julho 27, 2024

Três dicas são tiro e queda para engordar o boi na seca. Confira

O pecuarista e consultor Victor Darido mostra como é possível não sair prejudicado na seca e ainda manter a boiada gorda.  Por Fabio Moitinho Três dicas são ‘tiro e queda’ para engordar o boi na seca, que está por vir, e fazer o produtor fugir dos prejuízos. Essas são as dicas de um pecuarista do interior de São Paulo. Assista ao vídeo abaixo e confira. Três dicas são ‘tiro e queda’ para engordar o boi na seca. Confira. Quem deu as três dicas de ouro foi o consultor e pecuarista Victor Darido, titular da fazenda Água Preta, de Pindamonhangaba, na região do Vale do Paraíba, no Estado de São Paulo. 1ª dica: ajuste de taxa de lotação A primeira dica de Darido é fazer, no final do período das águas, o ajuste na caixa de lotação. “Isso dependerá da realidade de sua fazenda. Eu, por exemplo, concentro um volume maior de abate de animais e reduzo o volume de reposição para poder passar a seca com menos animais, por causa do menor suporte das minhas pastagens”, diz Darido. 2ª dica: ajuste da suplementação Suplementação de bovinos. Foto: Reprodução Com a queda no teor de proteína e elevação no teor de fibra das pastagens, o pecuarista deve ajustar a suplementação nutricional do gado. “Se você trabalha, por exemplo, com a suplementação apenas mineral, utilize para uma suplementação proteica para potencializar o desempenho dos animais”, diz o pecuarista e consultor. 3ª dica: diferimento das pastagens O diferimento das pastagens é quando se ajusta a suplementação e a capacidade de suporte das pastagens. “No período das águas, automaticamente, sobra um pouco de pasto. Essa sobra de pasto que você não usou nas águas e, por isso, você reserva e estoca para ser utilizada na seca”, diz Darido. Fonte: Giro do Boi/ Canal Rural Curadoria: Marisa Rodrigues/ Portal Boi a Pasto

SUPLEMENTAÇÃO VOLUMOSA – QUAL O MELHOR VOLUMOSO PARA O GADO?

A suplementação volumosa é uma prática que permite a manutenção ou melhoria do desempenho dos animais; veja qual é o melhor volumoso para o gado Por Dr. Angel Amaral Seixas Zootecnista – Durante o período da seca, o pecuarista precisa ser estratégico para conseguir driblar a escassez de alimentos, por isso ele deve lançar mão de todas as tecnologias disponíveis e viáveis que permitam o fornecimento de alimento em quantidade e qualidade. Nesse contexto, o uso da suplementação volumosa de bovinos durante esse período pode ser uma prática que permite a manutenção ou melhoria do desempenho dos animais. No entanto, a suplementação volumosa não é uma estratégia barata e demanda de conhecimento técnico e boas tomadas de decisão, o que leva o pecuarista ficar em dúvidas sobre qual suplementação utilizar em sua fazenda para obter o melhor custo/benefício possível. Pensando nisso, nós trouxemos nesse artigo quais são os tipos de suplementos volumosos mais utilizados na pecuária de corte e qual seria a melhor estratégia de uso. Suplementação volumosa: Mais arroba no período da seca! Para obter animais mais jovens para o abate é necessário que haja uma manutenção do ganho de peso durante o ciclo produtivo, o que torna o sistema de produção dependente do fornecimento de alimento em quantidade e qualidade durante todo o ano. Contudo, no período da seca, o pecuarista possui alguns problemas para conseguir atingir esse objetivo, pois as pastagens ficam escassas e perdem qualidade, o que resulta em queda no ganho de peso. Por isso, a forma encontrada para driblar esse problema é lançar mão de estratégias de suplementação disponíveis para conseguir alimentar os animais de forma adequada durante a estiagem, a fim de evitar o “famoso efeito sanfona” do gado, que é que a perda de peso no período da seca e ganho de peso no período das águas. Quando falamos em suplementação logo nos vêm à cabeça o uso de grãos como milho e soja, além dos minerais é claro. Contudo, a suplementação é o ato de suprir as deficiências nutricionais por meio de diversas fontes alimentares, sendo ela de origem volumosa (forragem) ou concentrada (grãos e minerais). A suplementação volumosa é uma alternativa que pode ser utilizada para enfrentamento do período seco do ano, ou até mesmo nas águas, a depender do objetivo da propriedade. Essa estratégia pode ter impacto considerável na sobrevivência do sistema de produção e na rentabilidade do produtor rural. Silagem, feno ou pré-secado, qual a diferença? Atualmente, as principais alternativas de suplementação volumosa para bovinos são as silagens (milho, sorgo, cana, milheto, girassol e os capins em geral), fenos, pré-secados, além da planta in natura (capineira). A silagem, de modo geral, nada mais é que a conservação da planta forrageira pelo processo de fermentação em meio anaeróbico no que chamamos de silo. No silo, a planta forrageira colhida (30 a 35% de MS) e picada (0,5 a 1,5 cm) será compactada é vedada por um mínimo de 30 dias, principalmente para que ocorra o processo fermentativo que garantirá a sua conservação. Diferente da silagem, o feno é obtido pelo processo de conservação por desidratação, no qual a forragem com 75 a 80% de umidade é cortada e desidratada, ficando com cerca de 10 a 20% de umidade. Já o pré-secado é um meio-termo entre silagem e feno, pois a forrageira passará por uma desidratação prévia (40 a 60% de matéria seca), podendo então ser enfardada para que ocorra a fermentação (Tabela 1). A escolha da espécie forrageira para ensilagem ou fenação, deve basear-se na boa capacidade produtiva da planta, já que o objetivo é garantir volumoso para o período de seca ou aproveitar o excedente de produção nas águas. Além disso, tem que apresentar características que permitam sua conservação. No caso da silagem, as espécies escolhidas para serem ensiladas devem apresentar bom teor de matéria seca no momento do corte, boa concentração de carboidratos solúveis e baixo poder tampão (Tabela 2). As principais culturas utilizadas no processo de ensilagem são o milho, sorgo, milheto, cana-de-açúcar, aveia, azevém, girassol e os capins tropicais (BRS Capiaçu, Cameroon, Napier, Zuri, Mombaça, Tanzânia). No geral, os capins tropicais apresentam alguns aspectos limitantes para o processo de ensilagem, basicamente pelo baixo teor de matéria seca, baixa concentração de carboidratos solúveis, além do alto poder tampão, o que desfavorece o processo fermentativo e aumenta os riscos de perdas. Contudo, o uso de inoculantes, sequestradores de umidade e o emurchecimento tem sido boas alternativas para aumentar o teor de matéria seca e carboidratos solúveis da planta, garantindo uma boa fermentação e conservação (Tabela 3). Em relação as espécies indicadas para fenação e pré-secagem, é possível utilizar qualquer espécie ou cultivar. Contudo, as mais indicadas são aquelas com alto valor nutritivo, elevado potencial produtivo, caules finos e alta proporção de folhas, além disso devem apresentar boa tolerância a cortes frequentes. Entre as mais adaptadas e utilizadas no Brasil, os gêneros Cynodon (Coastcross, Tifton, Flotakirk, entre outros) e Brachiaria (Marandu, Decumbens) tem ganhado destaque. Todavia, outras espécies como Azevém e aveia, tem sido bastante utilizada no sul do país. Um dos fatores que devemos considerar na produção de feno é a altura ou tempo de rebrota da gramínea, pois impacta consideravelmente a qualidade do produto final (Tabela 4). Todas as formas de suplementação volumosa possuem vantagens e desvantagens a serem consideradas, por isso, a sua adoção não pode ser feito de forma abrupta, considerando apenas os impactos imediatos, ela demanda de um bom planejamento para o período da seca e gestão operacional de todo o sistema de produção. Qual a melhor suplementação volumosa? A escolha da estratégia de suplementação volumosa depende, principalmente, do nível de exploração de fazenda, da disponibilidade de área, mão de obra, estrutura, maquinário e oferta de insumo, tornando a estratégia operacionalmente e economicamente viável. Por exemplo, cerca de 50% dos custos das silagens são representados por fertilizantes e os processos mecanizados (colheita e transporte), reiterando a importância do planejamento prévio, especialmente na compra de insumos e serviços. Portanto, a estratégia deve ser

Pesquisador afirma: suplementação mineral sozinha não faz milagre

Confira o que a pesquisa científica tem a dizer sobre o manejo ideal durante a entressafra. Saiba que o pasto ainda tem um papel fundamental Pesquisador da APTA afirma: apenas a suplementação mineral não é capaz de fazer milagres. O que o pecuarista deve fazer nesse momento em que os pastos caem sua qualidade, e como deve ser o planejamento na hora de dar a suplementação mineral ou proteica? Saiba que mesmo com baixas condições de qualidade, o pasto é ainda o grande promotor para a engorda de animais, segundo o zootecnia Gustavo Rezende Siqueira, pesquisador do Polo Regional de Alta Mogiana da APTA, que fica no município de Colina, na região de Barretos. “A seca é importante para se construir um animal no ano inteiro. Assim como um vendedor, que tem de vender todos os meses do ano, um produtor de boi tem de fazer seu animal engordar todos os meses do ano também”, explica Siqueira. O segredo da engorda de bovinos está no pasto Num planejamento de engorda de bovinos com a adição de suplementação mineral ou proteica, o que vai, de fato, fazer a diferença na hora da engorda do animal é o volumoso, e não o suplemento. Siqueira pontua inclusive que o proteinado responde por 10% da exigência proteica do animal e apenas 5% de energia. Portanto, o bovino só vai ganhar peso se tiver pasto. E para ter pasto o pecuarista tem de fazer muito bem suas contas, sem se ater a expectativas que possam chover e, aí, dar mais alívio para sua pastagem. Ser mais realista nesta hora, fará o planejamento da fazenda subir de patamar. A recomendação é ter um plano bem claro da necessidade de forragem da fazenda, especialmente durante a seca. E quanto a chuva cessar, o recomendado é fazer o ajuste da taxa de lotação de animais, com menos animais por hectare para não faltar alimento. Interação de suplemento + pasto “A suplementação funciona melhor, especialmente na seca, quando se tem pasto. O grande efeito do aditivo não é o que tem de nutrientes em si, mas porque ele melhora o uso do pasto pelo animal”, diz Siqueira. O suplemento basicamente acelera a digestão do volumoso por conta da adição de proteína. O rúmen dos bovinos precisam desse estímulo, porque o pasto de baixa qualidade tem pouca proteína, o que leva a uma digestão mais lenta pelo rúmen. Quando há o estímulo da proteína através da suplementação, o rúmen, que estava parado, começa a girar mais rápido, digere todo o volumoso, e abre espaço para mais consumo de capim pelo bovino. A aceleração deste ritmo faz com que o animal continue ganhando peso. Fonte: Giro do Boi Curadoria: Boi a Pasto

Não adianta suplementar o gado se você não souber o potencial do rebanho

Confira as recomendações do engenheiro agrônomo e doutor em ciência animal e pastagens, José Renato Silva Gonçalves, administrador da fazenda Figueira, propriedade localizada em Londrina (PR) A suplementação do gado de corte não vai adiantar se o pecuarista não souber o potencial do rebanho e nem estiver colhendo o máximo da pastagem da fazenda. O alerta foi feito pelo engenheiro agrônomo e doutor em ciência animal e pastagens, José Renato Silva Gonçalves. Ele é administrador da fazenda Figueira, localizada em Londrina (PR). A propriedade faz parte da Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq) e, testa e valida novas tecnologias próprias e de instituições parceiras. “O grande diferencial da pecuária brasileira é a pastagem, por isso, temos de potencializar ao máximo esse alimento no período chuvoso”, diz Gonçalves. Conhecer bem a área, as necessidades do solo, ter em mente a quantidade de bovinos a ser engordada só vai ajudar o melhor desempenho da atividade. Adubação de pasto deve buscar o equilíbrio Um dos principais alertas para desenvolver um bom trabalho de produção de bovinos começa entendendo bem da área da fazenda. O especialista recomenda que se faça uma adubação equilibrada para que nada falta para a nutrição da planta forrageira. “Esse trabalho começa com uma boa calagem para diminuir o nível de alumínio no solo”, diz Gonçalves. Uma boa análise de solo deve ser feita para poder repor os nutrientes que realmente faltam para sustentar as forrageiras. Ajuste da taxa de lotação do gado por hectare  Outro erro comum destacado por Gonçalves é colocar mais bovinos do que pode suportar a área de pastagem. “Muitos pecuaristas fazem o superpastejo. E no final das contas, o que vai acontecer é a fazenda não atingir índices de produtividade por falta de comida para o gado”, diz. A recomendação é que seja feita uma avaliação criteriosa da taxa de lotação dos animais que o pasto suporte. É a partir dessa avaliação que também serão feitos os cálculos de nutrientes necessários nas adubações no pasto. Todo o nutriente retirado do solo deve ser reposto para que a produção de bovinos seja satisfatória, segundo o especialista. Pastagem, genética e suplementação A suplementação tem de ser entendida como um reforço adicional à pastagem. Senão o produtor deixa de aproveitar o alimento mais barato que há: o capim. Se a fazenda não está aproveitando o nível máximo de suas pastagens, não adianta suplementar. Adicionalmente, se o rebanho de bovinos não possui em genética para converter com eficiência os alimentos, também será dispendioso o gasto com suplementação. “Nutrição e genética devem caminhar juntas para uma pecuária mais eficiente”, diz Gonçalves. Confira a entrevista na íntegra no vídeo acima e saiba que agora é o momento da propriedade se planejar para seca que vai vir neste ano. Fonte: Giro do Boi Curadoria: Boi a Pasto

Suplementação na seca: quem não planejou, agora, precisa remediar

O inverno, que não apareceu este ano, exceto na região Sul, castigou mais ainda, com altíssimas temperaturas a maioria das regiões do Brasil, prejudicando (secando, na verdade) ainda mais, as pastagens. (*) Por Marisa Rodrigues O inverno, que não apareceu este ano, exceto na região Sul, castigou mais ainda, com altíssimas temperaturas a maioria das regiões do Brasil, prejudicando (secando, na verdade) ainda mais, as pastagens. O que deve ter causado muitos prejuízos para os pecuaristas. Em especial, para aqueles que não planejaram com antecedência a passagem por esse duríssimo período de estiagem. Todos os anos essa tarefa tem que ser feita como uma lição de casa. Tem que entrar na rotina diária das propriedades. O pecuarista não pode dormir em berço esplêndido durante os primeiros quatro meses do ano, enquanto as chuvas em geral são abundantes por todo o País, sem prestar atenção na estação da seca, trazida pelo inverno, que, em função das já aceleradas mudanças climáticas, é cada vez mais rigorosa. O fenômeno vem sendo amplamente estudado e divulgado pelas mais sérias instituições de pesquisas científicas mundiais, mas parece que a ficha demora para cair justamente entre aqueles que mais precisam dela. Gente que convive com a lida diária em suas fazendas pecuárias, atividade estreitamente ligada ao meio ambiente, parece preferir fazer ouvidos moucos aos gritos da mãe natureza. O resultado é que as soluções- sim, elas existem e não são poucas – para mitigar o problema, a curto, médio e longo prazos, acabam sempre sendo procrastinadas, empurradas sempre mais um pouquinho para frente, e óbvio, o problema não só persiste como vai se avolumando, não só no Brasil, mas no planeta todo. É só prestarmos atenção nas ondas de calor do verão europeu que passaram dos 40 °C, em diversos países onde o frio se faz sentir, mesmo na estação mais quente do ano, como o Reino Unido, Portugal, Alemanha, França, entre outros. Não é mais uma questão de mito ou verdade. A situação é bastante séria e a cada ano, só tende a piorar, elevando cada vez mais os custos de produção, pois o temido efeito do boi sanfona, que quase virou lenda nas propriedades de alta performance, na época da seca, neste ano além de pequenos e médios produtores, atingiu muitos grandes também, pois os efeitos da estação foram e ainda estão muito intensos, nas diferentes regiões brasileiras, independentemente do calor exagerado em pleno inverno, do Sudeste para cima, como no Sul, onde as temperaturas muito baixas, até com registros de neve, onde esse evento climático não é muito comum, castigaram e acabaram com as pastagens. Nessa altura do campeonato, para quem não fez o planejamento nutricional para a prevenção da seca, com antecedência de uns quatro meses, pelo menos, agora, no auge dela, a única coisa a se fazer é suplementar o rebanho com produtos formulados especificamente para supri-los com vitaminas e sais minerais, além de outros nutrientes que ajudam na manutenção do score corporal da vaca. Na verdade, a suplementação mineral é fundamental para complementar a nutrição dos bovinos, e deve acontecer o ano todo, apenas sendo adaptada para cada fase do gado combinada com a ingestão das pastagens verdes e cheias de proteína. Pastagens essas que, dentro do planejamento podem ser transformadas em feno ou silagem, e armazenadas para que não faltem no período mais crítico. (*) Marisa Rodrigues, consultora de comunicação e marketing especializado para o agronegócio, com ênfase em pecuária, é jornalista, CEO da Taxi Blue Comunicação Estratégica e publisher-fundadora do portal Boi a Pasto.

Lucro na seca depende da suplementação adequada

Nesse período de transição entre estações do clima, o pecuarista deve ficar atento ao manejo nutricional do rebanho Sempre que caminhamos para a época seca do ano, as deficiências minerais das pastagens se acentuam, assim como a energia e proteína na mesma. No entanto, o nutriente que passará a limitar a criação dos animais dentro do período seco para os animais criados em pastagens é, de fato, a Proteína (Nitrogênio).Como os pastos estão maduros e secos, em baixo valor nutricional, o consumo de forragem é diretamente afetado, principalmente pela queda nos teores de proteína, onde por sua vez, os animais passam a consumir quantidades menores do alimento, o que chamamos de redução na ingestão de matéria seca, que terá por consequência um menor desempenho, chegando em inúmeras vezes a perda de peso neste período, caracterizando-se pelo efeito sanfona, onde parte do peso adquirido nas águas, perde-se na seca. Este fato ocorre, pois os ruminantes (bovinos, ovinos, bubalinos) precisam de, no mínimo, 7% de proteína bruta (PB) presente na matéria seca de seus alimentose, com o caminhar da seca, essa concentração estará a baixo desses valores, reduzindo assim as atividades da microbiota ruminal, pois não há o mínimo necessário de nutrientes para estimular o crescimento dos microrganismos ruminais. Com a diminuição da população microbiana e das atividades ruminais, a capacidade do rúmen em fermentar e digerir forragem fica comprometida, e o tempo de passagem do alimento pelo trato digestório aumenta, o que logo levará o animal em um quadro de subnutrição, poisomesmo tem sua capacidade de ingestão reduzida.  Em cima dos fatores que mencionamos anteriormente, para que possamos mitigar ou mesmo dar condições para que os animais continuem a ganhar peso e se desenvolver zootecnicamente, precisamos compensar as quedas desses nutrientes que limitam a criação de nossos animais. Para isso, devemos ter uma atenção especial sobre os suplementos que iremos fornecer, pois além dos Minerais Essenciais, esses produtos devem contém boa fonte de Proteína e Energia, que estimulam a multiplicação dos microrganismos ruminais. Para assim aumentar a ingestão da forragem que ora estará com baixa qualidade, e assim retomar, ou manter seus desempenhos, mesmo de forma mais tímida, quando comparado aos desempenhos no período das águas.E esta suplementação proteica deve conter fontes de Nitrogênio Não Proteico (Ureia) e, também, fontes de proteína verdadeira (grãos) associada, para aumentar a eficiência de sua utilização, assim como o consumo das forragens pobres em proteína (< 7% de PB). A principal resposta a essas suplementações proteicas tem sido pelo atendimento da exigência microbiana ruminal por proteína, além dos minerais e energia contidos nesses suplementos. A viabilidade econômica de uma atividade é assegurada pela sua capacidade de gerar lucro, e isso se ressume na capacidade de produção de cada sistema. Por esse fator, o Departamento Técnico de Nutrição Animal do grupo Matsuda desenvolveu o Programa Desempenho Máximo, que visa a produção de mais Arrobas e mais Quilos de Bezerros produzidos ao longo de todo o ano.Para isso, é preciso ajustar a nutrição de tempos em tempos, afim de ajustar a exigência nutricional dos animais, pois as forrageiras não mantém níveis constantes em suas composições nutricionais.Vale ainda ressaltar que a suplementação quando feita de forma adequada, serve para ajustar a Deficiência e o Desbalanço Nutricional presente nas Forragens, independente da época do ano ou mesmo aporte de intensificação sobre as correções agronômicas feitas sobre as mesmas. E toda vez que erramos ou negligenciamos as exigências dos animais frente ao pouco que nossas pastagens conseguem fornecer em Minerais, Proteína e Energia, estamos também retardando o desempenho dos nossos animais, aumentando com isso os custos sobre a produção desses animais por permanecerem maior tempo dentre da propriedade, ou o que é pior, sendo subprodutivos, ou seja, produzindo muito aquém do que realmente poderiam produzir. Com isso perdemos competitividade para com outras áreas, ou atividades. Dentro de um País tropical como o Brasil, onde 96% do nosso rebanho é criado quase que de forma exclusiva, em pastagens tropicais, as forragens são sem dúvida, a forma mais barata de produzirmos Carne e Leite de qualidade.Porém, desde que a nutrição aos animais sejam bem corrigidas, por Suplementos Minerais Proteicos e Energéticos, tecnicamente adequados via cochos, também chamados de parto do boi, onde consomem tudo o que os pastos não contemplam em sua composição.A nutrição mineral, é como o alicerce de uma casa, é a base para todas as demais atividades metabólicas, seja para síntese de proteína ou enérgica, Miogênese (formação dos músculos), Adipogênese (formação da gordura), Lactogênese (formação do Leite), e tantas outras importantes fases de desenvolvimento dos animais. Os três principais fatores que limitam o desempenho de bovinos em pastagens tropicais no Brasil são o baixo teôrprotéico das gramíneas e a baixa disponibilidade de energia devido à menor digestibilidade das forragens, o que podemos corrigir com o uso de suplementos protéicos e energéticos. E a Deficiência e o Desbalanços de Minerais, principalmente P, Cu, Na, Co, Se, Zn,I e S, que podem ser acertados com o uso de Suplementos Minerais com ou sem proteína e energia, de acordo com a época do ano ou mesmo grau de intensificação. Mas principais consequências dessas deficiências são, perda da resposta imunológica acarretando maior susceptibilidade às doenças infectocontagiosas e parasitária, que debilitam e elevam a mortalidade dos animais, principalmente animais jovens.

Estiagem antecipa suplementação alimentar para animais

APTA alerta para necessidades de fêmeas em lactação, animais jovens de alto potencialgenético em fase de crescimento ou animais jovens em regime de engorda para o abate. Os criadores de ovinos e bovinos já estão acostumados a fazer a suplementação alimentar dos animais anualmente. O que eles não esperavam é que a dieta precisaria ser enriquecida em junho e julho, e não em agosto, como comumente acontece. A antecipação da alimentação suplementar dos animais ocorreu devido à estiagem que atinge diversas regiões brasileiras. De acordo com Gabriela Aferri, pesquisadora da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), houve elevação de 30% na demanda por dias de alimentação de maior custo aos animais. Todos os anos, o produtor de ovinos e bovinos precisa preparar a alimentação animal para o inverno, época em que o capim, por falta de sol e chuva, deixa de crescer.  Com a oferta em baixa, o produtor precisa inserir outros suprimentos na dieta animal, como feno, silagem ou cana-de-açúcar. “Acreditar que a suplementação alimentar não será necessária em nenhum período do ano é iludir-se e correr atrás do prejuízo depois. Quem não se prepara para a época de inverno e primavera, sempre tem prejuízos. Neste ano, pela irregularidade das chuvas, a falta de pastagem começou mais cedo”, afirma a pesquisadora da APTA, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. A suplementação de pastagem é necessária para animais com maior exigência de nutrientes, como fêmeas em lactação, animais jovens de alto potencial genético em fase de crescimento ou animais jovens em regime de engorda para o abate. “Quando utilizamos forrageiras de melhor valor nutricional associada à adubação eficiente, produzimos, de forma mais barata, um alimento de valor nutricional adequado. Esta situação, porém, não se manterá o ano todo, porque os fatores ambientais e fisiológicos da planta se alteram, levando à diminuição da produção e do valor nutricional das forrageiras”, diz. No caso das ovelhas adultas, por exemplo, são necessários de quatro a cinco quilos de alimentos, por dia. A função dessa suplementação é manter os animais em boa condição corporal.  De acordo com Gabriela, a escala visual de condição corporal dos animais têm cinco graus, do número 1, muito magro, ao 5, muito gordo. “É desejável que a condição corporal fique entre 3 e 4. Se aparecer a condição 2, a luz de alerta se acende. É problema à vista”, explica a pesquisadora da APTA. Segundo Gabriela, os bovinos têm mais resistência à falta de nutrientes, o que não acontece com os ovinos. “Na época da seca, até vemos vacas, por exemplo, que ficam muito magras e conseguem esperar a época do verão para engordarem. Chamamos isso de efeito sanfona. No caso dos ovinos, isso não ocorre. Eles sentem muito a falta de nutrientes, ocorrendo doenças e até mesmo a morte do animal”, afirma. O primeiro nutriente que deve ser suplementado é a proteína, pois tem impacto direto na saúde dos animais e os volumosos produzidos em São Paulo são carentes deste elemento.  As formas concentradas de proteína, como os farelos proteicos ou ureia são as mais comumente usadas, por serem de fácil comercialização e armazenamento. No mercado, há diversos tipos de suplementos formulados para atenderem às diversas necessidades da criação. A suplementação energética via volumoso ou concentrado é menos desafiadora, pois os animais suportam uma leve perda de peso, caso estejam gordos ao final da estação favorável. “Mas ao longo do tempo, será inevitável utilizar um volumoso como fonte de energia”, explica Gabriela. Segundo a pesquisadora da APTA, os produtores se prepararam para a época da seca, mas como o período está maior este ano, pode ser que a estimativa de necessidade de alimentos seja menor do que a necessidade real a ser observada. “Só saberemos disso ao final do ano”, afirma a pesquisadora da APTA.  Gabriela explica que os produtores costumam cultivar os alimentos que serão usados no inverno. A pesquisadora, porém, dá algumas dicas para aqueles que estão com estoque em baixa. “Há duas saídas: comprar volumosos – cana e silagem – ou de feno de alguma propriedade próxima e utilizar algum coproduto regional na alimentação. Em casos extremos, de muita dificuldade, o produtor precisa vender parte do seu rebanho”, diz. No pasto, o capim só deve voltar a ter condições de ser pastejado de 40 a 50 dias após o período de chuva, que deve ter início neste mês de outubro. Fonte: APTA

A suplementação para bovinos é essencial no período seco

Entre o período de abril e setembro, os países localizados no trópico sul têm sua produção de forragens afetada pela estacionalidade, o que torna praticamente impossível conciliar a produção de forragem de alta qualidade, durante o ano todo, com a demanda de nutrientes que os animais precisam. José Leonardo*  Este fato gera a necessidade de suplementação mineral, proteica e energética dos bovinos, na época seca, momento em que o objetivo dos pecuaristas deve ser o incremento do ganho de peso dos animais.  Na tentativa de garantir a oferta de forragem aos animais neste período, muitos produtores vedam piquetes precocemente, o que resulta em aumento do intervalo entre cortes do capim. Este ato ocasiona alterações significativas na estrutura e composição do capim, que será pastejado pelo animal. A maior altura do dossel forrageiro será representada por incremento de haste, que apresenta valor nutricional bem inferior às folhas.  No momento do pastejo, se o dossel forrageiro estiver muito alto, o animal gastará mais tempo para realizar um bocado, o que pode acarretar menor ingestão ao longo do dia. Em adição, a forragem consumida apresentará menores teores de minerais, proteína bruta e energia, porém maior teor de fibra.  É comum desempenho insatisfatório no período seco, quando bovinos não são suplementados com fontes proteicas, energéticas e mineral adequadas. Ao suplementar os animais com nutrientes limitantes na forragem, nesta época, haverá incremento no consumo de forragem e maior digestibilidade do alimento ingerido. A adoção desta prática elimina o chamado “boi sanfona”, animal que perde peso no período seco do ano, fato que compromete a eficiência econômica e produtiva de qualquer propriedade.  Ao oferecer aos bovinos o suplemento mineral adequado, a deficiência nutricional será corrigida, proporcionando ganho de peso ao animal.  Para manutenção do peso vivo dos animais, no período seco, é necessário o fornecimento de um suplemento mineral ureado, o qual apresenta somente a ureia como fonte de nitrogênio. No entanto, o fornecimento de um suplemento mineral proteico, com pelo menos 30% de Proteína Bruta, que propicie o consumo de 100g de proteinado / 100 kg de peso vivo, resultará em um ganho de peso que vai variar de 150 a 250 g/animal/dia. Já o fornecimento de um suplemento mineral proteico/energético, com pelo menos 30% de Proteína Bruta, que proporcione o consumo de 200g / 100 kg de Peso Vivo, terá em um ganho de peso com variação de 300 a 500 g/animal/dia. O ponto fundamental, independente do suplemento, é a presença de oferta de forragem suficiente.  Os suplementos minerais proteicos ou proteico / energéticos devem ter em sua composição proteína verdadeira, proveniente principalmente do farelo de soja, bem como fonte de nitrogênio não proteico (ureia). A quantidade de proteína verdadeira e ureia dependerá do teor de proteína bruta do proteinado e do valor nutricional da forragem ofertada.  Um bom suplemento proteico e/ou proteico/energético apresenta teores de sódio, farelos vegetais e ureia adequados para regular o consumo de tais suplementos. Não há necessidade de abastecer os cochos diariamente. No entanto, a cada três dias é fundamental que os cochos disponham de tais suplementos e sejam monitorados. Apesar de serem disponibilizados no período seco, os cochos devem ser cobertos, pois chuvas ocasionais podem ocorrer. Além disto, devem apresentar orifícios que permitam o escoamento de água, visto que estes suplementos apresentam ureia em sua composição.  *José Leonardo é zootecnista e gerente de Produtos Ruminantes Fonte: LN