outubro 18, 2024

Embrapa Gado de Corte oferece estratégias para redução de danos causados pelo frio no setor de bovinos de corte

Campo Grande, 25 de julho de 2021 – Com a previsão de riscos de geadas em várias regiões do Sul do Brasil e em Mato Grosso do Sul a partir do dia 28 de julho, produtores de bovinos de corte enfrentam preocupações com os impactos do clima frio nas suas atividades. A Embrapa Gado de Corte, em colaboração com outras unidades da Embrapa, tem desenvolvido pesquisas para lidar com a seca e o frio, oferecendo estratégias para minimizar os danos causados pelos eventos climáticos severos.


A revolução da 3a.safra: como a agricultura brasileira atingiu níveis recordes de produção

Por José Maria Tomazela – Estadão O agricultor Emílio Kenji Okamura, que cultiva cerca de 1,8 mil hectares em Capão Bonito, no sudoeste paulista, demonstra que colher três safras agrícolas em um curto período de tempo não é mais uma novidade. Ele adota um sistema eficiente em que planta feijão entre agosto e setembro, colhe em dezembro, inicia o plantio da soja na mesma área, para colher em abril, e, posteriormente, abre espaço para o trigo, que estará pronto em setembro. Okamura ressalta que as condições favoráveis do solo e clima na região, com um regime de chuvas regular, permitem essa sucessão de safras. Ele não está sozinho nessa prática, pois muitos agricultores brasileiros têm adotado métodos semelhantes. Os avanços tecnológicos, como o plantio direto, a irrigação e o melhoramento genético das plantas, possibilitam aos agricultores brasileiros colher até três safras agrícolas por ano na mesma área. Em algumas regiões, é viável obter três safras completas de grãos, como soja, milho e trigo, sem a necessidade de revolver, gradear ou adubar previamente o solo. O adubo é aplicado juntamente com as sementes, que são plantadas quase imediatamente após a colheita da cultura anterior. É cada vez mais comum ver tratores com plantadeiras trabalhando simultaneamente à máquina colhedora nos campos brasileiros. Segundo Alexandre Nepomuceno, chefe-geral da Embrapa Soja, um conjunto de técnicas e práticas agrícolas, aliado à pesquisa, tem permitido o avanço da terceira safra em todo o país. Ele destaca que 70% dos aproximadamente 77 milhões de hectares cultivados no Brasil já adotam o plantio direto, o que possibilita a colheita sucessiva sobre a mesma área. Nepomuceno ressalta que a expansão da soja no país tem contribuído para esse progresso, pois além de ser altamente produtiva, essa cultura possui características que preservam e enriquecem o solo, evitando sua exaustão. A capacidade de produzir safras consecutivas na mesma área é um fator crucial para aumentar a produção agrícola do Brasil sem a necessidade de expandir para novas áreas de cultivo. Essa abordagem se baseia no plantio direto, uma prática conservacionista iniciada pelos agricultores brasileiros na década de 1970. Essa técnica consiste em manter o solo sempre coberto por plantas ou resíduos vegetais, geralmente a palhada da cultura anterior, permitindo a semeadura e adubação sem a necessidade de revolver o solo. A expansão da soja, que tem variedades precoces, com ciclo de 100 a 120 dias, ajudou a estreitar o calendário dos cultivos, possibilitando mais safras em menor tempo. Principal grão cultivado no País, a soja entra em praticamente todos os esquemas de uso intensivo do solo, fazendo a rotação com milho safrinha, feijão, sorgo e cobertura verde. “Outros países produtores de grãos, como Argentina, Estados Unidos e toda a Europa, não conseguem isso porque têm invernos rigorosos”, disse o pesquisador da Embrapa. Rodízio de grãos Nas áreas cultivadas pela Cooperativa Agrícola de Capão Bonito, no sudoeste paulista, os 102 agricultores associados seguem um esquema de cinco safras em dois anos – um ano de três safras, outro de duas – e obtêm alta produtividade. A soja, plantada em 24 mil hectares, entra em todos os ciclos, em rotação com milho, milho safrinha, sorgo, trigo, feijão e cobertura verde. O solo fica o ano inteiro com alguma lavoura ou com plantas que aumentam a umidade, fazem a reciclagem de nutrientes e combatem doenças da terra. Um dos cooperados, o produtor Walter Kashima, cultiva cerca de 2,5 mil hectares. Ele colhia em meados de fevereiro uma média 80 sacas (4.800 quilos) de soja por hectare. Na mesma área, ele estava semeando o milho que será colhido entre junho e julho deste ano. As três plantadeiras seguiam o rastro de palha triturada deixado pelas colheitadeiras e abriam sulcos para depositar a semente com adubo. Para fazer o plantio direto, os produtores deixam a palha e resíduos da cultura colhida sobre o solo, que, dessa forma, fica protegido do sol e da erosão. Essa cobertura mantém a umidade do solo, favorece o desenvolvimento de microrganismos e protege a reserva dos adubos usados na lavoura. Também evita a compactação do solo. Plantadeiras próprias para esse cultivo abrem sulcos no solo e depositam as sementes, junto com o adubo. O próprio equipamento cobre os sulcos com terra, favorecendo a germinação. Segundo Nepomuceno, da Embrapa, o País consegue alta produtividade mesmo com baixo uso de irrigação. “A maioria da área de grãos brasileira depende de chuva. Na soja, por exemplo, só 4% da área é irrigada. Irrigar 46 milhões de hectares é quase impossível. Além do custo, vamos ter o problema da água, bem escasso. Então, investimos no bom manejo, na rotação de culturas, e aí entra de novo a pesquisa, que nos permitiu desenvolver variedades de soja, por exemplo, com um sistema radicular mais profundo e que resiste mais à seca.” No Oeste do Paraná, agricultores também já fazem três safras seguidas em um ano, sempre incluindo a soja. O Estado é o segundo maior produtor do País, e colhe 20,7 milhões de toneladas nesta safra. O produtor Amauri Grisotti, de 52 anos, que cultiva 640 hectares no município de Toledo, escolheu um cultivar de soja precoce com ciclo de 120 dias para fazer a rotação com híbrido de milho superprecoce, de 140 dias. “Estou fazendo soja na safra, milho na safrinha e trigo no inverno. Nesse sistema, a produtividade total melhorou 20% porque a reserva de fertilizantes no solo é transferida de uma lavoura para outra”. Produção dobrada Como o País tem biomas com muita diversidade, as regiões agrícolas adaptam o manejo das lavouras usando as tecnologias disponíveis em cada área. A terceira safra no Mato Grosso costuma envolver soja, milho safrinha e cobertura verde; já no Paraná e interior de São Paulo, entram soja, milho e trigo ou sorgo; no Mato Grosso do Sul, soja, milho e pasto (braquiária); e no Rio Grande do Sul, Estado com temperaturas mais baixas, trigo, soja e olerícolas. “Temos agora o sistema de plantar soja no meio do milho, que ainda está no início, mas tem tudo para se expandir”, disse Nepomuceno. O

Por gripe aviária, Japão suspende compra de carne de frango do Espírito Santo

O Japão suspendeu temporariamente a compra de carne de frango proveniente do Estado do Espírito Santo, após ocorrência de focos da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em uma ave de subsistência (fundo de quintal) no município de Serra (ES). A informação é da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que disse em comunicado lamentar a decisão do país asiático.

Pecuária Regenerativa x Recuperação de Pastagens Degradadas: Uma Comparação Necessária

A pecuária desempenha um papel crucial na economia e no abastecimento de alimentos em muitos países ao redor do mundo. No entanto, práticas de manejo inadequadas têm levado à degradação das pastagens, resultando em perda de produtividade, erosão do solo e impactos ambientais negativos. Com a crescente preocupação com a sustentabilidade e a necessidade de preservar os recursos naturais, surgiram duas abordagens para reverter esse cenário: a pecuária regenerativa e a recuperação de pastagens degradadas. Neste artigo, faremos uma análise comparativa dessas duas abordagens, destacando seus princípios, benefícios e desafios.

Alianza Mais é apresentado durante o Pampa em Evolução

O Projeto Alianza Mais, cujo objetivo é oportunizar assistência técnica, incentivos e financiamento de projetos produtivos que aliem maior produtividade para a agropecuária associado à conservação da biodiversidade do Bioma Pampa, foi apresentado durante o Pampa em Evolução, em Dom Pedrito. A iniciativa é da Associação para Conservação das Aves do Brasil (SAVE Brasil/Alianza del Pastizal), em parceria com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), e prevê investimentos de 7 milhões de euros ao longo dos próximos cinco anos. Deste total, 2 milhões de euros têm origem em aporte do Fundo Francês para o Meio Ambiente Mundial (FFEM).

O Projeto Alianza Mais, cujo objetivo é oportunizar assistência técnica, incentivos e financiamento de projetos produtivos que aliem maior produtividade para a agropecuária associado à conservação da biodiversidade do Bioma Pampa, foi apresentado durante o Pampa em Evolução, em Dom Pedrito. A iniciativa é da Associação para Conservação das Aves do Brasil (SAVE Brasil/Alianza del Pastizal), em parceria com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), e prevê investimentos de 7 milhões de euros ao longo dos próximos cinco anos. Deste total, 2 milhões de euros têm origem em aporte do Fundo Francês para o Meio Ambiente Mundial (FFEM).

Seminários técnicos discutem reforma agrária e mercado de carbono em Dom Pedrito (RS)

A programação do Pampa em Evolução - Conhecimento, Negócios e Sustentabilidade reservou hoje (16/6) espaço para a comemoração dos 20 anos do Seminário Lavoura em Evolução, onde foi abordada a integração lavoura x pecuária, e também os 30 anos do Seminário Pastos & Pastagens, considerado um dos maiores eventos permanentes da pecuária gaúcha com enfoque na pecuária de corte.

A programação do Pampa em Evolução – Conhecimento, Negócios e Sustentabilidade reservou hoje (16/6) espaço para a comemoração dos 20 anos do Seminário Lavoura em Evolução, onde foi abordada a integração lavoura x pecuária, e também os 30 anos do Seminário Pastos & Pastagens, considerado um dos maiores eventos permanentes da pecuária gaúcha com enfoque na pecuária de corte.

Que tal um churrasco líquido, neste finde? Dá para engolir este convite?

A indústria frigorífica está apostando no desenvolvimento da carne de laboratório, também conhecida como carne cultivada, como uma alternativa para o futuro. Esse produto é criado a partir das primeiras células e pode ter uma textura semelhante à carne convencional ou até mesmo formatos diferentes. No entanto, essa nova forma de carne ainda não estará presente no próximo churrasco. O agronegócio mundial já investiu US$ 1,9 bilhão desde 2016 nessa tecnologia, e o Brasil está na vanguarda da pesquisa e produção. A previsão é de que a carne de laboratório comece a ser vendida no país a partir de 2024, mas em quantidades limitadas.

Queda de Preços da Carne no Brasil: Entenda as Causas e Seus Impactos

Nas últimas semanas, temos observado uma tendência curiosa no mercado interno brasileiro: a queda dos preços da carne ao consumidor final. Esse fenômeno tem gerado debates e levantado questionamentos sobre suas causas e consequências. Um dos fatores que tem contribuído para a queda de preços da carne é a diminuição da demanda interna. Durante a pandemia de COVID-19, o poder de compra da população foi afetado, fazendo com que muitos consumidores optassem por cortes mais baratos ou reduzissem o consumo de carne. Além disso, as exportações brasileiras enfrentaram desafios logísticos e sanitários, o que gerou uma maior oferta no mercado interno e pressionou os preços para baixo.