O fósforo na alimentação de bovinos
O fósforo (P) é o segundo elemento mineral mais abundante no organismo. Rafael Achilles Marcelino* A eficiência dos sistemas de produção animal depende, em grande parte, do uso de medidas racionais de manejo, sobretudo no que diz a respeito da nutrição dos animais, uma vez que a alimentação representa uma fração significativa dos custos de produção. Neste sentido, o correto balanceamento das dietas possui grande importância, sendo necessário para isso o conhecimento das exigências nutricionais dos animais, assim como da composição bromatológica e da disponibilidade de nutrientes dos alimentos. Os minerais, embora presentes em menores proporções do que outros nutrientes, tais como proteína e a gordura, desempenham funções vitais e suas deficiências acarretam alterações de ordem produtiva, reprodutiva e de saúde. Os minerais possuem basicamente três funções no organismo animal: composição estrutural de órgãos e tecidos, constituintes de tecidos e fluidos corporais e catalisadores de sistemas enzimáticos e hormonais. O fósforo (P) é o segundo elemento mineral mais abundante no organismo. Cerca de 80% está presente nos ossos e dentes, além de localizar-se também em todas as células e em quase toda transação envolvendo formação e quebra de ligações de alta energia. Fósforo também está intimamente envolvido no equilíbrio ácido-básico do sangue e de outros fluidos corporais, sendo componente fosfolipídico, fosfoprotéico e do ácido nucléico. A absorção de P ocorre principalmente no intestino delgado. Somente pequenas quantidades são absorvidas no rúmen, omaso e abomaso. A homeostase do P é predominantemente mantida por reciclagem salivar e excreção fecal, sendo proporcional a quantidade de P consumida e absorvida (NRC, 2001). Fósforo também é requerido pelos microrganismos ruminais para digestão da celulose e síntese de proteína microbiana. A falta de energia e de proteína é, frequentemente, responsável pelos baixos níveis de produção. Todavia, desequilíbrios minerais nos solos e forrageiras vêm sendo responsabilizados pelo baixo desempenho produtivo e reprodutivo de ruminantes sob pastejo em áreas tropicais. Fontes de suplementos minerais de P (fosfatos monocálcico e bicálcico) são adicionadas acima da recomendação, no intuito de se garantir “margem de segurança resultando em 25 a 35% de excesso do mineral na dieta e o aumento de 30% de sua excreção. No rúmen, a disponibilidade dos minerais e sua utilização dependem da taxa de passagem e da interação com a população microbiana. As disponibilidades do Ca e P podem ser significativamente alteradas em virtude de suas combinações químicas ou associações físicas com outros componentes da dieta. O ácido fitico afeta a absorção intestinal do Ca e P, porém no rúmen, em virtude da produção da fitase microbiana, o fitato é amplamente utilizado. A absorção de P também pode ser prejudicada pelo magnésio (Mg), AI e Fe, que formam precipitados, bem como pelo molibdênio (Mo) e cobre (Cu), que interferem diretamente na absorção de P. A vitamina D aumenta a absorção e a atividade de transporte de Ca e P. Seu requerimento em bovinos de corte é de 275UI/kg de matéria seca (MS) para cada dia (d), segundo o NRC. Porém, animais que recebem luz solar ou que se alimentam de forrageiras secas ao sol raramente necessitam desta suplementação, a não ser que sejam animais confinados e que recebam dieta conservada. A concentração plasmática da forma ativa da vitamina D (l ,25 OH2 D) é menor para o gado europeu, atribuída a uma adaptação genética e ambiental, devido à menor luminosidade. Fatores como espécie, maturidade da planta, clima, o tipo de solo e sua concentração de minerais, não devem ser utilizadas separadamente para predizer a concentração mineral da forrageira.Geralmente, as concentrações da maioria dos minerais são maiores em leguminosas com relação às gramíneas. Na tabela 1 pode-se observar as variações encontradas entre gramíneas e leguminosas, coletadas de suas partes novas e condições experimentais. Tabela 1 – Concentração de minerais em algumas gramíneas e leguminosas forrageiras Com relação à idade da planta, o efeito da idade da planta sobre a concentração de minerais em capim Panicum maximum pode ser observado na tabela 2. A concentração da maioria dos minerais nas forrageiras tende a decrescer com a idade da planta, e para alguns minerais, a influência da maturidade sob suas concentrações é maior, como no caso do nitrogénio e fósforo, os dois de grande importância no planejamento da suplementação dos animais em pastejo. Tabela 2 – Concentrações médias de minerais na forrageira Panicum maximum em diferentes idades O entendimento dos processos que envolvem a utilização dos minerais pelo ruminante, particularmente o fósforo, é importante, de modo a possibilitar o desenvolvimento de estratégias que possam adequar o suprimento de misturas minerais para o animal, garantindo uma maior vantagem produtiva e econômica, conciliada a uma menor excreção de fósforo, favorecendo uma maior eficiência de utilização desse mineral. Geralmente a suplementação com P é superestimada, ocasionando um gasto desnecessário para um melhor desempenho dos animais e menor excreção fosfatada no ambiente. Pesquisas feitas não sugerem que o excesso de P na dieta melhore o desempenho produtivo e reprodutivo. Deve-se avaliar o balanceamento da dieta como um todo e eliminar exageros, pois os custos desses excessos certamente pesam no orçamento, além de apresentar restrições ambientais. * Rafael Achilles Marcelino é da Universidade Federal de Lavras – 3rlab Fonte: 3rlab
Alimentando o mundo e o Brasil
Todos sabem a potência agrícola que o Brasil se tornou de modo que boa parte do aumento de produção de grãos que será necessário nas próximas décadas dependerá do desempenho brasileiro Ciro Antonio Rosolem* Isso não se discute mais. Entretanto, na semana mundial da alimentação, é interessante voltar o olhar para os nossos produtos básicos, presentes na mesa de muitos brasileiros de todas as classes econômicas. Sabemos que produzimos divisas e que a agricultura vem mantendo o País. Mas, estaríamos produzindo o suficiente para nós mesmos? Vejamos o arroz. O arroz é capaz de suprir 20% da energia e 15% da proteína da necessidade diária de um adulto, além de conter vitaminas, sais minerais, fósforo, cálcio e ferro. No Brasil, o consumo anual é de, em média, 25 quilos por habitante. Embora tenha ocorrido redução da área cultivada entre 1975 e 2005 em 26%, a produção aumentou em 69 %, com um incremento de 128% na produtividade média. Isso permitiu ao País ser autossuficiente em arroz, chegando a exportar o produto em alguns anos. Em média, o Brasil tem exportado aproximadamente 5% do que produz. Projeções de produção e consumo de arroz nos próximos anos, feitas pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), dão conta de um aumento médio de produção de 1,2% ao ano nos próximos 10 anos, com aumento médio de 0,86% no consumo, um pouco abaixo do crescimento esperado para a população brasileira. Assim, mesmo em longo prazo, não deverão ocorrer problemas sérios de abastecimento. O Brasil é o maior produtor mundial de feijão. De cada 10 brasileiros, sete consomem feijão diariamente. Feijão de todos os tipos, de todas as cores. O grão típico da culinária do país é fonte de proteína, vitaminas do complexo B e sais minerais. O consumo do produto, em média por pessoa, chega a 19 Kg/ano. Espera-se que a produção cresça a uma taxa anual de 1,8%, com crescimento anual de 1,2 % no consumo, até 2020. Embora possa em alguns anos haver necessidade de importação de pequenas quantidades de feijão, há um equilíbrio razoável entre os crescimentos da demanda e da produção. O trigo é o segundo cereal mais produzido no mundo, com significativo peso na economia agrícola global. Embora tenhamos obtido recorde de produção na última safra, isso ainda não foi suficiente para atender toda nossa demanda pelo pão de cada dia. Nem há perspectiva de que isso ocorra em curto prazo. Isso, porque, no Brasil, as condições climáticas são desfavoráveis à cultura. Normalmente produzimos um trigo caro e nem sempre de alta qualidade. Estimativas do MAPA preveem uma taxa de aumento de consumo do trigo de 1,3% ao ano. Ainda assim, acredita-se na possibilidade de redução das importações, uma vez que o Brasil vem investindo na autossuficiência da produção interna do cereal. E a mandioca, como vai? A mandioca é o quarto alimento maior fornecedor de calorias. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano passado, a oferta nacional de mandioca aumentou 7,5%, enquanto o processamento de fécula cresceu 36%. Novo aumento de produção deve ser observado em 2015, evolução de 5,1% comparada a 2014, considerando dados nacionais agregados. O consumo per capita mundial de mandioca e derivados, em 1996, foi de 17,4 kg/hab/ano, sendo de 50,6 kg/hab/ano no Brasil. Os países da África destacam-se nesse aspecto; a República Democrática do Congo, República do Congo e Gana apresentaram, respectivamente, valores de 333,2, 281,1 e 247,2 kg/hab/ano. A produção brasileira de mandioca é praticamente consumida no mercado interno, com menos de 0,5% da produção nacional sendo exportados nos últimos 10 anos. O mercado da mandioca é muito instável, o que torna temerária qualquer projeção. Entretanto, considerando a história da produção de mandioca no Brasil, não se espera que falte nos próximos anos. Desta forma, fica claro que a agricultura está sim, provendo o mundo e trazendo divisas para o Brasil, sem deixar de produzir os produtos mais apreciados nas mesas brasileiras. Sobre o CCAS O Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS) é uma organização da Sociedade Civil, criada em 15 de abril de 2011, com domicilio, sede e foro no município de São Paulo-SP, com o objetivo precípuo de discutir temas relacionados à sustentabilidade da agricultura e se posicionar, de maneira clara, sobre o assunto. O CCAS é uma entidade privada, de natureza associativa, sem fins econômicos, pautando suas ações na imparcialidade, ética e transparência, sempre valorizando o conhecimento científico. Os associados do CCAS são profissionais de diferentes formações e áreas de atuação, tanto na área pública quanto privada, que comungam o objetivo comum de pugnar pela sustentabilidade da agricultura brasileira. São profissionais que se destacam por suas atividades técnico-científicas e que se dispõem a apresentar fatos concretos, lastreados em verdades científicas, para comprovar a sustentabilidade das atividades agrícolas. A agricultura, apesar da sua importância fundamental para o país e para cada cidadão, tem sua reputação e imagem em construção, alternando percepções positivas e negativas, não condizentes com a realidade. É preciso que professores, pesquisadores e especialistas no tema apresentem e discutam suas teses, estudos e opiniões, para melhor informação da sociedade. É importante que todo o conhecimento acumulado nas Universidades e Instituições de Pesquisa seja colocado à disposição da população, para que a realidade da agricultura, em especial seu caráter de sustentabilidade, transpareça. Mais informações no website: http://agriculturasustentavel.org.br . Acompanhe também o CCAS no Facebook: http://www.facebook.com/agriculturasustentavel *Ciro Antonio Rosolem, Vice-Presidente de Estudos do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS) e Professor Titular da Faculdade de Ciências Agrícolas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FCA/Unesp Botucatu). Fonte: CCAS / alfapress
Semeadura direta: onde estamos?
Quando nossos ancestrais Neolíticos começaram a cultivar hortas próximas às residências, na transição de caça/coleta para agricultura, faziam furos na terra, ou “arranhavam” a terra com instrumentos de madeira. Assim, enterravam as sementes. Ciro Antonio Rosolem* As primeiras ferramentas eram constituídas de uma armação sustentando uma estaca de madeira. Com a domesticação de animais como os bois de tração, ao redor de 6.000 AC, na Mesopotâmia, a tração humana foi substituída pela tração animal. Com o tempo, o trabalho mecânico do solo se tornou a regra no cultivo das plantas e no controle de mato, possibilitando que cada vez menos pessoas sustentassem cada vez mais pessoas. O próximo grande desenvolvimento ocorreu ao redor de 3.500 AC, quando Egípcios e Sumérios criaram um arado colocando uma chapa de ferro sobre uma cunha de madeira, que podia “afofar” a camada superficial do solo. No século XI, os Europeus usavam uma evolução deste implemento, que incluía uma lâmina curva, chamada aiveca, que revolvia completamente o solo. Nos Estados Unidos, em 1837 um ferreiro chamado John Deere desenvolveu um arado de aiveca de aço muito mais eficiente, possibilitando o preparo de solos até então inutilizáveis, onde hoje se encontra o “Corn belt” (cinturão do milho) americano, uma das áreas mais produtivas do mundo. Assim, a mecanização continuou até o início do século passado, com o desenvolvimento de muitas ferramentas que permitiram o uso mais intensivo do solo. Entretanto, o uso intensivo do solo começou a cobrar seu custo. Grandes tempestades de areia foram observadas nos Estados Unidos, na década dos 1930s, expondo a vulnerabilidade do sistema com agricultura baseada no arado, uma vez que o vento levava a camada mais fértil do solo. A partir disso se começou a falar em sistemas conservacionistas e preservação da cobertura do solo. O movimento foi muito estimulado com a publicação do livro (controverso na época) “Plowman’s Folly” (Insanidade do agricultor), em 1943, pelo agrônomo americano Edward Faulkner, que contestava a necessidade do arado. Suas proposições radicais encontraram mais suporte com o desenvolvimento de herbicidas como o 2,4-D, atrazina e paraquat – depois da segunda guerra, assim como do glifosato um pouco depois. Assim, a pesquisa e o uso de métodos modernos de semeadura direta tiveram enorme impulso durante os anos 1960s. Considerando o papel fundamental da aração no cultivo das plantas e controle do mato, foi necessária praticamente a reinvenção de praticamente todos os aspectos da produção agrícola. Fundamentalmente, as semeadoras especialmente projetadas, que vem constantemente evoluindo, assim como novos herbicidas, são duas das tecnologias que permitiram a prática da semeadura direta em escala comercial. No grande esforço desenvolvido para alimentar uma população crescente e que se urbaniza, a agricultura tem se expandido, feita de diversos modos que convivem e atendem objetivos específicos. Até o momento o desenvolvimento da agricultura tem retardado a concretização da previsão de Malthus – a fome. Entretanto, o enorme crescimento e intensificação que tem sido necessários exercem pressão sobre o ambiente, há perigo de degradação do solo, de assoreamento e/ou eutroficação de cursos d’água, poluição de águas subterrâneas e por fim perda da sustentatibilidade. Nos Estados Unidos o alerta foi dado pelas tempestades de areia, no Brasil, a erosão no Paraná e desertificação de áreas agrícolas no Rio Grande do Sul. Em todas estas situações, a semeadura direta veio como salvadora. Teve como pioneiros, no Brasil, Manoel Henrique (Nonô) Pereira, Herbert Bartz e Frank Dijkstra. Veja bem, semente é semeada, então dizemos semeadura direta para milho, soja, algodão, feijão etc., e dizemos plantio direto para cana de açúcar, eucalipto e outras espécies que são plantadas (com mudas). Então, a semeadura direta veio como um socorro para áreas problemáticas. Logo se percebeu que um fator fundamental no sistema era a presença de palha na superfície, protegendo o solo. Isto diminui a variação térmica, reduz a erosão, conserva água, melhora a saúde do solo, reduz trabalho, energia e custos, reduz o transporte de sedimentos e fertilizantes para lagos e rios. Estas vantagens resultaram em grande crescimento das áreas cultivadas em semeadura direta. No Brasil são, hoje, mais de 30 milhões de hectares. Embora nos Estados Unidos se encontre área semelhante em alguns anos, não se trata de semeadura direta permanente, como é o caso brasileiro. Assim, o Brasil é o país com maior área em semeadura direta. Isso é necessário, pois, para competir, precisamos realizar mais de uma safra por ano, o que seria inviável sem a semeadura direta. Mais recentemente, a preocupação com as emissões de gases de efeito estufa vem exercendo grande pressão sobre a agricultura, uma vez que existem estimativas de que de 15 a 30 % das emissões teriam sua origem na cadeia do agronegócio. Neste cenário, mais uma vez a semeadura direta vem como ferramenta fundamental, tanto no atendimento das necessidades de alimento, matérias primas e energia, como na mitigação dos efeitos dos gases de efeito estufa. Semeadura direta sequestra carbono. Evita que o CO¬2 seja emitido para a atmosfera. E o efeito não é pequeno, podendo chegar a mais de 2 t/ha/ano. A ONU estima que a semeadura direta já tenha evitado a emissão de 681 Mt CO2¬ desde 1974, sendo 146 Mt somente no Brasil, desde 1992. Não é pouco! No Brasil, dentro do plano de Agricultura de Baixo Carbono, se espera que a expansão do sistema direto adicione mais 500 Kg/ha por ano de carbono ao solo, diminuindo um pouco mais a emissão. Assim, a semeadura direta pode melhorar o sequestro de carbono no solo. Mas não basta, como se pensava, apenas produzir muita palha. Trabalhos divulgados recentemente demonstram que, mesmo sem a produção de quantidades enormes de palha, é possível aumentar o carbono estável do solo com a introdução de nitrogênio no sistema, seja por leguminosas ou fertilizantes, em solos corrigidos com calcário e/ou gesso, com pouca acidez. Quanto mais aprendemos, mais virtudes descobrimos na semeadura direta, mais motivos para que a adoção ao sistema seja estimulada. O fato é que a agricultura exerce impacto no ambiente e na biodiversidade. Assim, considerando a capacidade
AMAGGI expande sua frota com 400 Rodotrens Basculantes da Librelato
Implementos serão utilizados na operação de escoamento de grãos que seguirão para exportação Aço de ultrarresistência, acoplamento por engate esférico e ângulo com basculamento de 40 graus otimizam operação logística da AMAGGI A Librelato, uma das principais fabricantes de implementos rodoviários do País, fechou o fornecimento de 400 Rodotrens Basculantes Premium de Engate Esférico para a AMAGGI no período de um ano. A empresa é uma das maiores produtoras de grãos e fibras do Brasil e atua também nas áreas de commodities, originação, processamento e comercialização de grãos e insumos, transporte fluvial e rodoviário de grãos e operações portuárias, além de geração e comercialização de energia elétrica renovável. Essa gigante do agronegócio brasileiro produziu em 2021 cerca de 1,3 milhão de toneladas de grãos e fibras, entre elas soja, milho e algodão, e possui uma base de relacionamento comercial com aproximadamente seis mil produtores rurais no Brasil. “A relação comercial entre a Librelato e AMAGGI vem se fortalecendo ano após ano. Temos trabalhado fortemente para entregar produtos que atendem de forma personalizada as necessidades dos clientes, com as melhores soluções para as suas operações”, afirma o diretor comercial da Librelato, Silvio Campos. O agronegócio representa um grande impulsionador para a Librelato. De acordo com Silvio, “a renovação contínua dos equipamentos e a ampliação de frota no campo estão puxando as vendas para a área agrícola, segmento que hoje é responsável por 70% dos nossos acordos comerciais no Brasil”. Os Rodotrens Basculantes Premium serão utilizados em dois importantes corredores de exportação da AMAGGI e farão parte da operação logística que leva a produção das lavouras da região oeste do Mato Grosso até o terminal de transbordo de Porto Velho (RO) e também da região norte do Mato Grosso para o terminal de transbordo de Miritituba (PA). Rodotrem Basculante Premium da Librelato O modelo Rodotrem Basculante Premium da Librelato foi desenvolvido com aço de ultrarresistência e traz como um grande diferencial um ângulo com basculamento de 40 graus, que oferece grande produtividade às operações de descarga. O aço especial possui resistência a abrasão e impactos no revestimento da caixa de carga e apresenta vida útil até três vezes maior em comparação ao aço tradicional. Dessa forma, é possível alcançar redução no consumo de combustível e entregar melhor performance e rentabilidade para o cliente. Além disso, conta com caixa modular, que permite recuperar o equipamento em caso de sinistro, com menor custo e mais agilidade. “A carreta basculante vem sendo cada vez mais procurada para o agronegócio brasileiro. Justamente pelo implemento ser produzido com aço mais leve e resistente e totalmente fechado, a operação de carga e descarga tornou-se mais rápida. O basculante tem ainda a vantagem de reduzir a perda de grãos durante o transporte, o que evita desperdícios e resulta em um melhor custo-benefício para o cliente, otimizando os resultados de toda a cadeia logística”, finaliza Silvio. Fonte: Assessoria de Imprensa Curadoria: Boi a Pasto
CNMA debate a importância da cadeia vegetal para o agronegócio brasileiro
A 7ª edição do evento será realizada nos dias 26 e 27 de outubro no Transamerica Expo Center, na capital paulista Importantes nomes do agronegócio brasileiro já estão confirmados para debater a importância da Cadeia Vegetal para o setor durante a 7ª edição do CNMA – Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio, que, este ano, traz como tema “Coordenação das cadeias produtivas no agronegócio, a década decisiva!”. A cadeia vegetal assume um novo papel de destaque no agro nacional, integrando os espaços fundamentais da ciência e trazendo inúmeras oportunidades de pesquisa em genética, na qual o conhecimento dos genes irá elevar exponencialmente a produtividade dos vegetais por hectare, bem como aumentar o aproveitamento agroindustrial dos nutrientes, proteínas e energias. “Caminharemos para uma produção focada em ciência, gestão digital, rastreabilidade, uso sustentável dos solos e gestão de riscos. Como exemplo, aumentar o planejamento das metas de safras com estruturas de insumos nacionais, com segurança genética, além de armazenagem, irrigação e vinculações com os clientes do campo, as agroindústrias nacionais e tradings internacionais”, ressalta o Sócio-Diretor da Biomarketing e curador de conteúdo do evento, José Luiz Tejon. A agenda de assuntos da mesa-redonda “Cadeia Vegetal”, que será realizada no primeiro dia do evento, 26 de outubro, engloba temas como governança, visão de coordenação e pesquisas na área de genética. Entre os nomes já confirmados estão o Presidente-Executivo da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), Rubens Barbosa; o Diretor-Executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Glauber Silveira; e o Secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Francisco Matturro. A cadeia vegetal tem uma significativa presença e participação no agronegócio brasileiro. O trigo sempre teve uma posição menor porque sua produção era limitada e estagnada, situação que está mudando rapidamente, como explica o Presidente-Executivo da Abitrigo, Rubens Barbosa. “Nos últimos três anos a produção deu um salto para mais de 10 milhões de toneladas e as exportações para mais de 3 milhões de toneladas. Em poucos anos, o Brasil se tornará autossuficiente no trigo e a exemplo da soja e do milho será exportador líquido para o mercado global. Novas áreas, além do Rio Grande do Sul e do Paraná, serão responsáveis pelo crescimento do setor, como o norte do Cerrado, o Sul do Ceará e do Piauí, entre outras, com oportunidade de investimento para os produtores e a indústria”. O trigo começa a despontar com perspectiva de sucesso no contexto do agronegócio nacional, esse tema será levantado por Barbosa durante o painel no CNMA. Na outra ponta do debate o milho brasileiro é destaque e será abordado pelo Diretor-Executivo da Abramilho, Glauber Silveira. “O milho tem dado sustentabilidade alimentar ao Brasil e a mais de 40 países. Estar presente no CNMA será uma oportunidade de falar e apresentar os desafios e oportunidades do setor que são fundamentais para a consolidação desta segurança”, pontua. A programação completa do 7ª CNMA – Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio pode ser conferida no link: https://www.mulheresdoagro.com.br/programacao/. As inscrições do Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio ainda estão abertas. Acesse o site https://www.mulheresdoagro.com.br/. Fonte: Assessoria de Imprensa Curadoria: Boi a Pasto
Suplementação mineral para época das águas: devemos fazer ou não?
Com a aproximação da estação chuvosa, volta ao debate a questão da suplementação mineral dos bovinos na época das águas: deve-se ou não fazer? A suplementação mineral para época das águas apresenta divergência por parte dos criadores, onde alguns acham que nessa época, devido à boa disponibilidade de MS (matéria seca) das forragens, pastos verdes e cochos na maioria das vezes sem cobertura, são os fatores primordiais para não se utilizar suplementos nessa época. Essas condições levam há um baixo consumo dos suplementos pelos animais e com isso os criadores acreditam não haver necessidade de fornecer suplementos. Só que, infelizmente para os defensores dessa versão, é aí que mora o perigo, pois é justamente nessa época que os animais aumentam o seu metabolismo, onde muitas enzimas (METALOENZIMAS) dependem dos minerais para serem ativadas. Devemos lembrar que mesmo nessa época das águas os pastos, que são a base nutricional dos animais, não fornecem todos os nutrientes necessários, dentre eles os microminerais (Se, Zn, Cu, Mn, Co e I) e os macrominerais (P, Na, Mg e S), para atender as suas exigências. Atualmente estamos tendo uma crescente demanda do mercado mundial, por carne bovina de qualidade, proveniente de animais criados a pasto, logo as perspectivas para pecuária brasileira são imensas. Segundo dados da FAO, órgão da ONU, que acompanha a agricultura e pecuária, apontam que em 2040, 60% da carne comercializada para abastecer o mercado mundial, será brasileira. Isso exigirá dos produtores brasileiros profissionalismo e somente com uso de tecnologias práticas e economicamente viáveis, esse crescimento sustentável da pecuária brasileira será possível. Essas tecnologias são: Nutrição Correta; Controle Sanitário Eficiente; Melhoramento Genético; Diante disso, devemos adotar medidas para suplementar corretamente os animais nessa época visando atender o aumento desse metabolismo e, consequentemente, tendo melhores resultados na produtividade (carne e leite). A pecuária só se torna competitiva se usarmos tecnologias práticas e economicamente viáveis. Lembrando ainda que o uso correto das técnicas de nutrição, manejo e da sanidade, além de aumentar a produtividade em nível animal e de rebanho, contribui significativamente para redução da emissão de GEE (gases de efeito estufa), uma das principais preocupações quando falamos em sustentabilidade ambiental. Importância da suplementação mineral Devemos lembrar que os bovinos, assim como os caprinos e ovinos são ruminantes, possuem pré-estômagos (rúmen, retículo e omaso) e um estômago verdadeiro (abomaso). O processo digestivo nesses animais se inicia com a ingestão dos alimentos, seguido de: mastigação, ruminação, fermentação microbiana, digestão ácida e digestão enzimática (ver figura 1). A microbiota ruminal é composta por fungos, leveduras, bactérias e protozoários, que são responsáveis em transformar as forragens ingeridas em energia, proteínas e vitaminas que vão nutrir bovino, caprino ou ovino. Por isso é de fundamental importância manter esse ambiente ruminal o, mas sadio possível, onde segundo (CARVALHO F.A, BARBOSA F.A, MACDOWELL LEE R. 2003) as condições ideais seriam: Temperatura (38 a 41°C). Umidade (85 a 90 %). Ph (oscilação de 5,5 a 7,2, ideal 6,4 a 6,8). Matéria seca de 10 a 18%. Substratos: Nitrogênio, aminoácidos, minerais, carboidratos. Anaerobiose: muito pouco Oxigênio (< 0,6% – fermentação aeróbica) e bem mais dióxido de carbono (> 60 – 70% – fermentação anaeróbica). O suplemento mineral é o complemento da dieta dos animais (pasto). Mas o pasto não fornece todos os nutrientes necessários (energia, proteína, vitaminas e minerais) para mantença e produção, inclusive nas épocas das águas, já que sofrem variação nutricional durante todo o ano (ver figura 3 abaixo). As condições mínimas que microbiota ruminal precisa para ter um bom desenvolvimento é de 10% de PB (proteína bruta), 70% de NDT (energia) e 2% de minerais na MS. Se o nível de PB na MS ficar abaixo dos 7%, compromete todo o processo fermentativo por parte da micribiota ruminal e isso se resume em perda de peso e / ou produtividade (CARVALHO F.A, BARBOSA F.A, MACDOWELL LEE R. 2003). Por isso, hoje em dia tem se dado muita importância em uma suplementação mineral enriquecida de proteína e energia, pois essa variância nutricional que ocorre acaba levando a um desbalanço e consequentemente perda de nutrientes, já que o sistema de produção de energia e proteína da microbiota ruminal é mais rápido do que a capacidade do animal em aproveitá-las. A suplementação múltipla na época das águas tem sido usada com maior ênfase, após o sucesso do seu uso na época da seca. Nos pastos, durante a época chuvosa, há um aumento das concentrações proteicas das gramíneas e maiores degradações do nitrogênio no rúmen pela microbiota ruminal (bactérias, fungos, leveduras e protozoários). Com isso, ocorre um desequilíbrio na relação de proteína e energia, que deveria ser mais próxima de um para sete, uma parte de proteína para sete partes de energia. (Guia Prático do Uso da Uréia na Suplementação de Bovinos – ASBRAM, 2011). O consumo de energia e proteína deve ser balanceado, para aperfeiçoar a fermentação e maximizar a produção de proteína microbiana. Consumo excessivo de proteína, sem quantidade adequada de energia, resulta em perda de Nitrogênio na urina e nas fezes. (CARVALHO F.A, BARBOSA F.A, MACDOWELL LEE R. 2003). De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais, entre os diversos fatores existentes que são responsáveis pela baixa produtividade do rebanho brasileiro, as carências de minerais e de proteína ocupam lugar de destaque. Acredita-se que não exista um fator isolado, com potencial tão elevado, para aumentar os índices de produtividade bovina, criados a pastos, a um custo relativamente baixo, como a suplementação mineral e proteínas adequadas. Existem vários trabalhos que demonstram a importância de se utilizar suplementos minerais contendo energia e proteína na sua composição. De acordo com alguns trabalhos de pesquisas que mostram o ganho de peso médio diários de bovinos, na fase de recria, variando de 0,543 a 1,380 kg / cabeça / dia, para consumo de suplemento de 0,2 a 0,5% do peso vivo (ver tabela 1) (CARVALHO F.A, BARBOSA F.A, MACDOWELL LEE R. 2003)., Outro fator de fundamental importância para suplementação mineral para época das águas é a questão relacionada aos cochos. Os
Nutrição de rebanho: Como escolher a ração apropriada?
Escolher a melhor ração está entre os pontos cruciais que fará toda a diferença garantindo a qualidade do produto final Muito do que vai definir a qualidade da carne que será comercializada, tem início na alimentação do gado. Uma alimentação rica em nutrientes, e com produtos de alta qualidade reflete no resultado final da carne e do leite como produto. A alimentação do rebanho ocupa um grande espaço na produção como um todo; e escolher a melhor ração está entre os pontos cruciais que fará toda a diferença garantindo a qualidade do produto final que é a carne ou o leite. As melhores práticas de alimentação de bovinos começam com um bom planejamento, assim como qualquer outro negócio. É preciso estabelecer as metas e quais características se deseja encontrar no produto final, (teor de gordura no leite, maciez da carne, por exemplo). Feito isso, é preciso fazer uma seleção criteriosa dos alimentos, avaliando os atributos e a qualidade da matéria-prima, e garantindo também sua correta armazenagem. Sabe-se que o uso de suplementação concentrada é essencial à medida que o manejo do pasto é menos intensivo, tendo em vista que o valor nutricional da forragem diminui. Na estação seca, período em que há menor crescimento do pasto, a suplementação volumosa também é necessária. E por fim, quando o rebanho é de vacas leiteiras, de alta produção, faz-se também necessário à suplementação, mesmo quando o pasto é vasto e de boa qualidade. O que a composição da ração animal deve atender? Produtores e técnicos que trabalham ligados ao setor de saúde, se preocupam com a composição da ração animal, mas no fim não existe uma fórmula específica que atenda a todos os casos. Embora não haja uma composição única que garanta desempenho para a produção animal, podemos dizer que existe sim um padrão. Uma linha que faz sentido quando o assunto é desempenho. O que procurar nas rações para gado Nutrientes! Esse é o primeiro ponto a ser considerado ao escolher a ração para seu gado. Pois a fase da engorda dos bovinos precisa de todos os nutrientes necessários para se chegar ao ponto ideal. As rações para gado, que mais trazem benefícios são aquelas com valor nutricional elevado. Os melhores ingredientes para compor as rações são: • Farelo de soja;• Milho integral moído;• Sal comum;• Uréia pecuária; Com uma ração de alta qualidade e rica com tudo aquilo que o que seu rebanho mais necessita, o produtor garante a saúde dos animais e a qualidade do corte final ou do leite não será afetada de forma negativa. Como você pode perceber ao final dessa pequena análise, nutrição do gado deve ser um dos grandes focos na cadeia produtiva. Após a execução das estratégias do seu negocio, é fundamental fazer o balanço da produção para, então, alterar as táticas ou prosseguir com elas. Assim, se garante uma produção de alimentos seguros e com as qualidades que atendam aos interesses do mercado. É claro que além de ração de qualidade o seu rebanho também precisará de pasto e água adequados, mas isso é assunto para outro dia. Este conteúdo foi elaborado a partir de uma curadoria sobre nutrição de bovinos. Redação – Boi a Pasto
Pecuária sustentável x pecuária extrativista
Em entrevista, uma das questões levantadas foi à forma que a pecuária é colocada como a maior vilã nas questões ambientais, e de como as mudanças climáticas associadas ao Agro vem apresentando um quadro assustador de “fim do mudo”. No início desse ano, a Universidade de Berkeley, na Califórnia (EUA) publicou em seu jornal acadêmico, um estudo que afirma que, se a criação de animais para alimentação fosse eliminada, teríamos como resultado, um impacto climático positivo substancial, que mudaria o curso do quadro de aquecimento global que temos hoje. Segundo Michael Eisen, um dos pesquisadores do estudo; o trabalho realizado por eles mostra que, acabar com a pecuária, tem o potencial único de reduzir significativamente, os níveis atmosféricos de todos os três principais gases de efeito estufa; e por hesitamos em responder à crise climática, isso se faz necessário para evitar uma catástrofe. Diante desse cenário, conversamos em entrevista com Mauroni Cangussú – Médico Veterinário e produtor rural. Referência em pecuária regenerativa. E Prof. Dr. Rogério Martins Maurício – Especialista em Biotecnologia Ambiental e Pecuária sustentável para saber mais sobre o Eco-Suicídio, e o que podemos fazer para evitar que isso aconteça. Em entrevista, uma das questões levantadas foi à forma que a pecuária é colocada como a maior vilã nas questões ambientais, e de como as mudanças climáticas associadas ao Agro vem apresentando um quadro assustador de “fim do mudo”. Segudo o Mauroni, esse quadro existe devido à exaustão do uso dos recursos naturais. Com o numero populacional mundial que temos atualmente, a barreira da sustentabilidade foi rompida, a sociedade está degradando mais do que a capacidade regenerativa da natureza. “Ao longo do tempo, se você degrada mais do que regenera, você leva a eliminação da humanidade.” Mauroni Cangussú Porém muito está sendo feito no Agro, e já existem diversas técnicas e tecnologias a disposição, sendo aplicadas em diversas propriedades que visam não só diminuir a agressão ao meio-ambiente, mas também ajudar na recuperação. E é o que chamamos de pecuária sustentável ou regenerativa. A produção de alimentos alterou nosso planeta mais do que qualquer outra atividade humana. Ela é responsável por 24% das emissões de efeito estufa e 70% do uso total de água doce; é talvez a maior causa da perda da biodiversidade no mundo, além disso, a produção de alimentos também é a causa de 80% da perda global de habitat, uma tendência que está acelerando a cada dia. Em vista disso a COP26 (Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas) realizada no ano passado 2021, com um grupo de 40 países, incluindo o Brasil, negociaram ações para reduzir a emissão de gases do efeito estufa. Sabendo desse compromisso que não só o Brasil se propôs, mas vários países. O professor Rogério falou um pouco da importância dos Sistemas Silvipastoris nesse cenário. Primeiro ele deixou claro que as emissões de gases ligado a agropecuária foi apenas um dos temas abordados na COP26, por ser um evento muito complexo tem uma diversidade de temas muito grande. “A produção pecuária bovina, tem um papel social muito importante. […] É uma atividade que volta a nossa cultura em 1500 e vem se desenvolvendo.” Prof. Dr. Rogério Martins Maurício O estudo de Sistemas Silvipastoris que é adotado na fazenda Monalisa, foi levado para a COP26 como um exemplo, mas é preciso ressaltar que a produção de metano que advém do processo de extração de petróleo é muito maior que a produção de metano dos bovinos, mas infelizmente, o mundo no geral volta o olhar para a vaca, e deixa de lado outros processos que são por vezes mais danosos. Como por exemplo, a matriz energética baseada no carvão mineral, que é extremamente poluente. “Teríamos que ter níveis de preocupações, até chegar ao nível de preocupação da pecuária”. Prof. Dr. Rogério Martins Maurício Chegando ao nível da pecuária, o primeiro passo é sair do sistema extrativista para um sistema sustentável. E é ai que entra os Sistemas Silvipastoris.Podemos defini-lo como: Uma opção tecnológica de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) que consiste na combinação intencional de árvores, arbustos, pastagens e gado numa mesma área e ao mesmo tempo. Uma das vantagens é a preservação da biodiversidade local, em segundo lugar está a falta de necessidade de fertilizantes químicos, que é uma das crises vividas nos dias atuais. Nos Sistemas Silvipastoris a bomba de fertilização são as raízes. Terceiro, é um sistema 0% agrotóxicos. Ter uma visão sistémica da propriedade. E por último, favorece o bem-estar animal. “Uma vaca, um animal, debaixo de uma árvore, ele vai ter 3 ou 4’ de melhor conforto, com isso o estresse é menor, a qualidade da carne é melhor, o ganho de peso é melhor, e as exigências internacionais para o conforto animal, são supridas.” Prof. Dr. Rogério Martins Maurício Quanto à transição de um sistema para o outro, o Mauroni diz que: “Para que você comece uma pecuária regenerativa, primeiro tem que mudar a cabeça. Entender que aquele processo (extrativista) está errado.” O primeiro passo é parar de colocar fogo, que apesar de ser um desastre para a pecuária brasileira, ainda é muito usado. Outro ponto é parar de usar químicos. Em terceiro lugar, está o respeito pelo ecossistema, com ordenamento do uso do solo. É um processo lento, e o produtor tem que aceitar que de início sua rentabilidade vai cair um pouco, pois deverá manejar tudo de forma que você tenha no futuro uma rentabilidade maior nesse novo modelo, e produzir alimentos mais sadios. Confira abaixo essa entrevista na integra: Redação: Boi a Pasto
Planejamento no início da safra de soja é estratégia certa para garantir produtividade
Além das pragas e doenças, especialista comenta que ameaças secundárias também exigem cuidado Depois de sofrer com as condições climáticas na última safra de soja que, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), chegou a ter uma queda de produtividade de 14,1% no Brasil, agora é o momento ideal para o agricultor planejar e garantir melhores condições na safra que se inicia e otimizar os resultados dos fatores que podem ser controlados. E, nesse processo, é necessário atenção plena, inclusive para o aumento da ameaça ocasionada pelas pragas consideradas secundárias. Lenisson Carvalho, gerente de Marketing Cerrado da Ourofino Agrociência, explica que ameaças como tripes (Frankliniella schultzei), cascudinho-da-soja (Myochrous armatus), tamanduá-da-soja (Sternechus subsignatus), percevejo-castanho (Scaptocoris castanea) e coró (Phyllophaga cuyabana) estão preocupando e desafiando os agricultores. Além disso, antigos inimigos do sojicultor não podem passar despercebidos. “É necessário manter atenção com o complexo de lagartas. Destaco o complexo de Spodoptera sp. e a Helicoverpa armigera, bem como os percevejo-marrom (Euschistus heros) e percevejo-barriga-verde (Diceraeus sp.). Este último está mais populoso em várias regiões brasileiras e apresentando dificuldades adicionais para o manejo. É importante não esquecer a mosca-branca (Bemisia tabaci) e os coleópteros desfolhadores como outros pontos de ameaça”, pontua. Para este início de safra, Carvalho orienta que o produtor deve seguir uma série de cuidados: “escolher os cultivares que irá plantar; fazer a análise de solo e das adubações necessárias; adquirir inseticidas, fungicidas, inoculantes e micronutrientes para o tratamento de sementes; escolher corretamente os herbicidas para o manejo de plantas daninhas conforme a realidade da sua propriedade ou talhões, assim como adquirir inseticidas e fungicidas, sejam químicos ou biológicos, para o manejo em pós-emergência da cultura.” Todos esses passos devem ser seguidos para o sucesso pleno da plantação, que pode ter um ciclo total variável entre 100 e 160 dias. O especialista ainda reforça que selecionar bem as formulações é essencial para maior sucesso, inclusive no que tange ao Manejo Integrado de Pragas, doenças e plantas daninhas, atuando no controle de espécies resistentes. “Além de usar corretamente os produtos, seguindo a dosagem indicada, a realidade individual da plantação e o cronograma adequado, é importante selecionar dentre as diversas opções disponíveis no mercado.” Com soluções reimaginadas para a agricultura brasileira, a Ourofino Agrociência, indústria de origem brasileira, atende a complexidade de doenças, pragas e plantas daninhas presentes na cultura da soja. Inclusive, possui o programa Focus 360, desenvolvido por especialistas internos e parceiros da companhia, ele apresenta planejamento para a aplicação dos vários produtos do portfólio conforme a região brasileira. “Com uma cultura muito forte de inovação, a Ourofino Agrociência investe no aumento da linha de produtos para garantir o progresso do agro nacional. E para os produtores de soja, destaco algumas soluções em particular. Com o lançamento do Terrad’or, herbicida em fase de registro voltado para o manejo de plantas daninhas, o produtor ganha com um amplo espectro de ação que permite o controle do complexo de plantas daninhas em pós-emergência e, assim, com uma lavoura que saia no limpo. Outro destaque é o inseticida Vivantha, que quando associado a inseticidas de choque, permite o melhor controle de percevejos e outras pragas sugadoras em sua lavoura.” Para superar o grande desafio que é o manejo de lagartas resistentes, Carvalho explica que é importante procurar por um produto que ofereça estabilidade e eficiência. “Na Ourofino, um item recentemente lançado e que atende a esses critérios é o Goemon. O inseticida conta com uma molécula nova no mercado nacional, que oferece segurança para os agricultores no manejo destas pragas. Por fim, contar com um fungicida é fundamental tendo em vista o risco que a ferrugem-asiática e outras doenças apresenta à sojicultura. Nesse sentido, o Pontual é o indicado do portfólio Ourofino”, orienta o especialista. Sobre a Ourofino Agrociência A Ourofino Agrociência é uma empresa de origem brasileira desenvolvedora de soluções para a agricultura com 12 anos de atuação. Sua fábrica, considerada uma das mais modernas do mundo no segmento, está localizada em Uberaba, no Triângulo Mineiro, e possui capacidade de produção de 150 milhões de quilo/litros por ano. São mais de 50 mil m² de área construída, com equipamentos de última geração e ambiente automatizado. A empresa desenvolve produtos, serviços e tecnologias com base nas caraterísticas do clima tropical, seguindo o propósito de Reimaginar a Agricultura Brasileira. Mais informações no site ourofinoagro.com.br. Fonte: Assessoria de imprensa Curadoria: Boi a Pasto
Saiba o que pode ser dado para o boi no cocho
Confira a resposta do zootecnista Tiago Felipini Pode dar super simples para o gado? A dúvida veio do pecuarista Tarcísio Pimentel, do município de Sátiro Dias (BA). O produtor perguntou se esse fertilizante pode ser uma fonte de fósforo para seu rebanho. Pimentel pediu ainda outras recomendações de suplementação mineral para um Estado quente como a Bahia. Quem esclareceu as dúvidas do produtor foi o zootecnista Tiago Felipini. “Não recomendo usar o super simples na mistura mineral. Se você quiser usar um fertilizante na mistura mineral procure um fosfato monoamônico (MAP)”, diz Felipini. O super simples não é bom para estar no cocho pois produto tem uma concentração elevada de enxofre que é ruim para o gado. Opção de suplementação em regiões quentes O especialista recomenda o cromo orgânico para adicionar à mistura proteico energética dos bovinos. Algumas pesquisas dizem que esse composto pode atenuar o estresse térmico do gado, segundo Felipini. Fonte: Giro do Boi Curadoria: Boi a Pasto