“Os machos avaliados pelo Programa de Eficiência de Carcaça (PEC) precisam de mais atenção que as fêmeas.
A tecnologia é essencial para melhorar o desempenho”, diz Danilo Grandini, da Phibro Saúde Animal Seis em cada 10 fêmeas inscritas no Programa de Eficiência de Carcaça (PEC) edição 2022 foram para o abate em condições adequadas de idade, peso, acabamento de gordura e pH da carne. Em relação aos machos, somente 18% tinham o acabamento de gordura desejado. No total, participaram do PEC 349.683 animais, sendo 26% fêmeas (91 mil cabeças) e 74% machos (258.683 cabeças). “Essa informação é extremamente importante para os objetivos do programa”, ressalta Danilo Grandini, diretor global de marketing para bovinos da Phibro Saúde Animal, realizadora do Programa de Eficiência de Carcaça ao lado de Minerva Foods e Biogénesis-Bagó. “Há uma enorme oportunidade de melhoria desse indicador, que é absolutamente essencial em termos de bovinos de qualidade prontos para o abate. A proposta do PEC é exatamente contribuir para os pecuaristas produzirem hoje o boi do futuro. Sabendo que há essa dificuldade no acabamento de gordura dos machos, temos totais condições de contribuir para a melhoria do desempenho. Para isso, a tecnologia em suplementação, o cuidado sanitário e, claro, a boa genética, são essenciais”, ressalta Grandini. Em quatro anos, já foram abatidos 926.961 animais inscritos no PEC nas unidades do Minerva Foods em Araguaína (TO), Janaúba (MG), José Bonifácio (SP), Mirassol D’Oeste (MT) e Palmeiras de Goiás (GO). “Este é um banco de dados fantástico. Estamos falando de quase 1 milhão de cabeças. A tecnologia tem contribuído fortemente para o aumento da produtividade da pecuária brasileira. Com essas informações em mãos, podemos ser ainda mais assertivos. Utilizando os resultados dos machos do PEC 2022, identificamos a necessidade de intensificar a oferta de nutrição de qualidade, na forma de suplementação, e do pasto. Dessa forma, conseguimos ter os animais prontos, com boa deposição de gordura, no período certo – no caso dos machos, a idade-alvo é entre 24 e 30 meses”, ressalta o diretor global de marketing de bovinos da Phibro. “Essa é a proposta básica do PEC: contribuir para o sucesso dos pecuaristas, o que, por extensão, proporciona benefícios para todos os elos da cadeia, já que os animais terminados mais cedo, com adequado acabamento de gordura, bom peso e pH da carne em torno de 5.8 podem ser exportados para praticamente todos os países do mundo”, diz Danilo Grandini. “Temos a soluções necessárias para obter o acréscimo de desempenho necessário”. “O PEC é uma iniciativa fantástica, que fortalece os laços com os pecuaristas de estados importantes para a pecuária brasileira. Essa proximidade possibilita a melhoria dos indicadores econômicos das propriedades participantes, o que representa um ganho direto em termos de qualidade de carcaças e, portanto, possibilidade de retorno econômico. Para a Phibro, também é a oportunidade de fortalecer ainda mais nossa presença no mercado, levando soluções eficazes que contribuem para a boa nutrição e a saúde do gado”, assinala Mauricio Graziani, presidente da Phibro Saúde Animal. Sobre a Phibro Saúde Animal A Phibro é uma empresa global em saúde e nutrição animal, dedicada ao atendimento da crescente demanda mundial por proteínas animais. A empresa possui mais 1.400 apresentações de produtos, está presente em mais 65 países e tem orgulho de ser parceiro de confiança para produtores, nutricionistas e veterinários, oferecendo soluções inovadoras e serviços de qualidade para produzir alimentos saudáveis e acessíveis. (www.pahc.com/brasil) Fonte: Assessoria de imprensa Curadoria: Boi a Pasto
Mercado exigente aumenta pressão por rastreabilidade na pecuária
Sustentabilidade da cadeia produtiva, especialmente em relação ao fim do desmatamento, está cada vez mais na mira dos clientes internacionais da carne brasileira Embora as principais vantagens da rastreabilidade para o criador estejam nos ganhos com gestão de rebanho e controle sanitário, são as cobranças do mercado internacional em relação à sustentabilidade da cadeia pecuária brasileira que mais têm colocado peso sobre as empresas do setor para monitorar seus fornecedores de maneira assertiva. Em dezembro do ano passado, as seis maiores redes de supermercados da União Europeia chegaram a anunciar um boicote à carne bovina brasileira após uma investigação ter revelado que parte da produção destinada a esses clientes havia sido alvo de um processo conhecido como “lavagem de gado”, quando animais criados em áreas de desmatamento ilegal são inseridos de forma clandestina na cadeia de produção legal de grandes frigoríficos. Os casos relacionando desmatamento ilegal e produção de carne na Amazônia ocorrem no Brasil a despeito de um Termo de Ajustamento de Conduta firmado há mais de uma década entre os principais frigoríficos do país que operam no bioma e o Ministério Público Federal, prevendo a interrupção da compra de gado de fazendas com passivos ambientais e trabalhistas, num esforço para conter a derrubada da floresta. “Antes dos acordos, a gente não tinha nenhum compromisso legal ambiental das empresas que compravam gado da Amazônia, nenhuma verificação era feita. Como acordo de 2009, tivemos logo no início um impacto muito grande na redução do desmatamento, que ficou abaixo de 10 mil quilômetros quadrados ao ano, um número que nunca tinha sido alcançado”, lembra o procurador federal Daniel Azeredo, um dos responsáveis por costurar o acordo entre MPF e frigoríficos. Apesar de ressaltar a importância do compromisso firmado pelo setor nos últimos 13 anos, ele não deixa de reconhecer que esse monitoramento possui limitações, pois tem pontos de fragilidades e deficiências que precisam ser melhorados. “São três basicamente. O primeiro é o fornecedor indireto; o segundo é o que chamamos de esquentamento de gado, quando uma fazenda que está bloqueada pelo frigorífico vende usando o nome de outra fazenda que não tem nenhuma restrição; e o terceiro é o CAR, o Cadastro Ambiental Rural.” O procurador explica que os dados do CAR são declaratórios, e é com base neles que os frigoríficos checam se pode haver a compra, mas o documento ainda está sujeito a várias fraudes, porque ainda não foi validado nem pelo governo federal nem pelo estadual. “Uma empresa só vai poder dizer que não tem desmatamento ilegal quando solucionar esses três pontos”, diz ele. “Não se consegue controlar nem o indireto e nem a transferência de gado se não tiver a rastreabilidade individual” (Daniel Azeredo, procurador federal) E como solucioná-los? “Sempre digo que a melhor resposta seria o monitoramento individual, pois assim resolveria o problema do lote com mistura de animais e a dúvida sobre a origem. Saber sempre a origem do animal, desde o nascimento, resolveria vários outros problemas, como a questão da grilagem”, diz a pesquisadora e diretora executiva do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Ritaumaria Pereira. A pesquisadora do Imazon observa que, na maior parte das vezes, quando a área é grilada, a primeira coisa que os invasores colocam sobre a terra é pasto e boi. “E esse boi não morre de velho no pasto, ele é vendido para alguém, que vai vender para o frigorífico.” Contudo, obrigar o produtor a adotar a identificação individual desses animais não é tão simples. O procurador Daniel Azeredo lembra que, em 2009, já se sabia que a questão do fornecedor indireto era um problema, mas não havia – ou não foi pensado– nenhuma tecnologia que permitisse fazer, naquela época, o controle do indireto. Na opinião de Azeredo, como passar dos anos, parece que a única solução que realmente resolve é a rastreabilidade completada cadeia. “Você não consegue controlar nem o indireto nem a transferência de gado se não tiver a rastreabilidade individual. E por que ela não é implementada nos acordos? Porque não há lei que obrigue o frigorífico a fazer isso, e se não há lei não se pode exigir”, diz ele. Sem obrigatoriedade de identificação individual, a solução encontrada pelos frigoríficos passa pelo uso de protocolos de monitoramento sanitário e fundiário já existentes, como a Guia de Trânsito Animal e o próprio Cadastro Ambiental Rural. As informações das duas fontes têm sido combinadas aos sistemas próprios desenvolvidos por cada empresa frigorífica, a fim de mapear o risco ambiental na aquisição de animais nos biomas Amazônia e Cerrado – medidas que têm se mostrado insuficientes para responder à crescente cobrança do mercado internacional por maior sustentabilidade na cadeia de produção da carne bovina. “A gente tem muitos problemas aqui na Amazônia, muita terra grilada, muito problema de regularização fundiária, muita sobreposição de pasto a terras indígenas e unidades de conservação… Então acho que sempre que for buscado, investigado, vai acontecer algum tipo de escândalo sim. Principalmente das grandes empresas que atuam aqui. Se fuçar bem, chega lá e encontra”, destaca a pesquisadora Ritaumaria. “A pecuária brasileira é muito desigual. Tem a indústria de ponta e a pecuária de subsistência” (Fabiola Zerbini, pesquisadora da Coalizão) De acordo com dados do Mapbiomas, a área de pastagem no bioma amazônico em 2021 somava 54,9 milhões de hectares, sendo 86% delas resultado da derrubada de vegetação nativa nos últimos 32 anos. “Efetivamente, a pecuária é a atividade que mais desmata, em especial a Amazônia, mas já vemos isso em outros biomas, como Cerrado e Pantanal. Quando se desmata para colocar pastagem, é uma atividade não lucrativa, muito mais de sobrevivência, que não gera desenvolvimento econômico”, explica a pesquisadora do Grupo Executivo da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, Fabíola Zerbini. Diretor global de sustentabilidade da Minerva Foods entre dezembro de 2019 e maio deste ano, o atual diretor de sustentabilidade do Rabobank no Brasil, Taciano Custódio, destaca que essa pecuária de baixa tecnologia e baixa produtividade não é capaz de atender aos padrões internacionais exigidos hoje pelas
Rede Nacional da Agricultura Irrigada se reúne com equipe de transição
“Sem irrigação não terá alimento suficiente. A produtividade fica maior em área irrigada”, afirma presidente do Ibrafe Irrigar com responsabilidade para alimentar o Brasil e o mundo. Esse é um dos focos principais da Rede Nacional da Agricultura Irrigada (Renai), que se reuniu nesta semana com a equipe de transição do Governo Federal para falar das pautas fundamentais para o avanço do sistema de irrigação no Brasil. Enfrentar os desafios da necessidade de aumento de produção agrícola e o desenvolvimento sustentável da agricultura irrigada brasileira, visando segurança alimentar e ambiental, sustentabilidade do agronegócio e redução da fome e da pobreza no Brasil e no mundo. Esses princípios regem o documento entregue ao vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), líder da equipe de transição do governo, que se mostrou aberta ao tema e disposta a negociar formas de tornar possível a ampliação consciente do uso da irrigação no país. A Renai foi idealizada em 2020 e vem tomando forma desde então, sendo oficializada em 2022. O grupo é constituído por representantes de associações de irrigantes, de polos de irrigação, de nichos da agricultura que dependem da irrigação e da indústria. O Instituto Brasileiro do Feijão, Pulses e Colheitas Especiais (Ibrafe) faz parte do Renai, representando o feijão e as demais pulses. A entidade atua em várias frentes, buscando incentivar estudos e o uso de tecnologias que proporcionem mais segurança ao uso racional da água, fazendo um contraponto à desinformação sobre a irrigação. “Sem irrigação não terá alimento suficiente. A produtividade fica maior em área irrigada, evitando inclusive o aumento das áreas de desmatamento. Essa é uma pauta de suma importância, que reúne todos os setores que dependem da água. Estamos em busca de colaborar e incentivar para que novas tecnologias garantam possamos produzir assegurando a segurança alimentar da população de hoje e do futuro”, enfatiza o presidente do Ibrafe, Marcelo Eduardo Lüders. Dificuldades do setor da agricultura irrigada Apesar de seu alto potencial tecnológico para a melhoria na quantidade e qualidade alimentar, a irrigação sofre pelo alto índice de desinformação, que dificulta o avanço de novas áreas de cultivo irrigado. De acordo com o Atlas de Irrigação 2021, publicado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), o Brasil tem potencial para aumentar sua área irrigada em 4,7 milhões de hectares. No entanto, em 2021 o total irrigado no país foi apenas de 370 mil hectares. O déficit de conhecimento favorece a polarização entre os usuários de recursos hídricos, que ao invés de cooperarem entre si, entram em disputas. Água é sinônimo de diálogo, de compartilhamento e de integração. Não deve ser geradora de conflitos, mas sim de oportunidade para o desenvolvimento. “Muitos não tem noção do quanto a irrigação é importante para todo o tipo de cultivo, desde as flores até os alimentos. Todos os alimentos dependem de água e o uso racional faz com que a produção aumente sem prejuízo ao meio ambiente”, complementa Lüders. Segurança alimentar é preocupação do Renai O documento criado pelo Renai explica que o planeta precisa se preparar para alimentar 10 bilhões de pessoas até 2050. Neste contexto, há a necessidade de aumentar a produção de alimentos em pelo menos 60% no mesmo período, ao mesmo tempo em que a redução do desmatamento e a preservação ambiental são preocupações mundiais de primeira ordem. A irrigação, quando realizada de forma sustentável, complementa a demanda hídrica das culturas não atendida pela chuva, trazendo estabilidade à produção de alimentos. O processo de irrigação é, sem dúvida, a tecnologia com maior potencial de contribuir para o aumento da segurança alimentar e ambiental, bem como para redução da fome e da pobreza, além de gerar grande número de empregos. O sistema traz benefícios importantes relacionados à produção de alimentos, à geração de empregos, ao desenvolvimento social e ao meio ambiente e, de tal forma, é uma tecnologia fundamental em qualquer planejamento estratégico de Estado. Fonte: Canal Rural Curadoria: Boi a Pasto
Energia solar alia sustentabilidade a economia e cresce no Brasil
Uma das principais empresas do segmento, a GDSUN projeta atingir 470 MWp de capacidade instalada até 2025 Brasil atingiu em novembro a marca de 15,3 gigawatts na capacidade instalada para geração distribuída de energia. No contexto, a fonte solar representa nada menos que 98% do total, com 15 gigawatts, suficientes para o abastecimento de 7,5 milhões de residências. Os números são da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD). O presidente da entidade, Guilherme Chrispim, destaca que a potência, no dia 31 de dezembro, vai ser o dobro da registrada no final de 2021. As vantagens oferecidas ao consumidor, a seu ver, são nítidas: no Brasil, a disponibilidade de luz solar é gigante e a estrutura para geração distribuída tende a se espalhar por todo o território nacional. “Trata-se de uma fonte de energia limpa, democrática, acessível a todos”, resume. Arthur Sousa, CEO da GDSUN, empresa que atua no desenvolvimento e geração de energia solar, afirma que a opção pela fonte alia economia e sustentabilidade. O Marco Legal da Geração Distribuída (Lei 14.300/2022), segundo ele, conferiu regras claras e estabilidade ao setor para que investidores, como a GDSUN, continuassem apostando neste mercado. “Planejamos ter 100% dos nossos projetos em portfólio e no pipeline dentro da janela regulatória, o que permite a compensação integral da energia gerada até 2045. Ainda segundo o executivo, o movimento do Marco Legal resultou em uma alta demanda por parte de grandes empresas e diversos setores. “É crescente o número de companhias querendo entrar ou ampliar a geração distribuída no seu modelo de negócio, seja para autoconsumo ou para o mercado de varejo”, diz. O detalhe é que o regime vale para sistemas protocolados até 6 de janeiro de 2023. De olho na janela regulatória, a GDSUN montou um plano de expansão robusto. A capacidade instalada atual de 106 megawatt-pico (MWp), espalhada por usinas em 8 Estados do País, vai dobrar já no primeiro semestre de 2023. Para os dois anos seguintes está previsto um ciclo de crescimento ainda maior, com a inclusão de mais 225 MWp de capacidade do seu pipeline de projetos. No final de 2025, a empresa vai estar presente em 17 estados brasileiros, com 470 MWp de capacidade instalada. Com o objetivo de mitigar o impacto ambiental provocado pela instalação das usinas de energia solar, a GDSUN financia diversos projetos de sustentabilidade. Mais recentemente, a empresa iniciou uma parceria com o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) para financiar o reflorestamento de áreas de Mata Atlântica dentro do Projeto Corredores de Vida, realizado no Pontal do Paranapanema, extremo oeste do Estado de São Paulo. A iniciativa prevê a restauração de 20 hectares de florestas e contribuirá para a consolidação do maior corredor ecológico já implantado na Mata Atlântica, que liga a Estação Ecológica Mico-Leão-Preto às Unidades de Conservação Parque Estadual Morro do Diabo. “Serão cultivadas 32 mil árvores nativas da região”, afirma Marina Carvalho Travaglia, gerente de HSE & ESG da GDSUN. Com duração prevista de três anos, a parceria com o IPÊ também prevê a conservação de espécies ameaçadas que vivem na região, como o próprio mico-leão-preto, além de fortalecer a geração de renda para as comunidades do entorno, que trabalham em atividades ligadas ao projeto. “Queremos ir além da sustentabilidade, que é inerente ao negócio de energia solar”, conclui Marina. Fonte: Terra Curadoria: Boi a Pasto
Tecnologia impulsiona os resultados da pecuária de corte e leite
Na cadeia do leite, porém, a pecuária foi prejudicada pelo fenômeno La Niña, que provocou uma entressafra antecipada No último dia 7/12, um time de especialistas do negócio de Ruminantes da DSM se reuniu em São Paulo com a imprensa segmentada do Agronegócio para trazer um balanço de 2022 e falar das perspectivas para 2023. Para os especialistas, apesar da retomada decorrente da flexibilização após a pandemia de Covid-19, o Brasil foi desafiado com a alta na inflação que gerou impacto sobre o consumo de alimentos no país, de maneira geral, e de carne vermelha, em particular, passando pelas questões relacionadas à guerra entre Rússia e Ucrânia que dificultou o acesso da produção agropecuária a insumos. Um ponto que ajudou a segurar o mercado foi o fato de as exportações de carne bovina baterem recorde, somando 190 mil toneladas em outubro, segundo dados da Secretária de Comércio Exterior (Secex). Os embarques da proteína para países como a China, que lidera o ranking de importadores, somado ao aumento da oferta e maior velocidade no ciclo de baixa de preços para todas as categorias animais, contribuíram para esse cenário apontando para o positivo. Leite Na cadeia do leite, porém, a pecuária foi prejudicada pelo fenômeno La Niña, que provocou uma entressafra antecipada, com custos de produção elevados que desanimaram o produtor. Mesmo assim, a oferta tende a melhorar no final do segundo semestre, com recuperação da produção e maior importação de laticínios. “Mais uma vez, a pecuária de corte e de leite se mostrou essencial ao desenvolvimento do nosso país. Tivemos uma série de desafios ao longo desse ano, que foram tratados com muito cuidado pelos produtores, os verdadeiros protagonistas do nosso setor”, aponta Sergio Schuler, vice-presidente do negócio de Ruminantes da DSM para a América Latina. Ao reforçar o protagonismo da atividade pecuária na economia brasileira, contudo, Schuler não deixa de mencionar os avanços dos produtores para a adoção de tecnologia no campo, de modo a impulsionar os resultados buscando produtividade, eficiência e rentabilidade e, consequentemente, preservando o capital alocado na produção rural. Nutrição animal Juliano Sabella, mencionou algumas inovações relevantes e que melhoram os índices zootécnicos dos bovinos de corte e leite e a rentabilidade dos produtores com aditivos, ingredientes de alta tecnologia exclusivos que combinados aos Minerais Tortuga, trazem uma série de benefícios para aumento da produtividade. Perspectivas 2023 Para 2023, a DSM espera um ano de incertezas para o setor, mas com desenvolvimento e uso de tecnologias e maior concentração na produção agropecuária. Quando o assunto é o segmento leiteiro, a companhia tem perspectivas de demanda ainda fragilizada, com o La Niña afetando o primeiro trimestre e custos ao produtor ainda elevados. Já sobre os bovinos de corte, a demanda externa vai continuar aquecida, com câmbio favorável. Apesar disso, a demanda interna ainda vai seguir sendo impactada, com possível melhora nesse final de ano e ao longo do próximo. “Teremos maior oferta de animais, o que inclui maior abate de fêmeas. Isso vai refletir diretamente na produção, que vai aumentar a partir desse ano, mas se prolongando principalmente em 2023 e 2024”, explica Schuler. Digitalização Foi apresentado uma plataforma (Prodap) de apoio ao produto rural que combina tecnologia, serviços de consultoria e soluções nutricionais personalizadas para impulsionar a eficiência e a sustentabilidade na criação de animais. “Com a integração da operação da Prodap, passamos a fortalecer o desenvolvimento de soluções digitais para alcançar mais mercados globalmente e um maior número de espécies de animais”, diz Schuler. Censo de Confinamento Um volume de 6,95 milhões de bovinos confinados. Esse foi o montante registrado pelo Censo de Confinamento DSM 2022, estruturado pelo Serviço de Inteligência de Mercado da DSM e que mostra um aumento de 4% sobre os 6,69 milhões mapeados pela equipe da DSM em 2021, o que mostra um ritmo frequente à medida que esse também é um número 4% superior aos 6,4 milhões identificados em 2020. O rebanho de animais confinados esse ano mostra também uma alta significativa de 46% frente ao primeiro levantamento, em 2015, que registrou 4,75 milhões de bovinos produzidos no sistema intensivo de produção. “O confinamento é uma ferramenta estratégica e uma tendência que contribui para melhorar a produtividade do rebanho. Os pecuaristas brasileiros estão percebendo isso e se movimentando para adotar as altas tecnologias que temos disponíveis no mercado, ao mesmo tempo em que adequam as suas fazendas para receber essas soluções”, avalia Hugo Cunha, gerente técnico Latam de Confinamento da DSM. Fonte: Terra Curadoria: Boi a Pasto
Tecnologia impulsiona resultados da pecuária de corte e leite
Em ano de muitos impactos sobre o consumo de carne e leite e nos custos produtivos, pecuaristas avançam no uso de tecnologia para levantar resultados Um ano que ficará marcado pelas incertezas e por um menor crescimento econômico mundial. E em que novamente a atividade pecuária se destacou pela resiliência às adversidades, pela capacidade de superação dos produtores rurais para levar carne e leite de alta qualidade de forma competitiva, que paga as contas da porteira para dentro e que gera divisas ao país. É desse jeito que 2022 será lembrado. Apesar da retomada decorrente da flexibilização após a pandemia de Covid-19, o país foi desafiado por várias questões, como a alta na inflação que gerou impacto sobre o consumo de alimentos no país, de maneira geral, e de carne vermelha, em particular, passando pelas questões relacionadas à guerra entre Rússia e Ucrânia que dificultou o acesso da produção agropecuária a insumos, e chegando até às volatilidades e incertezas comuns decorrentes da corrida eleitoral no país. Esse cenário com destaque para a resiliência da atividade agropecuária foi apresentado pelo time de especialistas do negócio de Ruminantes da DSM em encontro com a imprensa em 7 de dezembro. Para os especialistas, um ponto que ajudou a segurar o mercado foi o fato de as exportações de carne bovina baterem recorde, somando 190 mil toneladas em outubro, segundo dados da Secretária de Comércio Exterior (Secex). Os embarques da proteína para países como a China, que lidera o ranking de importadores, somado ao aumento da oferta e maior velocidade no ciclo de baixa de preços para todas as categorias animais, contribuíram para esse cenário apontando para o positivo. Na cadeia do leite, porém, a pecuária foi prejudicada pelo fenômeno La Niña, que provocou uma entressafra antecipada, com custos de produção elevados que desanimaram o produtor. Mesmo assim, a oferta tende a melhorar no final do segundo semestre, com recuperação da produção e maior importação de laticínios. “Mais uma vez, a pecuária de corte e de leite se mostrou essencial ao desenvolvimento do nosso país. Tivemos uma série de desafios ao longo desse ano, que foram tratados com muito cuidado pelos produtores, os verdadeiros protagonistas do nosso setor”, aponta Sergio Schuler, vice-presidente do negócio de Ruminantes da DSM para a América Latina. Ao reforçar o protagonismo da atividade pecuária na economia brasileira, contudo, Schuler não deixa de mencionar os avanços dos produtores para a adoção de tecnologia no campo, de modo a impulsionar os resultados buscando produtividade, eficiência e rentabilidade e, consequentemente, preservando o capital alocado na produção rural. “Muitos produtores passaram a entender melhor a importância de usar tecnologias nas fazendas, incluindo suplementação adequada para os animais se tornarem mais produtivos e saudáveis durante todo seu ciclo”, reforça o executivo. Sobre as tecnologias do portfólio da marca Tortuga® de suplementos nutricionais para bovinos, o diretor de marketing da DSM, Juliano Sabella, menciona algumas inovações relevantes e que melhoram os índices zootécnicos dos bovinos de corte e leite e a rentabilidade dos produtores. Destaque para os aditivos CRINA® e RumiStarTM, ingredientes de alta tecnologia exclusivos da DSM que, combinados aos Minerais Tortuga, trazem uma série de benefícios para aumento da produtividade. Destaque também para o Hy-D®, aditivo que, ao ser incluído na dieta dos bovinos, garante absorção mais rápida e eficiente dos macrominerais, melhorando o rendimento de carcaça, produção de leite e índices reprodutivos, elevando os índices zootécnicos e gerando benefícios de bem-estar animal e segurança alimentar. Para 2023, a DSM espera um ano de incertezas para o setor, mas com desenvolvimento e uso de tecnologias e maior concentração na produção agropecuária. Quando o assunto é o segmento leiteiro, a companhia tem perspectivas de demanda ainda fragilizada, com o La Niña afetando o primeiro trimestre e custos ao produtor ainda elevados. Já sobre os bovinos de corte, a demanda externa vai continuar aquecida, com câmbio favorável. Apesar disso, a demanda interna ainda vai seguir sendo impactada, com possível melhora nesse final de ano e ao longo do próximo. “Teremos maior oferta de animais, o que inclui maior abate de fêmeas. Isso vai refletir diretamente na produção, que vai aumentar a partir desse ano, mas se prolongando principalmente em 2023 e 2024”, explica Schuler. Aquisição da Prodap é um grande passo na jornada da DSM em 2022 Além da tecnologia incluída na dieta dos animais, outro passo importante do negócio de Ruminantes da DSM esse ano foi a aquisição da Prodap, concluída em setembro. Sobre isso, vale dizer que o desenvolvimento de tecnologias e de soluções digitais para a pecuária sempre foi uma das missões fundamentais da DSM e, nesse contexto, esse foi mais um importante passo da companhia em sua jornada de precisão e personalização. Nesse mercado, a Prodap é uma empresa brasileira que combina tecnologia, serviços de consultoria e soluções nutricionais personalizadas para impulsionar a eficiência e a sustentabilidade na criação de animais. No negócio de Ruminantes da DSM, a Prodap complementará o profundo conhecimento em nutrição animal e os recursos de consultoria, permitindo um nível ainda mais alto de experiência do cliente. Ao apoiar uma produção rural mais eficiente, essa aquisição contribui para o compromisso da DSM de permitir uma redução de dois dígitos nas emissões de bovinos nas fazendas até 2030. “Com a integração da operação da Prodap, passamos a fortalecer o desenvolvimento de soluções digitais para alcançar mais mercados globalmente e um maior número de espécies de animais. Muitos clientes do negócio de Ruminantes da DSM já vêm sendo atendidos com as tecnologias desenvolvidas e fabricadas pela companhia, com a atenção para os serviços da Prodap. Tudo isso em uma mesma unidade de negócios, que já conta com a confiança do produtor rural brasileiro em ambas as frentes, a de produtos da DSM e a de serviços da Prodap”, conclui Schuler. Censo de Confinamento DSM registra 6,95 milhões de bois confinados em 2022 Um volume de 6,95 milhões de bovinos confinados. Esse foi o montante registrado pelo Censo de Confinamento DSM 2022, estruturado pelo Serviço de Inteligência de Mercado
Biotecnologia irá alimentar a população do futuro
Com os desafios que pressionam a indústria alimentícia, como as mudanças climáticas que modificam ecossistemas e o nível de resistência das plantas a ervas daninhas e pragas, a biotecnologia se mostra um caminho promissor. Em todo o mundo, investimentos em pesquisa industrial permitem, por exemplo, sair do tradicional e usar fertilizantes à base de fermentação, com processos químicos que também contribuem para a sustentabilidade. Por aqui, cursos oferecidos por entidades como o Centro Latino-Americano de Biotecnologia atualizam estudantes de pós-graduação sobre as tecnologias moleculares, desenvolvimento de aplicações para as áreas de Saúde, Meio Ambiente e Agricultura, ou seja, formam mão de obra capacitada para implementar inovação na indústria do futuro. A partir de 2023, teremos grandes aportes em novas plantas de biotecnologia no país, pois o Brasil não deseja perder a alcunha de “celeiro do mundo” e tem toda a capacidade de absorver novas tecnologias. Pode parecer algo que demande alto custo, mas as plantas tecnológicas não são tão grandes quanto as tradicionais, o que reduz a escala. Prevendo essa demanda, a indústria de equipamentos industriais corre para fornecer máquinas que supram a nova necessidade. Por meio de muita inovação, por exemplo, no futuro próximo teremos válvulas com acionamento elétrico, o que permite realizar processos a distância e reduzir o tamanho das plantas. Falo em válvulas porque elas são o coração de uma fábrica que trabalha com fluidos ou gases. Para explicar melhor: quando falamos em automação no contexto da Indústria 4.0, hoje, o que temos são sistemas elétrico-pneumáticos, em que parte do acionamento é feito via ar comprimido (pneumático), ou seja: é preciso enviar um sinal elétrico para que o ar comprimido abra ou feche uma válvula ou outro sistema. Mas isso é muito complexo, pois é preciso gerar energia para movimentar um compressor que gere ar comprimido para então acionar o equipamento. No futuro, será possível enviar somente um sinal elétrico e….fim! Para isso, são necessárias válvulas que correspondam a essa necessidade. Existem ainda outros investimentos, como o conceito de válvula integrada com componentes que seriam adicionais, para medição de temperatura, vazão, condutividade etc. Com os produtos que estão sendo desenvolvidos, será possível ter todos esses sensores integrados de forma self-controlled, com todas as informações disponíveis direto na válvula. E quanto custa isso, você deve estar pensando…. temos no Brasil a falsa ideia de que os gestores só olham preço, mas nossa indústria não é mais assim. Se você oferece um sistema bem-feito e o cliente percebe o valor para seu sistema produtivo, mesmo que ele pague um pouco mais caro, ganhará em produtividade, tecnologia, garantia de processo, menor risco de contaminação do processo. Ou seja, o investimento se transforma em economia rapidamente. Isso porque o grande calcanhar de Aquiles quando se fala em biotecnologia é garantir zero contaminação. Imagine produzir uma batelada de produtos ao longo de semanas e, lá no fim, um pequeno desvio provocado por um minúsculo microrganismo contamina toda a série, que pode ser de mil litros ou 120 mil litros, por exemplo. É um risco que a indústria não pode correr. Outro ponto sensível é a garantia de manutenção com pronto atendimento personalizado, pois trata-se de equipamentos delicados que requerem especialização. Falo de alguns pontos que podem parecer ficção científica, mas estão logo ali, na esquina do tempo. A indústria que souber atender a todos esses requisitos terá a competitividade que o futuro demanda. Fonte: Com Você Portal Curadoria: Boi a Pasto