dezembro 5, 2024

CNA divulga balanço de 2023 para o agronegócio e perspectivas para 2024

Legenda: A soja em grãos continuou a liderar as exportações brasileiras, totalizando US$ 48 bilhões– Imagem: Web

No final de 2023, o Brasil está prestes a fechar o ano com um total de exportação do agronegócio atingindo US$ 164 bilhões, conforme previsto pela Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) em seu anúncio durante coletiva de imprensa realizada no início de dezembro. Esse número representa um aumento de 3% em comparação aos dados de 2022.

A China liderou como principal comprador, seguida pela União Europeia e pelos Estados Unidos. As exportações chinesas alcançaram US$ 51,1 bilhões, principalmente concentradas em soja e milho, representando um aumento de 13,3% nas contribuições chinesas para as exportações de 2023. O relatório completo pode ser encontrado aqui (PDF – 26 MB).

A soja em grãos continuou a liderar as exportações brasileiras, totalizando US$ 48 bilhões, marcando um aumento de 10,7% em comparação com o ano anterior. O milho e o açúcar de cana também apresentaram crescimentos de 21,4% e 31,7%, respectivamente, ao longo de 2023.

Por outro lado, o setor de carne bovina registrou uma queda significativa de 25,2% nas exportações, representando uma perda de US$ 2,6 bilhões. Isso foi atribuído pela CNA a uma redução na demanda internacional pelo produto, com a China sozinha diminuindo suas importações de carne em US$ 2,3 bilhões.

Apesar do quadro positivo nas exportações, a CNA prevê uma redução nas margens de lucro dos produtores brasileiros em 2024, devido aos altos custos de produção e à queda nos preços das commodities.

Para a soja, estima-se uma queda de 14% no próximo ano, com a confederação apontando um ritmo de comercialização mais lento que pode pressionar ainda mais as margens. Para o feijão e o milho de segunda safra, a previsão é de quedas de 15% e 20%, respectivamente. No caso do trigo, a perda pode chegar a 219%.

A única cultura com previsão de aumento de lucro em 2024 é a do arroz, com um crescimento de 169%. No entanto, esse valor pode variar devido ao excesso de chuvas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, principais produtores do grão no país.

Fonte: CNA – Confederação Nacional da Agricultura

Curadoria: Marisa Rodrigues para o portal Boi a Pasto

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