Legenda: adotar medidas adequadas de manejo e proteção, como recolher os animais ao fim da tarde, proteger as crias e reforçar as cercas, pode ajudar a evitar ataques de predadores e minimizar as perdas nos rebanhos de caprinos e ovinos.
Recolher os animais para instalações seguras ao fim da tarde e proteger especialmente as crias são medidas essenciais. A maioria dos predadores é mais ativa durante a noite, por isso recolher os animais para um local seguro, como um estábulo ou cercado próximo à casa do tratador, é uma precaução importante. Os ataques são mais comuns em ambientes de matas ou florestas, mas reforçar piquetes com telas ou cercas também ajuda a proteger contra os predadores.
Além disso, é recomendável manter os animais jovens próximos da atenção do criador. Ter locais como piquetes próximos às instalações da fazenda, onde as fêmeas possam parir, pode ajudar a evitar ataques às crias. Os recém-nascidos são particularmente vulneráveis a predadores como os gaviões carcarás, que podem causar ferimentos graves ou matar cabritos e borregos.
Essas recomendações são válidas tanto para sistemas de produção intensivos quanto extensivos. Mesmo em sistemas extensivos, onde os animais passam a maior parte do dia no pasto e podem se movimentar por áreas com predadores, é possível recolhê-los com segurança no final do dia, uma vez que caprinos e ovinos têm o hábito de retornar às propriedades. Se o manejo diário for difícil, é importante pelo menos garantir a proteção das crias.
Os principais predadores de caprinos e ovinos no Brasil incluem onças, raposas e gaviões. Em alguns biomas, como o Pantanal, cobras de grande porte, como a sucuri, também representam uma ameaça para os pequenos ruminantes. Além disso, existem outros animais que podem atacar os rebanhos, mesmo que não sejam predadores preferenciais dessas espécies. Alguns cães e serpentes venenosas podem causar danos consideráveis. No caso das serpentes, os ataques geralmente ocorrem quando os animais passam pelo habitat natural desses répteis e são picados como forma de defesa. Já os cães, embora não devorem os animais, podem atacá-los por instinto de caça. É importante conscientizar os proprietários de fazendas vizinhas para evitar tais acidentes e, se necessário, manter os cães afastados dos rebanhos em áreas separadas da propriedade.
Portanto, adotar medidas adequadas de manejo e proteção, como recolher os animais ao fim da tarde, proteger as crias e reforçar as cercas, pode ajudar a evitar ataques de predadores e minimizar as perdas nos rebanhos de caprinos e ovinos.
Fonte: Embrapa Caprinos e Ovinos
Redação final: Marisa Rodrigues para o portal Boi a Pasto.
