceito “bem-estar” apresenta escalas de valores que variam em função das diferentes óticas éticas, temporais, culturais, socioeconômicas. Mas, não se pode negar que é um caminho sem volta. Nesse contexto, o bem-estar animal, junto a temas como responsabilidade ambiental, sustentabilidade, segurança alimentar e biodiversidade, ganha destaque, e deixa de ocupar um espaço “filosófico”, embasado na ética pessoal, para se tornar aspecto prático, quantificável e aplicável, passível de ser valorado. *Fabiana Villa Alves é Pesquisadora Embrapa Gado de Corte – Sistemas de Produção Sustentáveis/Manejo Animal Fonte: Embrapa Gado de Corte

Cadeia produtiva investe no bem estar animal

Ações e produtos que reduzam o sofrimento dos animais estão em destaque no mercado. Texto de Mônica Costa As exigências por uma alimentação mais saudável também permeiam a questão da prática do Bem Estar Animal (BEA). Pesquisas comprovam que a capacitação de funcionários para evitar os maus tratos e o estresse nos animais é importante também do ponto de vista financeiro. Diversos estudos demonstram que animais submetidos a práticas de manejo com foco no bem-estar produzem mais. Atentos a este novo comportamento do mercado, indústrias, laboratórios e revendas estão investindo na realização de palestras e cursos de capacitação para assegurar o manejo adequado na lida com os animais de produção. “Como seres humanos, devemos respeitar e promover as boas práticas de bem estar do rebanho bovino em toda cadeia. Além disso, está comprovado que há melhora na qualidade da carne e do leite produzidos nestas condições, devido ao menor nível de estresse e lesões de transporte ao frigorífico”, explica Luiz Felipe Lecznieski, gerente de Marketing Veterinário da Saúde Animal da Bayer. O tema está cada dia mais presente nas ações de mídia e como reflexo, as indústrias produtoras de proteína animal buscam cada vez maior interação sobre o modelo de manejo. “Muitas empresas já criaram a sua própria política de responsabilidade, tendo comissões de ética e representantes de BEA”, afirma Lecznieski. A Bayer iniciou um trabalho de capacitação da equipe de campo, no Brasil, América Latina e região Ibérica.  “Isso é muito importante, pois estamos adquirindo conhecimento teórico e técnico que será posteriormente difundindo para nossos clientes. Muita gente aborda o BEA de maneira filosófica, nós queremos incluir também aspectos fisiológicos e produtivos, o que dará mais embasamento aos produtores”, completa o executivo. Ações positivas O programa Tratar Bem, lançado pela Bayer, compreende uma série de atividades que visam trazer mais conhecimentos no âmbito veterinário sobre atitudes que atendam e satisfaçam as necessidades dos animais durante o processo de criação no campo. “Nossa intenção é que toda a equipe mantenha um conhecimento profundo sobre bem-estar animal para que todos os envolvidos possam atuar como disseminadores dessas propostas durante o contato com clientes”, explica Sergio Schuler, diretor da Saúde Animal da companhia. Outra ferramenta desenvolvida pela companhia é o site www.tratarbem.com. br, onde os visitantes podem conhecer atitudes simples e que contribuem para uma boa relação com os animais. “Esse site é a base de todas as nossas ações, um ponto de consulta para os clientes que desejarem se aprofundar no tema, conhecer bons exemplos, visualizar as últimas notícias e acompanhar a agenda de eventos sobre bem-estar”, completa Lecznieski, o gerente de Marketing Veterinário. A propagação de informações sobre BEA também é uma ferramenta utilizada pela Beckhauser, fabricante de troncos de contenção e balanças, para ampliar a capacitação dos envolvidos. “Trabalhamos esse tema constantemente em todos os materiais de divulgação produzidos pela empresa, desde o site até os manuais de produtos”, afirma Mariana Soletti Beckheuser, Vice Presidente Executiva da Beckhauser. Um informativo chamado “Manejo”, onde são divulgados casos de sucesso na implementação de boas práticas e dicas de manejo de fácil implementação é publicado bimestralmente pela empresa. “Há três anos, criamos em Campo Grande, MS, a HStore, uma concessionária de troncos de contenção e balanças, que conta com um espaço de eventos destinado a reunir pecuaristas, técnicos, vaqueiros, estudantes e demais pessoas ligadas à cadeia produtiva da carne para debater sobre pecuária de qualidade, tendo como base de sustentação a difusão dos conceitos de bem-estar animal e manejo racional”, continua Mariana. A ação mais recente da Beckhauser foi a criação do Centro Experimental de Manejo Racional (CEM) em parceria com a Fazenda Arca de Noé em Guairaçá, PR, que tem o propósito de ser um centro de referência e formação de pessoas para a pecuária. “Temos realizado periodicamente cursos de manejo racional para vaqueiros, técnicos, estudantes, pecuaristas; também promovemos dias de campo e abrimos espaço para instituições de ensino e pesquisa para a realização de estudos”, completa a vice diretora da empresa. Impactos financeiros A importância do bem-estar animal na atividade pecuária tem dois motivos principais: o primeiro é o compromisso de quem cria. “Se esses animais nascem para dar a vida por nós, o mínimo que nós temos de responsabilidade é tratá-los da melhor forma possível” diz Mariana. E o segundo é a questão econômica. Diversas pesquisas mostram ganhos em índices produtivos com um manejo adequado, além dos exemplos de fazendas que adotaram boas práticas e têm colhido resultados significativos, como o aumento no rendimento de carcaça. Isso sem contar a relação com a segurança alimentar, pois um animal que sofre estresse e maus tratos, produz uma carne de menor qualidade, a conhecida DFD (seca, firme e escura), que tem também menor tempo de prateleira. Embora as regras do comércio internacional, atualmente, ainda não prevejam restrições quanto ao bem-estar animal, tem se evidenciado uma demanda crescente de diversos mercados consumidores (União Europeia, por exemplo) por produtos de animais criados com esse conceito. E o consumidor final está cada vez mais consciente e exigente em relação à forma como animais destinados ao consumo são tratados. “O mercado de produtos voltados à saúde animal está cada vez mais focado em oferecer soluções capazes de reduzir o impacto ambiental e que estejam alinhadas às tendências de bem-estar animal”, informa Evandro Poleze, Diretor Associado da Unidade de Negócios Suínos da Zoetis, multinacional de saúde animal que tem promovido ferramentas e serviços que, além de garantir a sanidade, tenham o bem-estar animal como uma de suas premissas. Poleze reforça a importância do treinamento da mão-de-obra para a manutenção do bem-estar na granja. “Estudos comprovam que, fêmeas estressadas apresentam respostas imunológicas (reação dos anticorpos) comprometidas e produzem colostro pobre em imunoglobulinas, alimento essencial para proteger os leitões contra doenças”, diz. Suínos estressados apresentam deficiência imunológica e enfermidades favorecidas pela baixa resistência, como doenças respiratórias, e podem até mesmo sofrer morte súbita ao correr para fugir dos maus tratos. Entre os produtos desenvolvidos pela companhia estão a vacina de imunocastração Vivax. A castração de suínos é

Mapa dá recomendações para o transporte adequado de bovinos

Manual de boas práticas ensina produtores e transportadores a evitar estresse ao gado e prejuízos nas cargas. O transporte de bovinos é uma atividade importante na cadeia produtiva da carne. No Brasil, todo os dias, milhares de bovinos são transportados, sendo os abatedouros o principal destino. O transporte rodoviário ainda é o mais utilizado. Para que os animais não sofram com estresse e para que não ocorram problemas com a carne ou até mesmo a morte dos animais, produtores e transportadores devem seguir as recomendações disponibilizadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio do Manual de Boas Práticas de Manejo – Transporte. Segundo o documento, durante o transporte, a intensidade de estresse é variável, dependendo da forma com que os animais são manejados, das condições em que são transportados, da duração da viagem, das condições das estradas e do clima, entre outros fatores. Os principais problemas durante os manejos de embarque e transporte são: agressões diretas, formação de novos grupos, instalações e transporte inadequados. Quando as condições de transporte não são boas, com estradas ruins, viagens longas, caminhões e compartimentos de carga em mau estado de conservação e direção sem cuidado, o estresse é mais intenso e os riscos de ferimentos e de mortes de animais aumentam. Por isso, todos os envolvidos com o transporte – equipes das fazendas, responsáveis pela compra do gado, transportadoras, motoristas boiadeiros e responsáveis pela recepção dos bovinos nos abatedouros – devem conhecer o comportamento e as necessidades dos bovinos, para que possam realizar as atividades com o cuidado necessário, reduzindo os riscos de estresse, de ferimentos e de morte de animais durante as viagens. O planejamento e a organização do transporte são responsabilidades das fazendas, transportadoras, motoristas e abatedouros. O manual recomenda que se defina previamente quais animais serão transportados –categorias e números, o tipo de veículo a ser utilizado, o número de veículos necessários, as rotas, datas e horários previstos para o embarque e o desembarque e quem serão os motoristas responsáveis pelo transporte. As fazendas precisam preparar os lotes de embarque com antecedência e de forma correta, além de providenciar os documentos necessários para a viagem. As transportadoras e os motoristas devem manter os veículos em boas condições e ter conhecimentos sobre a situação das estradas. Os motoristas têm de ser treinados em boas práticas de manejo no transporte e estarem atentos a todas as informações sobre a viagem. Os abatedouros devem estar preparados para realizar o desembarque dos animais com agilidade e eficiência. Documentação Há uma série de documentos que são necessários para o transporte de bovinos. Alguns deles são de responsabilidade da fazenda e devem ser conferidos pelo encarregado do embarque. Outros são de responsabilidade das transportadoras e dos motoristas boiadeiros. É obrigação do motorista boiadeiro verificar se os documentos do veículo e carteira de habilitação estão em ordem e dentro dos prazos de validade. Além dos documentos básicos, do motorista e do veículo, para o transporte de bovinos são também necessários os documentos dos animais, como as Guias de Trânsito de Animal (GTAs), as notas fiscais do produtor, com informações sobre a origem e o destino dos animais, e, em alguns casos, os documentos de identificação animal. Situações de emergência Segundo o manual, é importante definir pontos estratégicos para paradas de emergência. Por isso, o motorista deve dispor de informações sobre fazendas ou outros locais de parada que ofereçam condições para o desenvolvimento de ações efetivas a fim de solucionar os problemas. Em caso de acidentes, se todos os cuidados necessários foram tomados adequadamente, a gravidade acabará sendo minimizada. Procedimentos de rotina devem ser tomados, como discar para o 191 ou o número de emergência das rodovias privatizadas e, se necessário, solicitar socorro médico. Caso os animais fiquem soltos na estrada, é preciso providenciar a sinalização para evitar atropelamentos e buscar auxílio para conduzi-los a local seguro. A adoção das boas práticas de manejo durante o transporte de bovinos visa a proporcionar maior segurança e conforto para os motoristas e reduzir as situações de risco que prejudicam o bem-estar dos animais e causam perdas quantitativas e qualitativas da carne. Clique na imagem e baixe o Manual em pdf: Fonte: MAPA MANEJO EFICIENTE DA PASTAGEM AJUDA NA PRODUÇÃO DE CARNE DE QUALIDADE Para acessar mercado premium e que melhor remunera com a criação a pasto, é preciso planejamento, animais de boa genética e principalmente escolher cultivares com alto valor nutritivo para alimentação+ leia mais Pantanal tem 14 cidades em emergência, mais incêndios e mortes de animais no MS Região vive período de forte estiagem, o que motivou o decreto de emergência por parte do governo local+ leia mais Pasto rotacionado: sobrou capim? Saiba por que isso é um ótimo sinal Confira as novas dicas do doutor em zootecnia Gustavo Rezende Siqueira, pesquisador do Polo Regional de Alta Mogiana da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA)+ leia mais