outubro 11, 2024

Pecuária: 3 segredos para aumentar produção e rentabilidade das pastagens

Especialistas explicam o que todo pecuarista precisa fazer para garantir os níveis de nutrição adequados para o rebanho de corte e de leite

Em um momento em que os produtores precisam mostrar níveis competitivos de pecuária frente ao cenário nacional e internacional, investir no cuidado inicial e na recuperação das áreas de pastagem a longo prazo se torna um aspecto essencial para um crescimento sustentável.
Contudo, ainda que seja de extrema relevância, esse tipo de cuidado, não é muito comum no Brasil, o que reflete negativamente no desempenho animal, como explica Janaína Azevedo Martucello, professora da Universidade Federal de São João del-Rei e especialista em forragicultura e pastagens.

“Precisamos tratar nossos pastos como lavoura. A partir do momento que o pecuarista entender que o bem mais precioso que ele tem na fazenda é o capim, vamos ter uma mudança de mentalidade em nossa pecuária e, consequentemente, uma mudança de rentabilidade”, afirma.
De acordo com Vinícius Gomes, especialista da Mosaic Fertilizantes, ao atentar para os cuidados essenciais das pastagens, os pecuaristas podem ter ganhos até 50% maiores na produção de carne por hectare. Para isso, porém, é preciso seguir alguns passos iniciais: o preparo do solo, a adubação correta e a definição de um calendário de implantação que vai projetar a produtividade e rentabilidade ao longo do tempo.

Na lista a seguir, você confere mais sobre as recomendações dos dois especialistas.

1 – Bom preparo do solo

O primeiro segredo para garantir uma pastagem produtiva é criar um preparo com condicionadores de solo, a exemplo do calcário e do gesso, que atuam para regular os níveis de pH e para equilibrar o alumínio do solo. Aplicados de maneira e na dose adequada, eles melhoraram o nível de aproveitamento de fertilizantes, por exemplo, aumentando a produção de forragem.

Segundo Vinícius Gomes, esse procedimento é necessário para neutralizar e precipitar o alumínio tóxico presente nos solos brasileiros, facilitando o enraizamento das forrageiras. “A aplicação de calcário e gesso forma o alicerce para o estabelecimento de uma área de pastagem e para que os fertilizantes químicos que serão aplicados em seguida atuem em uma faixa de pH ótimo”, pontua.

Posteriormente, o produtor precisa regular os níveis de nitrogênio, fósforo, potássio, magnésio, enxofre, entre outros elementos importantes para o desenvolvimento e produtividade das pastagens. A quantidade de nutrientes, porém, depende de fatores como o teor de argila do solo, a exigência de cada gramínea e o número de animais que serão alojados na área.

“Para que tudo isso seja mensurado, sempre faça uma amostragem do solo. O Brasil tem biomas, tipos de sistemas de produção e sistemas pecuários diferentes e, para cada particularidade, precisamos fazer uma recomendação de acordo com a análise de solo. Ela é um raio-X da estrutura de solo da fazenda”, diz Gomes.

2 – Aplicação de fertilizantes químicos de qualidade

Seja na implantação de uma nova área, manutenção ou na recuperação de uma pastagem degradada, a aplicação correta de fertilizantes de alta qualidade pode contribuir para dobrar ou até triplicar a taxa de lotação, o que vai depender da dose aplicada.
Segundo Vinícius Gomes, em rebanhos de corte, isso pode significar um ganho até cinco vezes maior na produção de carcaça, por exemplo. “O fertilizante é uma intervenção direta para aumentar os índices tanto reprodutivo como de produção. Vemos o resultado tanto no gado de corte quanto no de leite”, diz.

No Brasil, fertilizantes de alta tecnologia, como a linha MPasto, da Mosaic Fertilizantes, atuam nas particularidades do solo nacional e oferecem ao produtor tecnologia  necessária para estabelecer a pastagem desde o princípio ou até mesmo reverter uma área de degradação – cenário que atinge cerca de 53% dos pastos atualmente.

“A adubação para manutenção é essencial, porque, quando o produtor não faz a reposição dos nutrientes, há o início do processo de degradação, que vai se instalando nas pastagens e no solo. Tudo isso depende do nível de tecnologia que o pecuarista deseja implantar na propriedade, bem como a produção em arroba, de leite e taxa de lotação que ele estima”, aponta a professora Janaína Martucello.


3 – Definição de um planejamento forrageiro

Antes de colocar qualquer procedimento de cuidados e fertilização das pastagens em prática, os especialistas recomendam traçar um planejamento estruturado, para garantir o sucesso da produção de carne durante o ano todo.

Segundo Vinícius Gomes, esse planejamento deve considerar fatores como: taxa de de lotação, que determina a quantidade de animais por área; tipos de plantas forrageiras que deseja usar; condições climáticas de cada região; extensão da área, dentre outros.

Uma vez estabelecidos esses aspectos iniciais, o produtor poderá escolher os melhores produtos para aplicar e quando deverá iniciar cada etapa. Para isso, a linha MPasto, da Mosaic Fertilizantes, conta com três produtos distintos, mas complementares: MPasto Super, MPasto Max e MPasto Nitro, desenvolvidos especialmente para pastagens, com a finalidade de aumentar a produção de forragem e produtividade animal por hectare.

No caso do MPasto Super, por exemplo, o pecuarista fará uso de um produto fosfatado com cálcio solúvel e com enxofre que contribui para o condicionamento do solo em subsuperfície e o que melhora o desenvolvimento das raízes tanto em profundidade e volume. Já o MPasto Nitro é um fertilizante nitrogenado de alta concentração à base de ureia estabilizada com inibidor de uréase que diminui as perdas de amônia por volatilização, dessa forma aumenta a eficiência das adubações de cobertura.

O MPasto Max, por sua vez, é um fertilizante fosfatado, que apresenta nitrogênio, fósforo e enxofre, em duas formas, sendo uma, o enxofre elementar e a outra em sulfato. Nutrientes esses, importantes para o melhor desenvolvimento e crescimento das pastagens. “A companhia entendeu o vasto mercado que temos para fazer uma pecuária mais forte no Brasil e que traga competitividade no exterior. Sem abrir mais áreas, mas sendo efetivo e intensificando a produção e rentabilidade em um mesmo espaço”, completa Gomes.

Fonte: Globo Rural

Curadoria: Boi a Pasto

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