IICA e Embrapa formalizam parceria para Àfrica e COP30
Silvia Massruhá, presidente da Embrapa, e Manuel Otero, diretor geral do Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA), firmaram, no dia 14 de agosto, Carta de Intenções para fortalecimento da cooperação entre as duas instituições nas áreas de pesquisa e inovação agrícola.
A Carta de Intenções tem por foco geral a cooperação técnica internacional para modernização dos sistemas agrícolas, a troca de informações sobre resultados de pesquisa e inovação, e, em específico, a conjugação de esforços com vistas ao apoio aos países africanos no desenvolvimento da agricultura tropical regenerativa e apoio à Embrapa nos eventos preparatórios para a COP 30.
Nove passos para fazer uma boa recuperação de pastagem
Atualmente estima-se que cerca de 130 milhões de hectares de pastagens no Brasil estejam em diferentes níveis de degradação, e a reforma ou a recuperação dessas áreas é uma grande oportunidade de o produtor aliar as boas práticas de manejo com a sustentabilidade na pecuária. Entretanto, embora fale-se muito no assunto, e o tema até foi discutido durante a Cop28, que aconteceu em Dubai, nos Emirados Arabes, recuperar uma pastagem não é algo tão simples de se fazer e exige organização e profissionalismo para que se alcance o resultado almejado. Para auxiliar a sanar algumas das principais dúvidas sobre essa prática, nós, da equipe de redação do Portal Boi a Pasto, dividimos o tema em nove passos que, se executados ao pé-da-letra, pelos produtores pecuaristas, irão garantir o sucesso da iniciativa, em suas propriedades.
ARTIGO – É possível acabar com a fome?
Por Kátya Desessards (*) Eu venho acompanhado a evolução das pesquisas sobre a produção de alimentos alternativos como pastas e farinhas a partir de insetos, como uma opção real para solucionar o Mal da Fome no Planeta. Trabalho no agronegócio há muitos anos e a questão fome é um debate que está sempre na pauta do setor… E estas centenas de pesquisas ao redor do mundo que estudam todas as variáveis desde os níveis de nutrição, a segurança alimentar e formas concentradas de proteínas e nutrientes provenientes de insetos já existem há a mais de 40 anos. Mas, é fato ganharam notoriedade apenas nos últimos 10 anos… São pesquisas muito sérias e que – realmente – pode resolver a insegurança alimentar no mundo. Claro, aliando outras iniciativas como saneamento básico e manejo correto da água. Uma amiga querida me enviou o artigo intitulado de ‘Vida de Inseto’, no Blog do Fausto Macedo, do Estadão. Mas fiquei um pouco triste, porque o Fernando (articulista convidado) mostrou pouco conhecimento sobre o assunto e, mesmo assim, fez um juízo de valor depreciativo. Deu sua opinião, afirmando que não comeria. Ok, até por aí, tudo certo. As pessoas podem ter suas posições. Porém, quando se trata de um veículo influenciador da Opinião pública, isso não é mais sobre o direito de ser ter uma opinião. Como jornalista, tenho que ter a ética de não gerar entendimento errado sobre assuntos que tem a Vida ou a Morte como centro. Assim, como em outros assuntos, ‘dar opinião’ sem trazer os porquês é ficar apenas na linha do ‘Eu acho’. E isso pode criar outras tantas narrativas que, no final, pode tornar uma grande ideia – real e palpável – de acabar com a fome, numa guerra de narrativas e de fundamentalistas políticos loucos e sem embasamento científico nem conhecimento algum sobre o assunto. Fiquei ainda mais triste porque, mesmo que o autor tenha trazido alguns contextos de pesquisas e aplicações, não trouxe a informação mais importante. E se limitou a induzir o leitor a ver o assunto sob a ótica do ‘Gosto’. Sim sob o sentido de gostar ou não gostar. Minha tristeza, foi porque o artigo tratou do assunto como se as pesquisas sobre esses insetos e de tantos outros, fossem sobre a expectativa de quem os produz de serem consumidos na sua forma original, como alguns povos o fazem pelo mundo. O texto é tão vago que dá direito, assim como estou a fazer, de entender como quiser e refletir como bem entender. Ou seja, o autor me deu esse direito… Mas não é sobre isso. E, também, não é dessa forma que se deve ler e conduzir essa informação. É sobre sermos capazes de transformar esses insetos em potentes compostos de proteínas – totalmente – natural e orgânica para acabar com a fome. Todas essas pesquisas não são sobre introduzir gafanhotos, besouros ou lagartas fritas, cozidas no vapor ou num ensopado, onde estaríamos vendo esses ‘bichinhos’ nas suas formas reais com antenas e perninhas. Não, não é sobre isso. Mas pode até ser. Sim, gerar uma indústria com exatamente isso. Até porque, tem gosto para tudo. E há espaço para a criação de um setor na indústria de alimentos e de restaurantes. E tenho certeza de que renderia bilhões… O gosto por comidas exóticas move bilhões de dólares. Você sabia que o café Kopi Luwak – o mais caro do mundo – também conhecido como “café de civeta” – é feito do cocô do animal chamado de Civeta. É um pequeno mamífero de hábitos noturnos, que vive na África e na Ásia e, especial, na Indonésia. Uma xicrinha custa mais de R$ 14 mil?! Você Sabia? Não! Então, é uma ótima ideia investir em alimentos exóticos, afinal! Há o ‘Quem’ consome e há o ‘Quem’ investe. Mas esse assunto não é sobre isso… Mas é bom mostrar que ninguém é louco, ou doido por falar nisso. De introduzir insetos na alimentação… Por isso, fiquei muito triste pela forma de narrativa e da pouca informação sobre os porquês das centenas de pesquisas sobre produção de insetos em escala ‘industrial’ como uma ‘fazenda de criação de insetos’. Fiquei mais triste ainda por quem fez os trocadilhos engraçados como se esse assunto fosse sobre eu e você, e o ‘nojinho’ que poderemos ter ao ver um inseto no prato. O texto diz muita coisa sem dizer – exatamente – nada sobre os porquês de existir essas pesquisas. Fala assim… sem querer falar… parecendo um texto feito pelo ChatBot que reúne dados e números, sem a consciência do que está fazendo. Sim, né… (espero que você não faça parte da ‘turma’ que acha que a I.A. – Inteligência Artificial – é inteligente…). Rezo que não. Mas voltando… A grande razão de tudo isso, é acabar com a fome! É termos alternativas reais de gerar alimento numa escala rápida e volumosa. E sem macular a natureza. Sem destruir o Meio Ambiente. Sem desmatar. Sem poluir. E sem… tantos outros Sens… que são infinitos. Falar desse assunto é apontar a SOLUÇÃO para a FOME. É acabar com a desnutrição e doenças correlatas. É sobre acabar com a miséria alimentar e as milhões de mortes agonizantes por fome. Visualize na sua mente essa cena. O nível de dor incompreensível. É uma das formas mais absurdas e cruéis de morrer. A morte por fome de adultos, crianças e bebês pode se comparar como a versão atual e ‘moderna’ de um campo de concentração. Sim, é isso mesmo. Um campo de concentração onde as pessoas são confinadas ali em grupos fadados a fome. E você sabe como isso acontece? É uma morte que vai acontecendo aos poucos, lentamente… Essa realidade EXISTE! Há crianças, bebês que não tem a sorte de viver, de crescer, passam seu pouco tempo de vida com a DOR DA FOME lacerando seus corpos e nem as lágrimas caem com abundância porque a sede também as seca. Como é possível alguém ver isso e ficar totalmente
Dia Mundial do Meio Ambiente – O Agroambiental em suas diversas nuances
A Embrapa Meio Ambiente realizará, em 7 de junho de 2023, das 9h30 às 11h, em formato híbrido, o painel O Sonho da Sustentabilidade virando Realidade, em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho), com a participação de três mulheres que sempre estão engajadas no tema – Silvia Massruhá, presidente da Embrapa; Thais Souza Vieira, diretora da Esalq/USP e Paula Packer, chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente. O evento faz parte das comemorações dos 50 anos da Embrapa.
Ministérios: Senado aprova MP no último dia de prazo e confirma derrotas para Marina e Guajajara
O Senadoaprovou, com 51 votos a favor, 19 contra e uma abstenção, nesta quinta-feira (1º), último dia de prazo, a medida provisória (MP) da organização básica dos ministérios do governo Lula. O texto vai à sanção presidencial.
Editada pelo petista em 1º de janeiro, quando tomou posse, a MP alterou a estrutura da Esplanada dos Ministérios e ampliou o número de pastas de 23, do governo Jair Bolsonaro, para 37.
Choques climáticos podem levar 3 milhões de brasileiros à pobreza extrema, diz Banco Mundial
Choques climáticos poderão empurrar de 800 mil a 3 milhões de brasileiros para a pobreza extrema já em 2030, mesmo em cenário que não considera grandes rupturas ambientais no país, aponta relatório publicado nesta quinta-feira pelo Banco Mundial, ressaltando que os impactos podem ser significativos no curto prazo.
Pasto e boi viram protagonistas na recuperação de terra fraca
Que tal recuperar uma área de solo arenoso com um bom manejo de pasto e com o pastejo do boi? Esta é basicamente a ideia do Sistema São Matheus.Pasto e boi viram protagonistas na recuperação de terra fraca
O sistema é um modelo de integração lavoura-pecuária (ILP) para a região do bolsão sul-mato-grossense. Neste caso, o componente pasto e boi entram primeiro, inclusive com correções no solo.
Pastagens degradadas: um desafio para a pecuária brasileira
A pecuária é uma atividade fundamental para a economia brasileira, mas a degradação de pastagens é um problema sério e crescente no país. De acordo com dados do Ministério da Agricultura, existem cerca de 170 milhões de hectares de pastagens no Brasil e, infelizmente, 70% dessas áreas estão degradadas em vários níveis.
Sistema silvipastoril auxilia pastagens e animais neste período de estiagem
Equipe do Comitê Gestor do Plano ABC+ da Seapi visitou propriedades e constatou as vantagens do sistema “Estou salvando meu gado nesta seca”, comemora o produtor rural Laurindo Beling, de Agudo, se referindo à utilização do sistema silvipastoril, que propicia a integração lavoura-pecuária-floresta. Na propriedade de 59 hectares onde cria angus e planta soja, ele tem duas áreas de plantio de eucaliptos que totalizam 15 hectares. Segundo ele, as árvores protegem tanto do calor quanto do frio, com faixas de sombreamento. Já a produtora Sandra Gomes Brum, de Tupanciretã, destaca que nas duas áreas que têm com este sistema, totalizando cinco hectares, buscou a recuperação do solo e sombra para os animais. “Nós presenciamos nestes dias muito quentes os animais na sombra e isto é uma proteção. E no inverno também, as acácias protegem o gado dos ventos frios e da geada”, declara. Além dos animais, o pasto também fica protegido tanto do sol quanto da geada, afirma. Sandra optou pelo plantio da acácia negra, porque auxilia no aumento da matéria orgânica do solo e tem crescimento rápido. O produtor de Barra do Ribeiro, Pedro Feijó, implantou o sistema silvipastoril há dois anos em uma área de sete hectares. “Esse sistema eu acredito que não tenha mais volta com esta integração, porque o animal fica comendo na sombra, num lugar que traz benefícios pra ele”, afirma. A ideia do produtor é ampliar em mais um hectare com plantio de eucaliptos. “É uma grande oportunidade para o produtor minimizar os efeitos da estiagem, porque se cria um microclima na parte do sub-bosque, que reduz em média oito graus a temperatura, trazendo o bem-estar para os animais e alívio para a pastagem. Além disso, é um sistema com enorme potencial de sequestro de carbono devido à presença de árvores”, diz o engenheiro florestal Jackson Brilhante, coordenador do Comitê Gestor Estadual do Plano ABC+ da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). O plano tem como objetivo promover a adaptação à mudança do clima e o controle das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) na agropecuária brasileira, com aumento da eficiência e resiliência dos sistemas produtivos. A coordenação do Comitê Gestor Estadual do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC+), juntamente com a Emater e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), esteve visitando, no final de janeiro, produtores de três municípios da região central do estado que utilizam o sistema silvipastoril. O objetivo da visita foi avaliar e discutir com os produtores rurais o desempenho deste sistema neste período de seca. O professor do curso de Engenharia Florestal da UFSM, Jorge Farias, constata que “o que estamos observando é a perfeita harmonia de crescimento de árvores e de pastos, com ganhos para ambos. Crescimento muito acima da média das árvores, crescimento de qualidade da pastagem e agora neste ano em que estamos passando pelo terceiro ano de estiagem no Rio Grande do Sul, o produtor tem relatado que onde o pasto está menos degradado, menos sofrido, é no sistema silvipastoril”. Para Farias, vários conceitos estão sendo revistos com a adoção deste sistema. “O que nós estamos vendo, na prática, é que a floresta não prejudica a pastagem, que a floresta maximiza o uso do solo sem prejuízo da pastagem, que o sistema garante um melhor fluxo de renda, que é possível a manutenção da pecuária mesmo durante a estiagem e que as florestas representam carbono”. O trabalho é desenvolvido pela UFSM em parceria com a Embrapa e a Emater. A regional de Santa Maria da Emater atende hoje 40 propriedades com este sistema silvipastoril. O primeiro município a implantar este sistema foi Nova Esperança, em 2005. “Produtores rurais, técnicos e pesquisadores vêm observando a persistência da pastagem verde e crescendo, mesmo com muitos dias de falta de chuvas, resultando reserva de forragem em pé para os animais se alimentarem satisfatoriamente e persistirem na produção de leite e engorda, mesmo em momentos de crise como a que vivemos desde novembro de 2022”, destaca o engenheiro florestal da Emater, Gilmar Deponti. Além da Emater Santa Maria, outras 12 regionais vêm desenvolvendo trabalhos de incentivo à implantação do sistema silvipastoril. “Os produtores que visitamos estão muito satisfeitos, pois o sistema além de minimizar os impactos da estiagem na produção de leite e de carne, também contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa no setor agropecuário gaúcho”, destaca Jackson. Segundo ele, o estado deve incentivar a adoção desse sistema de produção como uma estratégia de médio e longo prazo para minimizar o impacto da estiagem na produção pecuária gaúcha. Fonte: Agricultura RS Gov Curadoria: Boi a Pasto
Mata Atlântica perdeu quase 7 mil hectares entre agosto e outubro de 2022, aponta estudo
Dados da Fundação S.O.S Mata Atlântica revelaram que 75 campos de futebol foram desmatados por dia Boletim divulgado pela Fundação S.O.S Mata Atlântica, em parceria com o Map Biomas, mostrou que a floresta perdeu quase 7 mil hectares entre os meses de agosto e outubro do ano passado. Esse número é o equivalente a 75 campos de futebol por dia. As situações mais graves foram registradas nos estados de Minas Gerais e Piauí, que concentraram 43% do total desmatado. Para os responsáveis pela elaboração do boletim, o avanço da agropecuária é o principal responsável pelo aumento do desmatamento. “Nós tivemos desmatamento recorde na Amazonia, desmatamento no cerrado e no pantanal. Não seria diferente na Mata Atlântica”, disse Carlos Eduardo Young, professor de economia de Meio Ambiente da UFRJ. Atualmente, apenas 24% das floresta original se mantém em pé, que está presente em 17 estados brasileiros. A responsabilidade no combate ao desmatamento é compartilhada entre os governos federal, estadual e municipal, além do setor privado. Fonte: UOL Cultura Curadoria: Boi a Pasto