novembro 21, 2024

Lucro na seca depende da suplementação adequada

Nesse período de transição entre estações do clima, o pecuarista deve ficar atento ao manejo nutricional do rebanho Sempre que caminhamos para a época seca do ano, as deficiências minerais das pastagens se acentuam, assim como a energia e proteína na mesma. No entanto, o nutriente que passará a limitar a criação dos animais dentro do período seco para os animais criados em pastagens é, de fato, a Proteína (Nitrogênio).Como os pastos estão maduros e secos, em baixo valor nutricional, o consumo de forragem é diretamente afetado, principalmente pela queda nos teores de proteína, onde por sua vez, os animais passam a consumir quantidades menores do alimento, o que chamamos de redução na ingestão de matéria seca, que terá por consequência um menor desempenho, chegando em inúmeras vezes a perda de peso neste período, caracterizando-se pelo efeito sanfona, onde parte do peso adquirido nas águas, perde-se na seca. Este fato ocorre, pois os ruminantes (bovinos, ovinos, bubalinos) precisam de, no mínimo, 7% de proteína bruta (PB) presente na matéria seca de seus alimentose, com o caminhar da seca, essa concentração estará a baixo desses valores, reduzindo assim as atividades da microbiota ruminal, pois não há o mínimo necessário de nutrientes para estimular o crescimento dos microrganismos ruminais. Com a diminuição da população microbiana e das atividades ruminais, a capacidade do rúmen em fermentar e digerir forragem fica comprometida, e o tempo de passagem do alimento pelo trato digestório aumenta, o que logo levará o animal em um quadro de subnutrição, poisomesmo tem sua capacidade de ingestão reduzida.  Em cima dos fatores que mencionamos anteriormente, para que possamos mitigar ou mesmo dar condições para que os animais continuem a ganhar peso e se desenvolver zootecnicamente, precisamos compensar as quedas desses nutrientes que limitam a criação de nossos animais. Para isso, devemos ter uma atenção especial sobre os suplementos que iremos fornecer, pois além dos Minerais Essenciais, esses produtos devem contém boa fonte de Proteína e Energia, que estimulam a multiplicação dos microrganismos ruminais. Para assim aumentar a ingestão da forragem que ora estará com baixa qualidade, e assim retomar, ou manter seus desempenhos, mesmo de forma mais tímida, quando comparado aos desempenhos no período das águas.E esta suplementação proteica deve conter fontes de Nitrogênio Não Proteico (Ureia) e, também, fontes de proteína verdadeira (grãos) associada, para aumentar a eficiência de sua utilização, assim como o consumo das forragens pobres em proteína (< 7% de PB). A principal resposta a essas suplementações proteicas tem sido pelo atendimento da exigência microbiana ruminal por proteína, além dos minerais e energia contidos nesses suplementos. A viabilidade econômica de uma atividade é assegurada pela sua capacidade de gerar lucro, e isso se ressume na capacidade de produção de cada sistema. Por esse fator, o Departamento Técnico de Nutrição Animal do grupo Matsuda desenvolveu o Programa Desempenho Máximo, que visa a produção de mais Arrobas e mais Quilos de Bezerros produzidos ao longo de todo o ano.Para isso, é preciso ajustar a nutrição de tempos em tempos, afim de ajustar a exigência nutricional dos animais, pois as forrageiras não mantém níveis constantes em suas composições nutricionais.Vale ainda ressaltar que a suplementação quando feita de forma adequada, serve para ajustar a Deficiência e o Desbalanço Nutricional presente nas Forragens, independente da época do ano ou mesmo aporte de intensificação sobre as correções agronômicas feitas sobre as mesmas. E toda vez que erramos ou negligenciamos as exigências dos animais frente ao pouco que nossas pastagens conseguem fornecer em Minerais, Proteína e Energia, estamos também retardando o desempenho dos nossos animais, aumentando com isso os custos sobre a produção desses animais por permanecerem maior tempo dentre da propriedade, ou o que é pior, sendo subprodutivos, ou seja, produzindo muito aquém do que realmente poderiam produzir. Com isso perdemos competitividade para com outras áreas, ou atividades. Dentro de um País tropical como o Brasil, onde 96% do nosso rebanho é criado quase que de forma exclusiva, em pastagens tropicais, as forragens são sem dúvida, a forma mais barata de produzirmos Carne e Leite de qualidade.Porém, desde que a nutrição aos animais sejam bem corrigidas, por Suplementos Minerais Proteicos e Energéticos, tecnicamente adequados via cochos, também chamados de parto do boi, onde consomem tudo o que os pastos não contemplam em sua composição.A nutrição mineral, é como o alicerce de uma casa, é a base para todas as demais atividades metabólicas, seja para síntese de proteína ou enérgica, Miogênese (formação dos músculos), Adipogênese (formação da gordura), Lactogênese (formação do Leite), e tantas outras importantes fases de desenvolvimento dos animais. Os três principais fatores que limitam o desempenho de bovinos em pastagens tropicais no Brasil são o baixo teôrprotéico das gramíneas e a baixa disponibilidade de energia devido à menor digestibilidade das forragens, o que podemos corrigir com o uso de suplementos protéicos e energéticos. E a Deficiência e o Desbalanços de Minerais, principalmente P, Cu, Na, Co, Se, Zn,I e S, que podem ser acertados com o uso de Suplementos Minerais com ou sem proteína e energia, de acordo com a época do ano ou mesmo grau de intensificação. Mas principais consequências dessas deficiências são, perda da resposta imunológica acarretando maior susceptibilidade às doenças infectocontagiosas e parasitária, que debilitam e elevam a mortalidade dos animais, principalmente animais jovens.

Brasil tem 50% mais queimadas em 2024 e soma 139 mil focos

Nos primeiros três dias de setembro, o Brasil registrou 12.252 focos de queimadas, 62,8% a mais do que o observado em igual intervalo de agosto (4.555), conforme o Banco de Dados de Queimadas (BDQueimadas), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O Pará lidera o número de ocorrências, com 3.104, focos. Não distante, Mato Grosso aparece com 2.909 registros. Na sequência estão Amazonas (1.070), Minas Gerais (964), Tocantins (693), Maranhão (679), Acre (575), Rondônia (556), Piauí (358) e São Paulo (290), fechando o ranking dos dez estados com mais registros na parcial desta semana.

Exportação de carne bovina em Mato Grosso dispara no primeiro semestre de 2024

O setor de carne bovina brasileiro vive um momento de grande expansão, com resultados expressivos no primeiro semestre de 2024. No contexto nacional, Mato Grosso se destaca como líder na produção de carne bovina sustentável e de qualidade, com participação de cerca de 14%. De acordo com relatório apresentado pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), o número de animais abatidos no estado aumentou 25,86% no primeiro semestre de 2024, no comparativo com o mesmo período de 2023.

Nove passos para fazer uma boa recuperação de pastagem

Atualmente estima-se que cerca de 130 milhões de hectares de pastagens no Brasil estejam em diferentes níveis de degradação, e a reforma ou a recuperação dessas áreas é uma grande oportunidade de o produtor aliar as boas práticas de manejo com a sustentabilidade na pecuária. Entretanto, embora fale-se muito no assunto, e o tema até foi discutido durante a Cop28, que aconteceu em Dubai, nos Emirados Arabes, recuperar uma pastagem não é algo tão simples de se fazer e exige organização e profissionalismo para que se alcance o resultado almejado. Para auxiliar a sanar algumas das principais dúvidas sobre essa prática, nós, da equipe de redação do Portal Boi a Pasto, dividimos o tema em nove passos que, se executados ao pé-da-letra, pelos produtores pecuaristas, irão garantir o sucesso da iniciativa, em suas propriedades.

Websérie Reformar ou Recuperar as Pastagens: eis a questão Reforma ou Recuperação de Pastagens: Uma Solução Sustentável para a Pecuária Brasileira

A pecuária desempenha um papel fundamental na economia brasileira, sendo responsável por uma parcela significativa da produção agropecuária do país. No entanto, a expansão desordenada das atividades pecuárias nas últimas décadas resultou em uma degradação alarmante das pastagens, colocando em risco tanto a produtividade quanto o meio ambiente. Estima-se que cerca de 70% dos aproximadamente 170 milhões de hectares de pastagens existentes no Brasil estejam em diversos níveis de degradação.

Websérie REFORMA E RECUPERAÇÃO DE PASTAGENS#2 Compreendendo as Diferenças e seus Impactos Ambientais

Introdução: A agricultura e a pecuária desempenham um papel crucial na alimentação e economia mundial, e as pastagens são fundamentais para a produção sustentável de carne e leite. No entanto, muitas pastagens têm sofrido com o mau manejo e a degradação ao longo dos anos, levando à necessidade de intervenção para restaurar sua produtividade e sustentabilidade. Duas abordagens comumente adotadas para melhorar as pastagens são a reforma e a recuperação. Embora esses termos sejam frequentemente usados de forma intercambiável, eles se referem a processos distintos, com diferentes objetivos e abordagens. Neste artigo, exploraremos a diferença entre reforma e recuperação de pastagens, destacando seus impactos ambientais.

Pasto e boi viram protagonistas na recuperação de terra fraca

Que tal recuperar uma área de solo arenoso com um bom manejo de pasto e com o pastejo do boi? Esta é basicamente a ideia do Sistema São Matheus.Pasto e boi viram protagonistas na recuperação de terra fraca 

O sistema é um modelo de integração lavoura-pecuária (ILP) para a região do bolsão sul-mato-grossense. Neste caso, o componente pasto e boi entram primeiro, inclusive com correções no solo.

Pastagens degradadas: um desafio para a pecuária brasileira

A pecuária é uma atividade fundamental para a economia brasileira, mas a degradação de pastagens é um problema sério e crescente no país. De acordo com dados do Ministério da Agricultura, existem cerca de 170 milhões de hectares de pastagens no Brasil e, infelizmente, 70% dessas áreas estão degradadas em vários níveis.

Custo de produção da pecuária de corte segue tendência de alta em MT

A mudança climática proporciona aos criadores a oportunidade de melhorar a qualidade das pastagens para a alimentação dos bovinos O custo de produção da pecuária de corte em 2022 em Mato Grosso seguiu com tendência de alta. Os valores médios do Custo de Produção Total (COT) da cria, recria e engorda, e da pecuária de ciclo completo foram de R$ 179,70, R$ 279,22 e R$ 151,83 por arroba, respectivamente, no 4º trimestre.  É o que aponta levantamento realizado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Essa observação segue desde 2018.  Diante deste cenário, conforme o setor produtivo, o atual período de chuvas se torna favorável para a atividade. A mudança climática proporciona aos criadores a oportunidade de melhorar a qualidade das pastagens para a alimentação dos bovinos. Importância na recuperação da pastagem  De acordo com o médico veterinário e gerente de relações institucionais da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Nilton Mesquita, a recuperação da pastagem é a principal alternativa para reduzir o custo de produção, tão necessário no momento atual.   Ações como adubação e uso de herbicidas para limpeza de áreas de pastagens são alguns exemplos do que pode ser realizado para que o pecuarista tenha um melhor rendimento da sua área.  Com isso, os animais passam a ter um melhor aproveitamento dos nutrientes e maior ganho de peso. Além disso, a alimentação a pasto tem menor custo e continua sendo a maneira mais barata e a mais utilizada para alimentar o rebanho. “Esse período de chuvas é a chance perfeita para os pecuaristas se envolverem em práticas de manutenção dos pastos, visando a aumentar sua produtividade. Para essas atividades que buscam melhorar a qualidade do pasto é fundamental o planejamento, uma vez que o custo tem um fator preponderante. A realização desses trabalhos agora, durante a época de chuvas, ajudará a preparar o terreno para as próximas estações, aumentando a probabilidade de obter bons resultados no futuro. Portanto, essa é uma oportunidade que não pode ser desperdiçada pelos pecuaristas”, afirmou o gerente da Acrimat. Fonte: Canal Rural Curadoria: Boi a Pasto