novembro 21, 2024

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Suplementar nas águas é chover no molhado? – Parte 1

Estamos no período das águas, momento de colher a tão aguardada “safra” de capim, na qual, se fizemos bem a lição de casa, teremos na fazenda o cenário ideal para os animais – principalmente aqueles em recria – expressarem todo o seu potencial genético. Nesse cenário, olhar para os pastos verdes e com boa oferta de capim nos leva à conclusão de que qualquer suplementação, além do sal mineral, seria completamente desnecessária.

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Suplementação no período das águas – porquê fazer

Dando continuidade ao tema “suplementação nas águas”, chegou a hora de falarmos sobre os ajustes operacionais e estruturais necessários na fazenda, para evoluir da suplementação mineral para a suplementação proteica.

Já discutimos sobre as justificativas técnicas, expectativa zootécnica e viabilidade econômica da suplementação proteica no período das águas, sendo o foco agora as mudanças no manejo operacional e estrutural necessárias para que os objetivos planejados sejam alcançados.

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ebook Reforma e Recuperação de Pastagens: soluções simples e práticas para resolver a degradação das pastagens brasileiras

Como zerar a emissão de CO2 até 2030, aumentar nossa produção de alimentos para o Brasil e o mundo, sem derrubar mais nenhuma única árvore? O ebook Reforma e Recuperação de Pastagens, que acaba de ser lançado nesta terça-feira (05/11) em São Paulo, capital, tem as respostas, com um passo-a-passo simples e prático que vai ajudar os pecuaristas brasileiros nessa tarefa árdua, mas necessária.

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Período de transição seca-águas: veja as principais estratégias para lidar com ele

Vários são os fatores responsáveis pela saúde econômica e pela rentabilidade de uma propriedade de gado de corte. Dentre esses fatores a produtividade e o desempenho dos animais têm uma importância significativa. Não basta, para uma fazenda, altas produtividades no período chuvoso do ano ou evitar que os animais percam peso ao longo das secas. É necessário que ao longo de todo o ano, o animal apresente um ganho médio diário (GMD) satisfatório. Quando avaliamos uma propriedade de produção a pasto na grande maioria das fazendas do país, observamos uma variação do desempenho completamente dependente e correlacionada com a qualidade e a produção das forragens ao longo do ano. Em épocas de maior pluviometria obtêm-se desempenhos mais expressivos e no período de estiagem, onde o desenvolvimento das pastagens tropicais na grande parte do país é diminuto, o ganho de peso dos animais é limitado ou até mesmo apresentam perda de peso. Por esses motivos, estudos e alternativas de suplementação foram desenvolvidas ao longo dos anos com intuito de potencializar o desempenho dos animais no período das águas, e maximizar o desempenho no período das secas.  Estratégias para o período de transição seca-águas Existe uma série de estratégias bem estabelecidas utilizadas para a suplementação no período em que as forragens estão em plena produção e já são encontramos de forma bem difundida, estratégias de suplementação para o período em que a produção forrageira é limitada. Entretanto, existe um período ao longo do ano, conhecido como período de transição, onde as pastagens apresentam uma característica distinta justamente em transição entre o período das águas e das secas, que a suplementação também deve ser avaliada com critério para potencializar o desempenho dos animais ao longo do ano. A estação do ano observada entre os meses mais quentes e chuvosos e os meses mais frios e secos é o outono. Traçar uma estratégia de suplementação para essa estação é fundamental quando pensamos em atingir a máxima produtividade ao longo de todo o ano. Esse período conhecido com outono ou período de transição, reflete diretamente na qualidade das pastagens e é nítido e fácil observar com a diminuição das chuvas e a aproximação do inverno a mudança gradativa nas pastagens. A produtividade dos pastos diminui, as folhas começam a amarelar e a secar e em determinados casos observa-se a presença de sementes nas pastagens. De maneira geral, há uma mudança no perfil das forrageiras, o que invariavelmente reflete no desempenho dos animais. Com esse cenário de alteração e perda na qualidade das plantas e consequente diminuição no rendimento produtivo dos animais, se faz necessário uma estratégia de suplementação adequada e ajustada para esse período do ano. O aumento da produtividade média dos animais ao longo do ano, deve ser alcançada considerando e avaliando todas as etapas e meses do período, inclusive o período de transição. Suplementação no período de transição seca-águas A medida em que os meses com menores índices pluviométricos avançam, o desempenho dos animais, em sentido contrário, diminui. Com o passar dos meses e com a aproximação do período de estiagem, a tendência observada é de diminuição de desempenho independente da suplementação utilizada, entretanto, quando os animais continuam com suplementação apenas de mineral, por exemplo, a queda no desempenho é muito mais acentuada do que em animais suplementados com proteico (consumo de 3g por kg de peso vivo) ou proteico energético (consumo de 5g por kg de peso vivo). Normalmente contemplado entre os meses de março, abril e maio, animais criados a pasto no período de transição suplementados “apenas” com mineral, apresentam desempenho até 50% menor do que animais suplementados com suplemento proteico. Já animais suplementados com suplemento proteico energético apresentam desempenho 80% maiores do que animais também suplementados com suplemento mineral, apenas. Essa diferença apresentada entre o desempenho em diferentes estratégias, demonstra e reforça a importância de uma estratégia específica para o período de transição. Independente das características climáticas da região onde a propriedade está localizada em determinado período do ano, essa tendência de piora nas pastagens e diminuição do desempenho vai ocorrer. Em algumas regiões de forma menos evidente e por menor período, em outras regiões de forma mais marcante por longos períodos, esse “fenômeno” se repete por todo Brasil central, norte, nordeste. Outro fator de grande importância para a tomada de decisão a respeito da estratégia suplementar a ser utilizada nesse período, além do desempenho, é o progresso que esses animais terão após o período de transição, qual caminho será seguido pelos animais após esses meses. Animais que serão terminados seja no confinamento convencional, seja na terminação a pasto, serão beneficiados com a estratégia de suplementações mais arrojadas no período de transição. A utilização do proteico energético ou do proteico de 3g por kg, por exemplo, fazem mais sentido quando pensamos que esses animais serão terminados na seca seguinte ao período de transição, preparando esses animais para engorda e melhorando os resultados produtivos finais após a engorda. Em contrapartida, caso não esteja no planejamento das secas o fornecimento de uma suplementação visando a engorda dos animais ou o direcionamento desses animais para o cocho, a utilização do proteico no período de transição pode não se apresentar como uma boa estratégia. Quando utilizamos o 0,3%, por exemplo, no período de transição elevamos a exigência de mantença dos animais. Se no período da seca seguinte ao período de transição esses animais não forem direcionados para engorda, todo o investimento realizado no período de transição será perdido com a queda de desempenho e até mesmo com a perda de peso dos animais no período das secas. É de grande importância que a avaliação econômica seja realizada para a definição e a determinação das estratégias a serem utilizadas em cada um dos períodos do ano, inclusive no período de transição, entretanto, a avaliação do ganho médio diário, média do ano, deve ser avaliada de forma criteriosa, observando não somente o resultado do período, mas também cada uma das especificidades presentes em diferentes fases do ano. A gestão e o planejamento nutricional da fazenda devem contemplar de forma específica as estratégias de suplementação para o período de transição, garantindo então,

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