outubro 19, 2024

Brucelose: pecuaristas paulistas têm até 31 de maio para vacinarem os rebanhos

A vacinação contra a Brucelose está em andamento no Estado de São Paulo e os pecuaristas têm até o dia 31 de maio para vacinar todas as fêmeas bovinas e bubalinas com idade entre três e oito meses.

A declaração da vacina tem prazo de encerramento em 7 de junho no sistema de Gestão de Defesa Animal e Vegetal (Gedave), da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA).

Pastagens degradadas: um desafio para a pecuária brasileira

A pecuária é uma atividade fundamental para a economia brasileira, mas a degradação de pastagens é um problema sério e crescente no país. De acordo com dados do Ministério da Agricultura, existem cerca de 170 milhões de hectares de pastagens no Brasil e, infelizmente, 70% dessas áreas estão degradadas em vários níveis.

Apagão de mão de obra na pecuária já está acontecendo

O foco em gestão exigirão profissionais capacitados e raros na pecuária Em 2040, uma das dez grandes megatendências é o apagão de mão de obra na pecuária. A falta de pessoas qualificadas, no Brasil, chegou a 81% em 2022, o que representa o maior patamar nos últimos dez anos, segundo pesquisa da Man-Power-Group. A pandemia da Covid-19, que tirou inúmeras vidas, gerando também prejuízos econômicos incalculáveis, trouxe outro problema: a evasão escolar, algo que cobrará seu preço futuramente. “Especificamente, quanto nos referimos ao apagão de mão de obra, uma proporção de 84% da população brasileira já é urbana no Brasil. Essa tendência se acentuará. A forte injeção de automação irá reduzir esse impacto e alterará o perfil de pessoas necessárias na atividade. O maior desafio será qualitativo. Os enormes avanços tecnológicos, como a IoT, a maior complexidade do manejo, na busca de saltos produtivos, como a introdução crescente da ILPF e o foco em gestão exigirão profissionais capacitados e raros na pecuária. Adicionalmente, a alta rotatividade de gente especializada no campo faz com que produtores sintam-se desestimulados a oferecer treinamentos”, aponta Guilherme Malafaia, pesquisador da Embrapa Gado de Corte. Na avaliação de Malafaia, a falta de mão de obra já abala cadeias de suprimentos de alimentos no mundo todo. Quer se trate de peões de fazenda, trabalhadores de frigoríficos, caminhoneiros, varejistas, assadores, chefs de cozinha, o ecossistema global de carne bovina sente a pressão da escassez. As cadeias de suprimentos são impactadas e alguns empresários necessitam elevar os salários, o que, de uma forma ou de outra, acaba impactando no preço final do alimento. Segundo ele, muitos produtores têm tido dificuldade em adotar novas soluções tecnológicas, pois não há profissionais com a qualificação necessária para lidar com as várias informações e inovações oferecidas por essas soluções. Apagão de mão de obra na pecuária já atinge profissão essencial Já Jaqueline Lubaski, pedagoga, jornalista e consultora de gestão de pessoas no agronegócio, informa que, a partir das ‘andanças’ realizadas em dez estados diferentes, a principal demanda, na bovinocultura de corte, é por um cargo em especial: especialista na lida de gado: os chamados vaqueiros, campeiros ou capatazes. OUÇA NO SPOTIFY: Saiba os impactos do La niña em 2023 “Já estamos, há alguns anos, com o aumento de déficit, porque formar um vaqueiro após os 18 anos é muito difícil. Nos últimos dois anos, a situação se agravou ainda mais com o aumento da procura, devido à maior produção de carne bovina. Estamos competindo com nós mesmos. Antes, perdíamos para a construção civil; hoje, perdemos para a agricultura, muitas vezes dentro de casa. Os vaqueiros deixam de ser vaqueiros para serem operadores ou tratoristas devido à maior valorização e também porque o conforto é maior”, destaca a especialista.

Mercado Halal de alimentos bate US1,4 trilhão

Por Adilson Rodrigues Estudos apresentados pela Dynar Standard no State of the Global Islamic Economy Report 2022 (Relatório sobre o Estado da Economia Islâmica Global, em tradução livre) revelam que os gastos dos muçulmanos com alimentos no mercado halal, em geral, atingiram US$ 1,4 trilhão em 2022 e poderão alcançar US$ 1,67 trilhão em 2025. Nesse ritmo acelerado de crescimento, com forte presença de um amplo leque de commodities nacionais, a carne bovina verde e amarela tem destaque na preferência. O lastro histórico iniciado nos anos 20 entre as nações árabes e o agronegócio nacional foi determinante para sedimentar o Brasil como maior produtor de proteína de origem animal Halal do mundo. Mas não é só isso. “Outro fator que merece muita atenção por parte dos profissionais que compõem os elos da cadeia produtiva da carne bovina brasileira é o crescimento da religião. Hoje, estima-se que haja 1,9 bilhão de muçulmanos no mundo, e as projeções apontam crescimento; consequentemente, oportunidades”, informa o CEO da SIILHalal (Chapecó/SC), Chaiboun Darwiche. Isso porque, prossegue o CEO da SIILHalal, fundada em 2008, a religião representa, atualmente, 25% da população global; ela cresce duas vezes mais rápido quando comparado às demais não-muçulmanas. “A nossa expectativa – como empresa especializada no mercado de Certificação Halal no Brasil – é que o mercado de alimentos do gênero acompanhe esse crescimento. Acredito que o país tende a se beneficiar com essas projeções por meio da aliança histórico-comercial e pelo profundo conhecimento deste mercado”, salienta o executivo. Exportações brasileiras para o mercado Halal De acordo com dados do departamento de Inteligência de Mercado da Câmara de Comércio Árabe Brasileira (CCAB, São Paulo/SP), da qual a SIILHalal é associada, as exportações de produtos do agronegócio do Brasil para o bloco de 22 países árabes no Oriente Médio e Norte da África tiveram efetiva participação, sendo responsáveis por 70,87% da receita gerada ao longo de 2022 ou US$ 12,57 bilhões: um aumento de 40,74%, comparado ao ano anterior. Fonte: Revista A Granja Curadoria: Marisa Rodrigues/ Boi a Pasto

Três dicas são tiro e queda para engordar o boi na seca. Confira

O pecuarista e consultor Victor Darido mostra como é possível não sair prejudicado na seca e ainda manter a boiada gorda.  Por Fabio Moitinho Três dicas são ‘tiro e queda’ para engordar o boi na seca, que está por vir, e fazer o produtor fugir dos prejuízos. Essas são as dicas de um pecuarista do interior de São Paulo. Assista ao vídeo abaixo e confira. Três dicas são ‘tiro e queda’ para engordar o boi na seca. Confira. Quem deu as três dicas de ouro foi o consultor e pecuarista Victor Darido, titular da fazenda Água Preta, de Pindamonhangaba, na região do Vale do Paraíba, no Estado de São Paulo. 1ª dica: ajuste de taxa de lotação A primeira dica de Darido é fazer, no final do período das águas, o ajuste na caixa de lotação. “Isso dependerá da realidade de sua fazenda. Eu, por exemplo, concentro um volume maior de abate de animais e reduzo o volume de reposição para poder passar a seca com menos animais, por causa do menor suporte das minhas pastagens”, diz Darido. 2ª dica: ajuste da suplementação Suplementação de bovinos. Foto: Reprodução Com a queda no teor de proteína e elevação no teor de fibra das pastagens, o pecuarista deve ajustar a suplementação nutricional do gado. “Se você trabalha, por exemplo, com a suplementação apenas mineral, utilize para uma suplementação proteica para potencializar o desempenho dos animais”, diz o pecuarista e consultor. 3ª dica: diferimento das pastagens O diferimento das pastagens é quando se ajusta a suplementação e a capacidade de suporte das pastagens. “No período das águas, automaticamente, sobra um pouco de pasto. Essa sobra de pasto que você não usou nas águas e, por isso, você reserva e estoca para ser utilizada na seca”, diz Darido. Fonte: Giro do Boi/ Canal Rural Curadoria: Marisa Rodrigues/ Portal Boi a Pasto

Participação brasileira saltou de US$ 20,6 bilhões para US100 bilhões

Estudo indica que a contribuição do Brasil para o abastecimento mundial deverá aumentar ainda mais nos próximos anos   A participação do Brasil no mercado mundial de alimentos saltou de 20,6 bilhões para 100 bilhões de dólares nos últimos dez anos, com destaque para carne, soja, milho, algodão e produtos florestais. Segundo especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), os dados indicam que a contribuição do Brasil para o abastecimento mundial deverá aumentar ainda mais nos próximos anos. A informação faz parte do mais recente estudo de autoria de Elísio Contini e Adalberto Aragão, da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas, da Embrapa, sob o título “O Agro brasileiro alimenta 800 milhões de pessoas”. “É importante conhecer a contribuição do Agro Brasileiro na disponibilidade de alimentos para a sociedade brasileira e para o mundo. Em termos de pessoas alimentadas, em manifestações de autoridades e trabalhos técnicos, os números variavam de 1 a 1,5 bilhão de pessoas. Decidimos checar estes números, partindo da produção de grãos e oleaginosas do Brasil em relação à mundial”, explicou o pesquisador Elísio Contini. Nessa direção, o estudo adotou um método que considera a produção de grãos e oleaginosas – alimentos básicos de amplas populações no mundo e também considerados básicos para a produção de proteína animal -, para quantificar o quanto o agro brasileiro contribui para a alimentação de pessoas no Brasil e no mundo. “A hipótese é de que os grãos e as oleaginosas vêm sendo a base da alimentação humana, para o consumo direto das pessoas, alimentos processados ou como insumo para ração para a produção das principais carnes”, afirmam os autores do trabalho que adotaram para a execução do cálculo a classificação de “alimentos” utilizada pelo Banco Mundial para a elaboração do Food Price Index, que considera os seguintes cereais: arroz, trigo, milho e cevada; óleos vegetais e tortas: soja, óleo de soja, torta de soja, óleo de dendê, de coco e de amendoim; além de outros alimentos como açúcar, banana, carne de boi, de aves e laranja. Fonto: gov.br com informações da Embrapa Curadoria: Marisa Rodrigues/ Portal Boi a Pasto

Dois milímetros e um prejuízo bilionário: os riscos da mosca-dos chifres para a pecuária

Dezoito arrobas. Esse foi o peso médio dos bovinos no momento do abate, em 2022, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Quando a Pesquisa Trimestral do Abate de Animais começou a ser realizada, em 1997, esse índice era de 15 arrobas. Traduzindo, isso significa que as carcaças saltaram de 220kg para 264kg (+20%) em 25 anos e que a produção de carne bovina está em constante evolução, proporcionando maior rendimento por animal – algo que se reflete em rentabilidade e maior ganho ao pecuarista.   Porém, há crescentes preocupações, essencialmente relacionadas a dois temas: em primeiro lugar, à sanidade; e, em segundo lugar, ao bem-estar animal. Este conceito tem recebido atenção cada vez maior, em razão das exigências da sociedade e também da disseminação das práticas de ESG – sigla do inglês que se refere às responsabilidades ambiental, social e de governança. Alguns insetos, porém, despontam como agentes que prejudicam a saúde e o bem-estar do rebanho. Estar atento ao problema é imprescindível.  A mosca-dos-chifres (nome popular da Haematobia irritans) tem apenas cerca de 2 milímetros, mas potencial para causar prejuízos de US$ 1,6 bilhão por ano, de acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Esse impacto financeiro deve-se ao fato de que os 250 milhões de bovinos do rebanho brasileiro – segundo a Pesquisa Pecuária Municipal (PPM), do IBGE – deixam de ganhar peso e/ou passam a produzir menos leite quanto infestados por esse inseto, presente em todas as regiões.  A mosca-dos-chifres é um inseto hematófago. Isto é, suga o sangue dos animais. Cada mosca pode dar mais de 40 picadas por dia, gerando desconforto e alto índice de estresse aos animais. Com isso, o gado acaba ficando bastante irritado, o que interfere negativamente na produtividade. Estimativas indicam que pode haver perda de até 40kg de peso vivo por cabeça, no caso do rebanho de corte. A perda, evidentemente, se reflete na diminuição do peso e desvaloriza o couro. Na pecuária leiteira, as notícias não são melhores. O ataque da Haematobia irritans tem potencial para reduzir os 35 bilhões de litros produzidos por ano a aproximadamente 28 bilhões de litros. Em termos financeiros, calculados sobre a base de dados do IBGE, isso representaria perda de R$ 18 bilhões diretamente aos produtores rurais. E, sim, tudo isso é causado pelas moscas-dos-chifres, que têm ciclo de parasitismo de 3 a 7 semanas, pode voar distâncias de até 25 quilômetros e depositar 300 ovos por postura sobre fezes frescas.   Uma importante solução para esse problema tem sido o uso de brincos mosquicidas na parte central do pavilhão auricular dos animais. Esta é uma solução oferecida pela Vetoquinol Saúde Animal, que está completando 90 anos de história. Entre as 10 maiores indústrias veterinárias do mundo, a empresa – que teve sua origem em Lure, na França – pesquisou e desenvolveu uma tecnologia de ponta e alta eficiência, Fiprotag® 210, associando de forma exclusiva os princípios ativos Fipronil e Diazinon. A combinação oferece proteção por até 210 dias.   Brincos mosquicidas de eficácia comprovada contra a mosca-dos-chifres estão se disseminando pelo Brasil, já que o combate a essa praga é urgente. Algumas soluções, como a da Vetoquinol, oferecem carência zero para o abate e a ordenha – o que significa que não há nenhuma perda para o pecuarista. Sem perda de tempo ou dinheiro, o combate eficaz aos parasitas tende, cada vez mais, a ser realizado com soluções que reestabeleçam o bem-estar do rebanho e abram as portas para melhores produtividades – com lucratividade. Fonte: Rafael Iglesias/ Texto Comunicação Curadoria : Marisa Rodrigues / Boi a Pasto

O que pode ter causado a morte de milhões de peixes em cidade da Austrália

Os primeiros relatos sobre a morte de peixes em grande escala aconteceram na manhã de sexta-feira (17/3) em Menindee, no Estado de Nova Gales do Sul. A autoridade fluvial culpou uma onda de calor que afeta o rio Darling-Baaka. Moradores locais dizem que esta é a maior mortandade de peixes a atingir a cidade, que experimentou evento semelhante apenas três anos atrás. Em um post no Facebook, o Departamento de Indústrias Primárias de Nova Gales do Sul disse que a onda de calor colocou “mais estresse em um sistema que experimentou condições extremas de inundações em larga escala”.

Fazenda na Alemanha registra novo caso de peste suína africana

Situação ocorreu em porcos de pequena propriedade no leste do país Outro caso de peste suína africana (PSA) foi confirmado em porcos de fazenda no leste da Alemanha. Foi relatado em uma pequena fazenda com 11 animais no estado oriental de Brandemburgo, afirmou o Ministério da Saúde do país europeu. Todos os animais foram abatidos por precaução. + Forno incinerador é alternativa para tratamento de resíduos orgânicos na suinocultura Diversos compradores de carne suína proibiram as importações da proteína alemã em 2020, depois que o primeiro caso foi confirmado em animais selvagens. A doença não é perigosa para os humanos, mas é fatal para os porcos. Muitos países impõem proibições à carne suína de regiões afetadas pela doença — o que afeta diretamente o comércio mundial de alimentos. Cerca de 3,007 mil casos de peste suína africana em javalis em Brandemburgo já foram confirmados, informou a divisão local do Ministério da Saúde na terça-feira (28), acrescentando que a fonte do último surto está sob investigação das autoridades sanitárias. Peste suína africana na Alemanha Foto: Freepik O governo alemão tem procurado conter e erradicar a doença no leste, em parte reduzindo a população de javalis. Contudo, o grande número de javalis no país, que se deslocam por grandes distâncias, dificultou a contenção da peste suína africana, conforme registra a agência de notícias Reuters.