O agronegócio brasileiro é visto hoje como amplo e complexo sistema que compreende os segmentos de alimentos, fibras e energias renováveis.
Leandro Pires*
Segundo o Ministério da Agricultura, o PIB do agronegócio cresceu 1,08% e representou 21,3% do PIB do Brasil em 2014. A agricultura brasileira vem crescendo de forma sustentável e produtiva, o que culminou em uma produção de grãos de 193 milhões de toneladas no último ano.
Os recentes ganhos de produtividade, publicados em junho de 2015, mostram que entre as safras 2013/14 e 2014/15 houve um incremento de 5,6% na produção de grãos e um aumento de 1,1% de área plantada. Um aumento de produtividade de 4,5% em um ano!
Segundo o Banco Mundial, a população projetada de 9 bilhões de habitantes até 2050 demandará um aumento de 120% do consumo de carnes e de 148% do consumo de soja. Este cenário mostra-se como um sólido fundamento para o agronegócio brasileiro, que possui alto potencial para aproveitar essa oportunidade por sua disponibilidade de solo arável não explorada. Entretanto, o aumento de produtividade continuará sendo demandado em função da competição internacional das commodities agrícolas e da sustentabilidade de longo prazo.
Nesse contexto, cresce a importância do setor de insumos, no qual se inserem as máquinas agrícolas, para o aumento de produtividade. As commodities agrícolas podem oferecer mais valor agregado do que outros produtos e com ganhos contínuos de produtividade nas cadeias a montante. Esses ganhos se baseiam em vantagens comparativas naturais do Brasil, inovações para competir nos mercados internacionais e investimentos em pesquisa de produção em áreas tropicais.
As inovações em máquinas agrícolas e tecnologias como agricultura de precisão, integração de máquinas e gestão de frota contribuem para esse aumento de produtividade. Por meio delas se obtêm melhor uso da terra, redução de custos com insumos, redução de desperdícios de produção e melhor eficiência operacional.
Tais inovações, além do foco em produtividade, possuem demanda de requisitos de segurança e sustentabilidade crescentes como, por exemplo, o Proconve MAR-I, programa para controle de emissões de poluentes.
Com essas perspectivas de mercado e demandas por inovação, o 7º Simpósio SAE BRASIL de Máquinas Agrícolas irá reunir indústria, academia e entidades setoriais para discutir o aumento de produtividade com o desafio de manter a sustentabilidade. O encontro será realizado no dia 2 de setembro, na Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul), em Porto Alegre. Participe!
*Leandro Pires é Gerente de Administração de Vendas da John Deere e chairperson do 7º Simpósio SAE BRASIL